Congo: helicóptero de general brasileiro é alvejado e faz pouso de emergência

Helicóptero de general do Brasil é alvejado na RD do Congo: ‘Faz parte’
Tiro de rebeldes atingiu tanque e aeronave da ONU fez pouso emergencial.
Cruz diz que não contou para família e ficou triste com morte de soldados.
General Santos Cruz, do Brasil, comanda missão no Congo (Foto: Sylvain Liechti/ONU/divulgação)
General Santos Cruz, do Brasil, comanda missão no Congo (Foto: Sylvain Liechti/ONU/divulgação)
Tahiane Stochero
Do G1, em São Paulo
Um helicóptero que levava o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, comandante das tropas da ONU na República Democrática do Congo(antigo Zaire), foi alvo de tiros de grupos rebeldes na segunda-feira (4). A aeronave teve de fazer um pouso de emergência em uma pista de pouso próxima. Segundo o general, os tiros, efetuados pelo grupo rebelde Forças Democráticas Aliadas (ADF), atingiu o tanque de combusítvel do helicóptero, que começou a vazar, mas não pegou fogo.
O ataque contra o general brasileiro ocorreu quando o helicóptero sobrevoava uma área montanhosa do grupo rebelde na região de Beni, em Kivu do Norte. Segundo Santos Cruz, nas últimas semanas, o ADF matou mais de 300 pessoas na região, muitas a machadadas e com facões.
“Essas coisas fazem parte do trabalho. Faz parte da vida.”

General Carlos Alberto Santos Cruz

“Essas coisas fazem parte do trabalho. Faz parte da vida. Houve um problema que percebemos na hora e teve que ser resolvido rápido. O piloto conseguiu pousar em uma pista próxima e saímos bem. Mas o fato de termos sidos atingidos mostra que estávamos perto do local onde se escondem. O nível de emoção não tem importância”, disse Santos Cruz por telefone ao G1, afirmando não ter sentido medo no momento. O oficial disse que não contou para a família que passou pelos apuros no Congo.
“Estávamos sobrevoando uma área montanhosa em busca de um local em que estariam escondidos e deram sorte ao nos atingir. Possivelmente usaram um fuzil, porque não estávamos muito alto”, lembra.
“Eu não sinto nada, quando estamos no meio, levamos tiro e tem que seguir, fazer o que tem que fazer. Já passei por tantas situações e sei o que é isso”, diz o general. Antes de ir para o Congo, Santos Cruz comandou por dois anos a missão de paz da ONU no Haiti, liderando operações de soldados brasileiros para a pacificação da favela mais violenta do país caribenho, Cité Soleil, em 2007.
G1/montedo.com

8 respostas

  1. Este general sim é que deveria ser o nosso comandante, um homem de garra e fibra que não se abala por qualquer coisa e não é politico e sim operacional…

  2. Nos limites da pátria mãe, o máximo de risco que um general pode correr é de ser condenado por fazer lambanças no conselho da Petrobras. Lamentável o que os oficiais fizeram com EB.

  3. Esse general jamais seria comandante do EB, pelo simples fato de que os comandantes são escolhidos a dedo, segundo o lema que diz "Bom cabrito é aquele que não berra".

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