“Luta patriótica”: boneco do General Mourão permanece em frente ao Congresso

General afastado após criticar governo é homenageado com boneco inflável em protesto
Peça de 12 metros de altura pertence a manifestantes que pregam a saída da presidente Dilma Rousseff e a intervenção militar
Guilherme Mazui, RBS Brasília
Demitido do Comando Militar do Sul depois de criticar políticos e pedir “o despertar de uma luta patriótica”, o general Antonio Hamilton Martins Mourão estampa um boneco inflável no gramado em frente ao Congresso Nacional. A peça de 12 metros de altura foi colocada por manifestantes que pregam a saída da presidente Dilma Rousseff e a intervenção militar.
Mantido por geradores, o boneco com o rosto do general traz a imagem de um militar fardado, que bate continência e enverga a faixa presidencial com a inscrição “Brasil acima de tudo”. Na farda aparece o nome “Mourão”.
— É uma homenagem ao general pela sua postura em favor da defesa da democracia — afirma o advogado Antônio José Ribas Paiva.
Segundo Paiva, o boneco custou cerca de R$ 7 mil e foi fabricado em São Paulo. A peça foi posicionada de frente para o Congresso e virou atração entre as pessoas que passam pelo acampamento criado no gramado da Esplanada, que recebe manifestações diárias contra o governo. O espaço tem sido visitado por políticos de oposição, como o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Por ora, não há previsão de retirada do boneco.
— O boneco fica até que se resolva esse impasse criado pela falta de legitimidade do governo e pelo desejo do povo por democracia — diz Paiva.
Presente no acampamento, o gerente de vendas Daniel Barbosa diz que o objetivo dos protestos “é acabar com o crime político organizado e com o aparelhamento dos poderes”. Para ele, a intervenção seria uma saída.
— Seria uma organização do povo para derrubar esse governo, que não representa a sociedade, pelos meios constitucionais. Isso vai haver conforme rege a Constituição, se as instituições não tiverem mais independência, e acho que é fácil de o povo notar. Não existe independência dos poderes.

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A homenagem a Mourão é um desagravo ao general, demitido do Comando Militar do Sul no final do outubro. Em uma palestra, ele distribuiu críticas aos políticos e disse que a eventual saída de Dilma não traria grandes mudanças, mas que a “vantagem” seria “o descarte da incompetência, da má gestão e da corrupção”.
Na mesma fala, Mourão pediu “o despertar de uma luta patriótica”. Palácio do Planalto, Ministério da Defesa e Comando do Exército não gostaram das afirmações, e a irritação foi reforçada quando o Comando Militar do Sul decidiu realizar uma homenagem póstuma ao coronel Brilhante Ustra, apontado pela Comissão da Verdade como torturador.
O desconforto na caserna resultou na transferência de Mourão para a Secretaria de Economia e Finanças do Exército, em Brasília. O general Edson Leal Pujol substituiu o colega no Comando Militar do Sul.
Zero Hora/montedo.com

12 respostas

    1. … mediante compra de votos, chantagem através do bolsa família, urnas eletrônicas duvidosas; bem legítima essa democracia! Mesmo se tivesse ganhado "na moral", com a atual reprovação esse arremedo de governo DEIXOU de ser legitimo.

  1. Gente! O certo é não votar nestes políticos novamente. Agora não adianta ficar "chorando", tem é que deixar de burrice.

    Voto facultativo, já!!!

  2. Pra quem não se atentou que os canalhas esquerdistas não brincam em serviço, eles estão mandando seus guerrilheiros disfarçados mst, cut, movimento negro a destruir acampamento pró impeachment, provocar e arrumar confusao, destruindo faixas e o boneco do general Mourão. Se a sociedade de bem não for pra rua e pra frente do congresso também, eles vão vencer…..
    Com os esquerdistas nao se brinca, eles São baixos, capazes das maiores sujeiras pra não perder o poder.

  3. O que mais se vê na Tv são movimentos diversos fantasiados de defensores das mulheres negras, artistas, excluídos disso e aquilo, dizerem abertamente que o impedimento da presidente Dilma, se ocorrer,será um golpe, inclusive parlamentares pro-governo sabedores da Constituição e irresponsáveis. As mentes menos alertas e dominadas pelas mentiras do PT e seus apoiadores certamente reagirão de forma violenta.

  4. Sinto pena dos inocentes brasileiros que ainda acham que algum general da atualidade tem espírito estadista. É como se fala nos quartéis: o comandante não consegue cuidar do seu quartel, como vai comandar um país?

  5. é a história do sapo. Primeiro colocam o sapo na panela com água, depois acendem um fogo brando, e deixam a água esquentar bem lentamente. Aos poucos o sapo vai vendo turvo, vai perdendo reação, se enfraquecendo, mas ele não sabe por que, está sem reação, não está preparado para uma agressão tão sutil. Perde a capacidade de reação, sente frio, jã não vê, agoniza, nem sente mais. Um sapo morto em água, que agora é fervente. Não restou mais nada.

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