Forças Armadas: o Portugal de hoje é o Brasil de amanhã?

Ministério da Defesa pede apreciação da ERC sobre notícia da Lusa
Ministério da Defesa pede apreciação da ERC sobre notícia da Lusa
foto ORLANDO ALMEIDA/GLOBAL IMAGENS
O Ministério da Defesa Nacional anunciou, no domingo à noite, que vai solicitar à Entidade Reguladora para a Comunicação Social a apreciação de uma notícia da Lusa sobre o discurso de José Pedro Aguiar-Branco no Dia do Exército.
Em causa está o título “Ministro da Defesa acusa comentadores de serem tão perigosos como qualquer ameaça externa” de uma notícia distribuída pela Lusa no domingo à tarde, depois do discurso de Aguiar-Branco nas comemorações do Dia do Exército, nas Caldas da Rainha.

“O nosso maior adversário é o sentimento, inegavelmente crescente, de que as Forças Armadas, num contexto de carência geral, não são necessárias”.

Em comunicado, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) considerou que o título da notícia resulta de uma “interpretação totalmente abusiva e descabida” do discurso do ministro.
Ao falar às tropas, o ministro da Defesa afirmou: “O nosso maior adversário é o sentimento, inegavelmente crescente, de que as Forças Armadas, num contexto de carência geral, não são necessárias”.
E acrescentou que a “visão simplista de que as despesas com a Defesa Nacional são um custo e não um investimento” tem sido defendida “por comentadores de fato cinzento e gravata azul”.
“Comentadores de fato cinzento e gravata azul, que têm do Estado e da soberania uma visão contabilística. Que enchem as páginas dos jornais e os noticiários da televisão repetindo: para que servem as Forças Armadas?”, insistiu Aguiar-Branco, considerando “perigosamente demagógico” o discurso destes comentadores.
Jornal de Notícias (Portugal)/montedo.con

13 respostas

  1. No Brasil, comentários sobre a "inutilidade" das FFAA surgem não de "comentadores de fato cinzento e gravata azul", mas do próprio povo brasileiro. A ignorância que impera em todos os níveis sociais (e é incentivada pelo governo) provoca essa distorção de valores e de visão da realidade. É preciso muito esforço pra se manter lúcido diante de tamanha campanha de emburrecimento populacional. Deus tenha piedade de nós.

  2. Já tem muita gente com o mesmo discurso aqui no Brasil indagando sobre a necessidade da existência das Forças Armadas (fiquemos atentos sobre as reais intenções e relações dessas pessoas). Apesar de assistir repetidas vezes nossa chefa maior falar sobre o poder de dissuasão que deve possuir o país, não vemos isso em ações práticas: nossos fuzis são de 1964, as viaturas indisponíveis em grande parte, a munição de festim foi suprimida pelo "pow pow", treinamento de tiro real é 1 vez por ano, o salário nem vou comentar para não lembrar das contas, e por último ficamos sabendo através de um General que não possuímos munição para mais de 1 hora de combate.

  3. É falta de matéria para se comentar uma idiotice destas. Portugal não possui Selva nem fronteiras problemática, vivem no 1º Mundo, na verdade todo o território de Portugal equivale ao estado de Sergipe.

  4. Isso é um fato. Já acontece hoje,os atuais integrantes do segundo e terceiro escalão do Governo Federal têm desprezo pela profissão militar.

    Para geração que lutou contra o Regime de 64, pode haver ódio,rancor, mas ele reconhecem a excelência do profissional militar, tanto que trabalham para desacreditar a Instituição e os militares.

    Agora, com a próxima geração será pior.Para eles somos inúteis, despreparados, obtusos,preguiçosos, atrapalhamos a vida nas cidades que possuem batalhão, moramos de graça enquanto o aluguel em BSB é 4000 reais, aposentamos cedo (eles se aposentarão com 60 anos). Será pior, bem pior.

    Por isso fico indignado quando algum superior trata um militar novo (Sd,aluno, 3ºSgt, cadete, aspirante) de forma desrespeitosa ou humilhante. Tinham que se ajoelhar e agradecer que escolheram a carreira das armas,a maioria não está nem aí pra hora do Brasil.

  5. Sou militar do EB e infelizmente tenho de concordar que as FFAA são dispensáveis, não produzem nada e é altamente dispendiosa para a Nação. E não me venham falar em demagogias de defesa de soberania, que uma Nação para ser respeitada tem que ter FFAA, pois caso contrário vira terra sem dono, etc. Isso tudo é balela. As FFAA podem ser comparada à uma arma que o dono tem em casa para sua defesa pessoal, do seu lar e da sua família. Só será utilizada em caso de extrema necessidade e ainda assim, se estiver bem manutenida e com munição dentro da validade. Se o dono a deixa esquecida no fundo da gaveta, pode tornar o seu emprego desastroso na hora que mais precisar, complicando ainda mais aquela situação que já era embaraçosa…
    Hoje parte-se da premissa que a defesa de uma nação desprovida de FFAA é facilmente defendida pela ONU ou outro órgão ou nação que convir.
    Sinceramente, para ter uma arma em casa só para falar que tem e não dispensá-la a atenção devida, é bem melhor não tê-la. E o pior de tudo é ver o dono utilizando esta arma como martelo, como alavanca, como taco, como calço,como brinquedo, etc, menos como um instrumento de poder, mesmo que enferrujada.

  6. "Hoje parte-se da premissa que a defesa de uma nação desprovida de FFAA é facilmente defendida pela ONU ou outro órgão ou nação que convir." Eu não acredito que estão falando sério! Este espaço virou humorístico sem graça? Agora é Zorra total? Quem pode pensar que terá suas fronteiras ou seus interesses assegurados pela ONU ou por outra nação? O mais antigo tratado militar ainda válido foi assinado entre Portugal e Inglaterra, no século XIV, quando a rainha lusitana era da dinastia Lancaster, reinante na Bretanha. Em virtude deste tratado, a Inglaterra apoiou os patrícios em diversas oportunidades, inclusive na Batalha de Aljubarrota (onde desde então foi erguido o belíssimo mosteiro da Batalha, uma das 7 maravilhas de Portugal, recomendo a visita). O que a Inglaterra ganhou garantindo a segurança de Portugal? Toda a riqueza levada do Brasil e que respaldou o acúmulo inicial de capitais para a revolução industrial e, plagiando Adam Smith, a Riqueza daquela Nação. O que Portugal ganhou? Uma eterna posição de Estado subalterno e o endêmico desprestigio de suas Forças Armadas.

  7. O Brasil não precisa e não merece ter Forças Armadas.

    A ONU quer que acabem os Estados Nacionais e não só as Forças Armadas. O que eles querem é que acabem os Estados Nacionais, isso é fato.

    Monopólio da violência e manutenção do território fazem parte do conceito de Estado Nacional, e acredito que o órgão responsável deva ser uma instituição armada.

    Quem não possui Força Armada ? Costa Rica

    Quem vem se armando ?

    China
    Índia
    Rússia
    Japão (é o isso mesmo, o Japão!)
    Coréias
    Austrália

    Qual grupo que o Brasil tem mais afinidade?

    Pra mim é a Costa Rica, esse país se quer é uma Nação, é o País de todos, ou seja de nínguém.Não merece sacrífico da própria vida.

    Patrono do EB deve ser mudado para o Vampeta.

    Eles fingem que pagam, nós fingimos que trabalhamos.

  8. As Nações Unidas querem o fim das Nações… Este é o mais novo conceito de Geopolítica Mundial…
    Fala sério amigo, qual a tua fonte? A escolinha do Professor Raimundo?

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