Sisfron: projeto é fundamental para o combate da criminalidade, diz governador do Paraná.

Estado apoia sistema do Exército para monitoramento de fronteira, diz Richa
Gov. Beto Richa vsiista 5 Divisão do Exército
(Imagem: AN/Pr)
O governador Beto Richa garantiu nesta segunda-feira (24), durante encontro com o comandante da 5ª Divisão do Exército, general Luiz Carbonell, que o governo estadual dará todo o apoio necessário para que a segunda fase do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) seja implantada na região de fronteira do Paraná com o Paraguai e Argentina. Desenvolvido pelo Exército, o programa usa radares, sistemas de comunicação e veículos aéreos não tripulados para o monitoramento da fronteira.
O governador esteve na sede da 5ª Divisão e foi recebido pelo comandante Luiz Carbonell, com desfile militar e salva de tiros de canhão. Richa defendeu a emergência de reforçar a segurança nas fronteiras e disse que buscará recursos públicos e privados para financiar a implantação do programa. Uma das formas utilizadas será as emenda de bancada para o orçamento da União. “O Estado dará todo apoio para viabilizar esse importante projeto, fundamental para o combate da criminalidade no Brasil. O Paraná está localizado numa posição estratégica e precisa de um sistema de monitoramento avançado como esse”, afirmou o governador.
TEMPO REAL
O sistema é baseado em uma rede de sensores colocados sobre a linha de fronteira, interligada a sistemas de comando e controle, que, por sua vez, estão interligados às unidades operacionais com capacidade de dar resposta, em tempo real, aos problemas detectados.
O programa, que terá investimento de R$ 11,9 bilhões em dez anos, irá fortalecer a atuação do Exército garantindo mais infraestrutura no controle e combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas e armas na faixa de fronteira do Brasil. Estão previstos R$ 5,9 bilhões em infraestrutura tecnológica, R$ 3 bilhões em infraestrutura de obras civis e R$ 3 bilhões para infraestrutura de apoio à atuação operacional em toda a fronteira terrestre nas regiões Norte, Centro Oeste e Sul.
O general Luiz Carbonell, comandante da 5ª divisão do Exército, explicou que a primeira etapa do Sisfron foi feita no Mato Grosso do Sul. O projeto, disse ele, é muito caro e precisa de apoio político e financeiro para ser aplicado no Paraná. “Precisamos do apoio para proteger nossa fronteira. O Exército está investindo muito no Paraná e contribuindo para criação de empregos e crescimento econômico do Estado”, afirmou.
O comandante agradeceu a parceria com o governo estadual. “Esse é um encontro para estreitarmos ainda mais a boa relação entre o Governo do Paraná e o Exército”, disse. A 5ª divisão do Exército atende o Paraná e Santa Catarina com efetivo aproximado de 35 mil soldados.
BATALHÃO DE FRONTEIRA
O Paraná tem 19 municípios que fazem fronteira direta com o Paraguai e a Argentina, numa extensão de 1,4 mil quilômetros, e outros 120 municípios na área de influência da fronteira. Os principais crimes verificados na região são tráfico de drogas e de armas, de explosivos e munições, contrabando e exportação ilegal, roubo e furto de veículos, imigração ilegal e atuação do crime organizado internacional.
O governador afirmou que o Paraná desenvolve vários programas específicos na área de segurança pública, que podem ser integrados ao sistema de monitoramento do Exército. É o caso do Batalhão de Fronteira da Polícia Militar (BPFron), sediado em Marechal Cândido Rondon. “Estamos blindando nossa fronteira, que é a principal entrada de armamento pesado e de drogas no País. O batalhão permite grandes operações conjuntas com todas as forças de segurança, inclusive o Exército Brasileiro”, afirmou.
O secretário de segurança pública, Fernando Francischini, o comandante-geral da Policia Militar do Paraná, coronel César Kogut, e o secretário chefe da Casa Militar, Adilson Castilho Casitas, também participaram do evento.
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS (PR)/montedo.com

4 respostas

  1. Sempre ficar dependendo dos outros, principalmente das FFAA, para diminuir a criminalidade é fácil.Quero ver é botar para funcionar os vários projetos sociais para recuperação de menores infratores, investir na prevenção e fazer as escolas funcionarem como deveriam.

  2. Aqui no Paraná não há dependência das Forças Armadas, pois as polícias, tanto federais quanto estaduais fazem muito bem seu trabalho. Aqui ainda temos uma polícia eficiente que cumpre muito bem o seu papel. O que a matéria diz é que o sistema será implantado no Paraná e que o governador acolheu com entusiasmo a ideia. Infelizmente se for pensar no Exército fazendo a segurança desta fronteira, fico meio cético, pois já participei de uns PARIFRONs da vida, inclusive comandado por coronel oriundo da Forças Especiais, e nosso trabalho consistia em montar PBCE em pontos nítidos, às vezes até três na mesma rodovia, em um trecho de poucos quilômetros, e as vicinais eram deixadas de lado. às vezes dava pra ver carros desviando dos bloqueios por estas estradas secundárias e não podíamos perseguí-los por que não tínhamos permissão e mesmo se tivéssemos com uma 2,5 Ton caindo aos pedaços ficava difícil fazer acompanhamento tático de Astra 2.0 ou Toyota Corolla, entre outros. O sistema de monitoramento é importante, mas com nossas cabeças pensantes prefiro não pensar na implantação de tropas para cuidar desta importante fronteira.

  3. Vigilância meia-sola, com propaganda escancarada nos meios de comunicações só serve para jogar dinheiro fora. Se o que já foi montado funcionasse, aviões não seriam roubados e levados para países produtores de cocaína, escapando dos radares e esquadrões do SIVAM. Combate a traficante não pode ter brechas e nem período.Combater a criminalidade começa pela representação correta do povo nas câmaras municipais e estaduais com medidas corretas.

  4. Este é mais um engodo político criado para justificar as verbas gastas em campanhas políticas. Quer fazer a coisa certa?! Corta a cabeça da cobra que está escondida atrás dos nossos governantes. Aí ela vai mostrar a cauda!

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