Defesa suspende veto do Exército à visita de Erundina ao DOI-Codi


Erundina em seu escritório, em São Paulo Foto: O Globo / Marcos Alves
Erundina em seu escritório, em São Paulo O Globo / Marcos Alves

Deputada tinha sido barrada em comitiva. Após aval do ministro Celso Amorim ao nome de Erundina, grupo agendou visita para segunda-feira


EVANDRO ÉBOLI

Em reunião na tarde desta quarta-feira entre o Ministro da Defesa, Celso Amorim, e os senadores integrantes da Subcomissão de Memória, Verdade e Justiça do Senado, ficou decidido que uma comitiva mais ampla irá visitar as instalações do antigo DOI-Codi no Rio, e nessa relação está o nome da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que havia sido vetada pelo comando do Exército ontem.
O ministro Celso Amorim disse aos senadores João Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) que não há restrições a qualquer nome. Os senadores decidiram então que a visita ocorrerá na próxima segunda-feira e farão parte dessa comitiva, além de Capiberibe, Randolfe e Erundina: a senadora Ana Rita (PT-ES); deputado Chico Alencar (PSOL-RJ); o procurador da República antônio Cabral, que é do Rio e teve sua entrada no DOI-Codi vetada há algumas semanas, além de dois integrantes da Comissão Nacional da Verdade e dois da comissão da verdade do Rio.
Ontem, após o veto do nome de Erundina na visita, os senadores da subcomissão suspenderam a visita, que estava prevista para a próxima sexta-feira. Os senadores afirmavam que diversas barreiras vinham sendo colocadas à visita, e a mais recente era o veto à deputada Luiza Erundina.
Desde que foi combinada a diligência, no início de setembro, os assessores parlamentares do Exército vêm negociando com os senadores como vai se dar a visita. Presidente da subcomissão da Memória, Capiberibe afirmou que foram colocadas muitas objeções por parte dos militares. Um dos assessores parlamentares do Exército comunicou ao gabinete de Capiberibe que estava vetada a ida de Erundina ao DOI-Codi. Ela é presidente da mesma subcomissão na Câmara e autora de um projeto que prevê a revisão da Lei da Anistia para que agentes do Estado que cometeram violações como torturas, mortes e desaparecimentos sejam julgados e punidos.
Luiza Erundina considerou o veto a seu nome inaceitável e um desrespeito ao seu mandato e ao voto popular. A deputada atribui o impedimento de integrar a comitiva ao Comando do Exército. Erundina associa a resistência a seu nome ao fato de ser autora de um projeto que prevê punição para agentes do Estado do período da ditadura. (R.A.)
O Globo/montedo.com

5 respostas

  1. Tens razão comentarista de 19 de setembro de 2013 19:07, por enquanto quem dá as cartas e assaltam os cofres da União são os es-terroristas que, a serviço da então União Soviética, tentaram implantar a ditadura comunista no Brasil cometendo crimes de toda a ordem. Mas que se cuidem, pois quem é que garante que um dia os ventos não comecem a soprar de outros quadrantes?

  2. Será assim a visita. Eles serão recebidos no salão nobre, os cassineiros servirão drinks e salgadinhos. O Cmt vai ordenar uma faxina geral, pintura do meio-fio e se fará acompanhar com membros do seu EM. A guarda treinará exaustivamente e fará honras militares aos ilustríssimos visitantes. Não tem jeito não, para esse meu EB de moderninhos. Ainda tem gente que fica 35 anos na ativa, eu caí fora aos 28a e 04m. FUI!!!!

  3. ERUNDINA, vai achar o que fazer…vai fazer um tricô, ou coisa parecida, ou então algum projeto que realmente ajude quem necessita, chega dessa coisa de procurar pelo em ovo, já tá saturado esse assunto chaaaaaaato pra caramba que é a tal da ditamole…

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