Marinha apresenta navio-patrulha de R$ 120 milhões

Marinha apresenta o maior navio-patrulha oceânico do Brasil
Com 90,5 metros de comprimento e capacidade para se descolar a uma velocidade de 25 nós, o navio-patrulha “Amazonas” conta com uma autonomia de navegação de 35 dias

O navio-patrulha oceânico “Amazonas”, nesta sexta-feira, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Foto: Agência Brasil
A Marinha do Brasil apresentou, nesta sexta-feira, o navio-patrulha oceânico “Amazonas”, o primeiro de três modelos similares encomendados ao Reino Unido, projetado para atender às necessidades de fiscalização de extensas áreas marítimas. O navio, uma embarcação de 1.800 toneladas, com 90,5 metros de comprimento e capacidade para se descolar a uma velocidade de 25 nós, conta com uma autonomia de navegação de 35 dias, o que permite atravessar o Atlântico sem apoio.
Na embarcação, onde é possível operar um helicóptero e duas lanchas e cuja tripulação é de 80 militares, tem capacidade para transportar 39 fuzileiros navais e até seis contêineres de 15 toneladas. Seu poder de armamento é composto por três canhões, um deles de 30 milímetros, duas metralhadoras removíveis de 12,7 milímetros, dois pontos para montagem de fuzis e dois lançadores de foguetes de iluminação.
“O Brasil conta com navios-patrulha fabricados no país de até 500 toneladas, mas sem a mesma autonomia. Com o ‘Amazonas’ poderemos permanecer mais tempo no mar”, afirmou o ministro da Defesa, Celso Amorim, em entrevista coletiva que concedeu a bordo da embarcação.
O navio-patrulha foi apresentado à imprensa na Baía de Guanabara, já que será anexado ao comando do Primeiro Distrito Naval do Brasil, localizado na cidade. A nova embarcação tem um custo de cerca de R$ 120 milhões incluindo armas e equipes, disse o comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto.
O navio construído pela empresa britânica BAE System Maritime – Naval Ships, em Portsmouth, foi projetado para atender as necessidades de fiscalização das águas brasileiras. “Trata-se de uma ferramenta importante para proteger nosso território marítimo, assim como as rotas marítimas do país e os recursos do pré-sal, reservas de petróleo descobertas pelo Brasil em águas profundas do Atlântico”, afirmou o ministro.
“O Atlântico Sul é importante e estratégico para nós. Importamos petróleo de países como Nigéria e Angola. Nossos navios passam por zonas nas quais há pirataria e é importante que tenhamos capacidade de ação”, acrescentou.
O “Amazonas” chegou ao Brasil após ter sido incorporado pela Marinha em 29 de junho, no Reino Unido, e depois de uma viagem de dois meses na qual realizou exercícios de demonstração de operações antipirataria em Cabo Verde, Benin, Nigéria, São Tomé e Príncipe.
Os outros dois navios-patrulha encomendados ao Reino Unido, o “Apa” e o “Araguari”, serão incorporados pela Marinha nacional em novembro deste ano e abril de 2013. Amorim esclareceu que o contrato assinado com o estaleiro britânico prevê o direito de fabricar os próximos navios do mesmo modelo no Brasil.
“Poderemos produzi-los no País quando considerarmos conveniente. Necessitamos aumentar nossa capacidade e por isso estamos construindo quatro submarinos convencionais e um nuclear. A Marinha tem outros planos de incorporação e estuda seguir produzindo fragatas no país”, afirmou.
“Vamos seguir estudando o aumento da frota, mas sempre com ênfase em favorecer a produção no país. Às vezes, temos que adquirir algo de fora, como agora, mas já com a perspectiva de, em um futuro, poder produzi-lo no país”, acrescentou.
iG (EFE)/montedo.com

2 respostas

  1. A aquisição, de oportunidade, foi excelente para os anseios de um país que jamais será gigante.
    Não é pessimismo, é constatação. O povo daqui não tá nem aí pro que representa este navio ou um porta aviões nuclear, simplesmente acreditam que viveremos sempre em "pax" e ponto.
    Esta reportagem contém tantos absurdos, desde o teor até o texto, que dá dó. Teria sido escrita por algum aluno da alfabetização?
    Dando o devido desconto da falta de conhecimento da maioria da imprensa, tem coisa que basta dar uma pesquisada de leve no google que já resolvia.
    Dizer que o navio foi projetado para as necessidades do país é mentira, este e os outros dois foram construídos para Trinidad e Tobago que desistiram da compra e, oferecidos ao Brasil, este tratou de comprá-los pois são excelente aquisição.
    Dizer que o navio fez demonstrações de antipirataria nos países africanos é piada. Desde quando desempenhamos ações antipirataria por aqui para podermos ensinar a alguém? Que tal falarmos de números e serem apresentadas as ações antipirataria desenvolvidas pela força naval? Aliás quais são os meios que fariam isso até hoje na MB? o pouco que é feito é ensinado pelos ianques quando vem aqui ou nos poucos cursos que somente os oficiais fazem lá e depois não repassam pra ninguém.
    Produzi-los no país é outra anedota. Sugiro aos curiosos visitarem um patrulha feito na Alemanha e outro feito no INACE (lá no Ceará). É mais ou menos como comparar um minicooper com aquele carrinho que a LIFAN (chinesa) vende por aqui. Por fora até parece, mas o interior…
    O serviço feito no INACE é abaixo da média, e a MB só aprova porque não existe uma certificação padrão. Fossem eles navios civis e duvido que obteriam certificação da Loyds por exemplo.
    Por último, dizer que a MB estuda seguir produzindo fragatas no país é algo que choca. A última fragata fabricada aqui, no arsenal da marinha do rj, teve sua construção iniciada em 1972 sendo incorporada somente em 1980. se não estiver enganado são 32 anos sem construir uma fragata. Precisa dizer algo mais?

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