General é novo Secretário Nacional de Defesa Civvil

General Adriano Pereira Júnior iniciou a carreira militar 
em 1968 e agora assume a Secretaria Nacional de Defesa Civil

Tereza Sobreira

17/10/13
A notícia ‘passou batida’ pelo editor do blog, mas não por um leitor atento. Obrigado.

DEFESA E SEGURANÇA
Dilma indica general para Secretaria Nacional de Defesa Civil
A presidenta Dilma Rousseff indicou o chefe de Logística do Ministério da Defesa (MD), general Adriano Pereira Júnior, para assumir a Secretaria Nacional de Defesa Civil (SEDEC). Militar experiente, o general Adriano foi comandante Militar do Leste (CML) entre maio de 2010 e agosto de 2012, período em que se destacou na pacificação do Complexo do Alemão e na Conferência das Nações Unidas para a Sustentabilidade, a Rio+20.
A nomeação do general consta no Diário Oficial desta quinta-feira (17). A partir de agora, o militar pode assumir o novo cargo a qualquer momento. Inicialmente, ele entra na condição de agregado do Exército, porque ainda continuará na ativa da Força. Depois de março de 2014, Adriano entrará para a reserva e permanecerá no cargo de secretário como servidor civil.
A SEDEC está sob o guarda-chuva do Ministério da Integração Nacional. Para o general, a facilidade para lidar com o setor civil possibilitou que ele agisse como interlocutor militar junto a prefeitos e governadores, entre outros, quando comandou lugares em que representava a autoridade militar máxima. “Vou atuar numa área em que gosto de trabalhar e sempre estive envolvido, que é o planejamento logístico”, disse ele sobre a nomeação.
Ao longo da carreira no Exército, Adriano Pereira Júnior participou de ações que tiveram por objetivo melhorar o cotidiano da população e amenizar o sofrimento de comunidades. É o caso do papel que assumiu durante as enchentes que assolaram as cidades fluminenses de Petrópolis e Nova Friburgo, em 2011. “Fui coordenador do emprego militar no socorro às vítimas do desastre”, lembrou.
Sobre a nova responsabilidade, o general disse ter noção do espectro de atividades a cargo da Defesa Civil. “Não é só cuidar de desastres naturais. A SEDEC é o órgão que coordena, por exemplo, toda a distribuição de água para as regiões de seca no Nordeste”. E completou: “É um desafio gerenciar a Defesa Civil em um território do tamanho do Brasil. Nos últimos anos, o setor passou por evolução em sua estrutura e eu pretendo dar continuidade a isso”.
A Secretaria
De acordo com o sítio eletrônico da SEDEC, a proteção e defesa civil no Brasil estão organizadas sob a forma de sistema, denominado de Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC), composto por vários setores.
A Secretaria de Defesa Civil é o órgão central desse sistema, responsável por coordenar as ações de proteção e defesa civil em todo o território nacional. Essas atividades têm o objetivo de reduzir os riscos de desastre e compreendem ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação, e se dão de forma multissetorial e nos três níveis de governo federal, estadual e municipal – com ampla atuação da comunidade.
O Ministério da Defesa tem participação nas áreas de logística da secretaria, como por exemplo, a distribuição de água por meio de carros-pipa em municípios da região Nordeste do país. Ou mesmo em apoio às cidades que sofreram desastres naturais, como os causados pelas chuvas.
Trajetória profissional
Natural de Rio Grande (RS), o general Adriano nasceu em 29 de maio de 1948. Ele iniciou a carreira militar em 1968, ao ser matriculado na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ), sendo declarado aspirante-a-oficial da Arma de Cavalaria em 1971.
Durante seus 45 anos de carreira, realizou os cursos de Manutenção de Viaturas; de Aperfeiçoamento de Oficiais; de Altos Estudos Militares e de Política e Estratégia e Alta Administração do Exército.
Em seu currículo, diz que, como oficial superior, desempenhou os seguintes cargos: oficial de Operações da 12ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Caçapava (SP); subcomandante da Escola de Sargentos das Armas, em Três Corações (MG); e oficial de Gabinete do Ministro do Exército, em Brasília (DF).
Foi também assessor especial do interventor da Polícia Militar de Alagoas; chefe do Estado-Maior da 1ª Divisão de Exército, no Rio de Janeiro (RJ); comandante do 8º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, no posto de major; e comandante do 12º Regimento de Cavalaria Mecanizado, como coronel, em Jaguarão (RS).
Já no exterior exerceu os cargos de subcomandante do Grupo de Observadores Militares da Organização das Nações Unidas, na Guatemala, e de adido Naval e do Exército na República do Equador.
Foi promovido a general-de-brigada em 2002; a general-de-divisão em 2006; e a general de exército em março de 2010. Como oficial-general, exerceu os cargos de: comandante da 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, em Uruguaiana (RS); diretor de Manutenção no Departamento Logístico, em Brasília (DF); comandante da 3ª Divisão de Exército, em Santa Maria (RS); diretor do Departamento de Mobilização do Ministério da Defesa; e comandante Militar do Leste, no Rio de Janeiro (RJ).
Ministério da Defesa/montedo.com

13 respostas

  1. Pessoal, essa notícia é a materialização de uma das grandes queixas feita pelos militares: a omissão dos nossos Generais!
    Se eles reclamarem muito, protestarem e se insurgirem contra o Governo como então conseguirão ser nomeados para os cargos civis?
    "Farinha pouca, meu pirão primeiro!"

  2. não sei se é impressão minha, mas ao natural, vários militares vão assumindo importantes cargos, onde honestidade e um mínimo de vontade de trabalhar fazem toda a diferença…Praxe, no DNIT, aquele senhor responsável pela Copa, agora este, na Defesa Civil…

  3. Discordo da maioria! Tive a oportunidade de ser comandando pelo General Adriano enquanto ele era Coronel. Reconheço sua competência assim como meus demais colegas (praças). Tenho certeza que ele tem experiência e competência suficientes para desempenhar esse cargo que poderia facilmente ter sido cedido a qualquer político civil. Sucesso General!

  4. Esse era um dos que, quando "visitavam" um quartel, subia no palanque e falava para a tropa alto e em bom tom: "Lugar de militar é no quartel"…

  5. Não duvido da competência do General Adriano para assumir tal importante cargo, a questão é que nossos Generais, isto é, que não me surpreendo é que a exemplo dos nossos Comandantes Militares, que se recusam a passar o bastão para os Generais mais jovens, é a grande quantidade desses Militares de alto escalão que vem sendo empregados pelo Governo do PT.No Governo FHC, saíram da nossa tabela de aumento, tendo aumento diferenciado em relação aos demais mortais Militares.

  6. Nada me surpreende. Lembro do programa Canal Livre que o Gen Adriano participava, quando questionado sobre a questão financeira das Forças Armadas a respeito da falta de recursos para manutenção da alimentação dos militares, alegou que no EB nunca faltou dinheiro e a cada ano o governo aumentava sensivelmente o orçamento. Acredito que tenha esquecido do que aconteceu em 2002, quando o efetivo variável foi licenciado no meio do ano. Também, deve ter deixado de levar em conta o fator da inflação, por isso o orçamento deve aumentar gradativamente. Não, ele não esqueceu e nem deixou de lado, pois havia um interesse político por trás de todas as suas aparições na mídia e que neste ano foi consolidado.

  7. Montedo eu vejo assim tanto os oficiais como os graduados odiamos os políticos mas durante nossa carreira toda desde do começo ganhamos poucos e até o fim tem um aumentozinho que mais é uma esmola que aumento salarial certo,bom agora que estamos saindo da força vc não acha que hora de ganhar um pouquinho mais para poder viajar com a família ou pelo menos viver sem ter ficar pensando em contas cartão de credito empréstimo e por ai vai.Qual o modo de ganhar dinheiro após a saída da força de cada um,ae cada um tem que fazer o que acha melhor agora o que é certo acho que muitos não pensam se é certo se unir ao políticos opa desculpa melhor dizer assaltantes do dinheiro publico gira geral quadrilha,para ganhar um pouco mais alguns vão dar aulas outro abrem negócios agora já os oficiais por estarem mais perto dos políticos do que os graduados veem uma oportunidade após a força de ganhar um pouco mais certo.Mas isso claramente foi arquitetado a muitos anos atrás pelos comunas pq? pensamento de comuna: já que tiramos os soldos dos militares e malê equipamentos e armas eles tem para se defender contra nós comunas da esquerda,o que eles terão que fazer se rastejarem a nós hoje políticos no poder para nós darmos aumento para eles e equipamentos pra eles brincarem de guerra uns com os outros.(REPITO PENSAMENTO DE COMUNA NOS 60 E 70)Senhores isso tudo o que acontece hoje foi tudo planejado eles só estão colocando em pratica e só isso mais nada o que mais eu admiro é que nossos chefes antigões tiveram a oportunidade de conhecer mais chefes antigões que sabiam de tudo isso creio eu que devem ter passado isso tudo para eles mas não estão tomando atitude nenhuma para reverter este quadro de agora é isso que eu não entendo .

  8. Vivemos realmente em um país de hipócritas!!! De tos os que estão criticando o General, eu pergunto: Algum de vocês recusaria o cargo? É claro que não! É muito fácil criticar, mas com certeza TODOS fariam o mesmo….

  9. Anônimo de 13 de dezembro de 2013 08:54, então que eles não venham para a tropa pregar uma coisa e depois fazer tudo ao contrário do que pregam, típicos "moral de cueca".

  10. Anônimo das 08:54. Todos os demais poderiam sim aceitar um cargo político. A questão é que todos os demais não teriam deixado de fazer o seu papel enquanto na ativa. Já os Generais, por serem nossos representantes, DEIXAM DE FAZER SEU PAPEL, ficamos sem voz, sem representantes, sem direitos, sem nada, para que esse silêncio retorne aos excelentíssimos em forma de cargo. Você conseguiu entender essa obviedade? Se quiser posso desenhar da próxima vez. Essa é a diferença básica entre um general e todos os demais.

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