Projetos das Forças Armadas não podem sofrer cortes lineares, diz deputada

Jô Moraes defende orçamento para projetos das Forças Armadas
A presidenta Dilma e a deputada Jô Moares nas comemorações recentes do Dia do Exército. 
A presidenta [e] Dilma e a deputada Jô Moares nas comemorações recentes do Dia do Exército. 
Márcia Xavier
Brasília – A presidenta [e] da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, deputada Jô Moraes (PCdoB–MG), destacou, em discurso no plenário nesta quarta-feira (22), que não pode haver corte no orçamento para os projetos estratégicos desenvolvidos pelas Forças Armadas.
Para a deputada, “se é necessário um ajuste fiscal para reequilibrar as contas públicas, conforme propõe a presidenta Dilma Rousseff, entendemos que esse movimento não pode perder de vista seu objetivo maior de retomada do crescimento. Por isso, o ajuste não pode estar deslocado das perspectivas futuras, não pode ser linear.”
E defendeu que os projetos estratégicos das Forças Armadas não podem sofrer o contingenciamento linear ao qual estão submetidos os demais órgãos de governo.
Em primeiro lugar, porque há projetos de longo alcance, de sentido estratégico para a soberania do país, sob responsabilidade das Forças Armadas, cujo desenvolvimento não pode sofrer solução de continuidade, sob pena de graves prejuízos, afirmou, referindo-se ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha; ao Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) do Exército; e ao projeto FX-2 dos caças Gripen NG que modernizarão a Força Aérea Brasileira.
“Projetos dessa dimensão não podem ter o fluxo de pagamentos interrompido, sob pena de ampliação dos gastos com a adequação dos atrasos”, explicou a parlamentar.
Em segundo lugar, esses projetos ultrapassam os limites da indústria de defesa propriamente dita ao impulsionar outros setores, destacou Jô Moraes, citando o ministro da Defesa, Jacques Wagner, em evento recente, no Rio de Janeiro: “Os projetos estratégicos, além de promoverem pesquisa e desenvolvimento de tecnologias nacionais, impulsionam a economia do País, aquecem o mercado de trabalho e geram produtos exportáveis de alto valor agregado.”
A deputada citou um terceiro argumento para garantir a manutenção de recursos para as Forças Armadas. “É verdade que, nesses últimos 10 anos, os recursos empregados em custeio e investimento aumentaram quase seis vezes, pulando de R$ 3,7 bilhões, em 2003, para R$19,6 bilhões em 2014. Mas a defasagem orçamentária já era presente frente às novas exigências apontadas pelo Plano Nacional de Defesa.”
Tradição pacífica
Jô Moraes contou que entre os países dos Brics, o Brasil tem o menor orçamento de Defesa em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). A média do grupo é de 2,3% do PIB, enquanto os investimentos brasileiros giram em torno de 1,5%, segundo declarações do ex-ministro da Defesa, Celso Amorim, em audiência, no Senado, em 2014.
O Brasil é um país de tradição pacífica que defende os caminhos de negociação e conciliação para enfrentar os diferentes conflitos cada vez mais presentes no mundo. Mas isso não pode significar uma atitude de subestimação da nossa atividade de Defesa.
“Temos fronteira com 10 países. Nossa zona costeira tem aproximadamente 8.500 quilômetros de extensão e com grande diversidade de uso. O precioso território da Amazônia, com toda sua diversidade, apresenta cada vez mais exigências. Sem falar o que representa os novos desafios pela exploração do pré-sal”, enumera a parlamentar.
E conclui lembrando: “O mundo está permeado de enfrentamentos radicais e de ações de intolerância. O Brasil precisa estar pronto para defender sua política de paz preparando-se para a dissuasão. A sociedade tem que se apoderar do debate e da construção de uma Política Nacional de Defesa moderna e democrática.”
Vermelho/montedo.com

13 respostas

  1. Se cortarem a verba como ficarão os nossos bons e velhos amigos PTTC"s? Sem diárias? Sem viatura para buscar e levar em casa? Como vão viajar para fiscalizar as praças que estão trabalhando fora da guarnição (missão financiada com o dinheiro do próprio bolso, tomado a juros módicos daquela instiuição financeira que emprega oficiais aposentados)? Boa deputada! Aposto que logo a Senhora arrumará um marido…

  2. Sou contra os PTTC, eles já deram duro pela força, mas já foi, deixe para os sangue novos, novas oportunidades de trabalhos aos cidadãos. Ficam achando que ainda estão em suas epocas muitos não fazem nada.

  3. O que tem a ver o PTTC com essa notícia??? se for seguir o regulamento a risca "coisa que NINGUÉM" faz, 3º/2º Sgt sem CAS, 1º e segundo tenentes em QG é contra o regulamento que diz que o lugar desses é na tropa, mas enfim não é o caso para disvirtuar o assunto. "cada macaco no seu galho". Obs: não sou PTTC

  4. "Anônimo Anônimo disse…
    È, o diabo não tão feio quanto pintam, obrigado deputada comunista.

    27 de abril de 2015 09:15"

    Isso só pode ser Síndrome de Estocolmo"!!!!

  5. Diagnóstico:
    Síndrome de Estocolmo (Stockholmssyndromet em sueco) é o nome dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida há um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor.

    Explicação

    A síndrome é relacionada à captura da noiva e tópicos semelhantes na antropologia cultural.

    As vítimas começam por identificar-se emocionalmente com os sequestradores, a princípio como mecanismo de defesa, por medo de retaliação e/ou violência. Pequenos gestos gentis por parte dos raptores são frequentemente amplificados porque, do ponto de vista do refém é muito difícil, senão impossível, ter uma visão clara da realidade nessas circunstâncias e conseguir mensurar o perigo real. As tentativas de libertação, são, por esse motivo, vistas como uma ameaça, porque o refém pode correr o risco de ser magoado. É importante notar que os sintomas são consequência de um stress físico e emocional extremo. O complexo e dúbio comportamento de afetividade e ódio simultâneo junto aos raptores é considerado uma estratégia de sobrevivência por parte das vítimas.

    É importante observar que o processo da síndrome ocorre sem que a vítima tenha consciência disso. A mente fabrica uma estratégia ilusória para proteger a psique da vítima. A identificação afetiva e emocional com o sequestrador acontece para proporcionar afastamento emocional da realidade perigosa e violenta a qual a pessoa está sendo submetida. Entretanto, a vítima não se torna totalmente alheia à sua própria situação, parte de sua mente conserva-se alerta ao perigo e é isso que faz com que a maioria das vítimas tente escapar do sequestrador em algum momento, mesmo em casos de cativeiro prolongado.

    Não são todas as vítimas que desenvolvem traumas após o fim da situação.
    Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Estocolmo

  6. Com relação aos nobres camaradas PTTC, considero que já deram a sua cota de participação.
    O brilhante Ex Ministro Cid Gomes disse no plenário "LARGUEM O OSSO". Será que ele esta certo? Fica a pergunta!

  7. Tenho a honra de ser PTTC já a 21 anos e meu conceito sempre foi excelente. O meu trabalho em várias áreas dentro das unidades militares nunca ficou a dever nada aos meus camaradas da ativa, sem menosprezá-los. O assunto em pauta não se refere em nada aos PTTC. Alguém confundiu as coisas com a declaração da deputada do PC do B. Dá para ver que o desabafo tem outra dimensão e direção. Ademais, se faltam pessoas ou competências para cumprir as missões nos quartéis, que bronca é essa contra os PTTC? Na minha unidade somos poucos, mas sem falsa modéstia somos muito bem quistos e considerados, pois exceto algumas missões reservadas apenas aos da ativa, a gente dá um banho de trabalho e competência naquilo que nos cabe realizar como missão.

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