Exército vai realizar ‘operação tapa-buracos’ em Manaus

Prefeitura e Exército fecham acordo para obras em Manaus
Trabalhos vão se concentrar no serviço de tapa-buracos em Manaus.
Esta é a segunda vez que Artur Neto fecha parceria com militares.
Artur Neto e integrantes do Exército fecham parceria em Manaus (Foto: Arlesson Sicsú/Semcom)
Artur Neto e integrantes do Exército fecham parceria em Manaus (Foto: Arlesson Sicsú/Semcom)
A Prefeitura de Manaus e o Exército firmaram parceria para a execução de obras de infraestrutura na capital. O acordo foi selado após uma reunião entre o prefeito Artur Neto e o comandante militar da Amazônia, general Eduardo Dias da Costa Villas Boas, na terça-feira (19). A parceria envolve também obras referentes ao Governo do Amazonas e devem se concentrar nos serviços de tapa-buracos e recuperação de ruas.
“Estabelecemos várias cotas de colaboração e a principal é contarmos com o Batalhão de Engenharia do CMA para trabalhar conosco no verão. Eles já vão começar a preparar a logística para iniciarmos o trabalho nos próximos meses. Nós vamos dar o asfalto, caçambas e todo o material para que eles entrem com a mão de obra e o conhecimento que já possuem”, declarou o prefeito Arthur Neto.
“Entendemos que existe um campo muito grande para nós cooperarmos em benefício da cidade de Manaus. Tivemos esse primeiro contato hoje e agora vamos começar a operacionalizar como vai acontecer essa cooperação em benefício de todos”, afirmou o comandante do CMA.
Segundo a Prefeitura de Manaus, esta não é uma parceria inédita. Durante a primeira gestão de Artur Neto na cidade, em 1989, militares atuaram no serviço de limpeza da capital.
G1 AM/montedo.com

7 respostas

  1. NA MINHA OPINIÃO, QUEM AUTORIZA ESSAS MISSÕES É NO MÍNIMO COMPLACENTE COM A FALTA DE MORAL DE ALGUNS POLÍTICOS, QUE OU SÃO MAUS ADMINISTRADORES OU SABE LÁ PARA ONDE VÃO AS VERBAS QUE DEVERIAM TER QUE COBRIR ESSE TIPO DE SERVIÇO.
    EU NÃO ENTREI NO EB PRA TAPAR BURACO OU SER FLANELINHA E SINCERAMENTE NÃO SEI COMO VOU REAGIR SE PEGAR UMA MISSÃO DESSAS.

  2. Eu fico me perguntando se um militar se recusasse a participar dessas missões civis subalternas se ele cometeria algum crime militar ou transgressão. Seria uma ordem legal o militar mandar o subordinado cumprir uma atividade explicitamente fora da esfera de atribuições de um militar (desvio de função)? Não existe um limite para tais ordens, pode qualquer coisa, basta que o superior querer?
    Será que a administração municipal não deveria pagar a mão-de-obra militar também? No Rio de Janeiro a Prefeitura paga aos PM (servidores do Estado do RJ) para que estes atuem fardados nos dias de folga para aumentar o policiamento em áreas de interesse do Município do Rio de Janeiro. Acho que o mesmo deveria ocorrer quando ocorrem esses desvios de função perpetrados pelo Exército para atender aos pedidos da Prefeitura. Na prática, é como se a União estivesse gastando dinheiro numa atividade que é responsabilidade dos Municípios, que por sinal já recebem os seus recursos por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), além de contar com suas próprias receitas de impostos e taxas municipais.

  3. Já passei por essa situação algumas vezes. Em duas em especial fui obrigado a tomar a posição de sentido e, expondo os motivos, informar que não me sentiria bem realizando a tarefa. Não vou entrar em detalhes mas explico que eram tarefas de cunho particular, completamente fora do escopo militar. Na primeira ocasião, como disse, tomei a posição de sentido e informei minha posição. Meu superior olhou-me sério e depois de alguns segundos simplesmente destinou a tarefa para outro mais moderno. Na segunda ocasião, também informei ao superior que não poderia realizar o trabalho, expliquei os motivos e ele, também olhando-me sério, perguntou se eu sabia que a "missão" era para "o general". Respondi-lhe que sim e ele me informou que levaria ao conhecimento do tal general. Foram situações bem difíceis onde experimentei três momentos distintos: O primeiro foi ver a surpresa nos olhos dos superiores ao ouvirem minha negativa em cumprir a "missão" (não sei porque sempre usamos essa palavra), seguida de alguns segundos de espanto. O segundo momento foi o de temor, sentimento que me veio no instante em que terminei de dizer a palavra NÃO. Naquele momento ví meu tempo de serviço e meu comportamento excepcional descendo ralo adentro, ví uma punição despontando no horizonte e todas as consequências disso atreladas à ela. Comecei mesmo a achar que tinha sido idiota em fazer aquilo, que afinal de contas, havia trocado a chance de "ganhar pontos positivos" pela certeza de que passaria a ser "peixe negativo", sujeito a todas as perseguições possíveis que vieram à mente, o que para minha sorte não aconteceu. Não fui punido, não "sujei" minha folha de serviço, meus superiores também não deram grande atenção ao fato nem me castigaram na hora de conceituar. O terceiro momento e acho que o pior de todos, foi mesmo sentir culpa ao ver que outro militar mais moderno foi escalado para cumprir a tarefa, inicialmente designada a mim. Ver o companheiro aceitando resignado a "missão" fez com que me sentisse um péssimo profissional, do tipo que falta ao serviço mesmo quando sabe que outro precisará substituí-lo. Foi muito ruim e em nenhum momento me senti orgulhoso com aquilo. Apesar disso não me arrependo, pois seguí princípios que me norteiam como soldado, mas sempre rezei para que não precise fazer isso novamente.
    Com relação ao caso do Btl de Eng, prefiro acreditar que talvez seja bom para a OM, pois poderá servir para o adestramento de seus quadros. Prefiro acreditar nisso, sei lá.
    Sgt Brasil!

  4. A grande verdade é que o Exército perdeu completamento sua identidade…hoje em dia não sabemos se somos militares, garis das Prefeituras, peões de obra,agentes da dengue, tapa-buracos, lixeiros e por ai vai…fazemos de tudo, menos a nossa principal função constitucional: A Defesa da Pátria.

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