Exército à postos para retirar ocupantes de reserva indígena no Maranhão

Reserva indígena vive clima de tensão para retirada de posseiros
Exército aguarda oficiais de Justiça para iniciar a retirada de ocupantes.
Militares estão a postos para dar apoio logístico à retirada dos invasores.
Exército aguarda oficiais de Justiça para iniciar a retirada de ocupantes. (Foto: Manuel Costa/O Estado)
Exército aguarda oficiais de Justiça para iniciar a retirada de ocupantes. (Foto: Manuel Costa/O Estado)
Do G1 MA com informações de O Estado
A expectativa e a tensão estão intensas na reserva indígena Awá-Guajá, onde posseiros ocupam a área demarcada para a etnia, considerada pela ONG Survival International como o povo “mais ameaçado do planeta”. Homens do Exército Brasileiro aguardam a chegada de oficiais de Justiça com a ordem de desocupação, segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai).
A previsão para a chegada dos oficiais é para o começo da manhã desta quinta-feira (9). O despejo dos ocupantes da área, que ergueram cerca de 300 construções na reserva, localizada no norte do Maranhão, foi ordenado pela Justiça Federal do Maranhão, mas ainda é preciso autorização encaminhada pelo juiz José Carlos do Vale Madeira.
A instalação da base principal do Exército, na cidade de São João do Caru, no Maranhão, começou na última sexta-feira (3). Os militares estão a postos para dar apoio logístico à retirada dos invasores, que dizem que só sairão à força do local.
Os funcionários da Justiça notificarão os não-índios para que abandonem a reserva em um prazo de 40 dias, sem direito a indenização. Após esse prazo, as pessoas que vivem ilegalmente na região e que não tiverem saído voluntariamente serão expulsas à força, e as construções, cercas e qualquer outro tipo de bens que tiverem erguido no território serão derrubados.
O governo fará o assentamento dos pequenos agricultores em outras regiões produtivas, dentro de seu plano de reforma agrária, segundo a nota da Funai, que tem informações sobre cerca de 400 indivíduos da tribo Awá-Guajá, distribuídos em quatro reservas, embora se saiba que há vários grupos vivendo isolados, sem contato com o homem branco.
O território dos Awá-Guajá, de 116 mil hectares, compreende os municípios de Centro Novo do Maranhão, Governador Newton Bello, Zé Doca e São João do Caru. Com a ação, o governo cumpre decisão da Justiça Federal no Maranhão, emitida no último dia 16 de dezembro pelo juiz José Carlos do Vale Madeira.
Litígio
Em São João do Caru, o litígio sobre a terra Awá, que envolve cerca de 1.220 famílias, iniciou-se por volta de 1992, ano em que o Ministro da Justiça declarou que a área era posse permanente dos índios e, posteriormente homologada por meio do Decreto Presidencial de 2005. Todas as questões foram debatidas em vários processos judiciais, sendo que em alguns deles, foi reconhecido o direito dos posseiros com a determinação da indenização por benfeitorias, conforme o processo N° 2003.37.00.003020-3 – 5ª Vara Federal do Maranhão.
De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão (Faema), o Governo Federal resolveu considerar os pequenos produtores e trabalhadores rurais como ocupantes de má-fé, sem direito a qualquer indenização. A orientação da Faema é de que as famílias só deixem suas terras depois de um local definido pelo Incra para reassentamento. “Este é um dos principais problemas, já que o governo sabia da situação e nada fez para solucioná-lo. Bastava que fosse feito um plano de reassentamento prévio para essas famílias e concedido o direito de sair com dignidade da área”, afirmou o assessor jurídico da entidade sindical, Émerson Galvão.
G1/montedo.com

17 respostas

  1. Observem bem a foto. Militares do Exército cabisbaixos,raquíticos, usando calções de padrões diferentes e carregando peso. Enquanto isso membros da Força Nacional bem trajados, porte atlético, tranquilos e sorridentes. Alguém pode complementar essa minha observação?

  2. Bem observado! Pelo jeito só quem pega no pesado aí são os mal pagos das Forças Armadas!! Os outros ficam só posando para fotos e batendo papo!!

  3. Tenho que concordar com o comentário do 1º comentarista acima. Foi exatamente a primeira impressão que a foto me causou.Lamentável.Lastimável.
    E ainda posso complementar: que quem está servindo de carregador, pegando no pesado, indo e vindo e trabalhando são os soldados do EB. Enquanto os da força nacional se entretêm batendo papo fiscalizando a natureza… hahahahahahá

  4. Um colega da PRF tá ganhando 180 por dia e a missão é só de 15 dias…(2700 reais pelos 15 dias)…trabalhando apenas 8 horas por dia e com muito mais poderes que o EB…O pessoal de outras forças chamam o EB de "favelados"….

  5. Quem observou os militares do EB cabisbaixos, foi muito bem observado e de forma inteligente. Passei 30 anos no EB e é isto mesmo. Só servimos para servir a Pol Fed e agora essa Forcinha Nacional. Temos que montar barraca para dormirem, fazer comidinha, emprestar viatura com motorista, sistema de comunicação, carregar e transportar, fazer faxina e desbravar florestas, para estes pouco preparados. Depois, logram e obtem para si, os louros da missão. E ainda recebemos uma MISÉRIA de salário. Agora esse "anômalo" das 09:16 não entende NADA de Exército, ainda vem comentar desta forma. Faça como eu, não comento anônimo. Assina Eduardo

  6. Um copo de água pela metade do copo ou está cheio ou está vazio, depende do referencial. Quem estudou um pouco – ou se leu um pouco mais q a média – sabe do q falo. Fico impressionado como há pessoas q se martirizam sem qq pudor e respeito a si mesmo. É fácil perceber q os militares q estão "de cabeça baixa" estão descendo e subindo em uma rua sem calçamento relativamente íngreme. Ora bolas, quem consegue subir e descer de uma rua q oferece riscos sem se preocupar em olhar para onde se está caminhando? Os integrantes das Forças Auxiliares estão parados, por esta razão estão descontraídos. "Cada vez mais q vivo, mais tenho a certeza de q o homem se apequena diante de suas convicções pequenas" (Saint-Exupéry). Não haverá jamais um grupo forte o suficiente para alcançar o q se deseja qdo partes deste grupo são divididas. Meus caros, sejam mais espertos e não se denigram, acreditem, vai-lhes ser mt mais útil.
    Maj QCO Leonardo

  7. NAO SE PREOCUPEM SENHORES NOSSOS COMANDANTES ESTAO PERDENDO NOITES DE SONO COM A SAIDA EM PESO DOS SARGENTOS E OFICIAIS QUE A CADA MANHA ESVAZIAM OS QO DAS UNIDADES…ENQUANTO ISSO PREPARA TEMPORADA HIPICA NO MS !!! CHOQUE DE ESPORAS

  8. Os companheiros foram infelizes em seus comentários.
    Um diz que os soldados do EB estão cabisbaixo, estou na operação e se perceber o terreno é acidentado por isso estão preocupados por onde pisar.
    Dizer ainda que o pessoal da Força Nacional cumpre expediente de 8horas é comprovar que nunca participou de operações, o trabalho na Base TI AWÁ é quase que 24 horas, a missão será bem cumprida pois o nome de nosso EB também está em jogo, inclusive a coordenação da mesma está com um Paraquedista do Exército.

  9. Ao fazer o papel de pau mandado do judiciário, o EB se suja ao contribuir para a farra de demarcação de áreas indígenas. O EB envergonha seus integrantes e a sociedade em fazer o jogo sujo dos antropólogos fajutos à soldo da FUNAI, de esquerdistas entreguistas, de comunistas e de ONGs estrangeiras. O EB vai contra os anseios da sociedade, ao mesmo tempo que age, involuntariamente, suponho, contra nossa soberania, pois o Brasil é signatário do tratado de autodeterminação de povos indígenas. Não estou sugerindo que o EB se negue a cumprir ordens, mas sim pondere sobre esse tipo de operação e assuma postura de protagonista nessa questão. E não somente sentir orgulho de ser pau mandado, de coordenar um abacaxi desses, uma operação para retirada de trabalhadores que produzem e pagam impostos em favor de vagabundos que vão derrubar a floresta, plantar maconha e falar grosso com o próprio EB. A população já não aguenta mais essa farra de terras indígenas, onde basta um antropólogo atestar que é terra indígena e pronto. Escrituras de propriedade de décadas de nada adiantam. Regiões do país estão em pé de guerra, como AM, BA, RO, MS, MT, RS e agora o MA. Se algum dia houver uma revolta contra indígenas, o que o EB fará? Vai assassinar brasileiros não índios? Agir covardemente como agiu no MT, na TI Suiá-Missu? Nesse joguinho sujo do governo Petralha, o EB sempre sairá perdendo. Se a operação tiver exito, cai o prestígio, a confiança, a admiração e o respeito da sociedade perante suas FFAA. Se ocorrer derramamento de sangue, a culpa é do EB, enquanto a FUNAI, Indios, ONGs, Imprensa, esquerdistas do Leblon, todos saem de cena e atirarão pedras evocando resquícios da Ditadura Militar. E o conceito da sociedade também cai. Não creio que nossos chefes sejam ingênuos ou burros. Então, porque agem assim? Peleguismo tem preço e se assim continuar o preço do EB e das FFAA será alto. Já está sendo.

  10. É por "essas e outras" que a cada dia que passa eu mais "cago e ando" para as atividades do quartel. Só me limito a fazer o M1A1, pois a única luz no fim do túnel em relação à carreira que ainda vejo me parece ser um trem vindo na minha direção.
    Ficar no quartel para me sujeitar a ser carregador de equipamentos e polícia sem ser polícia não é o que eu almejava quando fiz concurso para ser militar.
    Atualmente o militar tem o papel semelhante ao de um canivete suíço: tem várias funções, mas não é excelente em nenhuma delas, pois todas as ferramentas são para "quebrar galho". Hoje, desafio qualquer militar a fazer uma reflexão e ver se ele é especialista em algo, se pode dizer "eu domino tal ou qual atividade profissional". Duvido, somos um bando de genéricos, mão de obra barata que faz de um tudo. Em qualquer profissão, após 15 ou 20 anos o sujeito fica especialista em algo, mas nas Forças Armadas, principalmente no EB, nós não conseguimos ter uma identidade profissional mesmo após décadas na ativa. Mas acho que o Governo já percebeu isso, pois já catamos lixo, fazemos obras, fazemos censo rodoviário, fazemos pintura em escolas e praças, coletamos lixo na beira de rios, fazemos controle sanitário no lugar dos fiscais sanitários, matamos mosquito da dengue… enfim, somos o SEVERINOS !!! Estou em contagem regressiva para sair desse "CIRCO SEM LONA" em que se tornou o Exército Brasileiro, um mundo de bizarrices e palhaçadas.

  11. Essa missão era pra ter sido dada para uma TROPA PARA HOMENS DE CORAGEM E DETERMINAÇÃO, quem é sabe, queria ver ser em 72h essa missão já não teria terminado. Em qualquer lugar, de qualquer jeito e de qualquer maneira.
    BRASIL ACIMA DE TUDO!!!

  12. Caro Montedo, ao meu ver seu blog perdeu o objetivo de bem informar a família militar, ou seja, trazer àqueles, como nós que passamos mais de trinta anos na caserna.
    Como se vê, os comentários dessa matéria – Exército à postos para retirar ocupantes de reserva indígena no Maranhão – são de uma pobreza, espantosa, uso de termos chulos. Tais comentários, demonstram, e expõe o tipo de integrantes que temos atualmente em nossa FA. Pois, aqueles que somente sabem reclamar por salários e fazer comentários medíocres de conteúdos que ofendem e agridem o EB, são pessoas que não se preparam para a vida, nem mesmo, sabem o que querem. Porque não vão arrumar outra profissão, o exercer alguma atividade que lhes ocupem melhor o tempo, para não ficarem escrevendo besteiras. Vítor Soares Ferreira

  13. Não se preocupem, senhores. Vou repetir o que tenho lido aqui. Não se preocupem pois os comandantes estão perdendo noites de sono em suas luxuosas residências pensando no êxodo dos subordinados. Afinal, se os subordinados saírem todos em quem, os comandantes, vão mandar? Agora, sobre essa foto, o que é mais importante é quem não aparece nela. Os índios ganhanram mais uma e vão ficar com as terras já preparadas e depois vão cobrar pedágio, ou melhor, "compensação". Vão ganhar mais que militar. Eles já se acostumaram a interromper a ferrovia quando querem cobrar alguma coisa. Brasil de terceiro mundo com mania de primeiro.

  14. Soares, os "chorões", murmuradores e reclamões NUNCA sairão do EB. Não sairão porque suas energias são canalizadas para o q podem fazer, ou seja, reclamar e reclamar. Na moral, este tipo de conduta só os denigrem ainda mais perante os oficiais e, pior, perante a sociedade civil.

    Maj QCO Leonardo

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