“O foco não pode ser perdido”, adverte MPM sobre a polêmica entre general e juiz no Acre

Imagens: AC 24 horas

Na esteira da polêmica sobre a atuação do general José Eduardo Leal de Oliveira, comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, que em 11 de julho impediu a entrada do juiz Hugo Torquato, da Vara de Execuções Penais no Complexo Penitenciário Manoel Neri da Silva, em Cruzeiro do Sul (AC), o Ministério Público Militar expediu uma nota de esclarecimento, onde alerta que “o foco não pode ser perdido”. “A desestabilização na segurança pública”, adverte o MPM, “é o que interessa àqueles que transformaram os presídios brasileiros no que são atualmente.”

Leia a nota na íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

O Ministério Público Militar, tendo em vista as notícias veiculadas, inclusive nas mídias sociais, em relação ao episódio ocorrido no presídio Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul-AC, no dia 11 de julho último, esclarece que todas as ações da Instituição têm por motivação a manutenção da harmonia entre os órgãos envolvidos na segurança pública.
Nesse sentido, o parquet militar é testemunha do empenho e da dedicação das Forças Armadas no cumprimento das missões, assim como reconhece a importância da atuação da Magistratura e dos demais atores junto ao sistema de execuções penais, dentro dos contornos delineados no vigente arcabouço constitucional.
É notória a situação caótica dos estabelecimentos prisionais no país, fato que levou o presidente da República a autorizar, por meio do Decreto Presidencial de 17 de janeiro de 2017, o emprego das Forças Armadas em operações de varredura nas penitenciárias. O pleno êxito dessa iniciativa não será atingido se os esforços dos entes partícipes dessas operações for desviado para a discussão de outras questões. O foco não pode ser perdido. A desestabilização na segurança pública é o que interessa àqueles que transformaram os presídios brasileiros no que são atualmente.
O Ministério Público Militar acompanha as ações das Forças Armadas para garantia da lei e da ordem e pauta sua atuação no respeito às instituições, na legalidade e no cumprimento de metas e resultados estabelecidos.

Relembre a polêmica entre o general e o juiz:

AC: general impede que juiz acompanhe inspeção em presídio

7 respostas

  1. Começam a colocar as FFAA no meio dessas "atividades paralelas" e só vão sobrar problemas. No Brasil, o que não faltam são autoridades, onde todos querem mandar e ninguém gosta de obedecer. Em uma simples revista de presídio já deu essa celeuma toda, imaginem o que vai acontecer com os "brios" da PM do Rio quando os generais começarem a comandar as ações.

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