A carreira militar: triste realidade

André Luiz Silva Ramos*
Um jovem brasileiro faz bem cedo uma opção profissional, resolve estudar em uma escola militar e ter como ideal defender o Brasil. Assim como outros jovens que escolheram outras profissões, ele acredita que nas Forças Armadas encontrará a valorização como profissional e será reconhecido por seu trabalho e dedicação.
É uma profissão diferente das outras e exige dele um grande sacrifício, inclusive de seus pais e de sua futura família, pois ficará distante durante sua formação e poderá ser transferido após estar formado, comprometendo aqueles que estejam em sua companhia. Ele jura defender o Brasil sempre, colocando de lado valores materiais e, muitas vezes, arriscando a própria vida nas missões que realiza para estar pronto na hora em que for necessária a sua presença.
O Brasil é um país cobiçado por suas riquezas naturais e precisa de jovens que pensem como ele e que estejam dispostos a este sacrifício sem esperar muita coisa em troca. No entanto, a realidade, alguns interesses políticos e a ganância de algumas pessoas têm colocado em risco a defesa do Brasil, por desmotivar jovens a seguir esta profissão.
É difícil para um jovem, hoje em dia, querer seguir a carreira militar, pois desde o governo de FHC, através de uma medida provisória até hoje não votada, as poucas vantagens financeiras que haviam na profissão foram retiradas, e hoje a perspectiva de uma aposentadoria tranquila deixou de ser possível para os militares.
Além disso, existem funcionários da União que, mesmo estando em níveis muito abaixo da formação destes profissionais, recebem salários muito acima, o que fere a constituição, desmotiva o militar e deixa a instituição comprometida, pois os jovens começam a abandonar a carreira e procurar novas oportunidades.
Soma-se a tudo isso, o possível revanchismo dos atuais governantes, que, ressentidos com o passado da ditadura, tratam os militares com desprezo e não investem nas Forças Armadas. Não é de hoje que as Forças Armadas do Brasil estão sucateadas e seus representantes humilhados. Interessante é que, apesar de não serem valorizados pelo governo, todas as vezes em que é feita uma enquete para a população responder em que mais confia, o índice de credibilidade nas Forças Armadas é altíssimo.
Os governantes precisam entender que o Brasil é muito maior do que os seus ressentimentos pessoais. A presidente Dilma precisa dar uma demonstração de grandeza e superação, investindo na defesa do Brasil e valorizando a classe militar. Os militares são oriundos do povo, não são jovens nascidos em famílias de classe alta, em sua maioria, e representam os verdadeiros anseios da nação. É importante que a presidente esteja atenta aos problemas dos militares e corrija urgentemente as defasagens salariais por que passa esta classe social, valorizando esta profissão e as famílias destes homens, que são fiéis e dedicados ao bem maior que temos, que é o nosso país.
Militar*
ForteJor, via Alerta Total/montedo.com

28 respostas

  1. Caros companheiros,

    Bom dia!
    Concordo plenamente com todo o relato, e digo mais, esta situação que vivemos fere a dignidade dos militares e seus familiares, pois nossos vencimentos estão muito defasados e o orçamento a cada dia maior.
    É humanamente impossível viver confortavelmente, até quando vamos sustentar não sei… Saúde e Paz a todos.

  2. Minha família sempre teve militares, mas eu sou o último. Tenho dois filhos e não permiti que eles entrassem para as forças armadas. Faz mais de 30 anos que ouço falarem em soldão, isonomia, vinculação, desvinculação, deixar o bolo crescer, os chefes estão preocupados, tem um estudo em andamento, mas de concreto só o cestão… cês tão lascados.

  3. Condor penamento com os relatos e proibi meu filho que acabou de sair do Colégio Militar de Brasília em realizar provas para escolas Militares, Onde esta atualmente, realizando o Curso de Direito na UNB.

  4. PASSEI MAIS DE TRINTA ANOS NAS FORÇAS ARMADAS E SEMPRE FOI A MESMA COISA.SEJA NOS GOVERNOS MILITARES OU CIVIL, NÃO MUDOU NADA EM RELAÇÃO AOS MILITARES,SEJA PARA EQUIPAR AS FORÇAS ARMADAS OU A QUESTÃO DOS SALÁRIOS.SERÁ QUE ALGUÉM VAI DISCORDAR,QUE OS GOVERNANTES, NESSA QUESTÃO, TODOS SÃO IGUAIS? FAÇAM UMA REFLEXÃO, OS MAIS ANTIGOS QUE CONVIVERAM COM OS GOVERNOS MILITARES E OS MAIS MODERNOS QUE ESTÃO CONVIVENDO COM OS GOVERNOS CIVIS.E NÃO ESPEREM NADA DE BOM DAQUI POR DIANTE,PORQUE PARA MIM,CHEGA DE OTIMISMO.

  5. Meu filho tem totais condições de aspirar a AMAN, e é o desejo dele desde os 5 anos de idade, o mesmo concluirá o ensimo médio esse ano com 16 anos, conversei com ele da importancia de se ganhar bem e ser valorizado para se desempenhar bem e com prazer a profissão escolhida, seja ela qual for.
    Sinceramente sendo praça, sempre sonhei que meus filho fossem oficiais, no entanto isso passou, não por falta de amor a profissão, mas pelas condições ruins ofertadas atualmente, então espero que meus filhos sigam outro caminho, o maior de 16 anos e outros dois menores ainda, onde possam se expressar, emitir opiniões livremente, claro sempre de forma honesta e justa.

  6. Como sugestão (eu já mandei pra todos), nenhum respondeu! Se outros mandarem, quem sabe…

    Senhor deputado:

    Venho, respeitosamente, por meio deste canal democrático, propor vosso apoio à causa da reposição salarial da classe militar federal, cuja remuneração encontra-se enormemente defasada em comparação com as demais carreiras típicas do Estado.
    Este fato, de conhecimento público e não negado pelo atual governo federal, tem sido causa de enorme aflição para a família militar e de intensa cobertura na mídia através de constantes publicações a cerca das discrepâncias salariais ora observadas.
    O não pagamento de direito líquido e certo aos militares, reconhecido pela mais alta corte brasileira, relativo a diferenças ilegais concedidas em reposição no ano de 1993 e o descaso do MPOG que mantém há três anos o correspondente processo administrativo em estudo na Secretaria das Relações de Trabalho naquele ministério, aliada a falta de informação dispensada pelos comandos militares à tropa e a não concessão de reposição salarial que recupere a condição mínima de vida digna da família militar e ainda a permanência em vigor, por mais de dez anos, de uma medida provisória que subtraiu diversos direitos remuneratórios dos militares, tem servido de agravamento à sensação de abandono pela qual passam os servidores que juraram suas vidas pela Pátria e aos quais a Nação recorre em seus mais delicados momentos de necessidade.
    As Forças Armadas representam o Estado Brasileiro nos mais longínquos rincões de nosso país; estamos desde o Chuí até os mais recônditos vilarejos da floresta amazônica. Em muitas destas comunidades, é a esposa do tenente que atua como professora, no mais das vezes sem remuneração. O médico da Organização Militar é o único profissional de saúde existente em centenas de quilômetros. A Bandeira Nacional hasteada sobre aquele solo por mãos militares é a única garantia que temos que a soberania brasileira continua pujante sobre aquelas terras. E assim continuará, por que não submetemos o cumprimento de nosso juramento sagrado ao atendimento de nossas justas reivindicações. Mais do que proibidos por lei, somos impedidos por nossos princípios. Mas nossas esposas, que jovens abdicam de suas vidas para nos seguir nos mais distintos destinos que a carreira nos impõe, e nossos filhos que desde o nascimento são obrigados a conviver com a rotina das despedidas e a ausência do pai, merecem uma vida digna e subtraída dos mais vis sacrifícios impostos por uma política de não reconhecimento ou talvez até de ultraje ao cidadão fardado.
    Recentemente, em mais um canal democrático oferecido pelo poder legislativo através da rede mundial, foi lançada a proposta de uma discussão sobre a reposição salarial dos militares em uma comissão do congresso, com a presença do ministro do planejamento e dos comandantes militares, que nada falam sobre o assunto. Em pouco tempo, mais de meio milhão de brasileiros haviam apoiado a proposta. Meio milhão de brasileiros não são dignos das atenções de Vossas Senhorias. Intrigantemente, o número foi substituído por “mais de 10.000”. Poderiam ter escrito “mais de cinqüenta vezes dez mil”.
    A onda de indisciplina crescente que se instala na tropa e que pode ser facilmente verificada em qualquer endereço de internet que se refira a reposição salarial de militares não pode continuar sua escalada. O Brasil, que pleiteia uma posição de destaque no concerto das nações neste principio de milênio não pode prescindir de Forças Armadas coesas e capazes de garantir o lugar almejado por nosso País. Esta situação insustentável a que os militares estão sendo lançados não pode estar alinhada aos mais elevados interesses nacionais.
    É neste contexto, prezado Deputado, que rogo sua atenção para esta que considero uma justa causa, pelos motivos acima expostos.

    Atenciosamente

  7. O que ocorre no MPOG, que é o órgão que propõe índices de aumento no governo? Quando os técnicos se deparam com o nosso efetivo, ficam impressionados com o impacto que qualquer aumento (ou reposição) ocasiona no orçamento da União.
    Na PF nós temos um efetivo de 25.000 ativos, inativos, pensionistas… e nas FFAA???? Pelo menos, por baixo, umas 20 vezes mais.
    Fica fácil pagar bem o policial federal e muito difícil pagar bem o Soldado.
    E dá-lhe atletas de segunda categoria para dentro das FFAA, e dá-lhe PTTC a perder de vista, e dá-lhe temporários…ainda querem mais 8 brigadas até 2030!!!!!
    Somente ganharemos bem no dia em que houver uma reestruturação do efetivo das FFAA, inclusive com a inevitável aplicação de cota compulsória (pagando-se o integral do posto).
    Outro dia, o Montedo colocou uma notícia aqui sobre redução de fetivo no Exército Britânico em face de contingências orçamentárias…pessoal, é o EXÉRCITO BRITÂNICO!!!! Isso: aquele mesmo que com um reduzido efetivo PROFISSIONAL deu um pau em pouquíssimo tempo no Exército de recrutas argentino (lembremos que o EB tb é um exército de recrutas).
    É muita arrogância não se rever o efetivo das FFAA brasileiras, e certamente todos os militares estão pagando o preço dessa arrogância, com equipamentos defasados, rancho ruim, sem poder atirar por falta de munição, com salários aviltantes…
    Ainda ontem li no "Folha Dirigida" que a Marinha abrirá concurso para 2.200 aprendizes marinheiros. Qual órgão, empresa, ONG ou seja lá o que for, contrata tanta gente assim numa fornada só? Obviamente, o salário não pode ser dos melhores…

  8. Sou militar da reserva e recebo mais de 2.000 reais somente com o (extinto) adicional de tempo de serviço. E nem imagino como seria se eu não recebesse esse adicional, pois hoje preciso comprar remédios de uso contínuo para a minha esposa (o FUSEX tem mês que libera, tem mês que não libera).
    Hoje o militar que entra não recebe mais esse adicional, não recebe auxílio-moradia, não recebe pelo posto acima na reserva, etc, etc, etc…
    Como essa garotada de hoje está vivendo? Eu gostaria de saber dos companheiros da ativa, pois estou há muito tempo na reserva e perdi o contato mais próximo com a caserna.

  9. Os caras estão indo na contra-mão.Investir em tecnologia e equipamento é mais menos oneroso que ficar criando brigada.Mas em país subdesenvolvido "mentalmente", não podemos esperar muita lógica.
    Acho que os militares devem ter aumento, pois qualquer funcionário de nível médio federal recebe mais que um 3ºSgt.E olha que a carga horária nem se compara e condições de trabalho são incomparáveis.

  10. Apenas ratificando as palavras do anônimo acima: não sei como ainda não tomaram uma providência em relação ao efetivo das Forças Armadas. De que vale uma tropa numerosa e mal treinada? Não bastasse, ainda aparecem "altos coturnos", arrotando demagogia, dizendo que se nos faltam equipamentos adequados, ao menos nosso homem está bem preparado (ouvi de um "cara-de-pau" que teve a insanidade de dizer, diante da tropa, que nosso soldado é mais bem preparado que o – pasme – soldado norte-americano). COMO??? Desafio qualquer um aqui a fazer um levantamento em suas OMs de quantos soldados sabem nadar, por exemplo. Pois é, a maioria esmagadora de nossos soldados não sabe sequer nadar (e falta de tempo para aprender não é desculpa). O que esperar de uma tropa dessa? Qualquer idiota, com meio cérebro, vai preferir cinco militares bem treinados e equipados a vinte "esfomeados", armados de paus e pedras. A bem da verdade, como me disseram há algum tempo, o jovem passa um ano prestando o famigerado Serviço Militar Obrigatório para aprender que "dedão também é dedo", e só!

  11. O grande problema que enxergo hoje nas Forças Armadas, e que no "pau da goiaba mesmo", ninguém esta preocupado conosco (militares, principalmente com os praças). Nem o Povo, o Governo e até mesmo os nossos Comandantes, e quando escrevo Comandantes não estou me referindo somente aos alto coturnos, refiro-me até mesmo aos Cmt de OM, quantas coisas podem ser feitas para melhorar a vida do "milico", coisas mínimas como arrumar um PNR que está em péssimo estado, por exemplo(coisas que basta querer fazer), e o camarada "caga", diz que não há verba, MENTIRA!!! É só dizer que haverá visita de um General na OM, pronto, a famigerada verba aparece. É tinta Suvinil, uísque 12 anos, coquetéis finos e por aí vai. Para tropa, treinamentos e mais treinamentos de formatura só para responder, como um bando de macaquinhos amestrados “BOM DIA SENHOR GENERAL!”.
    Só uma pequena dúvida, se não há como dar aumento de salário, por que não se diminui o interstício para acelerar as promoções? Seria uma forma de dar um aumento indireto. É muito difícil fazer isso? Qual é o impedimento? Se não é simples assim perdoem a minha ignorância, agora se pode ser feito, por favor, FAÇAM!

  12. Concordo com os comentários revoltosos! Acrescento o seguinte, muitos dos NOSSOS CABOS, SARGENTOS E SUBTENENTES também NÃO sabem NADAR. Difícil imaginar, mas é a mais pura verdade ! Conta-se nos dedos de uma só mão os quartéis que possuem piscina para que os militares possam aprender ou treinar natação. E depois vemos Generais preocupados em adquirir submarino nuclear, modernizar a Força…TÁ DE SACANAGEM!! O Exército hoje só consegue bons resultados nas operações de GLO porque trabalha com a estratégia de MASSA, coloca 10 militares para fazer uma atividade que 2 ou três policiais fazem normalmente. O Exército ganha com a operação presença, com o volume de militares envolvidos nas operações, não por causa da eficiência ou capacidade individual dos seus militares. Nesta reunião do RIO+20 pode-se ver até 15 militares sobre algumas passarelas sobre a avenida Brasil. Repito, 15 militares fazendo a segurança numa única passarela. Os nossos Comandantes não sabem racionalizar o uso da tropa, eles colocam o máximo possível de militares para fazer qualquer coisa, desde ações administrativas subsidiárias quanto em operações de segurança. O melhor seria que o nosso Exército fosse mais profissional e menos numeroso. Em Exércitos profissionais os indivíduos possuem maior nível de iniciativa e responsabilidade individual, aqui é sempre um monto de Soldados que só agem quando o Cabo ou o Sargento ordenam, se estes dois sucumbirem já era, a tropa perde o rumo! Muito do que é ministrado como instrução especial para Pelopes, Comandos, Forças Especiais, já faz parte do treinamento básico dos Exército mais atuantes no mundo. Ainda estamos na era da baioneta! Até 10 anos atrás a rendição dos postos de guarda interna ainda era feita em forma em desfile em ordinário marche, tal qual era nos Exércitos dos séculos XVI, XVII !
    Segue abaixo a descrição de uma filosofia de segurança utilizada pelos israelenses a qual me filio e de certa forma explica e ilustra a minha a crítica à baixa formação individual do militar brasileiro:
    ”Toda a filosofia de segurança começa com a auto-defesa individual, ou seja, com o máximo desenvolvimento da capacidade de cada pessoa para enfrentar agressões e assaltos. Pode-se dizer que a peculiaridade do sistema israelense é a prioridade do fator humano sobre os demais elementos tais como equipamentos, armas avançadas, alta tecnologia e organização. O fator humano representaria, se fosse possível estabelecer uma porcentagem, 80% de tudo. Que significa essa porcentagem? Que os israelenses dão menos valor aos demais fatores? Não. Significa que os israelenses dão o mesmo valor aos outros fatores, mas proporcionalmente valorizam muito mais o humano, não só no sentido de sua instrução e capacitação, mas também nas exigências quanto ao seu desempenho. Quando se fala em fator humano, fala-se em equipe. Tem de ser assim porque as forças de segurança operam como equipes(…)Mas em Israel a formação da equipe é considerada como resultado da formação do indivíduo. Toda a instrução começa pelo indivíduo e só se estende ao trabalho em equipe quando cada indivíduo está plenamente capacitado.
    (continua no próximo post)

    JJ.

  13. (continuação)
    Lá não existe a hipótese de formar o indivíduo dentro da equipe, mas somente a de formar a equipe através da formação do indivíduo(…) Devido ao pequeno território e à superioridade de seus inimigos, Israel não pode se dar ao luxo de perder batalhas. Os confrontos são rápidos e decisivos. (…) Por isso as unidades das forças armadas israelenses operam com grande autonomia e iniciativa, qualidades que só se obtêm mediante ênfase no treinamento do indivíduo. Esse fato dá características únicas às forças de defesa de Israel. Uma delas, frequentemente observada por estrangeiros, é o aparente desleixo. Os israelenses não são muito arrumados nem disciplinados. Os regulamentos, especialmente os de continência, são mal observados. A tropa raramente desfila em paradas, nem é das melhores em ordem-unida. Esse é o lado deficiente. O lado bom é a extrema mobilidade, a capacidade de improvisação e a iniciativa nas mais duras condições. Entre vantagens e desvantagens, o saldo é positivo. As forças armadas israelenses têm demonstrado na prática a sua capacidade de combate. Mas a eficácia das forças israelenses não deve fazer delas modelo universal. O soldado israelense luta pela sobrevivência imediata de seu povo e de sua família. Esse fato permite que o comando confie no senso de responsabilidade de cada soldado e libere a sua iniciativa, às vezes em prejuízo da hierarquia e da disciplina.”

    JJ.

  14. "Até 10 anos atrás a rendição dos postos de guarda interna ainda era feita em forma em desfile em ordinário marche, tal qual era nos Exércitos dos séculos XVI, XVII!"

    Ou eu ou o amigo está desinformado, pois os postos continuam sendo rendidos da mesma forma (ou deveriam), conforme prevê o RISG.

    Aí está a questão: descumprir o RISG (crime de prevaricação) ou segui-lo, mesmo sabendo que expôe os sentinelas a um possível ataque (por estarem em forma, bem próximos uns dos outros)?

    No meu entendimento o tal PEG deveria se debruçar sobre essas questões e não sobre papaguiadas de "cores", "placas", "bottons" e etc.

    O PEG não se atenta de de que a legislação deve ser cumprida e quem faz a legislação são nossos companheiros que estão lá em Brasília (a fina nata, os selecionados, mas que não "se expõem" para nada, infelizmente).

    Sds

  15. http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2012/07/11/senado-aprova-reajuste-para-29-categorias-do-poder-executivo.jhtm

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/568.htm

    Senado aprova reajuste para 29 categorias do Poder Executivo

    DO VALOR

    Os senadores aprovaram nesta quarta-feira a Medida Provisória 568, que concede reajuste salarial a 29 categorias do Poder Executivo. O projeto segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.

    De acordo com o relator do projeto, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), a medida terá impacto de quase R$ 1,6 bilhão neste ano e de R$ 2,7 bilhões em 2013.

    A MP foi editada pelo Executivo para colocar em prática acordos fechados ainda em 2010.

    O governo tem enfrentado reivindicação de reajuste e reestruturação salarial de diversas categorias, mas na avaliação de Eduardo Braga, o texto aprovado hoje não tem potencial para desmobilizar as paralisações e greves, como a das universidades federais.

    Uma das principais alterações é na carreira médica. O texto mantém a carga horária de 20 horas semanais para médicos, mas cria a jornada de 40 horas por semana, dobrando o vencimento básico.

  16. Atualmente estamos vivendo uma mudança de mentalidade dentro da Força (EB). Ano passado assistia a uma palestra de um General lamentando-se que seu filho, zero-um de turma da AMAN fez concurso público e deu o pezão na carreira e o mesmo aconteceu com os outros cabeças-de-turma que já foram embora. Depois de 15 anos vestindo a verde-oliva, noto drasticamente o não-incentivo de "todos os militares" para que seus filhos sigam a mesma carreira, o que é bem compreensivo, haja vista a terrível situação atual, falta de perspectiva e por estarmos sem pai e sem mãe para cobrar o reconhecimento e a dignidade que os militares merecem.

  17. Sou subtenente, passando para a reserva, e só vi portas se fechando desde o início de meu serviço militar (que não chamaria de carreira) justamente porque a instituição assim não vê.
    Se existisse carreira para praças, existiria uma LEI DE PROMOÇÕES DE PRAÇAS, e não existe. Existe sim uma Lei de promoções de oficiais e só.
    O que regula a promoção dos praças não é lei, e o comando não tem interesse algum em transformar em lei, porque desta maneira eles podem dispor da maneira que bem entenderem dos interstícios e requisitos para as promoções. Quando entrei no EB, um praça ao chegar ao término da carreira era no mínimo 1º Ten QAO, e todas as turmas chegavam lá. Hoje vemos o reflexo de um "grande estudo" chamado FT 90 que criou as turmas gigantes, e o que temos hoje são os quartéis inchados de Subtenentes e 1º Sgt sem perspectiva de nada. No meu caso sou Subtenente e nunca tive uma punição sequer em todo o meu tempo de serviço, mas fui agraciado com a medalha de ouro de corpo de tropa, ou seja cumpri TODO o meu tempo em TROPA. TROPA DE VERDADE. Sou artilheiro, e todos sabem qual a mentalidade dos oficiais de artilharia, não preciso explicar, portanto o conceito dos praças em tropa é sempre muito ruim, em artilharia pior ainda. Portanto hoje encerro meu tempo de serviço sem perspectiva de mais nada, sem ter jamais tido uma advertência sequer. Se eu fosse militar da geração anterior, teria chegado a Capitão QAO com absoluta certeza, mas as mudanças que qualificaram quem ficou saltando de galho em galho, ganhando pontos como se transferencia fosse mérito, pontos para quem se agarrou com algum chefe em brasilia ou nos QGs da vida, essas mudanças não me permitiram mais do que isso. Quando ingressei no EB, sabia que ao término da carreira teria direito a receber um posto acima, receberia o adicional de tempo de serviço, poderia pedir transferência de vinculação na reserva com uma indenização para tal, teria direito a uma licença especial a cada dez anos de serviço, as quais poderia averbar e contar como tempo, pois bem tudo isso deixou de existir. No meu tempo de 3º Sgt valia a pena comparar o salário inicial (3ºSgt) com o final (Cap QAO) com 30 anos de serviço, era realmente uma diferença considerável que estimulava a permanecer na força.
    Quando ingressei no EB, não quis fazer concurso para policial rodoviário federal, justamente porque o salário destes era a metade do que recebia um 3º Sgt do EB.
    Estou saindo da força com a sensação de que fiz tudo o que me propus a fazer, trabalhei muito, fiz todas as atividades previstas, passei noites e noites no frio, na chuva, no serviço, em campanha, missões em fronteira. Deixei de fazer algumas atividades particulares que hoje me retornariam algum benefício, justamente para me dedicar ao serviço, pois assim me parecia que era o certo. Sinto que toda a vez que a oportunidade se aproximou de mim eu estava ocupado tirando serviço, ministrando instrução, em marcha, conferindo material, confeccionando documentação, conferindo pessoal, enfim, trabalhando. Tenho a sensação do dever cumprido, mas tenho também comigo a sensação que preciso esquecer isso tudo e dedicar-me a outra atividade para sobreviver. Eu fiz a minha parte e mesmo tendo certeza que me dediquei ao máximo tenho a sensação de que fiz tudo errado. Obrigado e boa sorte a todos.

  18. -É preciso profissionalizar o EB, reduzir efetivo, acabar com penduricalhos que sangram pessoal e recursos ( colégios militares, etc). Todos sabem que um recruta pode ser formado no Básico e qualificá-lo em cinco meses; porque ficar gastando com salários e alimentaçao mais tempo. É preciso cobrar com mais seriedade o TFM e mandar o pessoal para operaçoes referente a sua arma, sob pena de continuarmos no caminho de ter um contingente de profissionais burocratas, principalmente na corte.

  19. Há algum tempo, quando uns velhinhos da reserva foram agredidos por um bando de "jovens" comunistas orientados por um grupo de velhos comunistas, passei a discutir via blog com algumas destas pessoas. Seus argumentos sempre esbarravam na falta de lógica, não se sustentavam no contexto histórico e morriam sufocados pela amargura do comprometimento político-ideológico. Desisti. Eu não os convenceria de nada, eles não me convenceriam de nada e perder meu tempo deblaterando seria um total desperdício. Mas eu ficava sinceramente chateado em ver aqueles jovens, revoltados por um tempo em que eles nem viveram, e cujas informações chegaram até eles tão distorcidas.
    Casualmente, quando procurava informações sobre uma possível, mas improvável reposição salarial, cheguei até este blog onde, mais uma vez encontro ideias tão divergentes das minhas. Exceções sendo colocadas como regras, companheiros exacerbando suas revoltas, suas frustrações e até mesmo suas legítimas angústias, mas no meu entender direcionando o foco de suas demandas para alvos não compensadores. Os pensamentos aqui dispostos, dos mais diversos, têm amparo na verdade, em doses variáveis de correção, mas não penso que o caminho que nos conduzirá à realização profissional e ao sucesso pessoal passe pela divisão, pela dissidia.
    Não consigo conceber que todos os graduados com os quais convivi em vinte e dois anos de oficialato, muitos pelos quais nutro sadia amizade, tenham sido falsos e na verdade me consideravam co-responsável pelos seus problemas.
    Ao me aproximar de minha passagem para a reserva, o balanço que faço de minha carreira é positivo. Se não estou em Brasília, onde aliás já servi e de onde não gostei nem um pouco, se não sou QEMA, se não tenho missões no exterior, e outros benefícios, é por que não tive competência, interesse ou oportunidade de conquistá-los. Mas outras características da Instituição me beneficiaram, assim como beneficiam a muitos. Dentre estas, a que mais me vem a mente são os Colégios Militares, destaques no ensino do Brasil inteiro. A maior parte dos alunos dos CM é composta por filhos de praças, que sem eles, certamente estariam entregues ao sistema público de ensino, falido e incompetente. A admissão nos Colégios Militares segue critérios bem definidos, não existe benefício a ninguém e constitui uma oportunidade impar de ascensão social. Admito assim, que falem mal dos oficiais, dos que buscam oportunidades que a Força oferece fora da tropa, dos que se hospedam em hotel pagando suas diárias e outros ataques que vi por aqui. Mas não falem dos Colégios Militares, por que sem eles, a vida de muitos estaria bem pior, independente de posto ou graduação.

  20. Deve-se começar cortando o número de generais do EB, o exército de pantufas com o maior número de generais DO MUNDO. Proporcionalmente quantidade maior que do exército americano que compõe a maior força militar de todos os tempos. Acorda, Brasil!

  21. OLHEM A DATA DESTE POST QUE ACHEI NO BLOG DO MONTEDO…QUASE UM ANO E NADA, NADINHA…

    6 de setembro de 2011

    REAJUSTE DOS MILITARES ESTARÁ NA CONTA EM AGOSTO (DE 2012)
    REAJUSTE DOS SOLDOS: NA CONTA SÓ EM AGOSTO DE 2012

    O aguardado aumento dos soldos em 2012 será incorporado aos contracheques em julho e entrará na conta corrente no pagamento que será creditado no primeiro dia útil de agosto. O índice está definido, mas depende ainda de aprovação final da presidenta Dilma Rousseff.
    Ontem, a equipe de orçamento do Ministério da Defesa passou o dia debruçada sobre os números da pasta. Conforme foi antecipado pelo DIA no domingo passado, o aumento dos soldos tem amparo legal e indicativos que seu custeio pode vir da economia obtida nos últimos 11 anos do corte de benefícios da tropa, como o adicional por tempo de serviço.
    A expectativa nos quartéis é que o aumento seja anunciado oficialmente antes do 7 de Setembro. Fala-se em índice de até 44% (maior para praças com mais tempo de carreira e oficiais subalternos). O reajuste seria dividido em três vezes, sendo a primeira parcela paga em julho.
    Oficialmente, a Defesa não fala em índices nem de reajuste. A última vez que o ministro Celso Amorim tratou do assunto em público foi no Rio, no dia 12 de agosto, quando evitou citar números por estar recém empossado no cargo.
    No blog da Coluna, porém, leitores revelam quanto o reajuste causa ansiedade. Há céticos que apostam que os estudos não resultarão em aumento. Há relatos de aperto financeiro graças ao soldo baixo e solidariedade de outros segmentos. Policial federal que atuou com militares na Amazônia escreveu: "Dava para notar a irritação deles quando falávamos em salário. Eu com R$ 13 mil, eles com R$ 3 mil".

  22. O bom é que a Dilma nos colocou no mesmo barco. Isso para a rasteiras patentes. Veja: Major do Exército agride servidor civil que fazia atendimento no HFA, diz polícia…

    Pois as altas patentes estão recebendo seu cala a boca: Cursos, transferências, empresas de segurança nacional, vampiragem…..Disso, consulte DGP por turma de formação.

    Já a spraças tem turma passando turma. E essa última sendo passada. Comédia. Os zeros, lideres natos, irão reclamar – nunca!

  23. De fato o problema é o grande efetivo. Assim, pode-se dizer que o governo faz politicagem com admissão a uma "carreira". E espera um afinamento da base ao longo da carreira com saídas voluntárias. Ocorre que o sistema é feito para nos apaixonarmos. Assim, sofremos e nos perdemos com nossos planos equivocados de carreira. Onde a nata das turmas papa todas os incentivos. Posteriormente, tais incentivos gozados são novamente computados como méritos. Assim a duplicidade faz como que nossos cabeças de turma (pensantes) calem a boca.

  24. Nosso Exército tem mais generais do que subtenente. Nunca vi um geral num caixão de areia. Numa demonstração de conhecimento. Não há carisma. Somos vazios por formação – ocos.

  25. Companheiro, eu entendo a sua angústia, pois vc deve ter filhos em colégio militar.
    Mas sejamos racionais:

    1) Os CM não atendem a TODOS na Força, apenas uma pequena parcela que serve onde tem CM.
    2) Hoje em dia os CM têm inúmeros filhos de civis estudando, civis estes que nada têm a ver com as FFAA (por imposição judicial).
    3) O órgão que cuida de educação no País é o MEC, e não o MD, e os CM deveriam ser da gestão daquele e não de um ministério voltado para a defesa nacional.
    4) O desvio de recursos humanos e financeiros para esses CM sinceramente não se justifica (temos até um General na DEPA apenas para cuidar de CM, o que, ao meu ver, é dose!).
    5) Não seria bem melhor um auxílio para a educação de nossos filhos que atendesse a TODOS, inclusive quem serve onde não tem CM? Diversos órgãos têm isso, cito por exemplo a Assembléia Legislativa do RJ, que contempla os seus servidores com este tipo de auxílio).

    Bem, são apenas algumas idéias tomadas numa análise sem paixão, e, por óbvio, respeito opiniões divergentes, afinal vivemos numa democracia, mas entendo que os CM são mantidos mais por uma questão passional no EB do que por uma questão racional, lógica.

  26. – Ressalto ao colega do comentário das 19:04 que se os praças se esforçarem seus filhos nao estudam em ensino publico, apertem o cinto, pois estudo é que podemos dar aos nossos filhos para ter um futuro melhor. Estamos numa democracia, e a opiniao aqui expressa ou se aceita ou se discorda, mas nao venha com esta que nao se pode se expressar contra os colégios militares. Também nao concordo com muitas coisas que acontecem na caserna, mas nem por isto tento prevalecer minha opiniao na marra. Prova que os colégios militares deixaram de ser sua principal finalidade ( encamimhar os jovens para as nossas academias – antigamente tinham reserva de vaga de 50%) é que a maioria que se forma hoje neles vai direto para uma universidade federal. Olhe as fotos anuais da entrada na EsPCEx, a grande maioria sao civis. Estamos numa democracia, ninguem vive de saudosismos, os tempos mudaram, temos que nos atualizarmos com a realidade de hoje. Esta é minha opiniao, podem discordar, mas nao forçar seus pontos de vista.

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