Manual GLO: após críticas, Defesa faz meia-volta e avança.

Após críticas, Defesa irá alterar manual para tropas

PODER
ELIANE CANTANHÊDE
Pressionado por uma série de críticas, o ministro da Defesa, Celso Amorim, determinou “um pente fino” no recém-lançado manual “Garantia da lei e da ordem”, com normas para o emprego das Forças Armadas, por exemplo, na Copa e nas eleições.
Ele, que assinou o texto que está sendo questionado, disse à Folha que deverá divulgar no início da próxima semana um novo manual, mas ressalvou que os ajustes serão principalmente de “ordem vocabular, semântica”.
Os principais pontos criticados são três: o conceito de “forças oponentes”, a citação a “movimentos ou organizações” e itens sobre mídia.
Logo na introdução do manual, de 68 páginas, incluindo os anexos, há dois conceitos que o próprio Amorim agora considera inconvenientes, por darem a impressão de que manifestantes podem ser tratados como “inimigos”.
Um deles é de “forças oponentes”, que seriam “pessoas, grupo de pessoas ou organizações cuja atuação comprometa a preservação da ordem pública (…)”. O outro é o de “ameaça”, que seriam os atos ou tentativas potencialmente capazes de comprometer a ordem pública.

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Deverá sair, da página 28, a citação genérica a “movimentos ou organizações” como “forças oponentes”.
No caso da mídia, há referências em diferentes trechos, como na página 27, em que as filmagens das atividades da tropa deverão ser acompanhadas “por pessoal especializado”. Tudo que o governo e Amorim não querem é suspeita de “censura”, que ele nega.
O tema volta nas páginas 59 e 61, nas quais se diz que a comunicação social “deverá prevenir publicações desfavoráveis à imagem das Forças Armadas na mídia e estimular as favoráveis”. Isso, reconhece o ministro, seria passível de suspeita de interferência na liberdade de imprensa.
Amorim, porém, disse que “não há nenhuma novidade” no conteúdo do manual, que só codifica o que já é previsto pela Constituição e foi feito pelas Forças Armadas na visita do papa, na Copa das Confederações, na Rio+20 e em operações de pacificação no Rio.
Ele destacou a “transparência” do manual, que foi publicado no site do Ministério da Defesa, aberto a sugestões e aperfeiçoamentos. (R. A.)
FOLHA/montedo.com

7 respostas

  1. É o que dá ser chefiado por gente que se iguala ao que os gatos enterram! O Megalonanico não quer ficar desgastado com a 'cumpanherada'. Ocorrendo – e certamente ocorrerá – mudanças e omissões no 'novo manual', os comandantes de operações de GLO devem se preparar e ler com muita atenção as ordens recebidas. Particularmente as que determinarem ações repressivas, exigindo que essas sejam muito bem específicadas. Se assim não for, a cada problema os 'mandantes' virão com a velha conversa mole de que 'houve excessos', 'não era para ser assim', e outras saídas que aprenderam com o Cachaceiro-Mor (lembrem do 'fui traído', 'eu não sabia' 'vou mandar apurar', etc).

  2. É aquela coisa " quem muito se abaixa,acaba mostrando a b@#$%". Foi isso que as FFAA conseguiram graças a submissão interesseira de alguns à essa corja que se acampou no planalto, e que pelo jeito não sai tão cedo! Agora na copa, quero ver o que vai acontecer quando os baderneiros vierem com tudo pra cima dos militares…sim , por que se o bicho pegar de fato como se está prevendo, a PF como sempre lavará as mãos, tal de Força Nacional até hoje não se sabe pra que serve, e a PM, sabiamente, arrumará alguma greve de ultima hora pra tirar o corpo fora da peleia…adivinha pra quem sobra???

  3. Que beleza, criaram uma polícia nacional com policiais tirados dos estados (onde fazem muita falta),diárias, treinamento, viaturas e, na hora do bem bom, lá vai o EB com "catãnho" pão e ovo esmagado sem ganhar diária e salário de fome. Queima eles Jesus…

  4. E AS MANIFESTAÇÕES ESTÃO COMEÇANDO EM SÃO PAULO. CUIDADO MILITARES, O QUE VCS FIZEREM SERA CONSIDERADO ERRADO. O CAMINHO ERRATICO DOS CHEFES COLOCA TODOS EM SITUAÇÃO CRITICA. PENSEM E REPENSEM O QUE FAZER.

  5. Os Oficiais parecem que estão em outro mundo. Há várias unidades espalhadas pelo Brasil, principalmente aqui no Nordeste em que as OM estão com efetivo reduzido, há falta de sargentos, tropa despreparada, sem motivação, e os nossos generais viajando na maionese, não sei não, vai ser um fiasco. Será possível que esses generais não estão vendo o que a tropa está passando?? Os nossos generais estão em que mundo???

  6. Se o governo não quer força de repressão, então porque não cruzar os braços e deixar acontecer? Temos que parar de querer resolver tudo. Vamos deixar que a esquerda se enforque com a própria corda.

  7. Vão botar a tropa contra o povo??? fazendo certo ou errado, dando M, vai aparecer um chefe e dizer: Eu não faria…tirando o dele da reta, engenheiro de obra pronta, incompetente, que infelizmente a tropa tem que aguentar…

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