Situação é “crítica” e segurança nas fronteiras está comprometida, diz comandante do Exército
Luciana Amaral
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou nesta segunda feira (14) que, devido a cortes no orçamento, a situação atual das Forças Armadas é “crítica” e a segurança nas fronteiras brasileiras já está comprometida.
Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo desta segunda-feira mostrou que as Forças Armadas sofreram corte de 44,5% em seu orçamento nos últimos cinco anos. Segundo a matéria, desde 2012, os recursos “discricionários” caíram de R$ 17,5 bilhões para R$ 9,7 bilhões, não contabilizados gastos obrigatórios com alimentação, salários e saúde dos militares. Ainda de acordo com o jornal, o recurso disponível para 2017 só cobrirá os gastos até setembro.
“[A segurança nas fronteiras] fica comprometida. As operações de fronteira já estão sendo reduzidas, porque, à medida que faltar combustível e outros insumos necessários, se torna impossível a gente prosseguir no mesmo ritmo que estava antes […] A situação é crítica. Alguns setores sim [podem entrar em colapso] se não houver a liberação de alguma parcela do contingenciado. Poderemos ter alguns problemas”, afirmou o general Villas Bôas.
Nesta segunda-feira, ele participou de cerimônia de apresentação de novos generais da Marinha, Aeronáutica e do Exército no Palácio do Planalto ao lado do presidente da República, Michel Temer , dos ministros da Defesa, Raul Jungmann, e do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, entre outros.
A questão das fronteiras ganha especial relevância com o emprego das Forças Armadas para auxiliar a implementação do Plano Nacional de Segurança, anunciado pelo governo em janeiro. Segundo o general, a maioria dos insumos como armas e drogas ilícitas que abastecem organizações criminosas e estimulam a violência nas cidades chegam ao Brasil vindos de outros países.
“Nós precisamos aplicar tecnologias e incorporar sistemas de tecnologia avançada para aumentarmos nossa capacidade de vigilância adequadamente”, ressaltou.
De acordo com o comandante, outros pontos que também deverão ficar comprometidos são as próprias capacidades operacionais das Forças e o desenvolvimento de ações sociais, como a entrega de água a quase 4 milhões de pessoas no Nordeste.
Ele informou que, por enquanto, unidades militares não serão fechadas como medida de economia, pois é preciso garantir a presença das Forças Armadas em todo o território nacional. “É muito perigoso criarmos vazios. Então, por enquanto, não está sendo considerada essa hipótese”, disse.
Porém, uma das hipóteses estudadas pelo governo para reduzir custos é diminuir a carga horária de certas patentes e enviar seus integrantes para casa à noite.
“Extremamente desconfortável isso. Uma Força, para economizar ela não trabalha. É uma inversão absoluta. Atinge até mesmo os valores essenciais nossos. Então vamos tentar evitar isso”, falou.
Questionado sobre o posicionamento de Michel Temer perante essa situação, o general Villas Bôas disse que o presidente está “premido por circunstâncias, enfim, difíceis” e somente cabe aos militares informar as demandas e suas possíveis consequências se não atendidas.
UOL/montedo.com
14 respostas
Danem-se asas fronteiras. Meio expediente já!
Muito bom guerreiro
Observem os milhoes que essas unidades recebem ! Pobres militares sem aumento !!!!
Nosso problema é de GESTÃO e não falta de dinheiro!!! Parem de gastar dinheiro em coisa apenas para amaciar egos!!!
Afetar a entrega de água para famílias nordestinas que vivem na miséria ,descontrole decorrente de um contingenciamento que é fruto da ROUBALHEIRA política neste país de vagabundos,institucionais,lixos travestidos de autoridades,criminosos desgraçados e o comandante do exército,General Villas Bôas, fala sobre essa catástrofe,essa tragédia para com nossos irmãos,com a naturalidade insensível de um técnico? Uma vergonha! Deixar de levar a água? Água? Pra rua,povo! Pra rua! O Brasil acabou!
" Os quartéis nos ensinam antiga lição.De morrer pela pátria e viver sem razão". Geraldo Vandré
Quartel td cheio de mordomias pra oficial…esses sim gastam os dinheiros sem temor algum! Falta total de gestão. Viagens desnecessárias, com diárias, pra general ficar enchendo o rabo de dinheiro, enquanto o recruta passa frio e as vezes nem transporte tem pra ir trabalhar. Há uma inversão enorme de valores no submundo obscuro das Forças Armadas.
Fronteiras? Estou preocupado com a tropa no RJ…
Haverá revisão nos interstícios e construção de mais PNR? Kkk
"Porém, uma das hipóteses estudadas pelo governo para reduzir custos é diminuir a carga horária de certas patentes e enviar seus integrantes para casa à noite". Essa foi muito boa kkkkkkkkkkkkk!!!
Como reduzir as despesas ?
1) Autorizem os militares acumularem cargo público como o de PROFESSOR !
2) Meio expediente já Pra que tanto recurso parado em gênero classe II, os D Sup estão lotados !!!!
3) Precisamos de VALE REFEIÇÃO !
4) Se for meio expediente das 8 as 12 hs já está bom para cumprir a missão.
5) Acabem com 35% dos quarteis !
6) Recolham os recursos que foram descentralizados para os quarteis !!!
Enquanto os nordestinos estão passando sede com a redução de caminhão pipa, o ministro da integração nacional está distribuindo caminhões de lixo, lanchas e investimentos diversos no Pará, onde ele e a família são políticos e estão se preparando para as próximas eleições. Os nordestinos? Que passem sede. É assim também, que o governo trata os militares. Que trabalhem mais e façam mais sacrifícios e não recebam mais reposição pois as verbas para a politicagem é mais importante.As falas dos comandantes não adiantam nada. Até onde vai o limite dessa servidão? Estão esperando o que acontecer para tomarem ou cobrarem uma atitude séria? Decepcionante.
A "trilha" venezuelana já está lançada, agora é só esperar o "pau quebrar"!
Desde que entrei em 95 eh o mesmo discurso.,,,material obsoleto, poucos recursos, salarios defasados, projetos paralizados, orçamento reduzido, bla bla bla, e os civis e o capitalismo aqui fora caminhando a passos largos e se lixando para assuntos de Segurança e Defesa. NAO MUDA. NAO VAI MUDAR. É BRASIL.