‘Teletransporte’ já é realidade com tecnologia carioca
Pioneiro no mundo, sistema que transmite imagens de objetos e pessoas em 3D foi desenvolvido por instituto de pesquisa do Rio
MARIA LUISA BARROS
O pesquisador Bruno observa uma miniatura de si mesmo fazendo exercícios físicos sobre uma mesa | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia |
Quem nunca sonhou em se teletransportar e em segundos ir de um lugar a outro como num passe de mágica e sem trânsito? O desejo continua apenas na imaginação. Mas uma tecnologia pioneira desenvolvida por cientistas cariocas oferece ao mundo pela primeira vez uma sensação de realidade jamais vista. O projeto batizado de Virtual Teleporter permite enviar pela Internet imagens tridimensionais de pessoas e objetos de qualquer canto do planeta e em tempo real.
Com auxílio de um par de câmeras e um projetor, pesquisadores do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e do Instituto Militar de Engenharia (IME) conseguiram recriar cenas virtuais que podem ser reproduzidas como se os objetos tivessem viajado no espaço. “Com essa tecnologia, uma montadora chinesa, por exemplo, poderá enviar a imagem real do protótipo de um veículo para engenheiros no Brasil”, explica o professor Luiz Velho, do Impa, que orientou a pesquisa do engenheiro do IME, Bruno Eduardo Madeira.
As imagens capturadas por duas câmeras que funcionam como o olhar humano são processadas e enviadas para um equipamento que projeta as cenas sobre um monitor na horizontal. O resultado é impressionante. Com o uso de um óculos 3D, o pesquisador Bruno Madeira, 33 anos, fica lado a lado com sua própria imagem em miniatura, que se move diante de seus olhos.
Além da demonstração de protótipos, a nova tecnologia poderá ser utilizada também em salas de videoconferência e em cursos a distância. “Em vez de colocar dezenas de alunos dentro de um centro cirúrgico, a cirurgia poderá ser transmitida para vários lugares. Os alunos vão ver o paciente com a mesma qualidade de imagem com a qual o cirurgião estiver vendo”, garante Bruno Madeira.
Arte: O Dia |
Transmissão da Copa 2014 e Jogos 2016 em negociação
A nova tecnologia que mais parece ter saído de um filme de ficção científica foi patenteada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) e já está sendo negociada com empresas. A ideia é usar o sistema na transmissão dos jogos da Copa do Mundo, em 2014, e das Olimpíadas, em 2016.
Com um par de óculos 3D, o torcedor terá a visão de uma miniatura do jogo de futebol ou de outro esporte reproduzida sobre uma tela disposta na horizontal pela empresa que adquirir o sistema.“É como o videogame. Quando surgiu, poucas pessoas tinham. Hoje está em todas as casas”, prevê Bruno.
No Rio, ilha de excelência
Criado pelo governo federal em 1952, o Impa é uma ilha de excelência e um dos maiores centros de pesquisa do mundo. Atrai todos os anos pesquisadores da Europa, Ásia e américas do Norte e do Sul. É considerado o instituto de matemática de maior prestígio na América Latina.
Do terreno de 15 mil metros quadrados no Horto, cercado pela Floresta da Tijuca, saem aplicativos para iPhone, simuladores de realidade virtual e superbinóculos com zoom. Até o início do ano, detinha o recorde com uma imagem do Rio que possuía a maior resolução gráfica do planeta.
Tem atualmente 51 pesquisadores efetivos, alem dos pesquisadores visitantes, bolsistas de pós-doutorado, assistentes de pesquisa e alunos de doutorado e mestrado. “Estamos construindo o futuro, transferindo tecnologia para a sociedade”, diz Luiz Velho.
O Dia Online/montedo.com
Nota do editor: a matéria não diz, mas Bruno é capitão do Exército, lotado no Instituto Militar de Engenharia, o IME, onde, juntamente com o ITA, Dilma não permitiu o sistema de cotas.
Se você quiser saber mais sobre o projeto, clique aqui.
5 respostas
A iniciativa privada está de braços abertos para valorizar esse militar…Ceramente será mais uma evasão das forças armadas.
Pela leitura da notícia percebe-se que o IMPA é quem realmente está bombando em pesquisas e na agregação do bons cérebros, o IME foi só um detalhe na notícia, tanto que o Capitão do IME faz o trabalho no IMPA orientado por um pesquisador do IMPA e não no IME.
Se o IME está no mesmo patamar que o IMPA urge então dar publicidade às suas realizações, pois não basta ser bom, "tem que parecer ser bom".
Aqui na minha unidade um 2º Sgt que fez doutorado em Fìsica nuclear pediu baixa há duas semanas atrás. Está todo mundo chutando o balde mesmo, ninguém mais quer saber das FFAA. A evasão ainda vai ser maior no ano que porque tem muito militar fazendo concurso para ir embora. PT NUNCA MAIS, PETRALHAS ODIAI-VOS!
Pessoas desse calibre é que deveriam receber salário de parlamentar e não do calibre do Tiririca(humorista). A desvalorização dos cientistas e engenheiros capazes existentes no país, paraece brincadeira. É mais negócio valorizar um jogador de futebol que só dar dor de cabeça e vive esnobando.
A iniciativa privada vai pegar ele rapidinho.