Em editorial, Estadão defende Forças Armadas no comando das policias estaduais em ações de GLO

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As Forças Armadas no Rio
A debacle econômica resultante da nefasta combinação de corrupção e incompetência que marca a cúpula governante do Estado tem produzido graves abalos nas estruturas de atuação da administração pública
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Fuzileiros Navais na orla do RJ – Marcila Foletto (O Globo)
O Estado de S.Paulo
O Rio de Janeiro vive um estado de emergência. A debacle econômica resultante da nefasta combinação de corrupção e incompetência que marca a cúpula governante do Estado tem produzido graves abalos nas estruturas de atuação da administração pública. Servidores sem salários dependem da solidariedade de seus concidadãos para o suprimento de suas necessidades mais prementes, como alimentação. A prestação de serviços públicos essenciais, especialmente nas áreas de saúde e educação, quando não é interrompida, dá-se em condições precárias que só não atingem o patamar de indigência graças à abnegação de uma parcela devotada do funcionalismo.
Nenhuma área, porém, foi tão negligenciada pelas autoridades fluminenses como a segurança pública. Diante do quadro de medo e desamparo que permeia a vida no Estado há um tempo muito além do aceitável, não surpreende o misto de alívio e esperança com que a população recebeu, mais uma vez, os 8,5 mil militares que começaram a reforçar a segurança pública em diversos pontos da capital e da região metropolitana do Rio.
O deslocamento das tropas foi autorizado pelo presidente Michel Temer por meio de um decreto que aciona dispositivos constitucionais de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Nos últimos dez anos, as Forças Armadas já foram convocadas 12 vezes para atuar na segurança pública do Estado. A serem mantidas as atuais condições que envolvem o emprego das tropas para suprir uma deficiência das polícias estaduais, nada garante que não haverá uma décima terceira.
A gravidade da situação, de fato, impõe a adoção de uma medida extraordinária como a designação de um expressivo contingente militar para patrulhar o Estado. O efeito dissuasório imediato sobre os criminosos e a restauração de uma relativa sensação de segurança para a população não podem ser desprezados. Entretanto, o emprego das Forças Armadas não pode se tornar uma rotina no calendário do Rio.
Não resta dúvida quanto ao auxílio que os militares estão prestando nesta grave fase por que passa o Estado. Contudo, para que o emprego das Forças Armadas não caia em uma banalização inócua, de efeitos transitórios, os termos em que se dá o envio de tropas federais para atuação na segurança pública devem ser revistos o quanto antes. A contrapartida para a presença de tropas federais no patrulhamento urbano do ente federativo deve ser a cessão temporária do comando das forças policiais estaduais às Forças Armadas.
Ao comando militar caberia a dotação do poder de expurgo dos maus policiais e de treinamento eficaz dos bons agentes locais que deverão permanecer em seus postos para o cumprimento de suas responsabilidades constitucionais.
Quaisquer ações que venham a ser adotadas sem que haja uma profunda reforma da engrenagem que mantém esse pernicioso ciclo de descontrole da violência urbana no Rio serão meramente fugazes. A sequência já é tristemente conhecida: a situação se agrava, a população sofre, os militares são convocados, há um momentâneo recolhimento dos criminosos – que não são bobos –, as tropas são recolhidas aos quartéis e em pouco tempo tudo volta a ser como antes.
Na realidade, o que transmite a sensação de segurança para a população não é a cor de uma farda, mas a presença ostensiva de agentes públicos garantidores da lei e da ordem aos quais o cidadão pode recorrer em caso de necessidade.
Uma polícia fardada saneada e bem treinada para estar nas ruas das grandes cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro, é a força capaz de transmitir de forma perene a sensação de segurança que as tropas federais transmitem de forma passageira. Uma polícia civil bem treinada e equipada para exercer a contento a sua incumbência legal, vale dizer, a investigação criminal, é capaz de solucionar crimes e evitar reincidência.
Não se trata aqui de defender nenhuma solução inovadora ou mirabolante para o problema da segurança pública no Rio de Janeiro. Basta que se cumpra o que está escrito na Constituição.
ESTADÃO/montedo.com

17 respostas

  1. Não é por nada não. Mas que texto surrealista. Não falou nada com nada. Ainda mais por vir de um estado que nunca recebeu apoio das FfAa, como é São Paulo.

  2. Isso é uma boca quente para as Forças Armadas, basta um milico olhar atravessado para qualquer meliante, anjinho, essa mesma imprensa vai acusa-los de não usar um bouquet de flores aos distintos marginais e o cara vai se lascar pelo resto da vida, basta ver como atacam os policiais militares.

  3. Atenção !!!!!

    BE 31 ==> Vc pode ter direito RETROATIVO ao acrescimo de 8 meses a cada 2 anos.

    PORTARIA Nº 881, DE 25 DE JULHO DE 2017.

    Reconhece como Guarnição Especial Categoria "A" em relação aos militares do Exército, com efeito retroativo de acréscimo de tempo de serviço, as localidades que foram consideradas Categoria "A" pela Portaria nº 4.286/SC-5, de 29 de dezembro de 1992, e, para as demais Forças Singulares, pela Portaria nº 3.055/SC-1, de 5 de agosto de 1997, ambas do Estado-Maior das Forças Armadas, durante o período de vigência desta última, e dá outras providências.
    ……………………………………

    Detalhe, de repente, contando esse tempo, Vc poderá ter direito a receber um posto acima ou ao adcional de permanência

  4. E quem não defenderia, na atual situação crítica do Rio? Uma parte de policiais envolvidos com a bandidagem e os "Severinos" é que tem de dar jeito? Não seria melhor decretar intervenção federal no Estado? O que está acontecendo é paliativo e não vai resolver.

  5. Esse é o famoso Jornal Esquerdão de São Paulo…Vai dar certo isso sim… Nós temos muito o que ensinar à PM… É cada um viu…

  6. O texto fala em seguir a Constituição e fala no EB assumir o treinamento e pode expurgar os maus policiais Kkkkkkkkk quanta coerência

  7. Excelente, termos uma tropa (Policia) bem treinada, equipada,….etc, blá, blá,blá,…etc. Se nós não tivermos cidadãos educados, honestos,…etc, blá,blá,blá,…etc. Para um bom entendedor, meia palavra já basta, não vamos ser demagogo, compararmos o Brasil (um bebê recém nascido com um cordão umbilical) com o Japão, Suíça,…etc, que são países milinares.

  8. HJ estava passando no centro de uma grande cidade e uma coisa me chamou muita atenção, pois havia algums bares e lancherias no calçadão pessoas almoçando, lanchando etc, ai em uma mesa estavam 4 pessoas fumando maconha e bebendo cerveja, isso a 2 quadras de uma escola particular famosa na região e de grande fluxo de trabalhadores, crianças, adolecentes. Porém oque mais me chamou atenção é que a dois metros dali estava um poliial militar parado fazendo a segurança do local.Então você pode imaginar, que o policial estva errado, mas caso ele fosse cumprir a lei e levar os 4 individuos a delegacia haveríam muitos que tentaríam impedir o policial de levar os maconheiros o restante estaría filmando para mandar para uma rede de tv " o policial opressor, que quer prender uma cidadão que estava apenas fumando maconha na hora do almoço", ou caso fosse a delegacia, sairía em meia hora rindo da cara do policial que iría ficar la lavrando os autos.
    Logo lembrei daquele caso do traficante armado de fuzil ao lado de guarita de uma OM da Marinha, ou seja, se fosse em um país sério pegariam uma viatura daríam voz de prisão e caso reagisse matariam ali mesmo, mas como aqui é Brasil e se isso acontece a Rede Globo colocaria em sua manchete" forças armadas executam um cidadão vítima da sociedade só porque estava portando um fuzil de uso restrito e comercializando drogas". Estamos a um passo do caos, para quem não vive na bolha de Brasília, aqui a lei é a lei da selva, cada um por si, não existe Estado, Forças Armadas estão engessadas, sucateadas, desmotivadas, desmoralizadas. Não vou nem falar dos salários, pois é reflexo de tudo que escrevi acima. Nunca imaginei que chegaríamos a esse ponto, nunca mesmo.

  9. Outro dia tinha uma imagem no jornal, dizia: FA farão segurança pública no Rio por tempo indeterminado juntamente com outros agentes de defesa. Ai na imagem tinha um Policial Federal, um Rodoviári,Força Nacional, Policia Militar, e um sargento das FA. Ai eu imaginei os salários dos três, agente da PF R$ 12.000, PRF R$10.000, FN DE R$ 8 A 10.000, PM R$6.000 se for soldado, SARGENTO DAS FA R$ 3.500 DIÁRIA DE 2% E MORDAÇA

  10. É só fazer uma operação tartaruga e olhos fechados como fizeram os policiais do DF que aí pode ser que paguem o mesmo que estão pagando para a força nacional de segurança. Já que não podemos nos negar de cumprir a missão, é só deixar o pau quebrar. Esse negócio que o governo não tem dinheiro é conversa fiada.

  11. Qual o criterio para o CHQAO ser 10% a mais do que o aperfeiçoamento ?

    O CHQAO é presencial ?

    Ficam quantos meses longe da familia ?

    O aperfeiçoamento teria que ser pelo menos 25%.

    Só mexem prá sacanear. Esse curso inventado promove além de Cap QAO ?

    Faça-me o favor senhores pensadores do mal.

  12. Anônimo 4 de agosto de 2017 17:51, você está gozando com o "pi pi" dos outros, meu! Fica aí com uma briguinha de ego. Deixa o general em paz!

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