Cachorro do Exército da Colômbia morre após acionar mina terrestre

Morte de cão farejador salvou a vida de 30 soldados que o acompanhavam.
Labrador Azabache participou de várias operações nos últimos 3 anos.
Um cachorro do Exército da Colômbia treinado para farejar explosivos morreu ao acionar uma mina terrestre, evitando assim que 30 soldados que o acompanhavam fossem atingidos pelo artefato, em uma área rural do município de Suárez, no sudoeste do país, informaram nesta quinta-feira (21) fontes militares.
Azabache, um labrador que tinha participado de várias operações do Exército nos últimos três anos, foi atingido pela explosão de uma mina quando passava junto com um grupo de militares pelo povoado de Patio Bonito, na província de Cauca.
A detonação alertou os soldados, que correram imediatamente para prestar socorro ao animal, antes de transferi-lo em um helicóptero para um centro veterinário na cidade de Cali.
Os exames feitos pelos veterinários do exército revelaram que a explosão causou ferimentos internos no animal, que acabou morrendo quando faltavam dois anos para o fim de sua carreira militar.
“Assim como acontece com qualquer um de nossos soldados, sentimos um pesar muito grande pela morte de Azabache, que nos permitiu localizar uma grande quantidade de explosivos durante seus três anos de trabalho na instituição”, disse o comandante da terceira divisão do exército colombiano, o general Luis Rojas.
O comandante indicou que a equipe da qual Azabache fazia parte estava em uma região de difícil acesso, onde há forte influência do narcotráfico.
O condutor do cachorro, o soldado Víctor Betancourt, foi o encarregado de transmitir a notícia a seus superiores em uma breve narração por rádio.
O labrador Azabache se destacava entre os 450 cães do esquadrão antibombas da terceira divisão do Exército colombiano e já era reconhecido por seus companheiros, pois os tinha salvado de outras duas minas na terça-feira.
Nesta quinta-feira, Azabache foi homenageado com uma cerimônia militar e sepultado por seus companheiros nas imediações do posto de comando da Força Tarefa Apolo em Cauca.
As minas antipessoais e outros artefatos explosivos utilizados nas mais de cinco décadas de conflito armado na Colômbia deixaram 11.800 mortos e feridos nos últimos 25 anos, segundo números da ONG Campaña Colombiana Contra Minas (CCCM).
Apesar de não existem cálculos oficiais sobre a quantidade de artefatos instalados, o governo estima que a remoção de todas as minas levaria pelo menos uma década.
Segundo a CCCM, o custo para desativar minas é de cerca de US$ 1.000 por metro quadrado de área, enquanto a fabricação de uma mina custa cerca de US$ 1,20.
EFE/montedo.com

5 respostas

  1. Tem que pegar os guerrilheiros e fazerem caminhar pelas áreas onde enterraram as minas para retirá-las. Mesmo após o conflito, muitas ficarão enterradas provocando a morte e mutilações em civis.

  2. Enquanto isso muitos comandantes no Brasil mandam os militares da guarda catar os caes e gatos do quartel e colocarem para fora da area militar.

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