RJ: suspeita de doença contagiosa ameaça cavalos do Exército

Local onde animais estão é um dos palcos das Olimpíadas de 2016
A suspeita da proliferação de uma doença contagiosa conhecida como mormo entre 141 cavalos da Escola de Equitação do Exército, localizada na Vila Militar, em Deodoro, na Zona Norte do Rio de Janeiro, acendeu o sinal de alerta entre militares, governo federal e no comitê da organização da Olimpíadas de 2016. Um cavalo da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo que passou pelo Campo de Pólo em novembro de 2014 teve diagnóstico positivo para a doença e todos os outros animais que tiveram contato com ele estão sendo testados desde maio.
O Jornal do Brasil entrou em contato com a Federação Equestre Internacional, responsável pela inspeção sanitária do Campo de Hipismo para o evento-teste marcado para daqui duas semanas, e a Assessoria de Comunicação do órgão afirmou desconhecer o assunto até aquele momento. Segundo a assessoria, o caso será avaliado e a federação deve se pronunciar nas próximas horas. No entanto, o veterinário representante da federação no Brasil, Thomas Wolff, afirmou estar acompanhando o caso e não observa motivos de alarme. Wolff ressalta que o evento-teste será feito com animais nacionais, que estão sob a responsabilidade da equipe de veterinária do Comitê Organizador da Rio 2016.
Centro Nacional de Hipismo General Eloy Menezes
Centro Nacional de Hipismo General Eloy Menezes
A área inspecionada pelo Exército fica ao lado do campo de Hipismo para as Olimpíadas, onde será realizada daqui a duas semanas o evento-teste para o mundial. Segundo o Comando Militar do Leste (CML), a testagem inicial para o mormo aconteceu no dia 6 de maio deste ano, com a coleta de sangue de 141 equinos. No total, o Exército tem 500 animais no local. A investigação epidemiológica teve como foco o Campo de Pólo, localizado próximo à Avenida Brasil, do outro lado da linha de trem que cruza a Vila Militar, por onde passou o cavalo infectado. Os resultados devem ser divulgados nos próximos dias. O Exército nega que qualquer animal seja sacrificado nesta quarta-feira (22/7), como chegou a ser divulgado mais cedo em veículos de comunicação.
O CML ressalta que a realização desta varredura entre os equinos segue os critérios da da legislação em caso de doenças contagiosas, que prevê que devem ser investigados todos os locais por onde o animal transitou nos últimos 180 dias. Segundo o órgão militar, na época em que o animal foi encaminhado ao Rio, toda a sua documentação estava atualizada, incluindo testagem negativa para mormo. “Após ele ter chegado ao Espírito Santo, o mesmo foi testado duas vezes com resultado negativo e apenas na terceira aferição o resultado deu positivo, tendo sido, portanto, o fato gerador de investigação epidemiológica”, afirma o CML.
Não há vacina para a doença, mas a interdição e desinfecção dos locais representam medidas eficazes de erradicação e prevenção do contágio, segundo as informações do CML. A veterinária Andrea Lambert explica que o mormo é uma doença contagiosa transmitida por uma bactéria chamada Burkholderia Mallei, que se prolifera no ambiente e até pela água do animal. No entanto, seu diagnóstico positivo não representa o sacrifício do animal e o isolamento seria suficiente para manter a segurança dos outros equinos e da área. Ela dura, em média, duas semanas e tem maior procedência no nordeste brasileiro.
As condições sanitárias do Centro Olímpico de Hispimo representam uma das maiores exigências da Federação Equestre Internacional (FEI) para o evento-teste que terá início no dia seis de agosto. O campo onde haverá a competição já está isolado há seis meses, de acordo com o protocolo internacional. Com isso, os cavalos do Exército foram levados para o Campo de Pólo, que fica em um local vizinho. A transferência aconteceu no mês de fevereiro.
Arena de Saltos do Centro Nacional de Hipismo
Arena de Saltos do Centro Nacional de Hipismo
Em nota, o CML salientou ainda que O Exército, em cooperação com o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), vem realizando estudos para o projeto internacional de reconhecimento do Complexo Militar de Deodoro como área de Risco Insignificante para Doença de Equídeos perante à Organização Mundial de Saúde Animal. Foram iniciadas atividades de campo junto à Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária do Estado do Rio de Janeiro (SEAPEC-RJ) em todas as áreas possuidoras de equinos circunvizinhas à Arena de Hipismo. Desde o dia nove de julho estão sendo realizadas medidas sanitárias e coleta de material para realização de exames pelo laboratório oficial do MAPA (LANAGRO), em Recife, no nordeste. “Até o presente momento, nenhum resultado desses exames foi recebido ou confirmado pelo MAPA, que é o orgão responsável pela divulgação oficial desses procedimentos”, diz o comunicado.
Jornal do Brasil/montedo.com

6 respostas

  1. Caro Montedo, tem um leitor insistente e cahto, que mando o seguinte recado pra ele,

    " Camarada, pare de reclamar, Vc é chato demais.

    Vc colaborou com o Blog alguma vez ?

    Vc já divulgou o Blog para quantos alienados, egoistas e desinteressados ?

    Vc deve ser daqueles que vê algo sobre a caserna, lê e guarda para si e não divide com ninguem.

    Vc já mandou alguma materia para o Blog ou só pensa em si ?

    Vc lê tudo no 0800, não ajuda e reclama ?

    Pense nisso ! Procure melhorar, okey ! "

  2. Aproveitem a deixa e transformem em OM operacional. Quer ver cavalo vá para um haras. Quem gosta de antiguidade e saudosismo é museu. Cavalo come dia e noite, viaturas paradas não tem gasto.

  3. Quem quiser ter cavalo para montar e jogar polo que compre um, cuide , alimente e alugue um haras com seus próprios recursos, não tem cabimento ter dez homens para cuidar de cada cavalo, mais os gastos com alimentação e medicamentos. Estas unidades de cavalos são os verdadeiros cavalos de Troya levados para dentro dos portões do Exército.

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