Defesa instaura comissão de gênero nas Forças Armadas

Foi oficialmente instaurada, na manhã desta quarta-feira (3), Comissão de Gênero que irá propor e estudar ações para efetivação dos direitos das mulheres e igualdade nas Forças Armadas e no âmbito da administração central do Ministério da Defesa (MD). Em solenidade, o titular da pasta, Celso Amorim, assinou a Portaria 893, de abril de 2014, que designou os integrantes do comitê.
Na ocasião, o ministro lembrou que dos 350 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica espalhados pelo Brasil, cerca de 22 mil são mulheres que atuam nas mais variadas funções (veja infográfico).
Amorim destacou a conquista da almirante Dalva Mendes, primeira oficial feminina a alcançar um posto de general nas Forças Armadas brasileiras. E completou: “A Força Aérea já tem mulheres em seu corpo combatente e pilotos de caça. A Escola Naval recebeu, este ano, a primeira turma de meninas. O Exército está se preparando para incorporar alunas na AMAN [Academia Militar das Agulhas Negras]”.
Na cerimônia, a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, parabenizou a Defesa pela iniciativa e anunciou que já são 13 os ministérios que instauraram mecanismos de gênero em suas administrações*. Para Menicucci, as Forças demonstram apreço pelo tema ao instalar o comitê “num ambiente secularmente masculino”.
“As mulheres estão à frente de cargos pelo mundo todo. Ainda é pequeno o quantitativo feminino nas Forças Armadas, mas o trabalho delas também nas operações de paz, e de todas as anônimas deste ministério, é exemplo”, afirmou a ministra.
Estiveram presentes na cerimônia os comandantes da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto; do Exército, general Enzo Martins Peri; e da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. Além deles, prestigiou o evento a chefe do escritório ONU Mulheres, Nadine Gasman.
Portaria
O documento que estabeleceu a Comissão de Gênero traz como finalidades do novo organismo contribuir para a articulação do MD com outras instituições que tratem de políticas para as mulheres. Além disso, tem como missão propor ações de sensibilização e capacitação de servidores e dirigentes acerca da temática.
Os integrantes do comitê são funcionários de diferentes chefias e secretarias da Defesa, do gabinete do ministro e dos comandos das Forças. Eles atuarão em reuniões bimestrais e não recebem remuneração adicional. Nesta quinta-feira (4), os membros da comissão participam de capacitação durante a tarde, com ciclo de palestras.
* Órgãos do Poder Executivo Federal que possuem mecanismos de gênero:
– Ministério do Desenvolvimento Agrário
– Ministério de Minas e Energia
– Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome
– Ministério do Trabalho e Emprego
– Ministério da Saúde
– Ministério do Meio Ambiente
– Ministério da Defesa
– Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
– Ministério das Comunicações
– Fundação Nacional do índio
– Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
– Banco do Brasil
– Caixa Econômica
DEFESA/montedo.com

12 respostas

  1. Só se for para corrigir as desigualdades: Nas Forças Armadas, particularmente, no Exército, elas (o Segmento Feminino) ganham o mesmo que o Segmento Masculino, más gozam de grande protecionismo machista típico dos Latino-americanos.

    A Igualdade de Gênero, passa pela igualdade de desempenho dos cargos e Funções.

  2. Desigualdade? As cabos femininas na FAB de 1984 até 1986 foram promovidas em 86 A 3sgt sem fazer nenhuma prova. Só exigia curso técnico completo. Eu era cabo com curso superior e continuei cabo. Hoje elas são suboficiais e muitos cabos daquela época que fizeram a escola de sgt são só 2sgt, na reserva. E os que foram reformados como cabos, continuam cabos. Desigualdade só se for contra os homens.

  3. AS MULHERES CONQUISTARAM O DIREITO DE SEREM TRATADAS SEM AS DIFERENÇAS ENTRE OS SEXOS, ISSO NO PAPEL, POIS NA PRATICA SE SÃO TRATADAS IGUAIS, APRONTAM E MUITO, SEM CONTAR RELACIONAMENTOS NO QUAL SE ACHAM COM A FORÇA DO MARIDO. A MENTALIDADE DE MUITAS PESSOAS, INDEPENDENTE DO SEXO, É Q DEVEM EVOLUIR, TRABALHO É UMA COISA, RELACIONAMENTO É OUTRA, MISTURAR NÃO DÁ CERTO. MAS É O VEM ACONTECENDO.

  4. Concordo plenamente em se rever a desigualdade em relação as mulheres nas forças armadas. Podem e devem dar serviço de guarda armadas, podem e devem participar de fainas de abastecimentos (transportando materiais compatíveis com seu biotipo. ) e etc.
    A igualdade será plenamente bem-vinda.

  5. Como se somente as mulheres ficassem se "esquivando" da escala de sv, campo e td…todas as OM´s e OMS que passei presenciei muitos homens dando uma de "mulherzinha"… tenho várias colegas que tiram cmt de guarda e não ficam de mimimi…(a não ser as temporárias)

  6. O problema é eles não respeitam nem a CF no caso de Isonomia, é uma bandalheira generalizada, cada um faz o que quer… A Armada principalmente… Vide concursos para Capelães onde ele favorecem denominações. Ridículo, vergonhoso, descabido, uma afronta a CF.

  7. Mais uma baboseira gramscista politicamente correta deste governo petista ligado ao Foro de São Paulo, com um ministro da defesa filiado ao partido. Os regulamentos militares não estão adequados para homens e mulheres? Todos os militares não devem cumpri-los?

  8. Que bom que as mulheres conquistaram esse direito. Vamos agora brigar para que elas se alistem no serviço obrigatório, afinal de contas, elas sabem dominam a arte de lavar privadas e varrer pátios com maestria! Funções inerentes a função de um pobre recruta. Hoje sou militar de carreira concursado mas antes fui recruta. Não é fácil ser recruta. Minha coluna dói até hoje, reflexo dos tempos de recruta em que eu tinha que lavar o mesmo banheiro diversas vezes no mesmo dia. Mas isso mulher não pode fazer. O dia que as mulheres forem conscritas no EB eu concordarei com a matéria.

  9. O problema não é o PT no governo ou filosofias gramscistas. O problema é que nas FFAA, a mulher, seja de qual patente for, é tratada de forma diferente, já que numa instituição em que homens (falhos por natureza) se confundem com a instituição em si (oficiais) a discricionalidade é que regula essa relação homens x mulheres. E isso, concordemos, é uma temeridade!!!

  10. Tive oportunidade de assistir a uma entrevista dessa "Almiranta" no programa da Marília Gabriela. Deixou-me a impressão de uma pessoa que está cega em tiroteio. Não sabe o que faz naquele posto. Perdidinha, coitada…

  11. Monteado, não posto mais comentários aqui. JÁ É A QUINTA VEZ QUE NÃO VEJO POSTAR A MINHA OPINIÃO.
    NÃO TINHA PALAVRAS OFENSIVAS NEM PALAVRÕES.
    ARREGO PARA VOCÊ!

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