Sai o FAL, entra o IA-2. Ou: sai o fuzil da ditadura, entra o fuzil do PT?

A manchete aí em cima é um contraponto ao infeliz título da matéria da Folha de São Paulo.

Fuzil da ditadura dá lugar a modelo nacional

Rubens Valente
Adotado pela ditadura nos anos 60 como o fuzil de assalto padrão do Exército, o FAL começou a ser aposentado para dar lugar ao IA2, criado e desenvolvido como parte da política de incentivo à indústria nacional de armamentos.
Mais curto e mais leve, com 85 cm e 3,4 kg sem o carregador –contra 1,10 m e 4,2 kg do FAL–, o IA2 foi idealizado e vem sendo aperfeiçoado desde 1995 pela Imbel (Indústria de Material Bélico do Brasil), empresa pública vinculada ao Ministério da Defesa, em sua fábrica de Itajubá (MG).
A aposentadoria completa do FAL vai depender do ritmo de compras, mas a Imbel informou que o Exército já determinou “a adoção oficial” do IA2, o que projeta uma troca total de 140 mil armas.
A viabilidade comercial e técnica do fuzil é parte do sonho de setores das Forças Armadas de tornar a defesa nacional forte o suficiente para se declarar independente de fornecedores internacionais.
“No mínimo para inibir ameaças externas, não que vamos nos tornar beligerantes. Para defender a Amazônia, por exemplo. Essa dissuasão, um país continental como o Brasil precisa ter”, disse o chefe do Departamento Comercial da Imbel, o coronel da reserva Celestino Kenyu Kanegusuku.
Após a ordem do Exército de adotar o IA2, a Imbel aguarda medida semelhante na Marinha e na Aeronáutica. A Folha apurou que ambas relutam em tirar o FAL de circulação, por hábito e confiança na antiga arma –um modelo de desenho belga feito sob licença no país.
A Imbel já vendeu ao Exército cerca de 6.000 unidades. Outras 5.000 devem ser adquiridas até o fim do ano.
O novo fuzil, em versão carabina (com tiro semiautomático), foi vendido também à Polícia Militar paulista, à Polícia Civil mineira e à Força Nacional, vinculada ao Ministério da Justiça.
Questionada sobre a comparação do desempenho do IA2 com outros fuzis em ambientes úmidos, como na Amazônia, a Imbel informou que o fuzil foi a única arma do gênero “submetida a exames oficiais desta natureza”.
Folha de São Paulo, via Notimp/montedo.com

12 respostas

  1. Realmente Montedo "A manchete aí em cima é um contraponto ao infeliz título da matéria da Folha de São Paulo"…è uma pena que não tenhamos la no "poder" dos "altos coturnos", ninguém para dar uma resposta a altura deste imbecil que coloca este titulo em sua reportagem!

  2. Montedo! Já estava em tempo, temos que apostar e apoiar as renovações, estava na hora de aposentar o velho e excelente FAL. No fuzil do PT além do calibre ser menor equivale ao .22, verifica-se que o mesmo não tem a opção de lançamento de granada e nem baioneta para o combate corpo-a-corpo.

  3. Resta saber se ele tem a mesma durabilidade do FAL, visto que nossos fuzis são manuseados a cada ano por um novo soldado, inexperiente, e esse manuseio gera um desgaste e necessita que as peças tenham uma certa rusticidade para aguentar o tranco. O FAL embora com alguma folga pelo desgaste dos anos, suportou e suporta até hoje essa exigência diária, tanto na instrução, quanto no serviço e nas missões. As características apresentadas são positivas, quanto ao tamanho e ao peso, mas deve-se levar em conta que no EB as coisas chegam para durar décadas.

  4. Em resposta ao companheiro aí de cima, o ia2 tem baioneta e pode usar lançador de granadas sim, além de outros acessórios modernos de combate, como miras especiais.

  5. Todo investimento em material nas forças armadas perpassam pela precariedade dos salários e inexistência do pagamento dos direitos trabalhistas de seus militares. Qualquer investimento nas FA é da ordem de milhões ou bilhões, portanto não espaço para investimento no elemento humano, ao contrário, cada vez mais se economiza nos direitos trabalhistas dos militares e se cobra mais com a invenção dos sistemas de avaliação vertical e horizontal do Departamento geral de pessoal do Exército, por exemplo. Perceba que outros funcionários públicos de nível médio do governo federal têm gratificação quando realizam curso superior, ao contrário dos praças que não tem chance de progressão na carreira quando concluem curso superior.

  6. Frente às necessidades (140.000), se manter este ritmo de compras (5.000/6.000/ano), quando chegar na sua mão ele será um FAL kkk. Na verdade, a IMBEL (assim como a CBC, ou a AVIBRAS) não tem condições de suprir a demanda efetiva das FA. A falta de uma indústria de defesa consolidada, capaz de suprir às demandas das 3 forças em quantidade, e no momento oportuno é, e continuará sendo, a razão da nossa inexpressividade, principalmente no contexto internacional.

  7. lixo…

    passaram décadas estudando um novo a criação de um fuzil e me fazem esse dinossauro ergométrico

    pq não fomos colonizados pelos EUA HEIN????? affs

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