Comissão da Verdade: sentimento dos generais é de “irritação e insatisfação”.

Forças Armadas demonstram insatisfação
Exército garante a segurança dos eleitores nas ruas de Fortaleza (CE)
Exército: insatisfação surgiu às vésperas das publicação do relatório da Comissão Nacional da Verdade (Marcelo Camargo/Agência Braasil)
Tânia Monteiro, do Estadão Conteúdo
Brasília – O sentimento existente na cúpula das Forças Armadas, particularmente no Exército, às vésperas da divulgação do relatório da Comissão Nacional da Verdade, é de irritação e insatisfação.
Os ataques feitos aos militares por integrantes da comissão, que insistem que os comandos das Forças têm de reconhecer que cometeram violações aos direitos humanos, o que é rechaçado por todos, incomoda muito os oficiais-generais da ativa, segundo depoimentos reunidos pelo Estado.
Eles desqualificam o trabalho que está sendo realizado, alegando que a comissão agiu de forma “unilateral”, desprezando o “outro lado da história”. Para os militares, a comissão funcionou como um “tribunal de exceção” que quer “empurrar goela abaixo dos brasileiros uma história que não é verdadeira porque só tem um lado”. Um dos generais ouvidos pelo Estado afirmou que isso não cabe e não pode ser aceito em um país democrático como o Brasil.
A própria presidente Dilma Rousseff, que receberá oficialmente o relatório final na quarta-feira, dia 10, já sinalizou que não quer, neste momento delicado de economia fragilizada, abrir um novo flanco de problema, em uma área que não lhe dá dor de cabeça. Por isso mesmo, de acordo com um interlocutor direto de Dilma, o tom da presidente sobre este assunto, neste momento, é de conciliação.
Os generais consultados pelo Estado foram unânimes em afirmar que o momento é de espera para avaliação do que será apresentado. Segundo um oficial-general da ativa, que não pode se manifestar publicamente, se houver um ataque frontal, será preciso tomar providências, “mas tudo pelos caminhos normais, legais, seguindo a hierarquia, sem nada que afronte a lei ou os princípios democráticos”.
Nos comandos militares, o entendimento é que o Ministério da Defesa está conduzindo a questão de forma satisfatória e não tem nenhum interesse em alimentar uma crise. Portanto, a expectativa é de que as respostas venham exatamente pelo ministro ou o Ministério da Defesa, que falariam politicamente em nome das Forças Armadas. O que mais tranquiliza os militares é a determinação de que não há espaço para qualquer alteração ou revogação da Lei da Anistia.
EXAME/montedo.com

13 respostas

  1. Oxe!!!! dá nada não homi de deus…. nossos generais são galinhas mortas… se fizer isso não consegue emprego na petrobras… vale… secretarias de segurança nos estados… e etc…
    Presidenta Dilma, pode ficar tranquila, nossos generais estão bem ADESTRADOS… $$$…

  2. Que esse relatório venha soltando a madeira, pois quem sabe assim, acordam para a dura realidade que vivem os militares das FFAA. E ninguém faz absolutamente NADA. Só assim vão sair da zona de conforto.

  3. Não adianta essa insatisfação e irritação toda se isso ficar entalado na goela e voltar para o estômago sem que chegue a CV e a presidente.

  4. Vejas bem senhores……Estamos realizando um estudo para resolver essa situação……Se trata de um quadro complicado…..Confiem nos seus Comandantes!!! Nos seus generais…..1º Sgt

  5. E ainda me lembro do tempo em que todo mundo se borrava quando estava para visitar o quartel algum general. Hoje olhamos para esses senhores, tanto os da reserva quanto os da ativa e vemos sempre o mesmo discurso "militarmente" correto (tentando transparecer que estão fazendo algo em prol da maioria) e fingimos que acreditamos no que nos falam. O alto-comando e suas subordinações imediatas não passam a menor credibilidade à tropa atualmente e nosso governo neo-bolivariano sabe muito bem disso.

  6. Os Generais estão temendo o que? O Exército não valoriza os seus, fui para
    a Reserva em 30 de Novembro de 2013, depois da publicação em Diario Oficial, que criou o quadro de 2º SGT QE, e até agora ninguem fala se vamos ser promovidos ou não, aí eu pergunto o que vale mais , a lei ou a portaria do Exército que fixou a data das promoções a partir de 1º de Dezembro de 2013. fica essa pergunta.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo