Preso suspeito de assassinar cabo do Exército no RJ

Polícia prende suspeito de assassinar cabo do Exército e ex-militar no Chapadão
Luiz Henrique Santos foi encontrado pelos agentes baleado no Hospital municipal Salgado Filho

RAFAEL NASCIMENTO
RIO — Agentes da Delegacia de Homicídios (DH) da capital prenderam um dos suspeitos de envolvimento no assassinato do cabo do Exército Jorge Fernando de Souza e o ex-militar Cleiton Felipe Massena, no Complexo do Chapadão, em Costa Barros, na Zona Norte. Identificado como Luiz Henrique Santos, cujo apelido é Tilé, de 25 anos, ele foi encontrado baleado na tarde desta quarta-feira, no Hospital municipal Salgado Filho, no Méier. A informação da prisão foi confirmada pelo titular da especializada Fábio Cardoso.
Segundo a DH, Luiz foi indiciado em investigações da Polícia Civil pelo homicídio das duas vítimas. Não há informações sobre como o suspeito foi ferido antes de ser internado no hospital. Após o rapaz dar entrada, unidade repassou a informação para a especializada.
Em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, Cardoso informou que, com o apoio da Core, policiais realizaram diligências no Complexo do Chapadão nesta quinta-feira. No alto da comunidade, foram encontrados três pontos de queimadas com ossos de seres humanos. A ossada será submetida a exames de DNA para a identificação.
O crime aconteceu na madrugada da última segunda-feira. As duas vítimas trabalhavam com os próprios carros para uma empresa de táxi clandestina que atua na região. Eles teriam sido confundidos pelos bandidos como informantes da Polícia Militar. O assassinato ocorreu na comunidade Final Feliz, que faz parte do conjunto de favelas.
No fim da noite de domingo, Jorge Fernando havia pegado uma corrida para Grumari. Ao chegar ao local, um homem disse que o serviço havia sido cancelado. Ele, então, avisou ao dono da empresa o ocorrido pelo WhatsApp. O homem que havia dado o recado passou a acusá-lo de estar passando informações para a polícia.
Por volta das 2h de segunda-feira, os motoristas foram chamados para uma “reunião de esclarecimento”, no alto do morro Final Feliz, mas apenas Cleiton, Jorge Fernando e um homem identificado como agente do Degase subiram para dar explicações. Receoso, Jorge Fernando enviou uma mensagem de áudio para a namorada, explicando a situação. Em resposta, ela perguntou se ele queria que avisasse à polícia.
A mensagem teria sido vista por um grupo de dez traficantes, que descarregaram dois pentes de AK-47 contra ele e Cleiton. O agente do Degase conseguiu escapar e contou a testemunhas que levou coronhadas, caiu em um barranco e, aproveitando a escuridão, entrou por uma rede de esgotos onde ficou escondido até traficantes desistirem de achá-lo.
Nesta quinta-feira, o irmão de um dos rapazes, por meio de uma rede social, contou que o corpo da vítima ainda não havia sido encontrado:
“Muitas pessoas continuam preocupadas se encontraram ou não o corpo do meu irmão, mas infelizmente não encontraram.E estamos sem novidades”, relatou.
O GLOBO/montedo.com

4 respostas

  1. Somos todos inocentes! Acreditamos nessa estória.Essa prisão surpresa não seria retaliação dos próprios traficantes e milícias da área que não querem uma força tarefa subindo o morro e atrapalhando os "negócios" no carnaval? Não seria a primeira ocorrência desse tipo e, as vezes, eles executam quem praticou o assassinato. Nos morros, todos sabem que táxis, comércios, venda de gás, telefonia, etc, todos pagam uma taxa ou são controlados diretamente aos traficantes ou milícias. O Rio está largado, em guerra urbana, dividido em territórios e a população no meio do fogo cruzado, e, interessante que, quando alguém é atingido, sempre recai sobre os policiais.

  2. Sociedade dominada e autoridades dominadas, sem poder. E ainda tem que inventar estorinhas como essa para justificar a prisão. Vai ver que foi o BATMAN ou homem ARANHA que feriu o bandido e chamou a polícia.

  3. ASSOCIAÇÃO UNIÃO DE MILITARES

    A União de Militares do Estado do Rio de Janeiro e a Comissão de Ética desta entidade se manifestam radicalmente contra a grave violação de direitos humanos representado pelos últimos acontecimentos envolvendo o assassinato do Cabo do Exército Jorge Fernando de 24 anos, sequestrado e morto com mais de 60 tiros por traficantes no morro do chapadão, na zona norte do Rio de Janeiro. O pai do mesmo informou que estaria indo reconhecer o corpo do filho. O Cabo trabalhava como motorista do UBER para complementar a renda, e pagar apartamento, ele servia no 25° Batalhão de logística. Um motorista da mesma cooperativa que o CB, trabalha no DEGASE, também foi pego pelos traficantes mas conseguiu escapar. além de outras duas vítimas.
    Conforme relato de familiares, os mesmos procuraram a Organização Militar do referido Cabo onde o caso foi tratado de maneira CORRIQUEIRA.
    O desrespeito aos direitos humanos tem sido prática recorrente destes marginais, assassinos, terroristas,destruidores de famílias, de sonhos, da liberdade da sociedade como um todo. Mas além de tudo isso estes meliantes estão ASSASSINANDO NOSSA capacidade de nos indignarmos, estão nos trazendo para seu mundo onde se permite achar normal atrocidades como estas.
    Em nenhuma guerra, por mais ódio e desprezo que se tenha pelo inimigo um adversário irá disparar mais de sessenta tiros em um ser humano. SESSENTA TIROS!!!!!
    É inconcebível e inimaginável o motivo de tamanha violência!
    É inconcebível tamanho descaso com a vida!
    É inconcebível tanto ódio e repúdio de uma criatura por outra!!!
    Cada tiro deste dilacera qualquer vínculo com a sociedade, com tudo que conhecemos como seres humanos. Cada criatura que disparou estes tiros abriu mão do reconhecimento como membros desta sociedade, de um convívio com seres humanos racionais com a mínima noção de respeito e cidadania.
    É preciso dar um BASTA, ou as autoridades se posicionam ou assumam a responsabilidade por permitirem que tais fatos continuem ocorrendo com tanta naturalidade, ou o Estado se posiciona e sai da frente para que a justiça seja feita de maneira direta e objetiva.
    CHEGA DE IMCOMPETÊNCIA E OMISSÃO.
    CHEGA DE DIREITOS HUMANOS PARA QUEM NÃO RESPEITA HUMANOS DIREITOS.
    CHEGA DE PENAS SUAVES E BRANDAS PARA QUEM PRECISA SENTIR NA CARNE A DOR QUE ESTA CAUSANDO A NOSSA SOCIEDADE.
    CHEGA DE DESTRUIREM NOSSAS FAMÍLIAS!!!
    Não podemos mais permitir que monstros possam continuar usurpando nosso direito a liberdade, a justiça e principalmente….A VIDA!
    Estaremos organizando uma frente para estudos e mudanças em nossas Leis para que sejam aprovados Projetos de Leis que tragam ações mais diretas e objetivas para que nossa sociedade possa livrar-se daqueles que não querem ser tratados como SERES HUMANOS.
    Externamos aqui nossos respeitos e solidariedade não só a estes familiares e amigos mas a tantos outros que também foram vítimas desta GUERRA URBANA.
    Rio de Janeiro, 03 de fevereiro de 2016.

    Espedito Silva Junior – Diretoria UM/RJ zap 981885283

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