O sargento da Aeronáutica Pablo Filho também estava no carro Foto: Reprodução / Facebook
Força de Pacificação fuzila carro com cinco jovens na Maré; um corre risco de morte
Luã Marinatto
Depois de assistirem juntos ao jogo Flamengo x Cabofriense, na noite de quarta-feira, Vitor Santiago Borges, de 29 anos, e outros quatro amigos foram comemorar a vitória rubro-negra num bar em Bonsucesso. Por volta das 3h, o grupo voltou de carro para o Complexo da Maré, onde mora. Na entrada da favela Salsa e Merengue, porém, foram surpreendidos por militares da Força de Pacificação, que abriram fogo contra o automóvel.
Vitor foi atingido no braço e na barriga. Até a noite desta quinta-feira, ele continuava em estado grave no Hospital estadual Getúlio Vargas, após passar por cirurgia. Um segundo passageiro foi atingido de raspão no braço. O veículo levava ainda um sargento da Aeronáutica que serve no Amazonas e passava férias na Maré.
— Eles chegaram a dizer que os rapazes atiraram primeiro. Depois, quando viram que tinha um militar no meio, mudaram a versão. Vamos atrás de Justiça — disse o repositor Luciano Borges, de 26 anos, irmão de Vitor.
Em nota, a Força de Pacificação afirmou que havia uma troca de tiros com traficantes no momento em que os jovens passaram “em alta velocidade”, e os militares atiraram porque o carro desobedeceu à orientação de parar. “Visando a cessar a atitude suspeita que ameaçava a integridade física de dois militares da tropa que estavam na trajetória do veículo, foram realizados quatro disparos de armamento letal”, alegou o texto.
A família nega que as vítimas tenham desrespeitado qualquer ordem, bem como o confronto com criminosos. Até o fim da noite desta quinta, o caso estava sendo registrado, na presença de quatro dos jovens, na Delegacia Judiciária Militar, no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva, na Avenida Brasil, perto da Maré.
Veja, abaixo, a íntegra da nota enviada pela Força de Pacificação da Maré:
“A Força de Pacificação da Maré informa que, no dia 12 de fevereiro, por volta das 03:00 horas, durante patrulhamento na região de Salsa e Merengue, houve troca de tiros entre criminosos e tropas do Exército. Durante o incidente, um veículo em alta velocidade entrou na área conflagrada e recebeu orientação de parar. O veículo não interrompeu seu deslocamento e foram efetuados disparos de armamento menos letal na direção deste, na tentativa de que o condutor interrompesse a atitude do suspeito. Em acordo com as regras de engajamento, observando os princípios da proporcionalidade e progressividade das ações e visando cessar a atitude suspeita que ameaçava a integridade física de dois militares da tropa que estavam na trajetória do veículo, foram realizados 4 (quatro) disparos de armamento letal. Após os disparos, o veículo parou e a tropa imediatamente prestou socorros aos passageiros e encaminhou os feridos à UPA da Vila do João. A Força de Pacificação informa que já iniciou procedimento administrativo para apurar o ocorrido e que seus integrantes são militares treinados para Garantir a Lei e a Ordem (GLO), estando preparados para esse tipo de situação”.
QUESTIONO, COMO A FAMÍLIA PODE NEGAR? ELES VIRAM REALMENTE O QUE ACONTECEU? A FAMÍLIA ESTAVA DENTRO DO CARRO OU ASSISTINDO O OCORRÊNCIA? CERTAMENTE NÃO. NINGUÉM ABRE FOGO À TOA, ALGO ACONTECEU PARA QUE A TROPA TOMASSE ESSA ATITUDE. O PROBLEMA DO BRASIL COMEÇA AÍ, TODOS ACHAMOS QUE SO TEMOS DIREITOS,PORÉM,ESQUECEMOS QUE CADA DIREITO É AGREGADO A DEVERES, OBRIGAÇÕES, COMPROMISSOS, RESPONSABILIDADES, ETC.
Já estive nesse local (infelizmente). Esta área é muito critica,que até então era dominado pelo tal TCP. O Olho da águia (aeronave do exercito) já avistou vários traficantes em plena luz do dia, realizando "blitz" em carros, atirando covardemente por seteiras na tropa etc e etc. Agora aparecem teorias e teorias que são: "trabaiadô", "moradô", uns coitados! e nao fizeram ABSOLUTAMENTE NADA para terem atirado no carro deles?????
Violência desenfreada, mas para o governo tudo está sob controle.No clima de insegurança dos morros "pacificados", transitar às três da madruga e ser alvejado por "fogo amigo" é cruel. Algo mais aconteceu para essa ação.Pânico, medo ou fuga da blitz que poderia ser falsa, ações contra bandidos no mesmo local, etc, etc. A única certeza: atiraram nas pessoas erradas(?).Os motivos, só uma investigação honesta vai esclarecer.
Sugiro aos Leitores e a "Força de Pacificação" a leitura do livro O CORONEL , O EXÉRCITO e a MARÉ .Talvez lendo, aprendam como agir dentro de uma comunidade com aplausos e sem violência. Absurdos como este não aconteceriam , comcerteza.
Militares desmotivados, sem o preparo suficiente para esses tipo de missão, sem apoio do Comando, praticamente abandonados a própria sorte, vivendo sob pressão, etc…Esse é o cenário que se encontra na maré. Nessa e outras situações, só vejo um culpado: o Alto- Comando, que para fazer média com o governo dá um treinamento bem superficial a tropa e os atira na "cova dos leões". Vamos ver se o novo Comandante é tão bom quanto dizem ser, e bota ordem nessa zona que estão fazendo com o EB.
Tropa sem preparo, isto é claro e evidente. Tropa sendo o dia todo humilhada por bandidos armados, usuários, mulheres de bandidos com suas proles a tira colo. Vivem sob pressão. O melhor é fingir que não vê e só se defender, defender a própria vida. A tropa está abandonada, ganhando menos do que a PM, sofrendo retaliações do cmdo. Convivendo com bandidos fortemente armados e sem poderem fazer nada, nem um vasculhamento. Este é o reflexo….
Todos nós temos que ter ponderação e não fazer julgamentos precipitados. Como todo pai que vive no Rio de Janeiro, a preocupação maior é com a integridade física dos meus jovens filhos, quando saem pela capital e cidades da Baixada Fluminense, pois estamos expostos a tudo. Tem bandido agindo livremente por toda todos os cantos, devido a impunidade de Leis brandas. Também somos abordados por policiais de excelente preparo, como são a maioria, e também por alguns despreparados para a função, assim como outros verdadeiramente abusados que trabalham ao livre arbítrio, sem a devida vigilância de superiores omissos e que por isso acham-se os "donos da rua", criando suas próprias normas. Em nenhuma instituição existe a predominância absoluta de bons profissionais. No Exército não é diferente. Só a fiscalização rígida e sensata é capaz de reduzir erros as vezes irreparáveis. Na vila Militar em Deodoro, já fui abordado algumas vezes por "Soldados Generais", que são aqueles que receberam uma missão e entendem como carta branca para agir sob o "manto da autoridade". Por isso, devem ser fiscalizados de perto. Como ali era meu caminho rotineiro quando na ativa, certa vez um desses "generais" entrou abruptamente na frente do meu carro, apontando o fuzil, quase forçando o próprio atropelamento. Alegação para que eu parasse: Excesso de velocidade, pois conforme o mesmo, ao receber a informação via rádio, passada por outro soldado em posto anterior, foi iniciada a "contagem mental" do tempo percorrido até onde o mesmo se encontrava. Meu carro tinha velocímetro, mas o cérebro do Soldado (não se sabe aferido por quem), se sobrepunha ao instrumento. Para a minha sorte, não atirou, nem eu o atropelei, porque realmente estava respeitando a velocidade, como de costume.. A situação só deixou de ficar tensa, após minha identificação. Na FAB também assisti a isso incontáveis vezes. O militar recebe uma ordem e de iniciativa individual, passa a acrescentar seus próprios meios, "incorpora" a autoridade de quem deu a determinação e sente-se a vontade para mandar. Resumindo: Cada um é aquilo que foi forjado. A farda sozinha não é capaz de frear essas condutas. Vê-se até Guardas Municipais tornarem-se enérgicos usurpadores de atribuições publicas alheias, tais como de policiais, acreditando no poder outorgado pela farda. Somente a fiscalização séria e a apuração isenta é capaz de atribuir a cada um a sua parcela de responsabilidade no caso ocorrido na Maré. Nunca é demais lembrar que a pouco tempo um Cabo perdeu a vida ali e todo jovem Soldado tem medo de ser o próximo. Cabe uma pergunta? Agiam isoladamente ou estavam a comando próximo ao local. Se precipitadamente puni-se o soldado, fomenta-se a omissão em casos semelhantes pelos demais. Se de imediato culpa-se a outra parte, dar-se ao Soldado o entendimento de que ele é livre para atirar, quando assim decidir.Na PM o Soldado decide por contra própria o que fazer, devido a ausência de superiores havidos pelo clima ameno dos gabinetes. Por isso esta com a imagem que tem atualmente. Espero que não haja injustiça contra qualquer um dos lados, e que os responsáveis possam enxergar, que as próximas vítimas podem ser os próprios filhos daqueles que deixam de apurar os fatos com toda a seriedade e justiça que o caso requer. Lendo hoje o Jornal Extra, o Sargento da FAB que estava dentro do carro, afirmou que haviam sido abordados antes, revistados e recebido ordem para seguir, vindo a serem alvejados mais a frente, em outro ponto. A princípio, deve-se considerar que são palavras de um militar formado em dois anos de internato na Escola de Especialistas, sob rígida disciplina, devendo merecer crédito de igual patamar dos militares que atiraram. Quanto as circunstâncias em que somos legalmente amparados a efetuar disparos, acredito que não sejam necessários tecer maiores comentários, em se tratando do público que acessa a esse blog serem todos conhecedores.
Tropa totalmente despreparada para esse tipo de missão. Os atuais "comandantes" no intuito de satisfazer os desejos desse governo de canalhas e terroristas aceitam esse tipo de situação. O que está acontecendo que a população está começando a questionar a competência da Força, e não vai demorar muito para começar a demonizar a Instituição, na realidade essa é uma das idéias desse "desgoverno" de PeTralhas. Situações como está, só servem para denigrir a imagem da Força. A instituição irá sair totalmente maculada desse empreitada, pois a tal pacificação não existe, é só para inglês e turista ver.
Com certeza a tropa não atirou sem motivo, todos sabem que vão responder na justiça comum no caso de ferir ou matar alguém e por isso só atiram em último caso.
9 respostas
QUESTIONO, COMO A FAMÍLIA PODE NEGAR? ELES VIRAM REALMENTE O QUE ACONTECEU? A FAMÍLIA ESTAVA DENTRO DO CARRO OU ASSISTINDO O OCORRÊNCIA? CERTAMENTE NÃO. NINGUÉM ABRE FOGO À TOA, ALGO ACONTECEU PARA QUE A TROPA TOMASSE ESSA ATITUDE. O PROBLEMA DO BRASIL COMEÇA AÍ, TODOS ACHAMOS QUE SO TEMOS DIREITOS,PORÉM,ESQUECEMOS QUE CADA DIREITO É AGREGADO A DEVERES, OBRIGAÇÕES, COMPROMISSOS, RESPONSABILIDADES, ETC.
Já estive nesse local (infelizmente). Esta área é muito critica,que até então era dominado pelo tal TCP. O Olho da águia (aeronave do exercito) já avistou vários traficantes em plena luz do dia, realizando "blitz" em carros, atirando covardemente por seteiras na tropa etc e etc. Agora aparecem teorias e teorias que são: "trabaiadô", "moradô", uns coitados! e nao fizeram ABSOLUTAMENTE NADA para terem atirado no carro deles?????
Violência desenfreada, mas para o governo tudo está sob controle.No clima de insegurança dos morros "pacificados", transitar às três da madruga e ser alvejado por "fogo amigo" é cruel. Algo mais aconteceu para essa ação.Pânico, medo ou fuga da blitz que poderia ser falsa, ações contra bandidos no mesmo local, etc, etc. A única certeza: atiraram nas pessoas erradas(?).Os motivos, só uma investigação honesta vai esclarecer.
Sugiro aos Leitores e a "Força de Pacificação" a leitura do livro O CORONEL , O EXÉRCITO e a MARÉ .Talvez lendo, aprendam como agir dentro de uma comunidade com aplausos e sem violência. Absurdos como este não aconteceriam , comcerteza.
Militares desmotivados, sem o preparo suficiente para esses tipo de missão, sem apoio do Comando, praticamente abandonados a própria sorte, vivendo sob pressão, etc…Esse é o cenário que se encontra na maré. Nessa e outras situações, só vejo um culpado: o Alto-
Comando, que para fazer média com o governo dá um treinamento bem superficial a tropa e os atira na "cova dos leões". Vamos ver se o novo Comandante é tão bom quanto dizem ser, e bota ordem nessa zona que estão fazendo com o EB.
Tropa sem preparo, isto é claro e evidente.
Tropa sendo o dia todo humilhada por bandidos armados, usuários, mulheres de bandidos com suas proles a tira colo.
Vivem sob pressão.
O melhor é fingir que não vê e só se defender, defender a própria vida.
A tropa está abandonada, ganhando menos do que a PM, sofrendo retaliações do cmdo. Convivendo com bandidos fortemente armados e sem poderem fazer nada, nem um vasculhamento.
Este é o reflexo….
Todos nós temos que ter ponderação e não fazer julgamentos precipitados. Como todo pai que vive no Rio de Janeiro, a preocupação maior é com a integridade física dos meus jovens filhos, quando saem pela capital e cidades da Baixada Fluminense, pois estamos expostos a tudo. Tem bandido agindo livremente por toda todos os cantos, devido a impunidade de Leis brandas. Também somos abordados por policiais de excelente preparo, como são a maioria, e também por alguns despreparados para a função, assim como outros verdadeiramente abusados que trabalham ao livre arbítrio, sem a devida vigilância de superiores omissos e que por isso acham-se os "donos da rua", criando suas próprias normas. Em nenhuma instituição existe a predominância absoluta de bons profissionais. No Exército não é diferente. Só a fiscalização rígida e sensata é capaz de reduzir erros as vezes irreparáveis. Na vila Militar em Deodoro, já fui abordado algumas vezes por "Soldados Generais", que são aqueles que receberam uma missão e entendem como carta branca para agir sob o "manto da autoridade". Por isso, devem ser fiscalizados de perto. Como ali era meu caminho rotineiro quando na ativa, certa vez um desses "generais" entrou abruptamente na frente do meu carro, apontando o fuzil, quase forçando o próprio atropelamento. Alegação para que eu parasse: Excesso de velocidade, pois conforme o mesmo, ao receber a informação via rádio, passada por outro soldado em posto anterior, foi iniciada a "contagem mental" do tempo percorrido até onde o mesmo se encontrava. Meu carro tinha velocímetro, mas o cérebro do Soldado (não se sabe aferido por quem), se sobrepunha ao instrumento. Para a minha sorte, não atirou, nem eu o atropelei, porque realmente estava respeitando a velocidade, como de costume.. A situação só deixou de ficar tensa, após minha identificação. Na FAB também assisti a isso incontáveis vezes. O militar recebe uma ordem e de iniciativa individual, passa a acrescentar seus próprios meios, "incorpora" a autoridade de quem deu a determinação e sente-se a vontade para mandar. Resumindo: Cada um é aquilo que foi forjado. A farda sozinha não é capaz de frear essas condutas. Vê-se até Guardas Municipais tornarem-se enérgicos usurpadores de atribuições publicas alheias, tais como de policiais, acreditando no poder outorgado pela farda. Somente a fiscalização séria e a apuração isenta é capaz de atribuir a cada um a sua parcela de responsabilidade no caso ocorrido na Maré. Nunca é demais lembrar que a pouco tempo um Cabo perdeu a vida ali e todo jovem Soldado tem medo de ser o próximo. Cabe uma pergunta? Agiam isoladamente ou estavam a comando próximo ao local. Se precipitadamente puni-se o soldado, fomenta-se a omissão em casos semelhantes pelos demais. Se de imediato culpa-se a outra parte, dar-se ao Soldado o entendimento de que ele é livre para atirar, quando assim decidir.Na PM o Soldado decide por contra própria o que fazer, devido a ausência de superiores havidos pelo clima ameno dos gabinetes. Por isso esta com a imagem que tem atualmente. Espero que não haja injustiça contra qualquer um dos lados, e que os responsáveis possam enxergar, que as próximas vítimas podem ser os próprios filhos daqueles que deixam de apurar os fatos com toda a seriedade e justiça que o caso requer. Lendo hoje o Jornal Extra, o Sargento da FAB que estava dentro do carro, afirmou que haviam sido abordados antes, revistados e recebido ordem para seguir, vindo a serem alvejados mais a frente, em outro ponto. A princípio, deve-se considerar que são palavras de um militar formado em dois anos de internato na Escola de Especialistas, sob rígida disciplina, devendo merecer crédito de igual patamar dos militares que atiraram.
Quanto as circunstâncias em que somos legalmente amparados a efetuar disparos, acredito que não sejam necessários tecer maiores comentários, em se tratando do público que acessa a esse blog serem todos conhecedores.
Tropa totalmente despreparada para esse tipo de missão. Os atuais "comandantes" no intuito de satisfazer os desejos desse governo de canalhas e terroristas aceitam esse tipo de situação.
O que está acontecendo que a população está começando a questionar a competência da Força, e não vai demorar muito para começar a demonizar a Instituição, na realidade essa é uma das idéias desse "desgoverno" de PeTralhas.
Situações como está, só servem para denigrir a imagem da Força.
A instituição irá sair totalmente maculada desse empreitada, pois a tal pacificação não existe, é só para inglês e turista ver.
Com certeza a tropa não atirou sem motivo, todos sabem que vão responder na justiça comum no caso de ferir ou matar alguém e por isso só atiram em último caso.