Identificado soldado morto em quartel do RS. Exército trabalha com a hipótese de disparo acidental.

Identificado soldado morto no Regimento Mallet em Santa Maria
Disparo partiu de colega da vítima, que estava com ele na troca da guarda
Identificado soldado morto no Regimento Mallet em Santa Maria Jean Pimentel/Agência RBS
Acesso ao local onde aconteceu o acidente foi isolado por militaresFoto: Jean Pimentel / Agência RBS
Lizie Antonello
O soldado Roger Lazaretti Rodrigues, 18 anos, natural de Liberato Salzano e com família de Não-Me-Toque, foi morto com um tiro na cabeça dentro do Regimento Mallet, uma das unidades mais tradicionais do Exército em Santa Maria, por volta das 10h50min desta quinta-feira.
De acordo com o setor de comunicação do quartel, dois recrutas estavam no espaço chamado de Corpo da Guarda _ um entrava em serviço e outro saia _, quando um deles foi atingido com um tiro de fuzil.
Segundo informações do Exército, no local da troca da guarda fica armazenado o armamento. É provável que o disparo tenha ocorrido no manuseio da arma. O Regimento Mallet tem oito postos de guarda, e os militares utilizam armamento real.
O caso está sendo tratado como acidente pelo Exército e será investigado pela Polícia do Exército que está, neste momento, fazendo uma perícia no local, que já foi isolado. É um processo administrativo e, por isso, não envolve a Polícia Civil.
O jovem que efetuou o disparo está em estado de choque e recebendo atendimento em uma sala do Regimento Mallet. Os dois militares entraram no Exército em março deste ano no serviço obrigatório.
Segundo o oficial de comunicação do Mallet, tenente Rafael Oliveira, uma equipe do quartel se deslocou até a cidade do soldado para dar assistência à família e relatar o fato. (RBS TV Santa Maria)
DIÁRIO DE SANTA MARIA/montedo.com

9 respostas

  1. Um soldado executa 50 tiros de fuzil, mal pode manusear seu armamento e já é considerado apto a fazer a segurança de uma unidade militar, infelizmente isso é típico no EB. Um sgt faz 20 tiros de pistola na formação e fica tirando serviço de cmt da guarda por anos sem fazer qualquer reciclagem. E alguns ainda chamam isso de profissionalismo.

  2. Presta atenção no que você fala sobre o E.B., pois se você não sabe todos o militares do E.B., desde Oficial General a Cabo e Soldado realizam tiros uma vez por ano e passam por reciclagem, o soldado recruta, recebe todas as instruções sobre o armamento e manuseio e o perigo do não cumprimento das orientações recebidas.

  3. Até hoje não entendi qual é a legitimidade da perícia feita pela Polícia do Exército, se em verdade não é polícia prevista na Constituição e tampouco seus peritos são concursados como peritos e muitos nem curso superior possuem.
    A Polícia do Exército é apenas mais uma especialização operacional de uma tropa, qual seja, atuar em atividades de polícia administrativa num ambiente militar (escolta, acautelamento de presos, controle de trânsito, segurança patrimonial (PNR e outros imóveis), etc). Mas fazer investigação e perícia não vejo com bons olhos. Se eu fosse advogado criminalista defendendo algum acusado de crime militar cuja perícia tenha sido feita pela PE certamente eu solicitaria a nulidade das provas colhidas pelos peritos do Exército.

  4. Só digo uma coisa: houve falha humana… Fui soldado por dois anos, cabo por 4 anos, 3º Sargento por 7 anos e meio, e mais alguns meses como 2º Sargento… em toda minha experiência, NUNCA carreguei meu fuzil ou minha pistola durante o serviço… se o fuzil dizparou, é porque estava carregado, destravado, e alguém ou apertou o gatilho ou deixou ele cair no chão. Foi relatado que foi durante a troca dos postos. Será que o cabo da guarda verificou se todos estavam com o fuzil sem carregador no momento dos procedimentos de segurança? Será que verificou fuzil por fuzil? Checaram as câmaras visualmente e tactilmente (as vezes a garra do extrator não funciona)? Analisando os fatos: uma munição estava na câmara. Como ela chegou lá? Foi o militar durante seu quarto de hora que carregou o fuzil? Ou o carregamento ocorreu na troca dos postos, quando o militar esqueceu de retirar o carregador pra fazer os procedimentos de segurança? O cabo da guarda verificou isso? Pra mim o maior culpado vai ser o soldado que fez o disparo acidenal… considero um jovem de 18 anos, ainda mais no Brasil, muito imaturo pra tamanha responsabilidade de ser soldado do Exército…

  5. Só pra botar lenha na fogueira:

    Assistam e tirem suas próprias conclusões…

    As minhas:

    1 – todos os militares são maiores de 18 anos e donos de si e legalmente responsáveis por si mesmos e suas atitutes;

    2 – Todos sabem o que é certo e o que é errado;

    3 – Se for pra colocarmos um sargento de babá pra cada recruta não fazer nada errado, acabou! podem fechar o Exército… digo isso pra alguém tentar inverter as coisas dizendo que não houve fiscalização por parte dos superiores.

  6. Passam-se os anos, turmas e mais turmas de novos recrutas, mas a história é sempre a mesma, isso nunca vai acabar…Poderá sim diminuir, se forem feitos mais exercícios de tiro, com um armamento melhor. O que não pode é continuarem colocando um fuzil mais velho que a minha avó na mão de um guri que nasceu ontem e que mal sabe executar um ombro arma…

    Rosseau

  7. O fuzil não tem nada a ver com a história… essa morte teria acontecido da mesma forma se os soldados tirassem o serviço com um fuzil ultra hiper mega moderno… o fuzil por si só é apenas um monte de peças de metal… é a imaturidade e falta de responsabilidade do homem que provoca acidentes assim… garanto que todos os soldados tiveram instrução, ainda que muito básica, e sabem o que é certo e o que é errado… por favor, não culpe o fuzil.

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