Atropelados: atirador morreu e tenente ficou ferido durante marcha de tiro de guerra no interior de SP

Carreta atropelou a tropa durante marcha a pé (reprodução EPTV)
Jaboticabal (SP) – O atirador Jonathan Natanael Cardoso morreu e o tenente Azuil dos Santos teve traumatismos no crânio e no tórax, após serem atropelados por uma carreta na manhã desta sexta-feira, durante a realização de uma marcha a pé de doze quilômetros pelo efetivo do Tiro de Guerra da cidade.
O acidente ocorreu na estrada vicinal que liga Jaboticabal ao distrito de Lusitânia e foi causado pelo motorista de uma carrta que não viu a tropa e acabou atropelando os militares. Segundo a polícia, o bafômetro comprovou que o condutor não havia ingerido bebida alcoólica. Além da investigação policial, o chefe da 5ª Circunscrição do Serviço Militar mandou instaurar um IPM para apurar o ocorrido.
O tenente está internado em estado grave. O atirador morreu a caminho do hospital. (Reprodução EPTV)
O corpo do atirador será sepultado hoje pela manhã, em Jaboticabal. Já o tenente segue internado num hospital de Ribeirão Preto e seu estado de saúde é considerado grave.

17 respostas

  1. Vcs estão falando em Tiro de Guerra. Alguém, acha, que em qualquer situação que se possa imaginar atualmente, esses atiradores seriam empregados em situação real de combate, seja para Defesa Externa, Interna, ou GLO? Isso é uma piada. Os objetivos reais dos TG é outro, pcp ComSoc, aumento da reserva mobilizável (teoricamente falando), etc.

  2. O lamentável é que os Tiros-de Guerra são movidos na base do improviso. As atividades de instrução são levadas a termo por criatividade do instrutor e por algum apoio civil ou da prefeitura que ele implore. O EB não dá suporte (coletes, lanternas de sinalização, viaturas, etc), já que as instruções são realizadas em grande parte sem a luz do dia. Não há capacetes para a realização do tiro e assim por diante. Enquanto vai dando certo, tudo ok, mas quando dá algo errado…
    Meus sentimentos à família do jovem atirador e minhas preces ao nobre instrutor.

  3. Parece que a culpa é somente do Ten. O Sistema é perfeito, "há o planejamento" do Escalão Superior e o executante que se vire. Foi uma fatalidade! Que a família do Atirador seja confortada e que o Ten se recupere.

  4. Meus amigos, é lamentável e muito triste o que aconteceu ao nosso colega Chefe da Instrução do referido TG, e ao seu instruendo, isso foi uma fatalidade com certeza, e acredito que o instrutor deve ter se precavido de todos os detalhes de segurança possíveis e dentro das limitações que sabemos que existe em relação ao TGs, fui instrutor de TG durante três anos, fiquei sozinho no TG, e bem sei que não foi nada fácil, quem pensa que é fácil está muito enganado, é uma baita aventura, somos cobrados pela STG para que todas as instruções sejam executadas dentro do padrão, e disciplina consciente é o que nos move quando estamos isolados, procuramos sempre executar as missões da melhor forma, conduzir as marchas é um dos maiores desafios dos TG, em primeiro acho que é a execução do Tiro de fuzil, essa é mais complicada ainda.
    Tenho absoluta certeza que o companheiro não estava inventando nada, seguia o PP, o atirador se vai ser empregado futuramente ou não, isso não interessa, pro instrutor o que interessa é bem formar o combatente básico, e por isso nos arriscamos, e dentro de nossa profissão todos sabemos quantos riscos corremos, principalmente nós que estamos no final da linha, na tropa, na instrução…
    Desejo que nosso colega se recupere o mais breve possível, para que possa voltar pra sua família e lamento muitissimo pela perda do soldado.

    Rosseau

  5. Caminhar a pé? A verdade é que nosso exército é primitivo. Não pode ser colocado no patamar de exércitos profissionais como o americano, francês, inglês. Vivemos de vaidades, bravatas, canções de TFM e restrições (e são muitas…). De que adianta adestrar tropa para combate convencional? País Azul contra País Amarelo. Guerra na Selva? Que superpotência imaginária invadiria e instalaria bases em locais inóspitos, carentes de recursos, de difícil logística, carregados de doenças tropicais sem vacinas e nada estratégicos? Em nosso treinamento físico dá-se uma ênfase desnecessária ao exercício aeróbico, em detrimento a outras atividades essenciais a um bom preparo neuromuscular, formando uma tropa de magricelos "corredores fundistas". Essa "formação de reserva mobilizável" tem impossibilitado melhores condições de trabalho e salariais, visto que, é investida nesse fim, uma generosa fatia dos parcos recursos da força. Onde estão os investimentos em guerra cibernética, Comando e Controle, satélites militares e drones? Estamos afiando nossos espadins e baionetas em plena Era da nanotecnologia e viagens espaciais. Em nossas canções de TFM, e somente lá, somos invencíveis, e com nossos breves, repelimos invasores infinitamente melhor equipados e preparados. Não me venham com paraquedismos e cursos de guerra-alguma-coisa. Para os senhores valentões, pergunto…quantos tiros com armamento de dotação os senhores realizam por ano? Um recruta do exército norte americano em sua fase de adestramento realiza milhares e milhares(lembro de ter realizado 15 disparos por ano nos últimos 15 anos…). Sentimos muito orgulho de nossa brigada paraquedista, mas não podemos compara-la às 09 (nove) DIVISÕES PARAQUEDISTAS do exército americano. Graças a DEUS, que o Paraguai é de paz….
    Selva.

  6. Conheci o Tenente Azuil e posso dizer que o mesmo é um militar competente e cumpridor de seus deveres. Infelizmente quando esses militares vão para o TG não contam com recursos e são obrigados a cumprir a missão. Agora pergunto? Faltam recursos para diárias, transportes e outros para o cumprimento das missões dos senhores do alto escalão. Com certeza não faltam. Farinha pouca. meu pirão primeiro.

  7. O comentarista de 30 de junho de 2014 17:12 demonstra um conhecimento militar imensurável. Com tanto conhecimento assim, como é que a Dilma não o nomeia para Ministro da Defesa?
    1º Sgt Infa Brazil

  8. em 20 anos só fui pro estande 20 vezes…Pra fazer o TAT, o detalhe sem munição para fazer a regulagem da aparelhagem de pontaria que deveria ser feita pois não possuimos um FUZIL pra cada um…

  9. 1º Sgt Infa Brazil
    1 de julho de 2014 07:53

    Obrigado pela consideração nobre colega, para mim soa como um elogio. És pelo que vejo, um caso não incomum nas forças armadas, da "síndrome de estocolmo". Acomodado, e resignado a todos os impropérios impostos a nossa força. Lendo com atenção, veras que não falei nada que não seja de conhecimento comum, pois já tive contato com militares de outras forças, e constatei tudo isso "in loco".
    Selva.

  10. 1 de julho de 2014 23:35
    Se refere-se ao comentário de 30 de junho de 2014 17:12, não sou oficial, sou praça, servindo em GU de Selva, e fazem algumas semanas que realizei a última marcha (através de Selva, amigo, a mesma selva que evitas pra não sair de sua zona de conforto).

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