Atletas militares representam 54% dos brasileiros já classificados para a Rio 2016

Jogos Olímpicos
Dos 87 desportistas do Brasil já classificados para as Olimpíadas, 47 são militares
Lista prévia divulgada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) nesta semana aponta que dos 87 desportistas do Brasil já classificados para os Jogos Olímpicos Rio 2016, 47 são militares, representando 54% do total. Todos integram o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) do Ministério da Defesa.
Dos 49 atletas de natação e atletismo que alcançaram índices para os jogos, 27 são militares, mas a lista de classificados nessas modalidades ainda poderá sofrer alterações, dependendo dos resultados da classificatória final a ser realizada nos meses de abril e julho, respectivamente.
A expectativa é de que a delegação do País tenha em torno de 420 atletas, dos quais cem sejam militares. O objetivo do Departamento de Desporto Militar (DDM) do Ministério da Defesa é passar de cinco para dez o número de medalhas conquistadas por esportistas ligados às Forças Armadas – dobrando, assim, as conquistas das Olimpíadas de Londres, em 2012.
Entre os atletas militares com os nomes na lista para os Jogos Rio 2016 estão Yane Marques (pentatlo moderno), Iris Tang Sing (taekwondo), Martine Grael (vela), Felipe Wu (tiro) e Robson Conceição (boxe).
PAAR
O Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) é uma parceria dos ministérios da Defesa e do Esporte e tem o objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto nível. Os esportistas têm à disposição todos os benefícios da carreira militar, como vencimentos, plano de saúde, férias e assistência médica, incluindo nutricionista e fisioterapeuta, além de disporem de todas as instalações esportivas militares adequadas para treinamento.
Ministério da Defesa/montedo.com

13 respostas

  1. Vivemos uma eterna hipocrisia mesmo, esses "militares" ingressaram nas FA sem qq tipo de concurso e pior engrossam nossa folha de pagamento sem trabalhar. Mas como vivemos em um país bagunçado onde a justiça só enxerga o que lhe convém, ocorre dentro das FA que deveriam dar o exemplo esse tipo de peixada/favorecimento, um verdadeiro absurdo, muitos sequer tem noções básicas inerentes as particularidades da profissão militar e são promovidos a terceiro sargento. Já vi excelentes militares Cabos e Soldados, filhos do pobre que sequer tiveram a oportunidade de frequentarem um curso de formação de sargentos, uma total inversão de valores. Isso sempre foi comum em particular no EB, muitos trabalham sem concurso, ou são favorecidos nas diversas seleções. É o caso dos PTTC, dos Oficiais OTT e Sargentos STT, um verdadeiro tapa na cara do contribuinte. Mas o que esperar de um país onde nossos heróis são jogadores de futebol. Não sou contra o esporte mas não é correta essa iniciativa das FA em ajudar esses atletas de forma ilícita ou no minimo suspeita. Com a palavra o Ministério Publico.

  2. Na hora que querem, fazem qualquer negócio para beneficiar poucos. Como eles conseguiram ser militares sem concurso?? Quem deveria dar apoio financeiro, estrutura e condições de treino é o governo federal e suas secretarias de esportes e não Forças Armadas. Ceder as instalações para treinos, tudo bem, mas incorporá-los como militares, não sei se é Legal. Tudo é atribuição das Forças Armadas, nesse governo desmoronado, e só não recebe o respeito merecido na hora que precisa.

  3. Eles tem só os BONUS? E os ônus pertinentes a carreira militar? Já tentaram fazer um pente fino e incentivar os militares que fazem de tudo? Talvez tenhamos alguns atletas.

  4. Deveriam dar opurtunidade de os verdadeiros militares competirem, mas particularmente os cabos e soldados. Com este tipo de farça fica fácil ser medalhista em Jogos Militares e demais competições.

  5. Vai longe o tempo em que o militar-atleta ou atleta-militar, como acharem melhor designar, tinha respaldo e reconhecimento. O militar tinha uma habilidade específica num certo tipo de esporte, se destacava dos demais atletas por sua destreza e agilidade, em alguns casos, dependendo do local em que servia ou trabalhava e também da politica do cmt (OM, Brigada, DE) era incentivado a treinar e representar seu pequeno ou grande comando.
    O militar atleta tinha que se adaptar a toda a rotina normal de trabalho do local em que servia(escalas, formaturas, missões, expediente, etc) e no meio desta parafernália toda ainda tinha que se virar e arrumar tempo para treinar.
    Testemunhei ao longo dos anos nas OM e Grandes comandos que passei, militares humildes, que faziam e praticavam esporte por amor, por gostar do que faziam, receber como incentivo o reforço de laranja, mel e aveia, e ainda ter que tirar passagem do próprio bolso para competir em cidades não tão longes.
    Poderia citar diversos casos aqui, semelhante a uma narração que ouvi certa vez, que determinado atleta perdeu a competição por causa de um FAX que chegou avisando da antecipação de determinada competição e não lhe foi repassado, ai o "S" responsável alegou que não sabia que tinha atleta treinando na unidade para aquela tipo de competição!Descobriu-se depois que como o fax não incluia o tal "S" nominalmente, ele preferiu prejudicar um companheiro mais moderno, não dando ciência do que ocorria.
    Não vou me alongar, apenas emitir a opinião de quê as três forças armadas sempre tiveram talentos e expoentes fortíssimos no esporte, que não se destacaram mais por causa da falta de apoio, que nunca deixaram de ser militares pois faziam sua função muito bem e ainda sacrificavam em treinos noturnos ou em fins de semana, mas quê como todos nós, um dia de tanta injustiça e falta de reconhecimento, desistem.
    Aí eis que surge o programa de inclusão de talentos cívis no meio dos militares…..se tivessem primeiro enxergado os diamantes brutos (atletas que precisam de apoio) que já existiam e existem dentro da força, o resultado já estaria em outro patamar bem mais elevado.
    Ainda tem muito militar na essência precisando só de um empurrãozinho, apoio, algo a mais que laranja, mel e aveia vencida, para se destacar, é só peneirar e principalmente, não derrubar aqueles que já se sacrificam! Quanto aos que estão ai incluídos no programa, fala que vai tirar uma escala quinta e domingo com missão sexta e sábado, para ver se gosta mesmo do que faz!!!!Quantos ficariam????????

  6. Sem querer polemizar, esta história de concurso para ingressar nas Forças Armadas refere-se a militares de carreira. Estes atletas chamados de alto rendimento são temporários, não podem permanecer mais que nove anos nas FA. Como todos os demais temporários, são escolhidos pelos predicados, no caso, a excelência em algum esporte militar/olímpico. Não foi ressaltado que nas competicões militares mundiais ou panamericanas eles nos representam – e é esta sua função básica. Não ficou claro, também, que o tempo do mel e da aveia está longe. Hoje, desde que se destaquem em competições militares nacionais passam a ter tratamento diferenciado.

  7. Pelo que já vi na vida, se existir algum militar atleta em uma unidade bem longe dos grandes centros, se não tiver uma peixada, jamais será transferido para um centro de treinamento no Rio, ou São Paulo. Vão dizer que ele está "armando" uma transferência. Mas, para outros, é uma facilidade extrema. Já vi um caso assim. O cara era, digamos, atlético,boa forma,mas nada extraordinário como os atletas de verdade. A diferença estava na bajulação e faz-tudo do comandante. Se mandasse catar coquinho na mata, ele saia correndo. Fazer trilha,era com ele. Era até dispensado de outras coisas e vivia viajando. Foi transferido para o Rio, para um centro de treinamento, na metade do tempo exigido de permanência obrigatório, enquanto outros que já estavam passando do tempo, ficaram lá.Outros, precisaram até entrar na Justiça para conseguirem.

  8. Ser militar assim é muito fácil, sem qq tipo de concurso, usar farda, prestar continência a bandeira em solenidades esportivas e passar o cartão no fim do mês, é muito fácil. Quero ver é tirar serviço de escala, ir para acampamento/manobra, fazer marchas, ficar duas horas no sol treinando para formatura rolha para agradar general, tirar escala de boca podre, trabalhar direto fora do horário de expediente etc. Quem faz ESA ou Curso de Sgt Temporário sabe que não sai de graça a promoção, como é feito para esses "atletas de alto rendimento". Quem tem que bancar atletas é o Ministério dos Esportes e não as Forças Armadas, afinal temos nesse país 39 Ministérios. Já não chega termos que cumprir missões para os Ministérios da Saúde, da Educação, da Justiça, das Cidades, dos Transportes etc e ainda temos que bancar com os salários de atletas, é simples, é só extinguir esses Ministérios e passar seus orçamentos para as FA. Esses "sargentos" engrossam a folha de pagamento, mas trabalhar que é bom, nada. O EB sempre foi assim prestigia o pessoal de fora e pancada no seu publico interno. Medalha do pacificador para atletas e políticos e FATD para os militares de verdade. O ultimo a sair feche a porta. Vida que segue.

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