RN: Operação-Pipa custa R$ 70 milhões, diz Exército

Operação carro-pipa custa R$ 70 milhões no RN

Os prejuízos para a agropecuária, porém, não chegam próximo aos riscos da falta de água para o consumo humano. De acordo com o secretário estadual de Recursos Hídricos, em entrevista publicada na última sexta (8), a capacidade de reservação do Estado é de 24%. No mesmo período do ano passado, era de 35%. A diminuição dos níveis dos açudes e barragens, aliado à falta de chuvas, pode comprometer o abastecimento de outros municípios até setembro.
Hoje, dos 167 municípios potiguares, 123 são abastecidos pela Operação Carro-Pipa do Exército Brasileiro, que teve a continuidade garantida com a renovação do decreto de emergência da seca, em 30 de março. De acordo com o Comando Militar do Nordeste, a operação custa, em média, R$ 70 milhões ao Ministério da Integração. Entretanto, de acordo com a coordenação da Operação Pipa no Rio Grande do Norte, a operação abastece, principalmente, a zona rural.
Na zona urbana a situação é mais crítica. Atualmente, dez cidades estão em sistema de colapso e outras 11 estão em rodízio d’água.
De acordo com o engenheiro de operações da Caern, Isaías Costa Filho, caso a recuperação dos reservatórios não se concretize até o fechamento da quadra chuvosa, a tendência é que os municípios hoje em rodízio migrem para o colapso. Entre estas, Acari, Caicó, Currais Novos, Pau dos Ferros. Em maio, também integram a lista Rodolfo Fernandes e São Francisco do Oeste, além dos distritos de Malhada Vermelha e Vila Santo Antônio.
“Quem já está em rodízio, se não houver precipitação até setembro, em outubro estão em colapso”, avalia. Acari e Currais são abastecidos pela barragem Marechal Dutra (Gargalheiras), hoje com menos de 2,5% da capacidade. A captação de água é feita por meio de uma balsa flutuante que injeta a água na tubulação da barragem.
A Caern elaborou um plano de contingenciamento para o abastecimento das cidades até o final de 2015, e entregou a Semarh. A reportagem tentou contato com o titular da pasta, Mairton de França, durante esta segunda-feira (11), mas foi informada que ele estava em reunião.
TRIBUNA DO NORTE/montedo.com

5 respostas

  1. Esse valor de 70 milhões, se fosse usado para preparar os municípios com a melhoria, novos reservatórios ou poços com cisternas, não sairia mais barato para o futuro? O Brasil parece um calhambeque, só funciona aos trancos. Se alguma categoria quer melhoria salarial, tem que fazer greve; se caminhoneiros querem melhorar o preço do frete, fecham rodovias; reforma em escola, deixa desabar primeiro; melhorias em postos de saúde, deixam morrer gente primeiro; combater a seca, deixam os poços existentes abandonados e barragens desabarem primeiro. O motivo principal de tudo isso? Os políticos(?) acostumados com dinheiro fácil do contribuinte e a falta de fiscalização, temperada com a corrupção.

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