Audiência pública: deputados e militares reclamam de baixos salários nas Forças Armadas

Plenário da Câmara debateu na manhã desta terça a situação das Forças Armadas. Associações criticaram perdas de direitos.
Kelma Costa, Genivaldo Silva, MIran Stein entre os líderes de associações militares presentes na Câmara
Deputados e representantes das Forças Armadas alertaram nesta terça-feira (11), durante comissão geral na Câmara, para as dificuldades enfrentadas pelos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica em manter a complexa estrutura de defesa do País.
Segundo o deputado Izalci (PSDB-DF), que sugeriu o debate, um dos pontos críticos são os baixos salários pagos aos militares. “Falta uma política de recursos humanos no serviço público. Como pode um soldado da polícia militar ganhar mais do que um oficial das Forças Armadas?”, questionou o deputado, que pretende sugerir a convocação de representantes dos ministérios do Planejamento e da Fazenda para tratar diretamente de mais recursos para o setor.
Ao citar casos reais de militares que deixaram as Forças Armadas em busca de melhores salários, Izalci disse que atualmente engenheiros, físicos e especialistas de alto nível, formados pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e com dedicação exclusiva, recebem R$ 5.500 líquidos por mês. Já um terceiro-sargento recebe R$ 1.461. De acordo com Izalci, 247 capitães e tenentes deixaram a carreira militar em 2013, incluindo a primeira mulher piloto de caça, que migrou para a Controladoria Geral da União (CGU).
O representante da Associação dos Militares do Distrito Federal Genivaldo Silva lembrou que, desde 2001, uma série de direitos adquiridos foram retirados dos militares, como o direito ao posto acima na aposentadoria, o adicional de insalubridade e os 5% de gratificação por 10 anos de serviço. Silva lembrou ainda o atraso no cumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu o direito dos militares das Forças Armadas a um reajuste de 28,86% por conta de erros em pagamentos até 1993.
Orçamento
O deputado Izalci chamou atenção ainda para problemas de gestão e para cortes orçamentários envolvendo a estrutura de defesa. “Projetos como o Sisfron [Sistema Integrado de Monitoramento e Controle das Fronteiras] que tem foco no combate ao tráfico de drogas, não consegue funcionar como deve porque sempre há cortes no orçamento. Basta ver o corte de R$ 44 bilhões no orçamento de 2014”, disse.
O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) lembrou que para destruir uma nação se destrói sua moeda e suas Forças Armadas. “Em 2004, vocês recebiam 10% a mais do que a média dos funcionários federais e hoje recebem 2/3”, disse Hauly à plateia de militares que acompanhava o debate no Plenário da Câmara.
O deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC) disse que a comissão geral cumpriu o papel de alertar as autoridades para os problemas das Forças Armadas. “Nós não podemos resolver essa questão, mas podemos orientar quem tem o poder para tomar as devidas providências”, disse.
Câmara/montedo.com

10 respostas

  1. Eu queria ver se os militares fizessem greve e ficassem nos quarteis.Rapidinho arrumavam um abono.Só assim iriam ver a falta que faz uma Força.Tem ninguém não,mano! pra fazer esse serviço das Forças Armadas,só elas têm infraestrutura para essa missão.

    SELVAA!

  2. eu assisti essa sessão ao vivo pela tv camara e tive certeza de uma coisa: nossos comandantes são frouxos e só pensam em seus interesses. enquanto o proprio chefe da comissão dep Izalci defendeu incondicionalmente as forças armadas chegam 3 comandantes pra falar de visão de futuro.enquanto a parte organica? como agente vai evoluir se aqueles que eram pra nos representar dizem que ta tudo bem?

  3. Com relação ao interstício dos QEs não sei se vai mudar ou não, mas aqui no Gab Cmt Ex foi dada ordem para o pessoal fazer logo a inspeção de saúde para o caso de…

  4. Imagine de existisse algum General com o valor moral para brigar em prol dos interesses da tropa assim como essa senhora! Aí sim teríamos solução para todos o problemas que estamos vivendo! Mas ao contrário, os Generais estão ocorrendo atrás de seus interesses, Cargos Públicos e acovardando com a tropa!

  5. Bolsonaro não compareceu porque ele é um oficial, e, invariavelmente, não apoia iniciativas que vem "de baixo", mesmo que seja uma boa causa.
    O orgulho e a vaidade dele – característica muito marcante na Oficialidade – não permite que ele apoie o Genivaldo e a Kelma mesmo que o interesse seja dos militares, pois ele durante vários anos discursou como representante dos militares, mas até agora nada conseguiu de concreto em prol da tropa, já o Sr. Genivaldo e outros companheiros (Sargentos QE) mesmo sem serem políticos de carreira conseguiram uma conquista (promoção dos QE a 2º Sargento) bem maior do que o Bolsonaro 'água de salsicha' ao longo dos seus 16 anos como Dep. Federal!

  6. rapaz que nada, eles tão bem quietinhos para não queimarem o filme deles (generais…indicação…cargo….boquinha..mamata….vida boa…diarias….luxos….suPer pnrs…poupex dos generas…) , mas torcendo que alguem de a cara a tapa que nao suje e queime o filme DELES, no casso essa guerreira ai "KELMA",TORCENDO pra que venham um aumento , adicional..lembram do panelação (olhavam para NOIS no quartel e chegavam a falar em reuniao..aquelas of/st.sgt e tal…dizendo q nos somos responsáveis pelos nosso dependentes e tal…olharam para os maridos como se bandidos fossem, veio o esmola e para todos, ai mudaram até de fisionomia, e as muie deles nao vão a rua nao e nem dao a cara a tapa..pois vivem num pais das maravilhas….pra trocar a lampada em casa…chamam um cara do PO, pra ir pro aeroporto se alto escalam uma vtr,ETC ETCETCETC, ESSE É O EXERCITO DAVISAO DO FUTURO, FUTURO ESSE SRS, QUI NEM FARDA TEM PRO COITADO DO CIDADAO QUE É OBRIGADO A SERVIR, TAO USANDO BULANBO DO ANO PASSADO e …
    SRS OS PRAÇAS PODERIAM RENDER MUITO MAIS SE FOSSEMOS VALORIZADOS SALARIALMENTE E PONTO

  7. Se alguém vier me dizer que eu sou responsável pelos meus dependentes,está chovendo no molhado. É por eles que está havendo reclamação geral. Se fosse para morar em barraca de campanha, no meio do mato com rango S.O.S.(salsicha, ovo, salsicha), sozinho, nem reclamava. Dava meu jeito. Mas as nossas queridas esposas e filhos não se alistaram. Sofrem o sacrifício que não merecem. Nação sem família não existe. Quer fazer um teste: manda as madames dos "estrêlas" com seus filhinhos mimados lá para os confins da Amazônia durante dois anos. Vai ser uma delícia! Eles chegariam em um dia e no outro já estariam em um avião, só pra eles,pra tirar o corpo fora. A pimenta não doi nos olhos dos outros!

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