Exército e fuzileiros planejam ocupar quatro favelas durante a Rio-2016

Forças Armadas durante a Copa do Mundo-2014
(Alan Marques – Folha Press)
MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
As Forças Armadas planejam a ocupação de quatro favelas do Rio como parte do esquema de segurança da Olimpíada de 2016.
Os alvos de preocupação dos militares são os morros do Chapadão, Pedreira, Lagartixa e Quitungo, todos a cerca de 1 km do Complexo Esportivo de Deodoro (zona oeste), onde haverá competições de 11 modalidades olímpicas e quatro paralímpicas.
A definição sobre a ocupação das favelas ocorrerá até o primeiro trimestre de 2016.
Desde maio, militares da inteligência do Exército e dos Fuzileiros Navais fazem levantamento fotográfico das comunidades e consultam policiais sobre criminalidade.
A Folha apurou que alguns militares gostariam de evitar a ocupação. Entendem que a prática se desgastou com a ação no complexo da Maré, onde as Forças Armadas estão desde abril de 2014.
Militares esperam que as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) planejadas para essas favelas possam controlar a ação de traficantes. A previsão é que até o fim do ano ao menos Pedreira e Chapadão estejam ocupadas pela Polícia Militar.
Um militar conta, porém, que o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), vê com bons olhos a ocupação.
Além do alto índice de violência da região, a preocupação com Deodoro também deve-se ao fato de as instalações olímpicas estarem localizadas numa área militar.
Entre oficiais do CML (Comando Militar do Leste), há o entendimento de que qualquer ato de violência ali atinge primeiro os militares e, depois, a imagem dos Jogos.
As favelas da região têm sido palco de confrontos constantes. Elas também são usadas como “central” de facções criminosas. A Pedreira, por exemplo, serve como base para a maior quadrilha de assaltantes de cargas do Rio.
Criminosos do bando invadiram em 2014 uma vila olímpica da Prefeitura do Rio. A ação foi reproduzida em fotos postadas em redes sociais. Nas imagens, ostentavam fuzis numa piscina olímpica.
A tensão na região é tanta que policiais só chegam e deixam a delegacia em comboios para não serem atacados. Durante a madrugada, a delegacia costuma fechar as portas para evitar invasões.
Folha de São Paulo/montedo.com

12 respostas

  1. Aos leitores do Montedo, faltam 05 dias … contagem regressiva ….

    Dia 30 Jun 15, às 14 Hrs, na Praça dos 3 Poderes, Brasilia DF, liderados pelo Dep Daciolo, Cabo BM-RJ, filho de militar da FAB, com a participaçao das Associações, Kelma, Ivone Luzardo, Sge Genivaldom Mírian e outros, estaremos nos manifestando por melhorias para Vc, para mim, enfim para todos das FFAA. Em Brasilia, somos 11 mil Inativos/pensionistas x 3 dependentes cada. Além dos dependentes dos militares da ativa.

    Tá faltando divulgação.

    => Convocação – Assista o vídeo. Repasse. Se ajude.

    http://www.militaresbrasil.com/2015/06/12062015-convocacao-geral-30-junho.html

    Vida que segue …

  2. Os militares tem que ter liberdade de ação e mandado de busca e apreensão de posse dos mesmo ou seja sem restrição das missões.

  3. Mais uma vez vamos passar vergonha perante o povo. Usam a tropa para ocupar o morro praticamente "algemadas" e colocam toda a polícia nas praias e pontos turísticos para "inglês ver". Força Armada é para ser usada como Força Armada, é para chegar e decidir de uma vez a situação, e não como uso meramente político. Ou se libera a tropa para que atue de verdade, ou deixem ela nos quartéis. A verdade é a seguinte: enquanto não morrer um oficial baleado por traficantes, vamos continuar sendo chacotas deles.

  4. Publicou no dia 23 Jun 15

    http://blogs.odia.ig.com.br/coluna-do-servidor/

    PENSÃO PARA FILHA

    A filha de um militar conseguiu na Justiça a pensão por morte dele. A União se recusava a pagar porque a mãe está viva. A Lei 3.765/60 que beneficiava vigorou até a Lei 8.059/90. O advogado Eurivaldo Bezerra conseguiu que as duas dividissem a pensão e acredita que abre precedente. Ainda cabe recurso da União.

  5. Num local em que aproximadamente 100 homens se deslocam com armamento de guerra para invadir a "boca de fumo" do amiguinho também marginal, e toda politicada junto com a imprensa dos "direitos dos manos" fingem que vivemos num país de paz e harmonia com povo ordeiro e pacifico a situação sempre será tensa. O Estado de Sítio no RJ já deveria ter sido implantado anos atrás! Nenhum turista lá fora compra mais a ideia da Globo de que o Brasil é um lugar seguro para tirar férias. Só nós, iludidos por futebol e carnaval, é que aceitamos passivamente o estratagema dos políticos que distraem as forças policiais com o combate no varejo das drogas, para poderem ocultar suas trambicagens com o dinheiro do contribuinte. enquadramento na Lei de Segurança Nacional para quem for pego com armamento de guerra, para quem trocar tiro com as forças de GLO! Se for pra ficar servindo de pato de tiro ao alvo pra traficante @#%#%#@ é melhor nem ir! Ou entra pra arrebentar garantindo a invencibilidade do Exército de Caxias ou teremos que colecionar mais feridos em combate e mortos, como o jovem guerreiro Mikami, que fazia a patrulha a pé sem a cobertura de um veículo blindado, sem apoio de fogo aéreo, sem poder disparar uma .50 pra varrer o inimigo, pois qualquer dano colateral (aceitáveis em qualquer conflito bélico) colocaria em xeque a próxima eleição do partido demagogo ou o cargo comissionado da autoridade de Brasília! Deixem-nos fazer o nosso trabalho direito, pois a única que difere os dois tipos de brasileiros armados nos morros do RJ (e já em algumas ações em São Paulo e outros locais do Brasil) e um escolheu o caminho do crime e da afronta ao Estado de direito e o outro o caminho do bem e da garantia da real cidadania! Pois quando o bem se omite o mal triunfa!

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