Clubes Militares sobre a Comissão da Verdade: “Tentar vergar a coluna de instituições sérias e seculares é perigosa insensatez”.

NOTA DE ESCLARECIMENTO
Fac símile da nota dos Clubes Militares
(Reprodução: Montedo.com)
Efetivar o direito à memória e à verdade históricas, além de promover a reconciliação nacional.
Propósitos maiores, expressos no “caput” da Lei 12528, cuja integralidade foi desprezada pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), desde sua criação.
Ser pluralista e atuar com imparcialidade.
Longe disso, a comissão já nasceu com a marca da iniquidade, composta por integrantes que não podem disfarçar seus credos ideológicos.
O rosário de ilegalidades e ilegitimidades foi definitivamente alcançado com a edição da Resolução Nº2, da CNV.
Na contramão da própria lei que a criou, a comissão decidiu que tão somente seriam apuradas as violações dos direitos humanos, praticadas pelos agentes públicos ou pessoas a seu serviço, varrendo para debaixo do tapete os atos terroristas, barbaridades que vitimaram a mais de urna centena de brasileiros, inocentes em sua esmagadora maioria.
Além disso, passou a concentrar suas investigações apenas no período pós-1964, direcionando-as, sem pudores ou disfarces, àqueles que, isso sim, lhes garantiram a liberdade que hoje desfrutam. Visando à coibição de tais arbitrariedades, os Presidentes dos Clubes Naval, Militar e de Aeronáutica encaminharam, em julho de 2013, uma competente Representação ao Procurador-Geral da República, chefe do Ministério Público Federal e fiscal maior da lei. Decorridos 15 meses, apenas, um incompreensível silêncio temos como resposta.
“Esquecem-se que tentar vergar a coluna de instituições 

sérias e seculares que gozam de ampla confiança dos


brasileiros é ato revestido de perigosa e desnecessária insensatez.”

Diz-se que a verdade histórica é a apresentação fiel de fatos. Porém, se mostrada apenas por um único observador, ficará definitivamente comprometida em sua nitidez. Se, nesse processo, isso prevalecer, a sociedade brasileira será condenada a esquecer das barbáries praticadas pelo terror e pelo sectarismo. Em face disso, os Clubes Militares, valendo-se dos amplos direitos jurídicos que tanto ajudaram a manter intocáveis, voltam aos tribunais, agora com uma Ação Ordinária na Justiça Federal. Postulam que seja declarada Ilegal a Resolução n° 2 da CNV, por violar os princípios constitucionais da Legalidade, Isonomia e da Impessoalidade, regentes da Administração Pública e expressamente insculpidos na Carta Magna.
Um mundo, ainda bipolar, testemunhou a promulgação da lei de Anistia no Brasil. Entretanto a paz e a reconciliação sociais que se julgava terem sido alcançadas passaram a enfrentar difíceis obstáculos, como o revanchismo e a intolerância.
A eles, agora, junta-se um outro: a provocação.
Esquecem-se que tentar vergar a coluna de instituições sérias e seculares que gozam de ampla confiança dos brasileiros é ato revestido de perigosa e desnecessária insensatez.
Ainda assim, inspirados pelo Duque de Caxias, o grande pacificador brasileiro, os Clubes Militares permanecem confiantes nos princípios democráticos da equidade e do entendimento para que sejam reencontrados os caminhos da paz nacional.
Paulo Frederico Soriano Dobbin 
Vice-Almirante (Ref-FN)
Presidente do Clube Naval
Gilberto Rodrigues Pimentel
General-de-Divisão
Presidente do Clube Militar
Marcus Vinicius Pinto Costa
Major-Brigadeiro-do-Ar
Presidente do Clube da Aeronáutica

10 respostas

  1. Com todo o respeito que os anciãos do Clube Militar merecem, mas é BEM FEITO. Estão provando do próprio remédio. Tardiamente, é fato. Carreiras pautadas na empáfia, arrogância e costas viradas para a tropa… Agora têm suas vidas devassadas pela CNV que, a despeito de seu caráter meramente revanchista, está infligindo a muitos milicos de alta patente, principalmente os de pijama que frequentam o Clube Militar, o pavor da punição que outrora impunham aos subordinados.
    Não me regozijo de presenciar esse fato histórico. Queria lembrar desses homens como heróis, como patriotas. Mas não consigo. Os tenho como meros lesa-pátria que pensaram em primeiro, segundo e terceiro lugares SOMENTE em suas carreiras.
    Como poderia torcer por eles neste momento?

  2. Olha, só rindo, esses velhotes mequetrefes ainda acreditam que alguém dá crédito às baboseiras que eles vomitam? alguém aqui já disse e eu concordo, um general da reserva manda tanto quanto um porteiro de prédio, aliás, eu acho que até menos. Dia desses veio um senhor falar comigo que um capitão fez uma séria ameaça ao governo, um certo Cap Eugênio, com uma voz cavernosa. Como definir isso? Patético é o mínimo. Conselho pra esses vovôs: VÃO PESCAR!

  3. Passaram o "TACAPE" do poder e não se articularam para que os meliantes não se apoderassem, agora, pagam o preço. Mas ficar divulgando essas cartas entre eles mesmos não resolverá nada. O PT vai baixar o tacape na cabeça de quantos conseguirem para destilar o ódio que nunca foi estancado e vão infernizar a vida de muitas famílias para despistar e tirar a atenção do que realmente estão fazendo. Os familiares das vítimas dos militares devem receber indenização? Sim, se a lei permitir. Também acho que deveriam apreender os bens e bloquear contas bancárias dos terroristas que mataram muitos inocentes, para que os familiares possam receber suas indenizações, também.

  4. O Brasil é um país confuso, mesmo.Uns grupos pegam em armas para tentar tomar o poder; os militares reagem e começa uma "guerra". Excessos dos dois lados, onde morreram "combatentes" e inocentes; o poder é devolvido aos civís; os guerrilheiros sorrateiramente se infiltram no poder; agora querem condenar só os militares; estão distribuindo vultosas indenizações até para guerrilheiros mortos; esqueceram dos que morreram por suas mãos; continuam infiltrando extremistas nos movimentos sociais; preparam novamente a tomada do poder através do desmantelamento total do país e querem continuar no poder eternamente?

  5. Somente acreditarei na coragem de um general e levarei a sério o que diz, quando aparecer um, ainda na ativa, comandando uma brigada ou divisão, e criticar o governo.

    Enquanto isso não acontecer, continuarei a vê-los como meros "militares de revistas" (atores, embusteiros), coordenadores e fiscais de desfiles (formaturas) e severos auditores de grama e meio-fio de quartéis.

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