Quando o tema é igualdade, as forças armadas americanas estão à frente da sociedade

América já tem uma almirante, falta a presidente
LEONÍDIO PAULO FERREIRA
Vi marinheiras na ponte de comando, e a disparar, e a reparar o sistema elétrico. A bordo do USS Carney, entre os Açores e a Andaluzia, apercebi-me de que ser-se mulher deixou de fazer diferença na marinha americana. E mesmo não sendo mulher nem o comandante do destroyer nem o número dois isso não quer dizer nada.
Desde o ano passado – alguém me recorda – há uma almirante na US Navy. Chama-se Michelle J. Howard. Ou seja, se Hillary ganhar as presidenciais de 2016, uma americana estrear–se-á na Casa Branca, mas antes disso uma mulher chegou ao topo da marinha.
Note-se que as Forças Armadas americanas sempre estiveram à frente da sociedade em termos de igualdade. Por exemplo, foi preciso esperar pelos anos 1960 e as marchas de Luther King para os Estados Unidos acabarem com a segregação racial, mas já em 1948 o presidente Truman pusera fim à separação nos militares. Um reconhecimento pela bravura em combate dos batalhões afro-americanos na Segunda Guerra Mundial, que tinham já mostrado o patriotismo na Grande Guerra.
E mesmo no tempo de Lincoln houve 200 mil soldados negros a lutar na Guerra Civil. Século e meio após a abolição da escravatura, há Obama presidente.
A almirante Howard é hoje uma figura famosa. Ainda antes da última promoção já era popular por ter comandado em 2009 a operação contra os piratas somalis contada em Capitão Phillips, o filme com Tom Hanks. E entre os marinheiros, o que todos reconhecem nela é o grande valor, não ser mulher ou homem.
DN OPINIÃO/montedo.com

5 respostas

  1. Louvável a competência da militar norte-americana, no entanto, existe o outro lado da moeda, como podemos ver nesse documentário: https://www.youtube.com/watch?v=M_yZ9ywEOMk
    O tema serve de alerta também para o nosso pessoal, que ainda está se adaptando culturalmente ao aumento do efetivo feminino, não apenas nas FFAA como também nas PPMM do país! Podemos ver um pequeno reflexo desse fenômeno nessa reportagem do G1 de MARÇO deste ano: http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/03/pesquisa-diz-que-40-das-policiais-ja-sofreram-assedio-sexual-ou-moral.html
    Também deve ser levado em consideração o comportamento das próprias militares, tem uma minoria que anda dando vacilo direto nas redes sociais e essa promiscuidade de algumas, que ocorre inclusive dentro das corporações, acaba manchando a imagem das demais e, por tabela, catalisando os casos de assédio!

  2. essas questões são mais mídias que outras coisas… Mulheres sempre tiveram tarefas importantes mas de um seculo pra ca ficou esse estima sei la

    em 1925 minha avo com 14a trabalhava em fabrica de linho, antes tinha atribuicoes domesticas e da oça

    antigamente o homem era roceiro e a mulher cuidava da casa e dos flhos mas nao era menos importante

  3. E quando a cor da pele é o fator de desigualdade? Quantos generais negros e pardos nós temos, mesmo? Os EUA já tiveram vários, dentre os quais, Collin Powell, chefe maior das FFAA norteamericanas. Convivi com diversos negros e pardos primeiros de turma na EsPCEx, na AMAN, EsAO e ECEME. Sabe quantos saíram generais? Acertaram!

  4. Concordo com o comentário das 13:16, agora vamos ver na FAB quantos pilotos de caça negros? Quantos brigadeiros negros? Se não me engano acho q já vi apenas 1 caçador e um brigadeiro. Precisa falar mais!

  5. Impossível acontecer isto aqui no Brasil! Mulher e negra ou parda, ainda na Marinha?! Uma pouca vergonha um país onde dizem não haver racismo termos tão pouco oficiais generais negros. Eu mesmo tinha quase trinta anos de serviço na FAB quando vi um brigadeiro negro presidir uma formatura na Base Aérea de Santa Cruz. Eu já estava quase indo para a reserva. Ouvia falar que existia, porém pensava que era igual OVNIS. Nos EUA, cansei de ver quadros nas bases da USAF com fotos de generais e até marechal negros. Depois dizem que lá é que há racismo.

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