De milico a paisano

Fábio Jardelino
A tão sonhada aposentadoria provavelmente é uma das coisas mais gratificantes para quem passou a vida toda trabalhando. Porém essa não é uma verdade absoluta. Na vida militar, a aposentadoria não é vista, por alguns, com bons olhos. Um dos motivos principais, que se agrega a esse medo de deixar a farda de lado, é a “volta” ao mundo civil.
“Como reincluir na sociedade civil, um militar que passou 30 ou 40 anos sendo treinado para a guerra ou algum conflito?”. A pergunta, que aflige grande parte dos militares, foi feita recentemente por um coronel da reserva que, como muitos, dedicou a vida inteiramente ao Exército, mas que agora chegou o momento de parar. “Parar? não. Ainda tenho 56 anos, muita instrução e força. Ainda tenho muito a dar para o exército brasileiro”, afirma o roraimense Roberto Nattrodt, com orgulho. A insatisfação diante da iminente aposentadoria é estudada por pesquisadores sociais e psicólogos, tanto no caso do militar que vai para a reserva quanto do militar que volta de um conflito.

No caso do Exército Brasileiro, existem algumas “fugas” ou métodos de reintegração à vida civil para esses profissionais que foram para a reserva, seja ele praça, praça-especial (alunos de escola de formação militar e aspirantes-à-oficial) ou oficial. Alguns são os conhecidos Clubes Militares (Círculo militar, clubes de Sargentos ou Oficiais, entre outros) ou as associações de oficiais da reserva, no caso dos CPORs (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva) ou NPORs (Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva), além da recontratação de alguns desses militares para cargos de confiança do quadro civil do Exército, prestando serviço de assessores especiais da força.
Apesar desses meios, o impacto da vida civil pode ser conflituoso. Desde questões simples do cotidiano, como o linguajar usado pelos “milicos”, que se diferencia do utilizado pelos “paisanos”, até problemas ideológicos ou simplesmente de convivência. “A relação de trabalho com o funcionário civil é complicada. Você está acostumado em pagar a missão e saber que ela, de um jeito ou de outro, vai ser cumprida. Você sabe que pode confiar que aquele militar vai cumprir a missão que você passou. Isso não acontece aqui fora. E, quando você vai cobrar, sempre vem um dizendo ‘Coronel, isso aqui não é quartel não’ e eu tenho que ficar calado. É complicado”, desabafa Nattrodt, na reserva desde novembro de 2010 e que hoje assume o cargo de presidente do Círculo Militar do Recife.
No caso dos mais jovens, que passaram pouco tempo com a farda, o impacto com a velha realidade que viviam antes da caserna pode até ser pior. “Os garotos saem dos CPORs ou NPORs, vão para a tropa e depois são obrigados a sair com o término dos oito anos, com seus 28 anos, às vezes 30, sem nenhuma experiência profissional. Se ele não tiver se dedicado à sua vida civil, tanto quanto se dedicava à militar, vai sair por baixo, sem nada”, completa Nattrodt.
Porém muitos afirmam que, apesar de complicada, a experiência militar é mais do que necessária na vida de uma pessoa. “Era para ser obrigatório. Não o alistamento, que já é obrigatório. Eu digo o serviço militar mesmo. Todos deveriam servir ao Exército e aprender os valores que aprendemos lá”, defende o aspirante da reserva Helder Felipe Oliveira Corrêia, 22 anos.
Hoje estudante de direito, o recifense Oliveira, como era conhecido em seus tempos de militar, relembra os tempos de farda como os melhores de sua vida. “Era muito bom e, quando acabou, demorou pra cair a ficha. Na verdade, eu só comecei a perceber que não era mais militar quando entrei na faculdade de direito. Antes disso, muitas vezes, eu dava um acocho (cobrança) num subordinado no antigo trabalho ou as vezes até no meu irmão mais novo, como se eu ainda fosse militar. Mas a gente sabe que isso é normal”, conta Oliveira. “As vezes ele me mandava pagar flexão. Mas eu apoiava por que sabia que ele estava triste. Sair do exército afetou muito ele e isso acabou chegando aqui em casa”, explica o irmão de Oliveira, Bruno da Rocha Lima, de 15 anos.

O jovem explica que teve dificuldades na volta à vida civil já que passou a vida toda inserido no “universo militar”. “Sempre estudei no Colégio da Polícia Militar e logo depois entrei no CPOR. Quando saí aspirante e deixei a farda de lado, tive que procurar meu espaço no mundo civil”, desabafa Oliveira. A situação, apesar de previsível, acaba sendo, em parte, prejudicial para o jovem, normalmente com seus 19 ou 20 anos, ainda em formação. “Eu tive dificuldade de me inserir no mercado de trabalho. Muita gente de empresa vê o militar e pensa ‘Ele foi militar, mas o que ele sabe fazer? Ele sabe só sabe marchar, atirar’ e não é só isso, sabe? Os militares não são jegues, que usam cabresto”, diz o aspirante da reserva.
Além da dificuldade de contato com o paisano, o militar também sofre internamente. Segundo psicólogos, o “mundo militar”, meio fechado, é viciante para quem está dentro. É criado um muro, uma barreira, entre as atividades civis e as militares, onde, internamente, existe outro dialeto, outros valores morais e, principalmente, uma outra didática de contato social. Às vezes nem sempre bom e às vezes não de todo mau, é apenas um universo diferente dos que as pessoas “comuns” estão acostumadas. Um estudioso do assunto é o psicólogo Nigian Cardoso, que afirma que a separação da farda é muito complicada para um militar. “Eles passam a apresentar um quadro de solidão. De vazio. Alguns tentam se reaproximar da família, mas isso também é difícil, já que muitos deles viveram distantes dela a vida toda. Por isso buscam o conforto nesses “grupos” ou “reuniões” com outros militares. Lá, eles voltam, um mínimo que seja, ao que eram antes”, explica Cardoso.
Em meio a um misto de sentimento de perda e solidão, a separação do militar de sua farda é como o sentimento de missão cumprida. “Estou fora da força, mas, se o Brasil precisar de mim ainda, enquanto eu puder andar e tiver forças, eu estarei à disposição dele”, observa Roberto Nattrodt.
Dicionário de termos militares
» Acochambrar
Fazer algo sem vontade, com preguiça, sem ânimo; não fazer algo por moleza ou preguiça; reduzir o esforço em alguma tarefa.
» Agasalha
O mesmo que “deixa para lá”; não se importar, ignorar.
» Alvorada
Momento de despertar para o início das atividades diárias, precedido do toque de corneta correspondente.
» Apagadão
Militar que é apático no serviço.
» Arrego
Interjeição que exprime indignação, tal como “Que é isso!”.
» Baixar
Estar impedido de realizar um exercício por motivos de saúde (uso comum: “Fulano está baixado na enfermaria”).
» Barro
Fracasso na missão, derrota.
» Bisonho
Sujeito que não faz nada direito ou que não presta atenção na instrução que lhe é dada, por ser principiante ou novato.
» Bizu
Dica, macete ou sugestão (uso comum: “Passar o bizu”, “aprende o bizu”, “agasalha o bizu”.
» Brasil
Excelente, perfeito. Pode ser usado isoladamente ou com expressões como “Brasil, pode deixar comigo”.
» Caboclo
Termo indicativo genérico para um sujeito qualquer, tal como “fulano”.
» Cagalhão
O mesmo que bisonho.
» Caserna
Ambiente de trabalho militar.
» Chafurdar
Fracassar, falhar no cumprimento de uma missão.
» Chivunck
Última força, a carga final, de um combatente antes de morrer. Semelhante ao “sprint” na corrida.
» Desembocar
Levar adiante alguma tarefa, de modo aproveitável.
» Elucubrar
O mesmo que o popular “encher lingüiça”; inventar conteúdo inútil para determinada situação ou declaração. Também designa um comportamento louco ou de alguém que promove bagunça.
» Embuste
Aparente vantagem ou qualidade superior à dos demais. Motivo de “orgulho” para quem o detém.
» Farândula
Bagunça, agitação, confusão. O mesmo que zaralho.
» Guerreiro
Designativo genérico do militar.
» Laranjeira
Designa os militares que residem nas dependências apropriadas da unidade.
» Melindrado
Elemento medroso, com receio.
» Operacional
Qualidade do sujeito que executa suas tarefas de modo eficaz.
» Paisano
Militar sem o fardamento de serviço ou equiparado à condição de civil.
» Padrão
Muito bom ou ótimo. Também significa aquele que serve de exemplo para os demais.
» Papirar
O mesmo que estudar (“só no papiro” equivale a dizer que se está estudando bastante).
» Peruar
Conseguir, obter, apanhar algo de outrem de modo gratuito. Quem faz isso é chamado de “peruão”. Oferecer-se para determinada missão mesmo que involuntariamente.
» Postulão
Termo pejorativo; o mesmo que bisonho. Pessoa que contesta ordens recebidas. Também é aquele que tem uma explicação bem detalhada e teórica para tudo.
» Rolha
Fácil, simples ou de baixa qualidade (uso comum: “Êta servicinho rolha que eu peguei hoje…”.
» Sanhaço
Ansiedade por fazer alguma coisa (geralmente, vem na expressão “Estou no sanhaço”). Também pode significar angústia, cansaço, situação de pressão, aflição.
» Safo
Militar esperto, atento ou desenrolado (ver “Tá safo”).
» Selva
Excelente, perfeito. Pode ser usado isoladamente ou com expressões como “Selva, pode deixar comigo”.
» Sugar
Abusar do esforço físico, exagerar em atividades físicas e fatigar a tropa ou o próprio militar.
» Torar
O mesmo que dormir, tirar um cochilo (uso comum: “Vou torar agora, guerreiro”, “só a tora revigora!”.
» Xerife
Adjunto, subchefe, responsável por alguma fração de tropa.
» Zaralho
Bagunça, confusão, tumulto, desordem.
» Zumbizado
O mesmo algo bagunçado.
NE10/montedo.com

24 respostas

  1. Não dou conselho a ninguém,mas a melhor maneira de superar esse "trauma" pós caserna-ativa é nos relacionarmos durante nossa vida ativa com comunidades,amigos associações,igreja,clubes,biblioteca e similares.
    Ora,não venham com desculpas que não há tempo.Conta outra!
    Sabemos que há colegas que durante a sua vida na ativa,é odiado pelos vizinhos,sogra,papagaio,comunidades,e até pelo cachorro do vizinho.
    Então,quando vem para a reserva ficam peixe fora d'àgua.

  2. Deve ser por isso que o EB está com PTTC aumentando em escala exponencial. Os velhinhos querem continuar mandando e sendo reverenciados! Vão para casa cuidar dos netos! Pelo menos assim um dia a mentalidade muda no Exército!
    E Coronel, eu sou Cap QAO da reserva e trabalho há anos na iniciativa privada, e sabe pq eu não tenho problema? Pq o paisano somente respeita àquele que sabe tanto ou mais do que ele, àquele que coloca a mão na massa e mostra resultado!
    Um outro Coronel da reserva entrou aqui na empresa e foi DEMITIDO com pouco mais de 2 meses de casa. Sabem pq? Queria ficar sentado somente assinando documentos finais de processos executados pelos outros. Ou seja, queria continuar com a rotina a que estava acostumado no EB: ficar sentado assinando papéis sem ter o trabalho de desenvolver os processos!
    Eu soube que ele conseguiu uma vaga de PTTC em Brasília e deve estar tranquilo agora, ganhando três mil reais por mês de gratificação para fazer o mínimo, assumindo chefias que, por legislação, não deveria, uma vez ser um consultor!
    Mas, como já dito aqui, como tudo acaba em descontrole na gestão de RH do EB, os pobres cidadãos mal sabem que com o suor dos seus impostos patrocinam a insatisfação de militares idosos perderem o status que tinham na ativa.

  3. QUE BELEZA, FIQUEM RECLAMANDO QUE LOGO, LOGO A DILMA PASSA O TEMPO DE SERVIÇO PRA 35 ANOS. POR FAVOR , SE NÃO TEM O QUE FAZER , FIQUEM AO MENOS CALADOS.

  4. Só para conhecimento de todos, hoje existem 06 Generais de Divisão, 23 Generais de Brigada e 578 Coronéis "vampirando" como PTTC no Exército, fora outros postos e graduações, perfazendo um total de 1545 militares somente no Exército.
    Se considerarmos um valor médio (por baixo) de R$ 2.000,00 por PTTC, chegaremos à cifra aproximada de R$ 3.096.000,00 ao mês com gasto na folha com militares "vampiros" do Exército.

  5. Anônimo!
    Ficar reclamando para quem tirou serviço de no máximo 5 anos é moleza. Vai ser praça e tirar serviço direto. Qdo a aposentadoria chega para o praça é prêmio.

  6. A solução é simples.

    Aposentar-se com 30 anos passa a ser um direito e não uma obrigação (compulsória).

    Se um coronel, capitão QAO, subtenente, sargento QE quiserem trabalhar até a morte (sem promoções, adicionais especiais, …) está autorizado.

  7. Diante da grande quantidade de militares vampirando e, alguns até os 70 anos, e tantos outros Generais permanecendo na ativa mesmo após os 30 anos de serviço, concluo que o tempo de serviço militar poderia aumentar pelo menos uns cinco anos. Hoje um militar pode se aposentar com 48 anos de idade e alguns até com 45 anos se tiver tempo de serviço anterior à entrada nas Forças Armadas.

  8. Aqui fora a realidade é outra, existe democracia, não aceita-se autoritarismo, todos são iguais perante a lei, não existe " você sabe com quem está falando ", as pessoas se respeitam mutuamente, quem não sabe o que é isso deve se preparar para a reserva, quem procurou viver em comunidade militar e civil não terá grandes problemas, mas aqui fora ninguém MANDA em ninguém, o negócio de "sou mais antigo, portanto, sou fodão", aqui NÃO!!!!

  9. É verdde que manter um bom relacionamento fora da caserna ajuda e muito.
    Sou St aposentado tenho bom relacionamento fora da caserna, com irmãso de Igreja, com vizinhos e no bairro aonde resido a dezessete anos.
    Servir muitas regiões do brasil e em todas sempre tive ótimo relacionamento com vizinhos e e ntre a sociedade civil de modo geral.
    Mas entendo o que o companheiro quiz dizer e é verdade: quando e gente se dedica de corpo e alma, amando com o coração e com cérebro. Dedicando a vida por amor e vocação, o sentimento que sentimos é algo estranho, por um lado é como um misto de alegria por sair, mas vem também um misto de desamparo. Mesmo que você não precise vestir farda, ou voltar à instituição você se sente meio como se abandonado e adotado pelo meio civil. Você se sente como um João ninguém,não é mais militar emesmo civil os outros ainda se referem a você como o St ou o Cel. etc…
    Não me venham os boçais com a conversa de que saiu e botou uma pedra em cima que não é verdade. Só se ele tiver passado lá dentro anos horríveis.
    Gosto do exército desde antes de entrar no mesmo e concordo com coronel. Nenhum emprego civil me faz apagar o sentimento expresso pelo Cel.

  10. Rsrsrsrsrs…parece que desgraça pouca é bobagem no caldeirão do EB! Não bastasse o reajuste "diferenciado" que a Dilma nos proporcionou, ainda vêm uns manés falar de aumento de tempo de serviço! Vcs estão com síndrome de Estocolmo ou bateram a cabeça?
    Só pq um velhinho não se preparou intelecta e psicologicamente para este momento da vida de TODO militar, o que a tropa tem a ver com isso?
    É como um comentarista disse acima: o cara passa a vida toda sendo um Bab… e depois quer que as pessoas sejam suas amigas na reserva? Vai é ser ignorado, isso sim, e vai ter de conviver com isso!

  11. Isso é como serrar a madeira do forro de uma casa. Para quem está em cima segurando o serrote, o tempo passa rápido e a visão é bastante positiva, mas para quem está embaixo segurando a madeira e olhando para cima, tendo a serragem caindo nos olhos, sustentando o peso em posição incômoda, o momento de parar é sim algo positivo.
    Não se pode olhar a profissão militar como sendo igual para todos. Ao final da carreira o grau de exigência não é o mesmo para todos.
    Essa generalização é no mínimo burra e uma manifestação nesse nível pode vir a ser um tiro no pé. Esse coronel só pode falar por ele mesmo, ou no máximo pelos coronéis, mas não pelos militares. Se ele fosse um subtenente montando latrinas nos acampamentos, sem perspectiva de promoção, por mais que gostasse da vida militar, estaria satisfeito em ir para a reserva. Nem falo no caso do Sargento QE pois só a escala de serviço já é motivo suficiente para fechar o tempo e ir embora.

  12. "A relação de trabalho com o funcionário civil é complicada. Você está acostumado em pagar a missão e saber que ela, de um jeito ou de outro, vai ser cumprida…"
    Não é que ela seja complicada, ela é NORMAL, SEM AMEAÇAS DE PUNIÇÃO Coronel!

  13. Sou Sgt QE e falta pouco tempo para sair das FFAA, estou me preparando, ja trabalho por fora e estou procurando conviver sempre com o civil, pretendo trabalhar até os 60 anos – temos que nos superar sempre pois os paizanos nos chamam de fababundos – acredito que para um Cel ir para a reserva deve ser dificil imagina um Gen que passou a maior parte de sua vida militar sendo bajulado, na vida civil o bixo pega, vai ver o paizano te meter o dedo na cara e dizer vai se F… milico d M…. na vida civil vc é mais um na multidão.

  14. É por isso que eu cago para a rotina militar, já que não vislumbro boas perspectivas para o futuro das Praças. Dedico-me integralmente às minhas relações com os civis e familiares, mal participo dos churrasquinhos do quartel, pois só rola fofoca, falsidades, "queimação", "babaovismo" e destilação de invejas e frustrações. Quartel para mim é apenas um local de trabalho, digo, emprego, pois só faço o mínimo e depois meto o pé para meus afazeres pessoais (academia, cursinho e lazer com meus amigos civis de adolescência e infância e outros feitos durante a faculdade).
    espero não virar um daqueles velhinhos que ficam orgulhosos de serem convidados para desfilar sob o Sol em formaturas de aniversário da OM e que só sabem contar estórias de quartel.

  15. Só isso que me faltava ver… mais um miliquinho tristinho porque passou para reserva e perdeu sua autoridade, seus taifeiros, motoristas, jardineiros … e tantas outras mordomias. Coronel faça-me um favor né.
    Deveria ter se preparado ao longo da sua vida e não agora.
    Se não se adapitar a vida civil peça transferência para outro planeta. E não esqueça de levar sua espada e suas estralas ok

  16. Não consigo imaginar um subtenente tendo saudades do tempo que montava barracas, linha de servir, latrinas. A aposentadoria para este profissional é vista como um momento de libertação. Já um coronel, descobrir após a aposentadoria que ele é um simples mortal. Se for trabalhar na iniciativa privada, vai ter que mostrar resultados sem o auxilio do S1,2,3,4 ou do Sub antigão que conhece um pouquinho da instituição e as peculiaridades daquela unidade.Deve ser muito difícil adaptar-se a nova realidade.

    Já o OF R2 é outra situação complicada, onde no planeta, ele ira receber a chefia de alguma coisa, muita das vezes até 100 homens (com muito, mas muito mais conhecimento da vida, da profissão, de regulamentos, enfim de tudo).Isso aos 20 anos e sem curso superior, sem experiência de vida, sem experiência profissional e com formação deficiente para o cargo. O retorno a vida civil deve ser um choque.

  17. Fico impressionado com tanta sabedoria sendo disperdiçada…
    Seria bom a Presidenta ler estes comentários magníficos, talvez decidisse por buscar uma assessoria entre esses militares para melhor decidir os rumos da Nação…

  18. Alguém pode ser chamado de apagadão pelo seguinte motivo: fazer uma pergunta ao professor e ele dizer te vira, problema teu, explicar alguma coisa para o professor e ele dizer que não quer saber, que não te perguntou. Daí o aluno, passa a ser um aluno calado, aparentando ser um apagado.

  19. Se ficarem chorando muito essa saudade do quartel vão querer aumentar o tempo de serviço para aposentadoria… A nossa aposentadoria com 30 anos de serviço é o último bastião da carreira. Parem de chorar e não prejudiquem quem está contando os dias para sair…..

  20. RESERVA… PARA O PRACINHA UM PRÊMIO,POIS, COM ESSE SALARIO DE FOME VAI PODER COLOCAR SUA BARRAQUINHA NA FEIRA PARA PODER GANHAR UM POUQUINHO MAIS SEM TER QUE ESPERAR A ESMOLA DO GOVERNO;
    PARA O OFICIAL, UMA TORTURA ,POIS, PERDE TODOS OS PRIVILÉGIOS QUE A CARREIRA MILITAR LHE FORNECIA,INCLUINDO OS PRACINHAS QUE SERVIAM DE SERVOS EM SUA RESIDÊNCIA (PNR),NO FRITAR DOS OVOS QUEM LEVA SEMPRE A PIOR PARTE É MESMO O PRACINHA,POBRE, POBRE PRACINHA!!!!

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