Enchente: Exército reforçará apoio logístico à população do Acre.

Força Terrestre mandará para Rio Branco mais 300 militares que Irão se juntar a outros 350 homens do Exército já enviados
Enchente histórica atinge mais de 800 famílias na região de fronteira (Sérgio Vale/Agência de Notícias do Acre)
Enchente  histórica  leva  centenas  de  famílias  ao  desabrigo  no  Acre     Sérgio  Vale/Agência  de Notícias do Acre
O governo federal, por meio do Ministério da Defesa, anunciou que tropas do Exército serão enviadas para reforçar o apoio logístico à população do Acre.
De imediato, a Força Terrestre enviará para Rio Branco (AC) mais 300 militares que vão se somar aos 350 homens do Exército que já estão na região desde que a capital acreana começou a sofrer os efeitos da enchente. O Exército também vai enviar 30 embarcações provenientes de Humaitá (AM). No local, as equipes de emergência já contam com 14 carros e 12 embarcações.
O acerto foi selado após conversa por telefone entre o ministro Jaques Wagner e o governador do Acre, Tião Viana. De acordo com relato, a situação no estado é crítica.
Ajuda ao Acre
O ministro Jaques Wagner encontra-se na região Norte para uma visita ao Comando Militar da Amazônia. Nesta terça-feira (3), no primeiro dia da viagem, Wagner recebeu o pedido do governador Tião Viana.
O ministro conversou com o comandante do Exército, general Eduardo Villas-Bôas – que integra a comitiva – que, por sua vez, acionou o comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, general André Novaes, que fica em Porto Velho (RO). A operação vem sendo feita pelo 4º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), na capital do Acre.
“O rio continua subindo. Há risco de afetar o abastecimento de água amanhã (hoje)”, informou o general Novaes.
Jaques Wagner seguiu na manhã desta quarta-feira para São Gabriel da Cachoeira e Maturacá, onde conhecerá o pelotão especial de fronteira. Mesmo assim, o ministro recomendou aos auxiliares que mantenham contato permanente com o governo acreano para caso de necessidade de ampliar o apoio logístico.
Cheias do Rio Acre
As chuvas começaram a se intensificar em Rio Branco no dia 22 de fevereiro, quando o Rio Acre – que corta a capital do estado – transbordou. No dia seguinte, o rio atingiu a marca 14,60 m de profundidade. Nesta terça, às 10h, o rio atingia a marca de 18,11 metros. O governador Tião Viana sinalizou com a possibilidade de decretar estado de emergência. Desse modo, se formalizaria a ajuda oficial do governo federal que atualmente ocorre em caráter informal.
Segundo o governo local, com esse volume de água diversas ruas na capital já foram inundadas. É o caso da Estrada da Sobral, principal via de acesso da região da Baixada do Sol. Isso levou a prefeitura da capital, em parceria com o governo do estado, a colocar em prática o Plano de Contingência para Enchentes, idealizado em dezembro do ano passado. Um abrigo público foi montado no parque de exposições Marechal Castelo Branco, com capacidade para abrigar 160 famílias.
Até o momento, apenas duas famílias foram removidas de áreas de risco e levadas para casa de parentes. A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SEMSUR) atua com 40 homens e mulheres no parque de exposições, que conta com um escritório da Defesa Civil.
A assistência às vítimas da cheia está sendo realizada por equipes compostas pelos órgãos municipais e estaduais responsáveis pelo monitoramento das águas. Em caso de necessidade de remoção de áreas alagadas, a população deve entrar em contato com o número 193, do Corpo de Bombeiros, que tem equipes qualificadas para remoção com segurança.
Na região, funcionam a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac) e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Baixada. Desde a segunda-feira (2), só é possível chegar ou sair de barco.
Todos os acessos terrestres para esses locais estão fechados. Nenhum veículo pequeno consegue cruzar a rua. “Estamos com pessoas do lado de lá tentando vir e daqui passar para lá para trocar os plantões”, explicou Mirtes Goes, gerente da UPA da Sobral que acrescentou: “Só o acesso está complicado, a água está bem longe da unidade”.
De acordo com o diretor-administrativo do Hosmac, Jorge Humberto, será providenciado pelo governo local um barco para transporte dos servidores. “Representantes da Força Nacional também estão vindo para dar suporte”, explicou o diretor. (MD)
Portal Brasil/montedo.com

Uma resposta

  1. Essa, sim, é uma situação que as FFAA devem ajudar e resolver problemas. Nessas situações, onde estão o MST e as outras entidades dos "SEM-alguma coisa" do PT? Estão todos querendo as terras dos que trabalham dentro da lei, longe das dificuldades.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo