Lava Jato: delitos do Almirante não tem ligação com atividade militar, diz Sérgio Moro

Crime do ex-militar
No despacho para a prisão do Vice-Almirante Othon Luiz Pinheiro Silva, o juiz Sérgio Moro foi forçado a fazer uma importante ressalva:
“Não passa sem atenção o fato de Othon Luiz ser militar da reserva. Apesar do prestígio das Forças Armadas, o fato é que as provas indicam possíveis crimes de corrupção em tempo muito posterior à passagem dele para reserva e no exercício de atividade meramente civil. Então a investigação não tem qualquer relação com atividade militar, não sendo os fatos em apuração crimes militares nos termos do art. 9º do Código Penal Militar”.
Presidente da Eletronuclear desde 2005 até abril deste ano, quando se licenciou, Othon era uma referência na comunidade científica, inclusive porque foi autor de um projeto de criação de centrífugas usadas no enriquecimento de urânio para propulsão nuclear em submarinos.

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Currículo brilhante
Em 1994, Othon Luiz Pinheiro Silva chegou a receber do então presidente da República Itamar Franco a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, por conta de suas colaborações à ciência e à tecnologia.
Othon se especializou em engenharia nuclear no Massachussetts Institute of Technology (MIT), em 1978.
Foi diretor de pesquisas de reatores do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) entre 1982 e 1984, além de fundador e responsável pelo Programa de Desenvolvimento do Ciclo do Combustível Nuclear e da Propulsão Nuclear para Submarinos entre 1979 e 1994.
Atuou ainda como diretor da Coordenadoria de Projetos Especiais da Marinha (Copesp), atual Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), de 1986 a 1994. (R. A.)
Alerta Total/montedo.com

15 respostas

  1. Cara, esse Moro é bom. Tecnicamente ele está dando um banho. Nem os Ministros petistas no STF conseguem quebrar as suas decisões.

  2. Quando estiver fora da OM vestindo o paisano e cometer um crime, quero ser julgado com civil seguindo essa linha de raciocinio.Recebe vencimentos entao ainda é militar.

  3. O Oficial-General cometeu crime que afetam a dignidade militar, mesmo estando na reserva. A dúvida é se suas medalhas serão cassadas.

  4. Putz…é cada uma…depois reclamam que ganham mal…não conhecem nem os regramentos da profissão militar, vamos lá…deixe a preguiça de lado e abra o art. 9° do CPM como está na reportagem (nego nem lê o texto todo) e veja se há como tipificar a conduta do Almirante R1 como crime militar, próprio ou impróprio.. Vcs verão que NÃO!!! Trata-se de crime comum a ser processado na Justiça Federal. O que pode ocorrer com o acusado na esfera administrativa da caserna é ser submetido a Conselho de Justificação. Se nós queremos ser valorizados, temos de fazer por onde. Conhecer os direitos e deveres referentes à profissão deveria ser ensino básico de qualquer escola de formação. Ou que pelo menos o profissional militar para sustentar esta qualidade tivesse um mínimo de curiosidade ou esforço na busca do aprimoramento pessoal. Triste ver um Exército que se diz profissional atirar, quando muito, uma vez por ano, e com munição contada. Triste ver companheiros que só vêm aqui reclamar direitos, mas que olvidam os seus deveres, alguns até confessando que trabalham mal propositadamente. Todo mundo quer ganhar mais, mas poucos querem se esforçar mais. Desculpem o desabafo.

  5. Tem cada crítica ridícula aqui nos comentários…
    O blog deve ser usado para comentários abertos, não para criticar o comentário do colega. Cada um escreve o que quiser, porém ninguém tem o direito de criticar o colega ou dizer que não sabe ler, interpretar textos, não saber ler códigos, etc, etc.

    É cada uma!!!

  6. Mantido 10 anos na presidência da Eletronuclear pelo PT. O Saci Pererê, a Cuca e o Coelhinho da Páscoa também acreditam na inocência desse cidadão.

  7. Lamentável a falta de conhecimento, para não dizer "ignorância" e "idiotice" de alguns comentários. Tipo " o praça quando erra, mesmo na reserva é punido pelo Código Penal Militar" ou "Quando estiver fora da OM vestindo o paisano e cometer um crime, quero ser julgado como civil".
    Voces deveriam ler mais, procurar saber a diferença entre crime civil e crime militar. Assim, ficariam sabendo que existem competências distintas da justiça civil e da justiça militar. Crime militar tem suas especificações, previstas em lei. O fato do militar (oficial ou praça) cometer um crime não quer dizer que ele vai ser julgado pela justiça militar. Tem que ver a natureza desse crime. Caso seja de natureza civil, é de responsabilidade da justiça civil. Caso seja de natureza militar, previsto no CPM, vai ser apurado e julgado pela Justiça Militar. Então Srs, fica aqui o meu apelo, procurem ter um mínimo de conhecimento, antes de ficar escrevendo besteira no Blog e externando recalque "o praça quando erra…."

  8. Fala sério deus Sérgio Moro. Se fosse um praça, não teria tanta preocupação, em isentar o elemento do enquadramento no arcaico CÓDIGO PENAL MILITAR.

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