Novo ministro: general Lúcio toma posse no STM

General Lúcio toma posse como ministro do Superior Tribunal Militar
General Lúcio toma posse como ministro do Superior Tribunal Militar
O general-de-Exército Lúcio Mário de Barros Góes é o novo ministro do Superior Tribunal Militar. Ele tomou posse nessa quarta-feira (5), em cerimônia que reuniu autoridades dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, além de familiares e amigos do militar.
Lúcio Mário de Barros Góes abriu seu discurso com um famoso verso do poeta português Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”. Ele registrou sua satisfação com a nomeação para o cargo de ministro: “Após muitas transferências no Brasil e missões no exterior, numa dessas enormes surpresas que a vida nos reserva, aqui estou para ser empossado ministro da mais alta corte de Justiça Militar do meu país”.
O general afirmou ter pela frente a tarefa de buscar a aplicação da justiça. “Encaro este enorme desafio de distribuir justiça, que requer o desenvolvimento das capacidades de ouvir, de analisar com isenção e de decidir com imparcialidade como uma das missões mais difíceis da minha vida, entretanto, de extrema importância para o bom funcionamento das instituições militares e da sociedade”.
Na cerimônia da posse, o ministro Luis Carlos Gomes Mattos saudou o colega em nome dos demais ministros do Tribunal. Durante seu discurso, Mattos afirmou que a vasta experiência do general na caserna, seu aguçado senso de justiça e seu comportamento exemplar como cidadão são a melhor credencial para assumir o cargo no STM.
Lúcio Mário de Barros Góes foi indicado pela Presidência da República e seu nome foi aprovado pelo plenário do Senado Federal no dia 31 de outubro, mesma data em que passou por sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Casa. O general ocupou a vaga deixada pelo ministro Francisco José da Silva Fernandes, que se aposentou no dia 3 de outubro.
O STM é composto por 15 ministros, sendo dez das Forças Armadas (quatro do Exército, três da Marinha e três da Aeronáutica) e cinco civis togados (três advogados, um juiz da Justiça Militar da União e um representante do Ministério Público Militar).
Biografia
O novo ministro nasceu em 22 de dezembro de 1949, em Recife (PE), tendo estudado no Colégio Militar da cidade natal. Em 1965, ele ingressou na Escola Preparatória de Cadetes, sediada em Campinas (SP) e tornou-se Aspirante-a-Oficial da Arma de Infantaria em dezembro de 1971. O general também cursou a Escola Superior de Guerra da França, em Paris, entre outros cursos.
Durante sua vida militar, foi instrutor da Academia Militar das Agulhas Negras, da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Comandou o Batalhão da Guarda Presidencial, e exerceu o cargo de Adido Militar junto à Embaixada do Brasil na França.
Como oficial-general, comandou a 16ª Brigada de Infantaria de Selva, em Tefé (AM), e a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Ao deixar o comando daquela Escola, exerceu sucessivamente os cargos de subchefe de Operações do Comando de Operações Terrestres, de Diretor de Avaliação e Promoções e de Comandante da 7ª Região Militar e 7ª Divisão de Exército, em Recife.
Lúcio Mário já ocupou a Secretaria-Geral do Exército e exercia o cargo de chefe do Departamento-geral do Pessoal da força terrestre até ser indicado para o STM.
PROMAD/montedo.com

14 respostas

  1. Será que quando eu estiver indo para a Reserva como Sub, irei, também tomar posse como Ministro do STM? Veja a alegria estampada na cara do ilustrissímo general.

  2. Tive a honra de servi com o Gen Ex Lúcio. Em 1980/1981 ele era meu Cmt da 3ª Cia Fzo do 14º BIMtz. Percebi, pelo maneira de falar e xpor com seus comandados, tratar-se deum Oficial de 1ª Linha. Sabe expressar e julgar de forma muita correta, além de ser inteligentíssimo. Eduardo Morais

  3. É… mas não basta ser inteligentíssimo para ser Juiz, tem que ser no mínimo Bacharel em Direito, mas isso só o ocorre em países sérios.

  4. Para prestar concurso para a ser Juiz da Justiça Militar ou de qualquer Tribunal é necessário que tenha experiência de no mínimo de três (3 ) anos em advocacia. O Conselho Nacional de Justiça, através do seu Presidente, o Ministro Joaquim Barbosa, quer acabar com as Justiças Militares Estaduais, por entender que prestam um deserviço, o que já era sem tempo. E a Justiça Militar da União, quando será extinta? Paízes como o Chile e a Argentina já acabaram com esse cabide emprego.

  5. Alguém aqui neste blog gostaria de ser operado por um cidadão que não cursou Medicina? Ou morar num prédio que tenha sido projetado por um cidadão que não se formou em Engenharia Civil? Quem gostaria de ser julgado na Justiça comum por um Juiz que nem sequer cursou uma faculdade de Direito? Alguém se sentiria confortável em saber que a sua liberdade estaria nas mãos de um Juiz totalmente leigo em Ciências Jurídicas?
    Mas é isso que acontece com o STM. É até uma incoerência, pois se é exigida experiência e formação em Direito aos Juízes das Auditorias (primeira instância), como achar aceitável que um cidadão sem faculdade de Direito assuma uma função de Ministro de Tribunal Superior? Tudo bem que existem críticas às nomeações de Advogados nos tribunais superiores através do quinto constitucional, mas ainda assim os nomeados tem que ser Advogados com comprovada experiência. Já os Generais, que experiência jurídica possuem ? Isso é pura MAMATA para os Generais dobrarem seus salários e aposentadorias !!!!!!!!!!!!
    Acho que tais Generais ajudariam a Justiça militar apenas como meros conselheiros, como se fossem um AMICUS CURIAE, mas não como Juizes!

  6. Prezado Rogério da Silva Gomes!!!!
    Na Argentina e Chile praça vai até Sub oficial Mayor (ST), não chega a capitão!
    No Chile, Cmt de unidade pode mandar praça embora da força, não precisa de tribunal. Somente precisa dizer que o militar cometeu um erro grave!
    Se informe antes de comparar!!!!!!

  7. Sou primeiro sargento de Infantaria e não tenho formação nem conhecimento jurídico algum. Minha opinião sobre o fim da JM? Bem, não me importo se a JM é cabide ou não, se produz pouco ou não, paciência, o mundo não é perfeito. Mas como militar, defendo o que é nosso, porque, no final das contas, bom ou ruim, cada segmento das forças armadas é uma parte única, insubstituível de uma organização a qual todos nós, SOLDADOS, pertencemos.
    Sargento

  8. Se como Cmt Cia (no mínimo Cap) ele já sabia julgar, como disse o companheiro, com certeza está agora no lugar mais certo de sua carreira. Parabéns nobre General pela sua indicação para o STM. Fará sem dúvidas um excelente trabalho nesta nova função.
    Selva!!!

  9. O STM é um cabidão para Gen 4 estrelas dobrarem de salário e falarem qualquer besteira em plenário para depois os assessores consertarem no papel (quando o próprio STF não dá um pito nas "decisões" ilegais, sem o menor amparo jurídico). Talvez eu não veja essa aberração ser extinta, mas rezo para que a geração do meu filho já não tenha que bancar uma aposentadoria gorda de Generais que deveriam se aposentar como militares que são (e com a merreca que todos nós recebemos), e não juízes!

  10. Vejo todo mundo malhando o "cabidão" mas se abrissem pra cada Of Gen que lá está ter direito a 10 praças para ajudá-lo e ter uma fila enorme.
    Brasileiro em sua maioria gosta de criticar aquilo que não tem ou não pode ter.
    Desde que foram abertos os concursos para as escolas, existe prova para entrar como praça ou oficial.
    Não estava satisfeito tentasse a outra porta.
    Vir para o blog do montedo pra ficar malhando tudo é muito fácil.
    Será que todos assinaram a petição, disponível lá no topo do site?
    Avisaram aos demais no quartel, navio ou sei lá o que?
    Já deram uma espiadinha no curriculo do toffoli?
    Outra coisa, pela idade dos sub eles ainda podem se formar, se não o forem, e tentar um outro concurso pra ganhar melhor.
    Que tal mobilizarem-se para mudar a situação do pessoal que trabalha no magistério.
    Isso ninguém quer, afinal problema daquele que quer se aposentar e ser professor.
    O choro é livre.
    Leiam mais sobre o STM e a importância do tribunal na história do país.

  11. Prefiro muito mais um Gen 4 estrelas no STM do que um advogado de bunda, acostumado a fumar maconha na porta da faculdade e falar meia dúzia de palavras em Latim e se dizer mestre nas ciências Jurídicas. Um Gen Ex tem no mínimo 40 anos de serviço dedicado ao EB e nada mais justo escolher, dentre os melhores, um bom exemplo de dedicação e experiência para nos ajudar. Se recebe como ministro…e daí?! O que temos com isso?! Mérito dele! Com certeza ele se especializou, estudou muito, fala outras línguas, e cavou essa cadeira para ele. Pior são as praças mal caráter que qualquer coisa que aconteça no mundo seja uma conspiração contra ele! Digo: praça mal caráter! Porque praça boa também parabeniza e apoia o sucesso dos seus companheiros de farda! Abram a mente: o pior inimigo das FFAA é o inimigo interno!!!BRASIL acima de tudo!
    Ass: Of Inf

  12. Pobres tolos "pracinhas" que se acham pertencentes a uma categoria una e ainda por cima defendem os seus chefes.
    A categoria militar não é una, querem ver exemplos de desunião:
    1- Exército (fusex), Marinha (fusma) e Aeronáutica (funsa) descontam valores diferentes como contribuições para os fundos de saúde;
    2- A quantidade de PNR não é proporcional aos efetivos de cada círculo e nem mesmo entre as três forças;
    3- Os critérios de promoções, período de reengajamento e interstícios são diferentes nas três forças, tanto para oficiais quanto para praças;
    4- Todos pertencemos às Forças Armadas, mas cada qual tem um documento de identidade diferente;
    5- Os fuzis e pistolas utilizados são diferentes nas três forças;
    6- Os critérios de escolha e padronização de uniformes são diferentes nas três forças, mesmo todos estando sujeitos às mesmas intempéries no território nacional
    (…)
    (…)
    (…)

  13. "Prefiro muito mais um Gen 4 estrelas no STM do que um advogado de bunda, acostumado a fumar maconha na porta da faculdade e falar meia dúzia de palavras em Latim e se dizer mestre nas ciências Jurídicas."

    Se hoje, 08Dez2012, ainda temos pessoas que pensam assim (citação acima) imaginem como não era o "bom senso" dos militares na década de 1960?
    Amigo, falar duas línguas (português e espanhol? rs) e fazer cursos militares, e ter sido um bom julgador quando Cmt de Cia (julgava o quê?) não gabarita ninguém a assumir um cargo de Juiz!
    Ciências Jurídicas é um ramo do conhecimento muuuuuuuito diferente de "Ciências Militares", aliás, aquele é um curso de 5 anos cuja média para passar é 7 e que ainda faz-se necessário passar numa prova após a formatura (OAB), diferente da AMÃE, que basta o cincão (nota 5) de Sampaio para passar e permanecer vivo para ser promovido aos sucessivos postos ao longo da carreira!!!

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