General Heleno confirma informação do blog: não é candidato e nem está filiado a partido político. E diz que pregar volta dos militares “é estupidez”.

Postagem do blog, no dia 2 de março:

General Heleno não é (nem pode) ser candidatoSegundo informação da jornalista Tahiane Stochero, do G1, o general Augusto Heleno não está filiado  a nenhum partido político. Portanto, está impedido legalmente de ser candidato a qualquer cargo nas próximas eleições. O prazo final para a filiação dos futuros candidatos encerrou em 5 de outubro do ano passado. Por estar na reserva, o general não goza da prerrogativa concedida aos militares da ativa, dispensados de filiação partidária, aos quais basta a indicação em convenção para que possam concorrer.

Entrevista com o general, publicada ontem pelo Ricardo Setti, da Veja:

EXCLUSIVO: General Augusto Heleno informa que não será candidato a presidente nem a outro cargo, que não é filiado a partido político, diz que pregar a volta dos militares é “estupidez” e que o ´”único caminho” para o Brasil é a democracia
General Augusto Heleno: defesa da democracia e da manutenção dos militares fora da política. “A ideia de um Partido Militar é um absurdo”, diz (Foto: Agência Brasil)
General Augusto Heleno: defesa da democracia e da manutenção dos militares fora da política. “A ideia de um Partido Militar é um absurdo”, diz (Foto: Agência Brasil)
O general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, primeiro comandante dos mais de 6 mil militares de diferentes países que integraram o contingente inicial da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti) e ex-comandante Militar da Amazônia, informou ao blog que não é filiado a nenhum partido, que não pretende se filiar e que não é candidato à Presidência da República ou a outro cargo político qualquer.
“Uma candidatura à Presidência sem uma forte estrutura partidária por trás seria uma aventura”, assinala o general, objeto do interesse de um grande número de brasileiros que cogitam de sua disputa ao Planalto em outubro próximo. “E o país não comporta mais aventuras depois da Presidência de Fernando Collor [1990-1992]“.
Para o general, a opção de filiar-se a um partido de menor projeção e, depois, precisar sair à procura de recursos para financiar uma campanha, “de pires na mão”, significaria “acabar assumindo compromissos que mais tarde precisarão ser pagos, e isto não é comigo”.
Pergunto se não lhe interessaria candidatar-se a senador ou a deputado futuramente (uma vez que, não tendo filiação partidária, não poderia concorrer em outubro próximo):
– Veja bem, isso não levaria a nada. É difícil ter uma participação mais significativa dentro de um quadro político em que as coisas já estão delineadas. Do jeito que a coisa está montada, uma só pessoa que pretenda alterar o atual estado de coisas vai acabar morrendo de desgosto ou, por ingenuidade, ou desconhecimento, ser envolvido em algo negativo.
E acrescenta:
– Não há salvadores da pátria. O problema do país é acertarmos em termos de escolha. É algo de formação das pessoas, de muito longo prazo. Nossa democracia está consolidada, mas me preocupa o fato de que a juventude em geral, o que inclui seus melhores quadros, está muito afastada da participação na política. Há muita gente que tem condições intelectuais e de formação e pode contribuir para o país mas não é cooptada pela política. A estrutura atual é perversa, e precisa ser mudada em profundidade.
Pergunto sobre os supostos 5,6 milhões de votos que determinada pesquisa indicaria que alcançaria caso concorresse ao Planalto:
– Esses supostos 5,6 milhões de votos apareceram em reportagem da revista IstoÉ. Não sei de onde tiraram esse número. Se isto for verdadeiro, é fruto do que pude contribuir com meu trabalho no Exército, é produto, talvez, da generosidade com que meus ex-comandados espalharam minhas eventuais virtudes. De todo modo, embora tudo seja muito desvanecedor para mim, 5,6 milhões de votos não são nada num colégio de 130 milhões de eleitores.
Para o general, “pregar a volta dos militares” ao poder — como alguns têm feito — “é estupidez”:
– Alguém que pense assim e esteja a meu favor quer, na verdade, me empurrar para o buraco. Ter essa postura é afrontar tudo o que foi conquistado em muitos anos. O único caminho para o país — está comprovado — é a democracia. É inimaginável se controlar a liberdade das pessoas. O único caminho de fortalecimento e desenvolvimento para o Brasil é a democracia.
Qual seria sua opinião sobre um certo “Partido Militar Brasileiro”, que está sendo fundado?
– É um absurdo. Quando os militares tiverem vínculo com algum partido político estaremos perdidos. Essa ideia é absurda.
Pretende declarar apoio público a algum candidato a presidente, no primeiro ou no segundo turno?
– Não vou apoiar publicamente nenhum candidato, nenhum me comove. Prefiro ficar como espectador.
O general se diz muito satisfeito com suas tarefas como diretor de Educação Corporativa e de Comunicações do Comitê Olímpico Brasileiro. “Trabalho com algo que sempre me fascinou — a educação, o ensino”. Conta que também tem feito palestrar por vários Estados brasileiros, em geral sobre três temas — liderança, a Amazônia e o problema do Haiti.
– Faço as palestras, mas não tenho coragem de cobrar. Faço de graça.
Veja/montedo.com

13 respostas

  1. Não poderia ser diferente. Esse senhor não fez nada na ativa e nunca fará na reserva. É só mais um general que está preocupado com o seu cargo na reserva. Temos que remover esses Ptralhas no voto. Se os militares da ativa ou reserva não têm coragem de liderar a sua tropa, que o faça as mulheres:
    Força Kelma Costa-MG e Ivone Luzardo-DF.
    General não compra briga, mas temos um praça da ATIVA que dá a cara para bater: Força Sgt Feliciano-RJ. E graças a DEus temos o Blog do Montedo para nos mater informados: Foprça Montedo no RS.

  2. Se o General falou…Eu mudo minha opinião, mas ainda tenho minhas desconfianças sobre a urna eletrônica e se realmente estamos vivendo numa democracia.

  3. Realmente,pode ate ser q o brasil nao precise de partido de milico, e tao pouco esse gereral nao queira participar de qualquer situação q envolva politica, mas que pelo menos esses comandante saia de tras de de seus PC ,e vao a lutar por seus subordinados que estao a beira da miseria.é lamentavel a situação salarial dos militares das FFAA. ( VERGONHOSO )

  4. com estas palavras o general vai garantir uns dois ou três anos num cargo…tipo conselheiro fiscal da petrobras…diretor para assuntos estratégicos da Vale…. nunca vez nada na ativa não ia ser agora…né general?

  5. PREFIRO KELMA COSTA, IVONE LUZARDO, VINÍCIUS, FILHO DO BOLSONARO E O MONTEDO. ESSE GENERAL SE PORTA COMO SE DA ATIVA FOSSE. NÃO DISSE UM AÍ CONTRA OS PETRALHAS QUE O EXONERAM HÁ POUCO TEMPO.

  6. Não existe um único general que seja digno de voto. Voto é uma procuração para que o candidato nos represente. Eles já nos representaram sem necessidade de voto, nos representaram pelas funções que desempenharam, e demonstraram apenas omissão, interesse pessoal, apatia, desinteresse pela situação dos subordinados, medo, falta de capacidade e mais algumas dúzias de atitudes que denotam o quanto são incapazes de estar a frente de qualquer causa.
    Voto na Sra Kelma Costa, Voto na Sra Ivone Luzardo, Voto no Sgt Feliciano, Voto no Montedo. Voto em qualquer militar que tenha interesse em nos representar e ainda não tenha tido a OPORTUNIDADE de usar a palavra para lutar pela causa militar.

  7. Nunca veremos um candidato milico a presidente , seria massacrado, seria um fiasco, e o pior, são os energúmenos que circulam pedindo um intervenção militar, (Nem cabe isso) eu entendo que tem que acabar com as FFAA , pois não tem serventia a nação , além de onerar e muito os cofres públicos.

  8. Ao anônimo das 09:12 que sugere acabar com as FFAA por falta de serventia . É o mesmo que tirar todas as fechaduras da casa por achar que não servem para nada. Recomendo que faça a experiência e depois volte para expressar se sua opinião permanece a mesma. Não querer intervenção militar é uma coisa, mas querer acabar com as FFAA é apenas reproduzir as asneiras dessa esquerda podre.

  9. Não se sabe o que parte (conivente) deste querido Brasil deseja.
    Se um general brilhante expressa pensamentos equilibrados, alguns elementos admiradores do que infelizmente está aí, os PTralhas e seus colaboradores o repudiam. Então, mundiça, continuem engolindo Lula, Dilma, Sarney, Renan Calheiros, Jader Barbalho, Levandowisk, Collor e outros tantos enganadores e aproveitadores que afundaran este querido Brasil.
    Amaro Rozendo.

  10. " o gen se diz muito satisfeito" com o cargo de DIretor de educaçao corporativa e de comunicaçoes do comite olimpico ……Hummmm…já entendi……nao precisa dizer mais nada….
    Tudo bem…de qualquer forma nao votaria em nenhum General da atualidade mesmo……todos sabem em que eles estao interessados realmente ……..

  11. É engraçado ver como alguns companheiros metem o pau nos seus comandantes pelas arbitrariedades que estamos sujeitos todos os dias e depois vêm com essa conversa de governo militar, de general salvador da pátria, dos bons costumes, imune à corrupção e bla bla bla. Parece oportunismo barato e covardia, pois esses pensam tão somente nos seus próprios interesses. Imaginam que só assim melhorariam os seus vencimentos, os seus benefícios, etc. Ou seja, o Brasil que se dane, se a farinha é pouca, meu pirão primeiro. Típico da história do nosso povo. Lamentável! O dia que um cara desse for Presidente da República, eu desisto desse país.

  12. As Forças Armadas não podem atraiçoar o Brasil defendendo privilégios de classes ricas, ou, na mesma linha antidemocrática, servindo a ditaduras fascistas ou síndico-comunistas. Frase de Humberto Castello Branco
    A paz queremos com fervor,
    A guerra só nos causa dor.
    Porém, se a Pátria amada
    For um dia ultrajada
    Lutaremos sem temor.
    "O soldado é o Exército. Nenhum exército é melhor do que os seus soldados. O soldado é também cidadão. Na verdade, a maior obrigação e privilégio da cidadania é o de porte de armas por seu país "
    – George S. Patton Jr.

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