Saída da crise deve vir da eleição de 2018, diz comandante do Exército

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O general Villas Bôas às vésperas da Olimpíada Rio-16 (Tômas Silva – Agência Brasil)
FABIO VICTOR
DE SÃO PAULO
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirma que a saída para a crise do país “está nas mãos dos cidadãos brasileiros”, que poderão, “nas eleições de 2018, sinalizar o rumo a ser seguido”.
Voz moderada em meio à cacofonia histérica de extremos ideológicos que marca a crise, na qual volta e meia grupelhos clamam por intervenção militar, Villas Bôas diz que “o Brasil e suas instituições evoluíram e desenvolveram um sistema de pesos e contrapesos que dispensa a tutela por parte das Forças Armadas” e reitera que a Constituição deve prevalecer: “Todos devem tê-la como farol a ser seguido”.
A entrevista foi feita via e-mail, por opção da assessoria do Exército, e as perguntas foram enviadas no dia 4 de julho, sendo respondidas 23 dias depois, na quinta (27).
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Folha – Pesquisa Datafolha recente mostrou que as Forças Armadas são a instituição do país em que a população mais confia hoje, enquanto a Presidência, o Congresso e os partidos são as instituições menos confiáveis. Como interpreta esses dados?
Eduardo Villas Bôas – Esses números nos impõem uma imensa responsabilidade. As Forças Armadas, que constituem um corte vertical da sociedade e possuem representantes de todo o espectro social, são reconhecidas por serem uma reserva de valores, como integridade, ética, honestidade, patriotismo e desprendimento.
Elas sempre estiveram presentes em momentos importantes da história de nossa nação. Algumas vezes, com o Braço Forte e, inúmeras vezes, com a Mão Amiga. Por conseguinte, essa confiança configura um capital intangível que nos é muito caro. Demonstra que a maioria esmagadora da população nos observa atentamente e nos avalia.
Pela primeira vez na história, um presidente foi denunciado por corrupção no exercício do mandato. 

Como acompanha essa crise? Acha que o presidente Temer tem condições éticas de permanecer no cargo?
Vivemos um período de ineditismos. Mas o fato de seguirmos batalhando, em nosso dia a dia, demonstra que as nossas instituições ainda estão funcionando, mesmo com a crise pela qual elas e o país vêm passando. Cabe-lhes atuar no limite de suas atribuições, sempre com o sentido de se fortalecerem mutuamente. Neste momento, o que deve prevalecer é a Constituição Federal e todos, repito, todos devem tê-la como farol a ser seguido.
Há quem compare a crise atual com aquela vivida em 1964. É possível fazer essa analogia?
Comparações podem ser feitas, mas o Brasil é, hoje, um país muito mais complexo e sofisticado. Naquela época, havia uma situação de confronto característica da Guerra Fria, com a ação de ideologias externas, que fomentaram ameaças à hierarquia e à disciplina nas Forças Armadas, aspectos que não estão presentes nos dias atuais.
O Brasil e suas instituições evoluíram e desenvolveram um sistema de pesos e contrapesos que dispensa a tutela por parte das Forças Armadas. Hoje, elas estão cientes de suas missões e capacidades e mantêm-se fiéis aos ditames constitucionais.
É chegada a hora de consentir que o período que engloba 1964 é história e assim deve ser percebido.
Em manifestações recentes, o sr. fez uma defesa enfática da Lava Jato. Como analisa os movimentos que vão na contramão da faxina ética pretendida pela operação (julgamento no TSE, liberação de Rocha Loures, devolução do mandato de Aécio etc.)?
As instituições estão trabalhando e buscando resolver essa crise, que está atingindo nosso cerne e relativizando nossos valores.
Tenho afirmado que, além da crise política, vivemos um momento em que faltam fundamentos éticos e no qual o “politicamente correto”, por vezes mal interpretado, prejudica nossa evolução. Falta-nos uma identidade e um projeto estratégico de país. País com letra maiúscula. Por isso, costumo dizer que estamos à deriva.
No entanto, considero essa crise uma oportunidade, que poderá auxiliar a nação a se sanear, sem influências ideológicas ou políticas.
A Lava Jato simboliza a esperança de que se produza no país uma mudança fundamental, em que a ética seja nossa parceira cotidiana e a sensação de impunidade, coisa do passado.
Como o Exército se posiciona sobre a candidatura de Bolsonaro, um militar da reserva, à Presidência? E como vê o uso que ele faz da condição de militar na campanha (disse, por exemplo, que, como capitão, sua especialidade era “matar”)?
Todo cidadão tem o direito de ser candidato a qualquer cargo eletivo. É natural que o deputado Jair Bolsonaro use seu currículo e sua história pessoal, como ex-integrante do Exército, em sua campanha. Como integrante da reserva, ele sempre terá o nosso reconhecimento e o nosso respeito.
No entanto, e em última análise, é a população quem vai julgar os partidos e os candidatos, por intermédio do voto, devendo, para tanto, conhecer muito bem os projetos e ideias de cada um deles.
Destaco que o Exército, como instituição permanente, serve ao Estado e não a pessoas, estando acima de interesses partidários e de anseios pessoais.
A dimensão da crise favorece o surgimento de candidatos populistas e aventureiros. Como vê essa possibilidade e como analisa o quadro eleitoral para 2018?
Acho que a falta de um projeto nacional tem impedido que a sociedade convirja para objetivos comuns. Isso inclui, até mesmo, a necessidade de referências claras de liderança política que nos levem a bom porto.
Talvez seja um reflexo de os brasileiros terem permitido, no passado, que a linha de confrontação da guerra fria dividisse nossa sociedade.
É preciso que a crise que estamos vivendo provoque uma mudança no debate político para 2018. É necessário discutir questões que possibilitem preparar um projeto de nação, decidir que país se quer ter e aonde se pretende chegar. Está difícil de identificar, no Brasil de hoje, uma base de pensamento com capacidade de interpretar o mundo atual, de elaborar diagnósticos estratégicos apropriados e de apontar direções e metas para o futuro.
Está nas mãos dos cidadãos brasileiros a oportunidade de, nas eleições de 2018, sinalizar o rumo a ser seguido.
O sr. é um crítico do uso das Forças Armadas em funções de polícia. O que achou de o presidente Temer ter assinado um decreto convocando as Forças Armadas para coibir um protesto que descambou para a violência em Brasília? Essa tarefa não seria da polícia?
O Exército brasileiro é uma instituição que tem suas missões reguladas na Constituição, mais precisamente no artigo 142. Nele, observam-se três tarefas claras: a defesa da Pátria; a garantia dos poderes constitucionais; e a garantia da lei e da ordem.
O emprego das Forças Armadas nas manifestações que ocorreram na Esplanada dos Ministérios se deu em uma situação de emergência e teve caráter preventivo. Havia um sério risco de o patrimônio público ser dilapidado. A integridade física das pessoas também estava em perigo.
Não é possível aceitar que vândalos infiltrados nas manifestações permaneçam sem identificação e fiquem impunes. A ação dessas pessoas deslegitima qualquer manifestação e agride a democracia.
O sr. tem reiterado que “não há atalhos fora da Constituição” e demonstrado ser um defensor intransigente da democracia. Como analisa e a que atribui as manifestações no país por intervenção militar?
As manifestações demonstram um cansaço da população com os escândalos que temos visto. Elas refletem a materialização do capital de confiança apresentado nas pesquisas. Uma instituição que detenha 83% de confiabilidade é uma exceção em um ambiente degradado.
Porém, como tenho dito, vemos tudo isso com tranquilidade, pois o Exército brasileiro atua no estrito cumprimento das leis vigentes e sempre com base na legalidade, estabilidade e legitimidade.
Numa postagem recente em uma rede social, o sr. exaltou o marechal Castello Branco, um dos artífices do golpe militar de 1964. Que mensagem quis passar ao dizer que Castello Branco é “um exemplo de líder militar a ser seguido”?
Herói da campanha da Itália, ele já seria um exemplo por ter participado da Força Expedicionária Brasileira, na Segunda Guerra Mundial.
Mais tarde, em 1964, o Marechal Castello Branco foi o líder que civis e militares encontraram para dirigir os rumos da nação naqueles momentos conturbados e que, hoje, devem ser compreendidos dentro do contexto vivido à época.
Com sua visão de estadista, foi o responsável por alterações na legislação, que afastaram os militares da política partidária e que norteiam, até hoje, a permanência das Forças Armadas em seus quartéis, no estrito cumprimento do dever constitucional.
As Forças Armadas brasileiras não reconhecerão os erros e atrocidades que cometeram durante a ditadura?
A lei da anistia, compreendida como um pacto social, proporcionou as condições políticas para que as divergências ideológicas pudessem ser pacificadas. Ela colocou um ponto final naquela fase da história. Precisamos olhar para o futuro, atendendo ao espírito de conciliação.
O sr. costuma ressaltar a gravidade do quadro da segurança pública no País, com número de mortes equivalente ao de guerras. Como resolver ou pelo menos minimizar esse problema?
Esse problema exige uma resposta que envolva distintos atores da sociedade. Mas a solução deve, necessariamente, passar pela valorização e capacitação das forças de segurança pública. Passa, igualmente, pelo efetivo combate ao tráfico de armas e de drogas, hoje, grandes indutores da violência nos principais centros.
Da mesma maneira, o princípio da autoridade deve ser fortalecido e o sentido da disciplina social e do coletivo nacional -sem luta de classes- deve ser recuperado. Existe no Brasil uma excessiva compreensão com direitos e uma enorme negligência com deveres.
Há, também, excesso de diagnóstico e pouca ação efetiva e prática. Imaginar-se que apenas a vertente policial poderá resolver essas questões é ledo engano.
As ações de segurança pública devem, sim, estabelecer metas e prioridades. Exigem cooperação entre atores públicos e privados e deve ter, por ferramentas, programas sociais e serviços públicos, que fogem à esfera da Segurança Pública, adequados à região e à população.
Como está a negociação para alterar a Previdência dos militares? Estão definidos a idade mínima, o tempo de contribuição e o teto? O que o sr. defende? E há alguma perspectiva em relação ao reajuste salarial dos militares?
Os integrantes das Forças Armadas não têm sistema previdenciário, como, aliás, já descreve a Constituição. O que temos é proteção social, de acordo com as peculiaridades da profissão militar, já bem compreendidas por alguns setores da sociedade.
O Ministério da Defesa está coordenando os trabalhos de um grupo técnico com militares das três Forças Armadas, para propor medidas mais amplas nas áreas da reestruturação da carreira militar, da redução da defasagem remuneratória e da adequação de regras ao sistema de proteção social. São mudanças que terão consequências e reflexos mais duradouros no futuro.
Aliás, o próprio presidente da República, no final do ano passado, reconheceu a enorme defasagem salarial dos militares das Forças Armadas em comparação com as outras carreiras de Estado.
Recentemente, nas audiências em que participei nas comissões da Câmara e do Senado, também os parlamentares ficaram surpresos com essa discrepância.
Os objetivos estão traçados para o longo prazo e vão muito além da mera redução de despesas para a União. Eles visam à manutenção da atratividade da carreira militar e à atração e retenção de profissionais vocacionados, motivados, capacitados e com valores éticos e morais condizentes com a profissão que detém o poder de uso da violência institucional em nome do Estado.
Quero deixar claro, no entanto, que os militares não se furtarão a contribuir com a reforma. Estão dispostos a dar sua cota de sacrifício, comportamento que já tomamos inúmeras vezes no passado.
Qual a principal função das Forças Armadas, do Exército em particular, no Brasil de 2017?
Essa resposta é atemporal. Arguimos os nossos interlocutores sobre a importância das Forças Armadas em países com as nossas dimensões e potencialidades. Não raras vezes, nos surpreendemos com respostas superficiais, quando não, completamente distorcidas.
Quem leva o Estado Brasileiro às longínquas fronteiras, contribuindo para a presença nacional? As Forças Armadas!
Quem respalda decisões do Estado brasileiro perante outros Estados, impondo a nossa vontade por meio da dissuasão? As Forças Armadas!
Qual país verdadeiramente relevante do ponto de vista geopolítico descarta suas Forças Armadas? Nenhum!
Se você possuísse bens extremamente valiosos, estaria disposto a pagar para mantê-los? Estou seguro de que sim.
Desse bem a nossa sociedade já dispõe, mas não se apercebeu do quão importante é protegê-lo. Esse bem é a nossa liberdade.
Assim, é mister discutir mais sobre nossas Forças Armadas, para que, ao conhecê-las, saibamos valorizá-las e respeitá-las.
O sr. tem uma doença degenerativa, sobre a qual já se manifestou com transparência publicamente. Como está sua saúde hoje? De que modo a doença tem limitado sua atuação? Até quando o senhor tem forças para ficar no posto?
Conforme comentei em outras ocasiões, fui acometido por uma doença degenerativa que atingiu alguns grupos musculares, restringindo minha capacidade de locomoção.
Sinto falta de viajar, de percorrer as nossas unidades, de estar junto com a tropa. Busco vencer os desafios dia a dia e sigo no tratamento. Tenho um objetivo maior de servir à pátria e continuo a persegui-lo.
O general Sérgio Etchegoyen, de quem o sr. é conterrâneo e amigo, ganhou força no governo, e há quem comente que poderia substitui-lo. Existem articulações nesse sentido? Como vê a possibilidade? Como é a relação entre vocês?
A substituição dos comandantes de força é atribuição exclusiva do presidente da República. Quanto ao general Etchegoyen, ele é meu amigo pessoal, há mais de 50 anos, como você mesmo destacou. Trabalhamos juntos em várias oportunidades e, além da amizade, fortalecida a cada dia, mantemos agradável convivência familiar.
Folha de São Paulo/montedo.com

34 respostas

  1. Nao podemos ser tão "certinhos" ao extremo, face ao que está acontecendo hoje no Brasil….Existe sim, alguns atalhos fora da constituição….

    Dou como exemplo a greve das polícias de MG em 1997….Foi um atalho fora da constituição e que hoje é aplaudido de pé por todos os policiais….

  2. Eu não teria tanto otimismo com essa esperada eleição de 2018.
    A condenação do Lula, principal candidato, foi fraca em termos técnicos. Ou seja, não mostrou a materialidade dos fatos, apenas convicções e delações suspeitas. A questão é se ela vai concorrer ou não, pois sua vitória parece certa. Por mais que não se goste dele, no fim de seu último mandato ele saiu com mais de 80% de aprovação, isso será usado na campanha eleitoral. Seu principal adversário o PSDB, morre afogado com o Temer. Bolsonaro surge como opção (embora esteja a mais de 25 anos na política), mas não tem postura e nem competência técnica para disputar um debate ou participar de uma reunião com o líder de outro país. Imagina as merdas que ele vai falar nas reuniões da ONU, ou algo do tipo..Ou seja, os dois principais candidatos (Lula e Bolsonaro) vão causar mais turbulência no campo político…

    1. Nada supera as pérolas de Dilma meu amigo. E se você tá preocupado com o que ele vai falar e não com o que vai fazer, vote no lindo discurso do Temer ou talvez em seu sucessor (Henrique Meirelles )

    2. Mortadela detected. É por causa de gente assim, eleitores dos PTralhas, q o país está quebrado e não há recursos para nada, inclusive para o seu suado vencimento.

  3. Graças a Deus temos ainda homens como o Gen Villas Boas. Equilibrado, íntegro, sensato. Para aqueles que clamam inconsequentemente por intervenção militar um aviso, não se iludam, dentro dos quartéis, por trás dos muros, ainda existem homens toscos, incompetentes, orgulhosos, gananciosos por poder, egocêntricos, que pelos seus estudos e méritos(?) estão exercendo comando sobre as tropas.
    Entreguem este país na atual conjuntura nas mãos do Exército e isso aqui poderá se tornar uma Iugoslávia.

  4. Teremos o fim do QCO e a criação do QCE que visa VALORIZAR A PRAÇA com Nivel Superior !
    O 1O Sgt e Sten com Nivel Superior poderá realizar CONCURSO INTERNO e assim realizará o Cursi de formaçåo na EsIE, o que representa economia e valoriza o praça e reduz em 68% as despesas com formação. Precisamos que isso saia do papael.
    Montedo esta circulando.

    1. Sempre esse cidadão vem com esse tal QEO. Parece estar desesperado.

      Lembre-se que para o QEO sair do papel é necessário ter um LEI reestruturando a carreira dos sargentos. Sem isso, o simples concurso interno é inconstitucional e não irá em frente.

      Além disso, não custa nada lembrar que serão, no máximo, 30 vagas por ano. Portanto, considerando que as turmas da EsSA formavam quase 2.000 mil sargentos por ano, o percentual será extremamente baixo. Assim, será provável comentários que só os peixes passam. Não resolverá o problema.

      Por que você não estuda para o concurso do QCO ou para concursos públicos civis, como Receita Federal, Polícia Federal, Senado?

      Ou será que busca uma espécie de bolsa família, um atalho fácil?

      O simples fato de um diploma de nível superior não que dizer que tenha conhecimento. Pode (como muitos) ser um anafalbeto funcional.

      Pare de reclamar e colocar a culpa nos outros. Não espere que alguém faça algo por você. Seu insucesso é culpa exclusiva sua.

      Assinado: ex-soldado, ex-cabo, ex-sargento é atualmente QCO.

    2. Comentário perfeito. Digo-lhe q o desespero de gente assim se dá por 2 razões básicas: (i) incompetência latente para passar no concurso do QCO; (ii) e diploma furado em faculdade furada, cujo conhecimento eh tão furado qto o dono dele. Simples assim.
      Dessa forma, na esteira da política PTralha, buscam-se os atalhos, como esse tal de QOE, por isso o desespero.
      Maj LEONARDO

  5. Disseram a mesma coisa nas anteriores. Cansamos de ouvir, durante treze anos, o governo prometer solução só para o ano seguinte. foi assim que o Lula e a Dilma enrolaram a população, enquanto se fartavam nas verbas públicas.

  6. Vai somando aí: a eleição é em outubro de 2018; os eleitos assumem em janeiro; a administração só começa a funcionar em março, isso se o orçamento já tiver aprovado; vão escolher os ministros, no toma lá-da-cá; como a crise não acaba com a simples assinatura em documento e os políticos só querem se dar bem, vão começar a tomar medidas para tentar resolver só a partir do… segundo semestre de 2018 ou só no ano seguinte, conforme a arrecadação. Resumindo, só em 2019, possivelmente, alguma coisa melhore. Até lá, aumentarão os pedidos ao "Posto Ipiranga", e de graça. Como não existem condições políticas para arrancar o mal pela raiz e prender toda essa corja de políticos, hoje, os brasileiros vão ser enrolados por mais uns oito anos, no mínimo.

  7. olha como o governo está interessado em "economizar": Notícia da CBN/GLOBO: "Governo já gastou R$ 1,6 bilhões…
    Um levantamento do site Contas Abertas divulgado pela CBN mostra que também o governo paga pelo excesso de bagagem em viagens feitas por autoridades e funcionários. Valor: quase R$ 700 mil no ano passado. Só de material de cama, mesa e banho, o governo desembolsou R$ 33 milhões. Homenagens e festividades custaram R$ 55 milhões. Com material e serviço de copa e cozinha foi ainda mais: R$ 349 milhões. Não é nada barato.
    Seja no Executivo, no Judiciário ou no Legislativo, tem gasto para todo lado. Mexer em tudo isso parece só a ponta de um iceberg. Não seria suficiente para cobrir o rombo de R$ 139 bilhões nas contas deste ano, mas responderia como uma alternativa para o poder público evitar medidas desesperadas, como elevar mais tributos."
    Eu pergunto: nessa conta está incluído as mordomias dos gabinetes dos parlamentares, o dinheiro distribuído aos partidos políticos, as ONGS, aos movimentos "sociais", etc, etc? Depois, vem para cima dos militares como se fossem os responsáveis pelo rombo das contas. Me engana, que eu gosto!

  8. novamente esse velho jargao de cota de sacrificio. os militares nao se furtarao , essa retorica ja foi usada no passado.Me poupem!!!!

  9. Deus dos Exércitos proteja nosso Comandante, dai-lhe a saúde necessária para conduzir seus homens e mulheres, fortaleza seu corpo e sua mente; e por fim deixe-o concluir sua missão de forma íntegra e saudável, para que possa retornar ao ceio da família feliz e aproveitar vários anos de descanso e de paz. Amém!!!!!!!

  10. Esse jornalista "foi buscar lã,e saiu tosquiado",com as perguntas dele ao comandante.Em nenhum momento o general titubeou ao responder determinadas indagações, até um pouco provocantes, gostei das explicações.

  11. O Gen Villas Boas é um homem bastante inteligente e sua linha de raciocínio é compatível ao importante cargo que atualmente ocupa. Também sou a favor que as instituições estejam sempre em primeiro lugar, mas infelizmente para nós militares, principalmente graduados , a decepção com as forças armadas é cada vez maior. Existe uma proposta de reestruturação das carreiras militares que, a meu ver, não atendem de forma satisfatória a classe de graduados. Subestimar a capacidade técnica e intelectual desta classe, um dos pilares mais importantes de qualquer força armada, poderá custar um alto preço a médio e longo prazos. Entendo( e sinceramente, espero estar totalmente equivocado) que esta reestruturação irá aumentar o abismo entre oficiais e graduados quanto à questão salarial. Apoio incondicionalmente aqueles que procuram melhores horizontes através dos estudos e buscam, através de outros concursos, garantirem um futuro melhor. Infelizmente só pude concluir minha graduação superior quando fui para a RR ,pois fui aeronavegante por muitos anos. Uma aposentadoria tranquila, para nós graduados, é uma utopia. Baseado nos meus atuais vencimentos, sou obrigado a manter uma segunda profissão, não para satisfazer necessidades mais nobres , mas sim, para complementar o suprimento das necessidades básicas e afastar o medo e a insegurança de ver os meus vencimentos serem corroídos pela inflação e sofrer com perdas e mais perdas e promessas e mais promessas.

  12. Realmente é necessário eleições diretas, mas o sistema eleitoral deve ser modificado.

    Quem elegeu o(a) Presidente foi obrigado a levar o vice-presidente, isto foi uma "venda casada", o sistema eleitoral poderia separar os votos para a presidente do vice-presidente, de certa forma mostraria que a população quer o (a) presidente, mas não o vice-presidente.

    Outro aspecto seria somente eleger os políticos que receberam a maioria de votos com uma "espécie" de nota de corte, quem não atingiu a quantidade de votos necessário não seria eleito e não precisaria completar a quantidade de vagas para os disponíveis conforme o estado.

    Outro aspecto é unir a remuneração de todos os poderes do executivo, judiciário e legislativo, retirando a autonomia dos poderes legislativo e judiciário na questão de legislação de remuneração, uma vez que quem controla o uso dinheiro é o executivo, outros poderes apenas poderiam fiscalizar o uso e aplicação dos recursos financeiros.

  13. As afirmações do Comandante Villas Boas.

    As afirmações do Comandante do Exército, Gen Ex Villas Boas, à Folha de São Paulo, referentes à pergunta se existe a possibilidade de reestruturação dos vencimentos dos militares, comandados por ele,merecem algumas reflexões… Primeiro:desde sempre, sabemos que aquela ¨possível reestruturação salarial ¨é dependente e condicionada à aprovação da Reforma da Previdência dos civis e à consequente mudança, para nós, de trinta anos de serviço para trinta e cinco. Segundo:com o andar da carruagem,vários parlamentares estão falando que a Base de Apoio do Governo Temer já cogita mudar a data das votações da Reforma da Previdência civil para 2018. Ora, se isto ocorrer e a referida reforma cair no limbo, mesmo que o presidente Temer suporte ,em pé,todas as ações,jurídicas e políticas, capazes de tirá-lo da presidência da República brasileira será muito difícil- em estimo impossível- que a tal reestruturação dos vencimentos das Forças Armadas se efetivem.Senhores, esse filme nós conhecemos.Mudam os atores, mas o roteiro é sempre o mesmo.E, infelizmente, o final,também! A classe política- canalha, irresponsável, imprudente, inconsequente, muitas vezes criminosa, sempre trata as Forças Armadas, quando se trata de real melhora dos vencimentos, com o descaso, com falácias e o desdém que lhes são próprios. Então, podemos concluir, sim, senhores, que, com a Reforma da Previdência civil aprovada ,conforme os objetivos do Governo Federal, poderemos ter um futuro vislumbre de reestruturação salarial.Sem a citada reforma, jamais! A sociedade civil , não os políticos ordinários de esquerda, mas o povo, se dependesse somente dele, nós já teríamos um soldo compatível e decente, há décadas, e não a vergonha desprezível que nos pagam, mensalmente, enquanto parcela daquela classe política, ordinária, criminosa e vagabunda saqueia os cofres do povo brasileiro.Esta é a real. O resto é resto! Palavras de efeito, ocas de conteúdo!

    1. Discordo do amigo, prefiro ficar sem "reestruturação" salarial do que sofrer a famigerada reforma, haja vista que em um ano volta a ser tudo igual e as mazelas na carreira militar serão eternas!

  14. A longa espera do anúncio da reestruturação salarial dos militares tem gerado uma enorme insatisfação nas Foraças Armadas. É um abuso tratar os militares federais como servidor público ´´de terceira categoria´´. O Ministro e os Comnadnates de Força tem a obrigação de anunciar a VERDADE para a tropa. Se vai ter ou não o reajuste e quanto será e a partir de quando. É issso que os militares ( que são pais, mães, que tem filhos para criar e não aguantam mais o desleixo e humilhante salário ) querem saber. Com a palavra o Ministro da Defesa e que esse em AGOSTO17 anuncie o REAJUSTE em JAN18. Será ?

  15. Comandante, comandante!

    Votar em quem em 2018,Bolsonaro?

    Não, Cmt, 2018 nada irá melhorar e, discursos como esses não ajudarão em nada.

    Estão pilhando o país e o Sr me fala sobre o politicamente correto.

    Informação é poder, nào é? O Sr as tem, entã!?

  16. E ainda tem gente que pede intervenção militar, o que os oficiais fazem nos quartéis, fico imaginando se dessem esta autoridades a eles em governar o país, só Deus na causa mesmo!

  17. Esse General merece meu respeito, um dos melhores comandantes que já tivemos!

    Porém em se tratando de reestruturação, se você perguntar para a tropa principalmente praças, 90% vai dar gargalhadas, tamanha falta de crédito tem hoje as palavras, é impressionante como deixamos de acreditar nas promessas de nossos chefes. Isso é muito ruim. Já vi SO/ST ir embora dizendo que ficou 30 anos esperando melhoras, ai quando eu disse que agora acreditava que viria a tal reestruturação ele disse " não se iluda novinho, nada vem pra melhorar nas FA e a tendência é piorar mais".Isso mostra total descrédito, oque é muito ruim, pois se não acreditamos em nossos chefes supremos em quem acredtaremos.Na minha modesta opinião deixei de acreditar em algo melhor a algum tempo, pois sempre tem um empedimento para nos ajudar. Sempre estão estudando, estudando e nada. Ai ano que vem troca presidente, troca Ministro, talvez substituam os três comandos e novamente criam uma equipe de estudos que depois de 4 anos é trocada novamente e mais estudos. Estudar oque todos sabem, que somos desvalorizados. Ai você vai ficando esperando, esperando que algo melhore e quando vê 30 anos de serviço e só resta lamentar. Por isso rezo a Deus que me dê saúde para continuar estudando para dar uma vida digna a minha família, pois as contas não atrasam e a nosaa situação não está nada fácil

  18. Os militares não tem mais nenhuma cota para mais sacrifício. Já foram enganados na MP do mal, nas migalhas aceitas dos governos Lula e Dilma, na execução de mil obras pelo país que não são sua responsabilidade e ainda querem tirar o quê da tropa? Só se for o sangue.

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