Parentes da capitão médica morta em Santa Maria pedem justiça

Parentes de militar carioca morta em Santa Maria pedem Justiça
DIANA BRITO

RJ – Parentes da capitão do Exército Daniele Dias Mattos, 36, que morreu no incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, na madrugada do último domingo, pediram Justiça na tarde desta quarta-feira (30) durante o enterro da militar no Cemitério de Inhaúma, zona norte do Rio.
Capitão do Exército e médica cardiologista Daniele Dias Mattos, 36, que morreu no incêndio em Santa Maria
Capitão do Exército e médica cardiologista Daniele
Dias Mattos, 36, que morreu no incêndio em Santa Maria
“Que a Justiça seja feita para que isso não aconteça com outros jovens”, disse emocionada a prima da carioca, Rosalina Cardoso, 56, à Folha.
A militar era médica cardiologista da Unidade Coronariana do HCE (Hospital Central do Exército), no Rio. Colegas de trabalho contam que ela era tão dedicada aos pacientes que muitas vezes adiava compromissos para atendê-los.
“Ela se importava a tal ponto com os pacientes que perdia a hora do almoço. Creio que justamente por ela está preparada para socorros de emergência tentou salvar alguém e morreu” afirmou a fisioterapeuta Silvia Nobre, que trabalhava com Daniele Mattos na reabilitação cardíaca do pós-operatório do HCE.
Por volta das 14h15, militares, parentes e amigos da capitão saíram da capela Santa Isabel em cortejo, que durou cerca de 15 minutos, na avenida Pastor Martin Luther King Junior, antiga avenida Automóvel Clube, em frente ao cemitério de Inhaúma.
O enterro do corpo da oficial contou com honras fúnebres e salva de tiros do Batalhão de Guardas do Exército. Após o toque de corneta, familiares deram o último adeus a militar, que deixou uma filha de 14 anos. “Uma coisa dessa… quem não quer Justiça? Foi uma morte estúpida”, lamentou a prima da militar Suely Coutinho, 55.
Familiares contaram que Daniele Mattos teria prorrogado sua estadia de férias com o noivo Herbert Magalhães Charão, 27, em Santa Maria –cidade na qual o casal se conheceu. “Ela ia voltar na sexta, mas resolveu remarcar a viagem para retornar na terça. Já estaria no trabalho hoje [quarta]”, lembrou a prima Rosalina Cardoso.
Herbert Charão também morreu no incêndio. Ele morava em São Sepé (RS). Amigos da carioca disseram que ela planejava mudar para o sul para morar com o noivo ainda neste ano.
Em nota, o Comando Militar do Leste informou que a capitão completaria 10 anos no Exército em 2014. Formada em medicina pela UFF (Universidade Federal Fluminense), a militar trabalhou no Hospital de Guarnição de Santa Maria, no início de 2011, e no final do mesmo ano foi transferida para o HCE, no Rio.
Folha/montedo.com

6 respostas

  1. Esclarecendo…
    "Postos militares femininos

    Militar de Brasília pergunta: “Devo escrever o sargento Marta ou a sargento Marta?” E JCAC, de Porto Velho/RO, quer saber se “é correto dizer que o feminino de capitão é capitoa”.
    Primeiramente, devo esclarecer que existem na língua portuguesa as formas femininas soldada, sargenta, coronela, capitã, generala. No entanto, as Forças Armadas preferem não adotá-las, empregando o mesmo nome do posto tanto para os homens como para as mulheres (até porque alguns ficariam estranhos, como "a tenenta"; e outros nem feminino teriam, como major e cabo). Neste caso, a única diferenciação fica sendo o artigo:
    A soldado Carla, a sargento Marta e a coronel Maria serão promovidas.
    Parece que uma tenente foi desacatada.
    O coronel Gomes passou as instruções à capitão Marli Regina.
    Essa colocação do artigo no feminino é tão mais importante quando pode ocorrer menção a nome próprio usado por ambos os sexos, como Adair, Ariel, Cleo, Darci, Enéas, Eli: a soldado Darci Lira, o soldado Darci Lira.
    Fora da hierarquia militar, no caso particular de capitão, pode-se dizer que é correto – existe esse registro em alguns dicionários – falar em “capitoa”, mas é preferível usar o feminino capitã, palavra aliás bastante em voga, pois designa também o “chefe; a pessoa que comanda, que dirige” ou “atleta que representa a equipe”:
    Na nossa gincana foi atribuído um prêmio às capitãs das cinco equipes.
    Sônia, capitã da SulBrasil por muitos anos, abandonou o voleibol repentinamente.

    * Maria Tereza de Queiroz Piacentini Diretora do Instituto Euclides da Cunha e autora dos livros 'Só Vírgula', 'Só Palavras Compostas' e 'Língua Brasil – Crase, pronomes & curiosidades' – http://www.linguabrasil.com.br "

  2. …justamente por ela está preparada para socorros de emergência tentou salvar alguém e morreu".
    Não deveria ser "estar" ao invés de "está"? acho que esse erro da Folha foi demais. Um jornal tão respeitado…cadê o revisor?

  3. Primeiro que o assunto não se trata de concordância verbal, e sim de morte, mas enfim… A família pede justiça ate concordo, mas estou vendo uma falta de descaso com as outras famílias, ate porque não morreu só ela, e sim mais 236 pessoas..

  4. Os senhores querem saber a notícia ou corrigir os erros de Português…pois acho que o objetivo aqui é a informação…é lógico que a grafia/concordância é importante, mas não é o caso neste momento!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo