Exército diz que vai ressarcir danos em casas após explosão no Rio.

Detonação de explosivos gerou impacto em seis bairros.
Moradores reclamam serem recorrentes as explosões.
Tremor destruiu armárip de casa no Subúrbio do Rio (Foto: Marcelo Elizardo/G1)
Tremor destruiu armário de casa no Subúrbio do Rio (Foto: Marcelo Elizardo/G1)
Do G1 Rio
O Comando Militar do Leste informou que vai fazer um levantamento para ressarcir os moradores prejudicados com a explosão ocorrida em área do Exército em Deodoro, no Subúrbio do Rio. Moradores de seis bairros sentiram os impactos da detonação. Casas foram destelhadas, vidros das janelas quebraram e paredes racharam após a detonação de explosivos abandonados. O Exército admitiu que houve falha nos cálculos.
Conforme mostrou o Bom Dia Rio, os moradores de Deodoro contam que essa explosão foi a mais forte, mas não foi a primeira. Eles afirmam serem recorrentes as detonações.
“Vira e mexe aqui tem explosões, sempre tem uma explosão e tal, mas é coisa assim que chega a vibrar a telha, chega a tremer alguma coisa, mas dessa vez foi um absurdo, quebrou tudo”, disse o motorista Nelson Lins.
“É uma sensação de revolta mesmo, porque é muito triste. A noite a gente tá dormindo, a gente acorda com o barulho de explosões, sabe? Aí começam a cair os rebocos. Eu fico muito chateada”, reclamou Cristina Freitas.

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Explosão em área do Exército assusta moradores em subúrbio do Rio.

Além de Deodoro, os tremores foram sentidos nos bairros de Marechal Hermes, Guadalupe, Vila Militar, Anchieta e Ricardo de Albuquerque. Segundo o exército, a explosão foi ocasionada durante o trabalho de destruição de explosivos abandonados no local.
O Campo do Camboatá, em Deodoro, tem 2 milhões de metros quadrados. É uma área de acesso restrito, onde já funcionou um antigo centro de munição das forças armadas. O terreno tem muitos explosivos. A detonação gerou uma onda de choque em níveis acima do esperado.
No fim da década de 50, um incêndio destruiu os paióis do exército e as explosões espalharam artefatos na região. Em agosto de 2012, um militar em treinamento morreu e outros dez ficaram feridos após a explosão de uma mina terrestre, depois de acenderem uma fogueira na área.
Desde essa época, o campo foi fechado. O exército começou uma varredura em busca de restos de explosivos. Quando o aparelho encontrava um objeto metálico, o alarme disparava. O material era retirado por profissionais especializados em explosivos.
Em 2009, o Exército cedeu o terreno para a construção de um novo autódromo para o Rio, mas o projeto foi suspenso temporariamente em novembro do ano passado. A decisão do ministério do esporte, que financiaria a obra, foi tomada a pedido do Ministério Público, que exigiu a realização de um estudo de impacto ambiental.
Segundo o Comando do Exército, vidros de janelas de quartéis se quebraram no acidente desta quinta-feira (12). Em nota, o Exército informou que foi determinada uma avaliação técnica para investigar como ocorreu a detonação. Segundo o corpo de bombeiros, ninguém se feriu.
G1/montedo.com

2 respostas

  1. Será que depois desse acidente na área do Gericinó, os nobres políticos e os nobres estrelados ainda continuarão com o projeto de fazer autódromo ou outra coisa qualquer nesse local? Detalhe. Nasci e me criei perto do antigo depósito de munições que explodiu em 1958. Quando rapaz entrei nessa área e ví diversos artefatos espalhados. Isso sem falar no aluno do curso de Sgt que morreu no local. Mas como tudo nesse país está a sopapo os citados acimas com certeza nem se lixarão para ninguem.

  2. Tenho 60 anos de idade, e quando pequeno presenciei esta explosão.
    Sou morador de Guadalupe, só tendo saído após minha formação no curso da EsSA, cujo nordeste foi minha opção.
    Quando menor entravamos, a garotada, na área citada pela reportagem e víamos muitos artefatos espalhados.
    Sei que por lá ainda existe, as árvores e suas raízes escondem o que é perigoso.
    Quando da explosão saímos correndo de casa, tamanho o estrondo e a quantidade de bombas sendo arremessadas pelos bairros vizinhos. Lembro de nossas mães e nossos país terem que nos carregar e nos levar, por entre charcos, até madureira, a pé.
    É incabível a ocupação daquela área.

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