Exército deve substituir munições para missões na selva a partir de 2016

Munição mais leve e mais barata será usada pelos Batalhões de Infantaria.
Testes ocorreram nesta quinta-feira (17), no 1º BIS, em Manaus.
Jamile Alves
Do G1 AM
O Exército Brasileiro testou, pela primeira vez no país, uma nova munição para ser usada em 2016, nesta quinta-feira (17), em Manaus. Menor, mais leve e mais barata, a nova munição perfurante calibre 556 deve substituir as anteriormente usadas pelos Batalhões de Infantaria de Selva na Amazônia. A alternativa pretende otimizar o trabalho dos combatentes na floresta.
Segundo o Comandante Militar da Amazônia, General Guilherme Theophilo, a proposta da troca é falicitar as missões na selva. Com a nova munição, o armamento chega a pesar 1,5 Kg a menos.
“O calibre 556 é mais leve para se transportar na selva que a 762. Nossas patrulhas são de longa duração no meio da selva, somam de 8 a 10 dias e, quanto mais a gente aliviar aquele peso que o combatente já leva, melhor. A mochila que ele leva já pesa 30kg e a gente vai aliviar [o peso transportado] na munição”, disse o comandante.
Durante a tarde, a nova munição passou pelo primeiro teste em solo brasileiro, no 1º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS). Ela já chegou a ser utilizada em campo pela 2ª e 16ª Brigada de Infantaria de Selva, na Operação São Joaquim, que ocorreu na fronteira do Brasil com a Colômbia no início de dezembro.
Mesmo em tamanho menor que a de calibre 762 – utilizada atualmente pelo exército -, a nova munição mostrou melhor desempenho nos testes. “A dúvida seria se essa munição teria o mesmo efeito que a 762, que é maior, mais pesada e mais cara. Então foi desenvolvida uma nova munição 566 com o mesmo poder de penetração. Vimos que ela [556] se comportou muito bem, empatou na maioria dos testes e ganhou em dois”, contou.
As duas munições foram testadas nos mesmo alvos. A 556 chegou a perfurar um alvo situado atrás de um muro de concreto, além de penetrar uma placa metálica de 11 mm. “Ela se comporta da mesma forma que a 762, mas com a vantagem de ser mais leve e menor, de modo que a gente possa dentro de um carregador levar 30 tiros invés de 20”, completou.
G1/montedo.com

12 respostas

  1. Uma solução é fazer um barulho com a boca simulando tiro. Assim não há custo. Tal qual os famosos lote clic na artilharia. Querem mudar o armamento para um calibre menor, agora querem utilizar munição mais leve e mais barata. Forças Armadas não são empresas, não visam lucro, não se podem comparar com outros setores. É segurança. É como a segurança que você coloca em sua casa, ou tem ou não tem. Se é para trancar a casa com uma vassoura atravessada na porta, melhor deixar aberta logo de uma vez. Não existe ambiente meio seguro.

  2. Miséria? Que nada, tudo resolvido no nosso EB de Brancaleone, temos o Adj de Comando (para as praças insatisfeitas controlar) e o dia do uniforme. Vou voltar agora para o papiro (dizem que ele liberta..).

  3. Excelente notícia para nós Combatentes de Selva , o Exército Americano usa esse calibre há quase duas décadas . eu tive a oportunidade de atirar com ele em meu Curso no CIGS em 1980.

  4. De calibre 762 caiu para 556, logo sera chumbinho de pressão 4.5 que é mais barata.
    Com FFAA não se brinca ou tem ou não tem, no Brasil esta parecendo que não tem por tanto fiasco que ando vendo.

  5. O pior é que tem gente que vive fingindo que nada mudou. Não vê crise, não vê evasão, não as deficiências no processo de seleção dos recrutas que na sua maioria são jovens problemáticos e de baixa escolaridade, enfim, o barco está furado! Quem hoje presta o concurso ou se mantém na força, na média, é quem não tem capacidade para outra carreira. Sim, existem os motivados, os que acreditam e fico feliz que assim os tenha. Não estou cuspindo no prato em que como, mas a coragem moral não extrapola os muros dos quartéis, sendo assim, do que adianta brincar de senhor feudal e vassalagem se quando sai à rua mal pode dar dignidade à sua família e sem a super farda ser um relés mortal?

  6. Mesmo o calibre sendo mais barato, vai ter dinheiro para comprar?? Melhorar o armamento e sua capacidade de destruição é bom. Seria bom também um "estudo" sério para diminuir esse peso da mochila. Dizem que é trinta quilos? O soldado não é burro de cargas, na minha opinião, e se é o tal, como guerreiro de selva, deve ter alguma alternativa menos pesada e também barata.Não pode fazer como um que ao visitar um destacamento em uma fronteira muito distante, de uma das Força, verificou que a munição estava muito velha e queria levar tudo embora para, depois, mandar novas. Aí perguntaram como o destacamento faria se precisasse usar se ele iria levar tudo.Desistiu da "boa" ideia.Coisas do Brasil.

  7. Diminuir o calibre por questões tecnicas e especificas de missões é uma coisa, agora por falta de dinheiro é uma VERGONHA.
    O Brasil é o pais que mais ganha dinheiro com impostos e com importações e ainda tem a coragem de dizer que não tem dinheiro, só o que faltava.
    Isso é desgoverno e ladroagem de muitos politicos como vemos nos noticiarios todos os dias…

  8. O lado bom destas notícias no Blog do Montedo, é que cada vez que leio as matérias e os comentários, mais motivação tenho ao estudar.

    Sempre assim: 2 horas de estudo. Pauso para água, abro o Blog, leio matérias e comentários, reflexão do que li, fico chateado com nossa situação atual, e volto a estudar.

    Agora é ficar chateado por uns 5 minutos e voltar a estudar.

    Brasil!

  9. Oba, agora teremos munição para duas horas de combate, duplicamos o poder de fogo do nosso EB, o ultimo a sair que feche a porta, vida que segue.

  10. Bem… até onde eu sei, tal calibre não foi eficiente na Guerra do Vietnã, ou seja, numa guerra travada na selva. É uma munição muito leve e que facilmente tem seu curso desviado por galhos e folhas, além do que não atravessa com facilidade árvores mais grossas. Mas se o Exército de Brancaleone Brasileiro está dizendo que ela é melhor no ambiente de selva…

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