Para cima de mim não, violão!

Pessoal, alguns leitores do blog estão fazendo
uma interpretação equivocada do que escrevi na postagem Quantos
comandantes abririam mão da caneca de café?

Vamos lá:
– Primeiramente – releiam o texto – em
nenhum momento afirmei que o EB pagou as despesas do hotel. Este blog não
chegou até aqui fabricando factoides.
– Em segundo lugar, de acordo com sua
própria administração, “a decisão [da ECEME] pelo
Victory Hotel baseou-se em critérios técnicos e pela tradição do hotel em receber altas autoridades, como a
presidência da república durante passagens pela cidade”
. Então, temos
aqui o seguinte: ou os oficiais alunos foram alçados ao patamar de altas
autoridades pelo próprio comando, ou a direção do hotel está mentindo.
– O fato dos alunos da ECEME pagarem as
despesas do hotel não tem relevância na análise. Isso não está em pauta. Eles cumprem
ordens e ponto final. Aliás, como disse um comentarista, muitos prefeririam
ficar alojados num quartel e economizar o dinheiro das diárias. Não é essa a
questão.
– Até mesmo por ter exercido atividades
ligadas ao ensino do Exército durante onze anos em minha carreira, sei muito
bem que, em termos de verbas, não há parâmetro de comparação entre o que é
destinado à tropa e o que vai para as escolas. São realidades financeiras muito
diferentes.
O problema é de postura institucional. Num
Exército que anda de pires na mão, mendigando aumento, canibalizando viaturas,
dispensando o efetivo para economizar comida, cuja tropa faz das tripas coração
para cumprir bem sua missão, fatos como este causam um efeito altamente
negativo.
Claramente, nos dias de hoje, temos dois Exércitos:
o do andar de baixo – e não estou falando em hierarquia, mas da tropa – os ‘severinos’,
pau para toda obra, ralando direto pelos rincões do país, cumprindo – e bem – missões
conjuntas com policiais federais cujos salários são muito superiores aos seus, suportando
PMs grevistas a ameaçá-los e a lhes esfregar contracheques na cara, ouvindo
calados desaforos dos aliados do tráfico nos morros cariocas, e por aí vai. É a
ação dos ‘tropeiros’, diga-se, que garante as Forças Armadas a condição de
instituição com maior credibilidade do País.
Já no andar de cima temos o Exército da
ilha da fantasia, dos gabinetes acarpetados, do mobiliário de primeira, das diárias
‘full’ por qualquer ‘vou ali e já volto’, das missões ‘boca-boa’. Não é por
acaso que Brasília é chamada ‘a Corte’, pois não?
Num cenário assim, a confrontação entre
realidades tão distintas se impõe, ao menos para mim, que não escrevo para
agradar ‘a’ ou ‘b’, mas para expor o que penso.
Mesmo porque, senhores, essa é a
comparação que o seu cabo motorista, o seu ordenança, o soldado que lhe serve o
suco, os sargentos escalados para a segurança do hotel farão, sem a necessidade
de que alguém ‘incite a divisão entre oficiais e praças’. Para cima de mim não,
violão!
O que expus foi, nada mais, nada menos, do
que a realidade do Exército de hoje, cada vez mais distante dos atributos de
seu Patrono.
Ah, sim, o capitão Fernando gostou da
postagem, tecendo elogios a ela em seu blog e aproveitando, como sempre, para dar
vazão à sua costumeira demagogia esquerdopata.
Bom, talvez muitos não se deem por conta,
mas este blog não começou ontem. Nestes mais de três anos, o mancebo já foi objeto
de várias postagens minhas.
Esta é de abril de 2010:

“CAPITANISMO”, NOME DE FACHADA PARA A
IDEOLOGIZAÇÃO DOS QUARTÉIS!

Tem
mais:

CAPITÃO DILMISTA BEBE NA FONTE PRIMÁRIA DO PETISMO:
MENTIRA E MANIPULAÇÃO SISTEMÁTICAS!

CAPITÃO CANDIDATO INVESTE NA CONDIÇÃO DE VÍTIMA DE
PERSEGUIÇÃO

HILÁRIO: CAPITÃO-CANDIDATO PEDINDO O APOIO DE DILMA AO
PROJETO DOS SARGENTOS QE, OU OS VINTE E TRÊS SEGUNDOS QUE MUDARÃO A HISTÓRIA!

GENERAIS FAZEM FORÇA PARA TRANSFORMAR
“CAPITANISTAS” EM MÁRTIRES

BESTIALOGIA DO CAPITÃO EX-CANDIDATO NÃO TEM LIMITES

CAPITÃO EX-CANDIDATO TRIPUDIA SOBRE COMANDANTES MILITARES
E SEGUE FIRME NA ATUAÇÃO PARTIDÁRIA

Se,
ainda assim, o rapaz me elogia, o que mais posso fazer?

76 respostas

  1. Parabéns Montedo,
    bela explicação aos interpretadores de textos, ou melhor, tentam interpretar da maneira "DELES".
    Continue assim! Forte abraço.
    1° Sgt Inf – SELVA

  2. Os amigos dos amigos estão se dando bem e lutando para manter o status quo… Vejo alguns que não valem nada, que não saem das paradas de sucesso, com passeios internacionais, comissões, etc… A instituição está podre e corrompida…Só não vê quem não quer…

  3. O EB está mesmo dividido em três exércitos bem distintos: 1 – o exército dos generais; 2 – o dos demais oficiais; e 3 – o do RESTO.
    Não adianta querer tapar o sol com a peneira e nem espernear. Cumpri missão real dormindo em viatura, comendo marmita estragada, enquanto havia oficiais passeando de 5º A, de chinelo, à procura de cafezinho durante a noite, e dormindo em edificações, logicamente, com confortáveis camas, geladeira e ar refrigerado. Estamos no mesmo EB?

  4. Para saber se há ou não regalias, gostaria que algum oficial venha explicar se a comida servida aos Cb/Sd é a mesma servida a eles, e se a comida dos generais é mesma servida a eles e aos Cb/Sd.
    Temos ou não distinção até na hora sagrada de consumir o alimento?
    Obs: não venham me dar desculpas sobre as diferentes etapas de alimentação a que cada faz jus. Não vivemos mais na época do Império.

  5. Montedo, não se deixe intimidar: os que estão jogando pedras agora, uma vez que lhes interessa PESSOALMENTE que o status quo das FFAA permaneçam, são os mesmos que NUNCA aparecem aqui comentando quando o assunto é arroxo salarial ou uma clara injustiça cometida contra um companheiro.
    Esses são aqueles que estão quietinhos diante de todas as iniquidades que estão presentes no seio das FFAA, pois almejam cargos, missões, promoções e outros filés que apenas 2% dos militares alcançam por pura politicagem (entenda abaixar a cabeça para o sistema).
    Como neste tópico vc, Montedo, escancarou uma situação no mínimo constrangedora para aqueles que são, ou pretendem ser, beneficiados pelo sistema, pudemos verificar a revolta dos mesmos através das postagens furiosas!
    Que tal novas postagens, Montedo, escancarando ainda mais as vergonhas das FFAA? Que tal atacarmos os PNR "exclusivos" de Brasília enquanto nos demais rincões do País, "salve-se quem puder"? Pq estes pseudo poderosos não brigam pela volta do auxílio-moradia que beneficiava a todos?
    Pq não escancararmos que nas normas técnicas a maioria das peças do fardamento tem durabilidade de 1 ano, quando muito 2, e recebemos auxílio-fardamento a cada 3? Sendo que na primeira MP do mal (a de 2000) era previsto o recebimento a cada 2, mas mudaram rapidinho na outra MP? Pq não brigam por isso?
    Pq não escancararmos que os vales alimentação pagos pela União aos servidores civis passa dos 20 reais enquanto o QS+QR de um militar NÃO PASSA de 10 reais por refeição?
    Cara, eu poderia ficar aqui o dia inteiro expondo mazelas das FFAA que esses mesmos "hóspedes vips" fingem não ver.
    Espero novos comentários furiosos para a DEFESA da instituição e não de interesses PESSOAIS desses mesmos "príncipes"…pago para ver!

  6. As diferenças deveriam ser apenas nos salários, que cada um alcança por mérito intelectual. No entanto, há diferenças (nuitas e muitas) até na hora de comer.

  7. Além da comida não ser a mesma, das condições de tratamento e cordialidade serem mais distintas ainda entre os "vários" exércitos que possuímos, destaco aqui mais um absurdo que considero…. o auxílio natalidade: um 3º Sgt recebe R$ 2.266,00 enquanto que um major recebe R$ 6.775,00 por nascimento de um filho, por exemplo. Será que o filho de quem quer que seja vale mais do que de outro??? Fica aí a indagação. Isso pq?? Preguiça de mudar a legislação, falta de força política e incompetência na hora de redigir uma lei!! Parabéns pelo Blog e comentários Montedo.
    Cap Inf Rodrigo.

  8. montedo, levante a questaõ dos PNR para oficiais e praças. Efetivo x quantidade. sempre tive essa curiosidade:
    Of Gen x nº PNR
    Of x nº PNR
    St/Sgt x nº PNR

    etc, etc, etc, etc….

  9. Indagações que faço àqueles que criticaram a postagem da notícia e o comentário do Montedo:
    A divisão da tropa em castas é uma realidade centenária, a notícia da hospedagem dos alunos da ECEME no luxuoso hotel é apenas mais um dos exemplos de diferenciação aristocrática que existe no Exército. Querem ver outras distinções que existem e que não se coadunam com uma instituição cuja maior qualidade DEVERIA ser a COESÃO entre seus INTEGRANTES para cumprir o seu mister de DEFESA NACIONAL ? Eis as questões abaixo que na posição do Exército servem para “manter” a hierarquia (de privilégios):

    1 – Porque o auxílio natalidade é diferente entre os militares? Por acaso o filho de um soldado gasta menos fralda e consome menos leite do que o filho de um Sargento ou de um Major? O certo deveria ser um valor igual para todos, independente da posição hierárquica do militar !

    2 – Porque a comida dos Cabos e Soldados é de qualidade inferior em ingredientes e preparo em relação à dos Subtenentes/Sargentos e a comida destes é inferior à dos Oficiais ?

    3 – Por que o PNR das Praças é de qualidade e quantidade (proporcionalmente) inferior ao dos Oficiais ? A necessidade de moradias salubres e confortáveis é só para quem ganha mais ? Na vila militar do Rio de Janeiro vemos casas de Oficias em terrenos que comportam até quadra de vôlei, onde confortavelmente daria para ser construído prédio para oito ou doze famílias ! Já na Cabolândia (região de PNR de cabos e Soldados) vemos casas caindo aos pedaços na beira da rua ou então cercada pelo tráfico no Conjunto habitacional (PNR de ST/Sgt/Cb) próximo à Favela do Muquiço em Guadalupe.

    4 – Por que o auxílio fardamento é diferente entre os militares (ganha mais quem é mais graduado) ? Por acaso o Sargento paga mais barato pelo fardamento no comércio – talvez exista um desconto que até hoje eu não saiba – que o Capitão ou que o Coronel. Assim como no caso do auxílio-natalidade, o valor do auxílio-fardamento deveria ser um valor único !

    5 – Se o armamento básico de dotação do Exército é o FUZIL porque existe aquela disputa babaquinha, beirando à viadagem, para ver quem é mais antigo, e portanto detentor do direito de só porta a pistola no serviço e nas formaturas. Vê se na polícia existe esta babaquice, lá até Delegado e Oficial PM portam fuzil meu amigo… lá o pau canta de verdade, não é essa mentirinha do nosso dia a dia de faz de conta.

    6 – Por que as vagas de estacionamento de carros para oficias nos quartéis são sempre em locais mais sombreados do que os locais das vagas para as Praças ? Por acaso o carro da Praça é mais rústico e mais resistente ao Sol ? O certo deveria ser ocupação por ordem de chegada!

    Todas estas diferenças são par MANTER OS PILARES DA HIERARQUIA E DISCIPLINA ! Só encaixa na cabeça das nossas OTORIDADES Generais!

  10. Montedo, estão fazendo o que sempre fazem: achando um bucha, um bode expiatório prá descarregarem suas culpas. É muito mais fácil taxá-lo de desagregador do que explicar o inexplicável. Certamente o CIE está contabilizando essas postagens e comentários pra "assessorar" as "autoridades" a proporem algum tipo de represália. Aguarde ! Sempre agem assim…

  11. Uma bomba vai estourar quando o TCU investigar as diárias pagas ao militar em viagem, que fica alojado em quartel do EB sem gastar um centavo sequer, pois a alimentação e o alojamento são gratuitos (ou melhor, o contribuinte paga duas vezes nesse caso). Nesse situação, o militar tem direito apenas a 2% de representação/dia.
    Antes de alguém questionar, não falo sobre hotéis de trânsito, falo sobre alojamento em quartel comum, de tropa.
    Conforme a MP 2215/10 (MP do mal): "IX – diária – direito pecuniário devido ao militar que se afastar de sua sede, em serviço de caráter eventual ou transitório, para outro ponto do território nacional, destinado a cobrir as correspondentes despesas de pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme regulamentação;"
    Além disso, está se tornando rotina disponibilizar viatura militar para apanhar e levar militares ao aeroporto para ida e volta de viagem, quando deveriam pagar um táxi do próprio bolso, pois a diária serve para isso.

  12. Resumo da distribuição de PNR no Exército baseado no quantitativo de PNR até 2007 (31Jul) e efetivo teórico do EB previsto em 2012 (Decreto 7.701 de 15 de março de 2012:
    Oficiais:
    9.818 imóveis (proporção de 37,7 PNR para cada grupo de 100 oficiais)
    S Ten/Sgt:
    9.512 imóveis (proporção de 18,2 PNR para cada grupo de 100 STen/Sgt)
    Cb/Sd:
    2.146 imóveis (proporção de 1,48 PNR para cada grupo de 100 Cb/Sd).
    Fonte: DEC/DPatr (31Jul07)

    Obviamente que algum militar lá da DPatr (DEC) em Brasília poderia colaborar com a informação mais atual sobre o quantitativo de PNR. Fica a posta a sugestão !

  13. – Será que vc Montedo não se enganou no nome do tipo da referida missão ; o exercício é mesmo de "ET – Exercício no terreno".
    Não se afrouxe gaudério.

  14. Hum… se os integrantes do CIE forem mesmo inteligentes saberão que o IVO'S (INIMIGOS VERDE OLIVA) não são os opinadores que se manifestam aqui no blog ou mesmo o Montedo. Os IVO'S estão baseados lá em Brasília bem ao lado deles (CIE), alguns até chefiando os próprios arapongas. Se os membros da inteligência forem mesmo inteligentes saberão distinguir o certo do errado, assim espero ! Caso contrário, só tenho a lamentar o padrão de inteligência do nosso Exército, que se ocupa de algo tão frívolo.

  15. Boa comparação Montedo! Gostaria de complementar que também sou Oficial mas, assim como a maioria do EB, faço parte do que vcs chamam de "raia miúda" e não da Corte. A maioria dos Oficiais do EB são, também, deixados de lado, sob o argumento de que não possuem o curso da ECEME. Alguns hipócritas dizem que deixamos de estudar e por isso não tivemos êxito. Mas na verdade, o que ocorre é que enquanto estamos na tropa (na fronteira ou na Selva) os futuros " aprovados" na ECEME estão em gabinetes e escolas, com tempo livre para se dedicarem ao estudo. Basta olhar em QG, onde é nítida a missão daqueles que não tem ECEME e os " ECÊMICOS". Enquanto aqueles trabalham em prol da realidade do EB (compras, licitações, escalas, etc)estes vivem na fantasia de um planejamento de " Operações de Guerra". Tenho na minha turma pesoas que estão comandando que não tem condições nem de chefiar uma seção de recuroso humanos de uma empresa mediana. No entanto, comandam OM com 900 homens, armamento e com grande quantidade de recursos. Graças àqueles que não tem ECEME e a raia miúda que as OM conseguem cumprir as missões. Assim, acredito que o Exército se divide em 3: aqueles que tem o curso da ECEME, os incompetentes "puxa sacos" (que sempre conseguem uma boquinha-Of/praças)e a raia miúda… É a instituição mais DESUNIDA que eu conheço e, por isso, merecemos ganhar pouco.

  16. http://cooperbomturismo.blogspot.com.br/2011/08/aeronautica-novo-hotel-de-transito-em.html

    Montedo, no link tem um exemplo do que é a separação em castas: o CEMCOHA!
    O hotel foi construído com duas alas: asa sul (oficiais) e asa norte (graduados). Era pra ser assim. O problema é que ficou tão bom, com um padrão tão alto, que decidiram destinar as duas alas somente para oficiais. O pobre do sargento, se quiser se hospedar com a família, vai ter que procurar pousada xulé na cidade…

  17. Eu não compreendo certos propósito. A que se destina a maioria dos blogs que recentemente têm pipocado pela rede abordando questões militares? Assumamos que sejam mecanismos reivindicatórios que os militares estejam lançando mão, em complemento ao emprego corajoso de suas senhoras batucando panelas. Considerando esta premissa como verdadeira, devemos ter em mente que o propósito seja único: melhoria salarial, ou pagamento de direitos negados (28.86%), ou, enfim, qualquer outra vantagem financeira.
    Neste sentido, é no minimo desaconselhável que se invista tempo e energia falando mal de oficiais e dizendo que estes não fazem nada, que só quem trabalha são os praças, etc, etc, etc…
    Não existe a possibilidade dos praças receberem qualquer tipo de revisão salarial sem que a mesma seja igualmente concedida aos oficiais. Isto é lei. Imaginem um decisor que receba este tipo de informação: eu sou sargento e só eu trabalho, ganho 3 mil, se me deres 100 por cento de aumento terás que dar para o vagabundo do major que ganha 6 mil. Ou seja, estará se dando 3000 a mais para quem trabalha e mais 6000 para cada vagabundo. Se eu fosse politico, com base nesta informação, não daria nada para ninguém.
    Pelo menos no discurso, temos que ser unidos a fim de aumentar nossas chances de sucesso no que realmente pretendemos. A menos que o objetivo seja mesmo falar mal de oficiais e dane-se o pouco que ganhamos.
    De resto, não concordo com muitos depoimentos de diversos colegas anônimos deste espaço. Se não vejamos: a posição dialético-materialista colocada, referida como "luta de classes" entre sargentos e oficiais não pode nos levar a qualquer resultado prático que não seja a desunião. Sargentos, oficiais, soldados, somos todos do mesmo Exército e devemos estar juntos para melhor exercer nossa representatividade, já tão diminuta em função de mecanismos legais. Diferenças salariais entre os postos e graduações devem existir, e não pensem que os oficiais são membros de uma classe altamente abastada, por que não são, ou melhor, não somos. Sou tenente coronel, tenho 26 anos de serviço e ganho 7500 reais. Não acredito que isto me coloque em uma posição de marajá. Não ocupo PNR, não faço minhas refeições em quartel, há mais de dez anos que não sou movimentado e nem pretendo ser, mas não acredito que aqueles que fazem uso destes recursos estejam errados. A regra do jogo é bem clara e desde sempre está a disposição. Sou filho de praça e meu filho de oficial. Se quando eu nasci existisse auxilio natalidade, meu pai receberia um soldo de praça assim como quando meu filho nasceu eu recebi um soldo de oficial, por que esta é a regra, assim está na legislação e nem por isso eu considero que meu filho vale mais do que eu.

  18. eu como sargento da ativa estou fazendo canpanha anti petista junto aos meus familiares parentes e amigos isto nao pode continuar esta robaleira esta falta de vergonha na cara com este pt no poder

  19. eu como sargento da ativa hoje tenho vergonha de dizer sou sargento pois nao posso dar uma vida digna para meus filhos estamos passando ate necessidades nem assistencia social pode nos ajudar pois asssistencia social nas forças armadas e faixada

  20. caramba Montedo!
    muitas diferenças citadas pelo anônimo 14:07 que a tropa toda concorda com o senhor! FICAMOS TRISTES EM VER ESTA DESIGUALDADE.
    – o aux fardamento deveria ser o mesmo. (eu não compro unif mais em conta que o of)
    – alimetação diferenciada… só aqui no Brasil… um absurdo
    – estacionamento exclusivo, só aqui no Brasil. Deveria ser por chegada
    – fuzil nas formaturas, só para praças. Mas tenho certeza que na guerra eles vão querer um fuzil e entregar a pistola para o sd.
    – PNR índice proporção superior para of…um absurdo!
    As grandes industrias dos "EUA e Europa" o Diretor almoça junto dos operários (aquele que carrega as caixas) de 2ª feira a sábado.
    Lá na Europa e nos EUA os estacionamentos não são reservados (exceção para deficientes e idosos) quem chega 1° no local de trabalho estaciona bem longe do pavilhão industrial ou de comando, deixando as vagas mais próximas aos funcionários ou diretores que tiveram algum problema para o atraso.

    está na hora das FFAA rever os conceitos em geral!!

    obs.: no Brasil as grandes empresas já adotaram os princípios Americanos e Europeus.

  21. por que não utilizaram os recursos do o CEMCOHA para construir PNR para os militares que estão passando necessidade com as famílias em favelas.

  22. Realmente a distinção entre Of e Praças é enorme, falo com propriedade. Ao viajar de carro de Belém para Porto Alegre presenciei Oficiais ocupando Hotel de transito de St/Sgt, ou seja não havia disponibilidade. Entretanto na mesma cidade havia Hotel de transito para Oficiais com vagas disponiveis, ao solcitar a hospedagem recebia a seguinte informação: o Sr. é praça e portanto não poderá ocupar este Hotel que é destinado SOMENTE para OFICIAIS. Foi esta resposta que passei aos meus familliares

  23. É o cumulo do comodismo barato… Quando eu nasci já era assim… phorra, nós nascemos para pensar e para mudar as coisas que estão erradas. Quando passei por dificuldades, olhei para o lado e só encontrei Cabos e Soldados, mesmo sendo sargento. Nem mesmo sargentos estavam lá. O EXÉRCITO É UMAS INSTITUIÇÃO ONDE POUCOS SE SACRIFICAM EM BENEFÍCIO DE MUITOS. HOJE EM DIA MUITOS SE SACRIFICAM EM BENEFÍCIO DE POUCOS…

  24. Oficial não tem interesse em se unir a graduado pra reivindicar nada. O discurso do tenente coronel aí em cima é demagogo e inócuo. Só funciona na cabeça dele. Na FAB eu desconheço, entre nós oficiais, qualquer pensamento que leve a qualquer tipo de "união" com graduados, com nenhuma finalidade. Oficial é oficial, sargento é sargento e soldado é soldado. São círculos diferentes, carreiras diferentes e vidas diferentes. Não há qualquer vínculo, a não ser a instituição, a farda e, em alguns poucos casos, a amizade. E mesmo assim, amigos amigos, negócios à parte. Não tiro a razão do graduado quando fala mal de oficial. Fala com propriedade, com razão. Tenho colegas que odeiam sargentos, os enxergam como um fardo e os tratam como empregados. E, infelizmente, não são poucos não. E tem mais: sós só pensamos na nossa carreira. Graduado é massa de manobra. Os bons sargentos servem pra sedimentar, ao longo da carreira uma promoção ao generalato (guardadas as devidas proporções, é claro…).
    O difícil é admitirem isso…

  25. A realidade é uma só: existem os sócios, os funcionários e os escravos…

    Os sócios frequentam o victory, os funcionários mantém a honra, e os escravos carregam a lenha, fazem papel de severinos, dormem no chão e por aí vai.

    Dormir no victory não está errado. Errado é permitir que alguns fiquem na posição de escravos e durmam no chão.

  26. Kct, Montedo, estou com vontade de vomitar, lendo boa parte dos comentários postados aqui… As FA certamente têm suas idiossincrasias, mas a visão de certos companheiros… pelo amor de Deus! É tanta desinformação quanto reclamação verborrágica e inconsequente. Tem gente aí que se prestar concurso para agente da PF, vai reclamar dos delegados, se for técnico do judiciário reclamará dos juízes, se for caixa de banco reclamará do gerente, se for peão de obra reclamará dos engenheiros, se for enfermeiro vai reclamar dos médicos… ESTUDEM E ESCOLHAM MELHOR SUAS CARREIRAS, KCT!!!!!! O ACESSO AO OFICIALATO (E A OUTRAS CARREIRAS)É FEITO MEDIANTE CONCURSO PÚBLICO. Ninguém está cego às dificuldades por quais passam as praças, mas essa história idiota de que os oficiais são culpados de tudo o que ocorre no Batalhão, no Exército, nas Forças Armadas, no Brasil, no planeta, na Lua e no RESTO DO UNIVERSO não passa de uma inútil pelação de saco de gente preconceituosa que não se informa sobre o que fala. Me desculpem o desabafo. Continuem reclamando, mas isso não vai mudar suas vidas, o Exército e a ninguém. Um abraço.

  27. Demagogo: Aquele que lisonjeia a multidão, às vezes para tirar proveito pessoal.
    Agitador que excita as paixões populares.

    Inócuo: inofensivo; Que não faz dano.

    Não lisonjei ninguém, não tiro proveito pessoal de opinião nenhuma e tão pouco excitei as paixões populares. Inócuo foi tão mal empregado que nem comento. Pensei que estivesse faltando união, mas talvez falte estudo e entendimento de propósitos. Perco meu tempo!
    Pensei em falar nos cursos que fiz na FAB e a relação diferenciada dos oficiais da força co-irmã com as praças em função de muitas vezes a vida do piloto estar nas mãos dos mecânicos, mas deixa pra lá. Bem disse La Rochefoucauld.
    A solução de nossos problemas está mesmo em falarmos mal deste ou daquele grupo nos identificando como Anônimo das tantas horas. Vocês tem plena razão.

  28. Discordo veementemente do anônimo 18:00, quando diz que devemos apenas lutar por melhores salários.
    Isso é o ponto de vista dele, pois este é o único mal que o aflige. Ele é simplesmente incapaz de colocar-se no lugar dos militares que estão levantando essa questão.
    Quanto a ser filho de sargento, já convivi com muito oficial que enche a boca para dizer que é filho de sargento, como se isso fosse condição para ele saber o que é a vida do sargento dentro das FFAA. Nâo sabe, nem nunca saberá, não viveu isso, portanto tudo o que ouviu falar é história contada.
    Vi um oficial em palestra aos sargentos dizer que era filho de sargento, que tinha vindo "lá de baixo". É essa a visão que a maioria dos oficiais tem.
    Ser superior na escala hierárquica não significa nenhum outro tipo de superioridade.
    A instituição tem muitos erros nesse sentido sim. O sistema é elitista e discriminatório.
    Temos que lutar por melhores salários, mas temos também que lutar por dignidade, por qualidade de vida.
    E dizer que isso sempre existiu, é um argumento pífio de gente que não tem capacidade de arregaçar as mangas e mudar o que está errado.
    Os oficiais tiveram toda a preocupação em classificar seus cursos equiparando-os aos níveis ensino, para que possam comparar-se a outras carreiras. Um oficial da aman recebe diploma de curso superior, faz a ESAO e equivale ao mestrado, faz a ECEME e equivale-se ao doutorado. Alguma mudança foi feita para os praças nesse sentido? O sargento ingressa na esa e termina o curso com o mesmo grau de instrução que entrou, faz o CAS e permanece no mesmo nível, futuramente fara o CHQAO e qual a sua equiparação?
    Embora muitos sargentos por conta própria e muito sacrifício façam curso superior, mestrado e doutorado, e mesmo assim a instituição não dá oportunidade de crescimento. Muito pelo contrário, por vezes alguns comandantes recalcados que só tem os diplomas fictícios, coloca o militar com formação acadêmica nas piores funções justamente como forma de atingir-lhe e mostrar que no EB o que manda ainda é a força.
    Existem duas maneiras de comandar, uma delas é despertando admiração dos subordinados, e outra pela força. Há muitos anos que só vejo a força imperar, visto que existem pouquissimos comandantes capazes de despertar admiração. Admiração se conquista pelo exemplo, assim como fez Caxias em relação a caneca de café quente.
    Se o comentarista anônimo 18:00 acha que devemos lutar apenas por melhores salários, talvez julgue que esses outros assuntos sejam possíveis ser tratados dentro dos quartéis, ou então julgue que isso sejam assuntos menores.
    Para nós, tropa, tudo é importante, tudo é dignidade.
    Algum general, alguma vez na vida achou estranho que um Tenente QAO tenha que fazer um juramento junto com os meninos aspiras? depois de 30 anos de serviço tem que jurar mais o que??? Com certeza não causa estranhamento para esses que dizem que isso sempre existiu, que isso é assim mesmo.
    Meu amigo, aquilo que não é flexível quebra. Os oficiais são feitos para pensar, e colocar em prática o que pensam, isso inclui mudanças, mudanças para melhorar a força e não apenas para manter sua condição de monarcas.
    Obrigado Montedo por esse espaço precioso que teu blog nos proporciona

  29. Meu amigo, eu já comentei em outros posts e vou falar de novo sobre isso: eu queria saber que exercito é esse no qual os sargentos estão trabalhando pra cacete! Dá vontade de rir!!!! Tá de sacanagem! Minha mulher é bancária, ganha menos que um sargento e tem dez vezes mais responsabilidade! E dez vezes mais estudo também! Quer moleza meus amigos??? Senta no colo do vovô! Quem falou pra vocês que iam ganhar bem? Quanto vocês acham que tinham que ganhar? 10 mil reais???? Não sabem nem escrever, os comentários acima estão repletos de erros de português! A prova da EsSA é de um nível de complexidade que uma criança de 8 anos seria aprovada! E vocês querem ganhar quanto? 20 mil??????? O salário, tanto dos oficias quanto dos sargentos é compatível, o que esta errado são ascensorista e garagistas ganhando 15 mil! Pare pra pensar se você merece aumento! Nem 10% dos que falam aqui já foram empregados em missão real! Os outros 90% ficam no quartel sentados nas suas seções, navegando na internet, dando risada, jogando bola no TFM e esperando o fim do expediente! Ai sou obrigado a ler aqui as fantásticas historias dos sargentos que levam o EB nas costas!!!!! Faz-me rir!!!!! Que exercito é esse meu amigo!!!! O brasileiro que não é… Quer moleza????? Senta no colo do vovô! Lembrem-se das suas escolhas! Tenham a vida que o salário de vocês pode proporcionar! Ganha R$ 2.500???? Viva com isso! Se estão endividados, assim como vários oficiais também estão, é por falta de planejamento financeiro! Já pararam pra pensar em mudar de emprego??? Não né… Qual a empresa aí fora que proporciona aos super sargentos a mordomia de não fazer porra nenhuma durante o expediente???? Francamente… Quem não te conhece que te compre!!! Quem lê até pensa: coitadinhos… Mal sabem com quem estão lidando…. Me digam que Exercito é esse, o dos sargentos que fazem de tudo, mais um pouco. Quero servir lá! Assim nao preciso ficar procurando os sargentos da minha seção que não saem da cantina ou que dormem no alojamento durante o expediente!

  30. Prezado companheiro "Anônimo" das 04:15. Cumprimento pela clareza, equilíbrio, profundidade e pertinência do seu comentário. Digo, porém, que se equivoca ao afirmar que os oficiais "não sabem e nem saberão" como é a vida de praça. Eu sou oficial, tive e tenho praças na minha família e vejo as dificuldades que enfrentam. Meu avô foi sargento, meu pai é oficial, minha esposa é filha de subtenente, minha cunhada é sargento e casada com um oficial. Meu atual comandante possui filha e irmã casadas com sargentos. Alguns dos sargentos que trabalham comigo possuem irmãos e filhos que são oficiais. Na minha OM há tenentes de AMAN que foram soldados e um oficial do QCO que foi sargento. É óbvio que "ver" é diferente de "sofrer" e considero que as praças têm toda razão em dar vazão à insatisfação. Eu mesmo questiono muito essa "divisão", entre praças e oficiais, existente nos nossos regulamentos, que inclusive já foi abolida em Exércitos mais avançados que o nosso. Mas não adianta colocar os oficiais (ou os generais) em uma "vala comum" de descaso e incompetência, como se tudo o que é errado nas FA pudesse ser resolvido com uma canetada. Tenho visto meu comandante expressar seguidos “pareceres” (para não dizer “reclamações”) aos generais, tratando desses assuntos, particularmente as dificuldades financeiras, de moradia, educação e saúde dos dependentes, que atingem a todos nós, porém muito mais intensamente às praças. Muitas dificuldades, no entanto têm sua solução limitada por aspectos legais, que os comandantes não têm poder para mudar. A remuneração baixa é uma delas, pois é regulada por lei federal. A equivalência de títulos de alguns cursos para oficiais é desdobramento do processo seletivo e carga horária do curso de formação da AMAN. Para que os sargentos possam ser contemplados com algo semelhante, o curso da ESA teria que ser reformulado, para seleção e carga horária de curso superior. E isso esbarraria em aspectos da Lei de Ensino do Exército – que também é lei federal. O fato é que são carreiras diferentes, mas essas diferenças não deveriam impactar nas possibilidades de crescimento dos profissionais e, nesse aspecto eu concordo com você, infelizmente isso vem ocorrendo. Acredite, nem todos os comandantes são insensíveis. Na minha OM flexibilizamos até mesmo o horário do expediente para facilitar a vida das praças que estudam. Outras medidas de caráter semelhante são implementadas, mas com muita dificuldade, pois somos uma Unidade FAR, com bastante sobrecarga de missões. Reconheço e valorizo o profissionalismo de várias das praças com quem tenho trabalhado. Não tenho nenhum melindre em me aconselhar com alguns dos 1º Sgt e ST, que embora mais modernos na hierarquia, possuem mais tempo de serviço que eu e já viram muitas coisas, trazem profunda e valorosa experiência. Inclusive recomendo aos oficiais modernos que assim também procedam, pois acredito que só temos a ganhar. Estamos fazendo o que podemos, mas temos os nossos limites, embora muitos companheiros assim não vejam. Acredito piamente que a ira de alguns companheiros, com os “oficiais”, seria melhor aproveitada se direcionada aos parlamentares – esses sim os maiores e verdadeiros responsáveis pela nossa situação. Forte abraço!

  31. Como fui mencionado a dois posts acima e não quero que pensem que escrevi o que precede a este, volto a postar, apesar de já haver me declarado desistente.
    Meu nome é Márcio e como disse sou Ten Cel. O camarada que me menciona declara que mesmo sendo filho de sargento nunca saberei o que é ser filho de sargento porque nunca vivi vida de filho de sargento. Vou empregar um argumento da minha filha de oito anos por considerar compatível: Como assim?????????????
    Acessei o site do poder legislativo para solicitar apoio dos responsáveis pela LDO de 2013 e percebi que companheiros nossos aproveitavam aquele espaço para reclamar aos deputados das vagas de estacionamento em seus quartéis. Isso é muita mediocridade, para pessoas que assim pensam, salário de recruta é demasiado elevado!
    Volto a mencionar um pensamento que considero apropriado: Mais vale acender uma vela que mal-dizer a escuridão.
    Deixem seus recalques de lado ou, se não conseguirem, vão plantar batatas.
    TODOS OS SARGENTOS QUE CONHECI EM 26 ANOS DE CARREIRA TIVERAM UM RELACIONAMENTO EXTREMAMENTE AMIGÁVEL COMIGO E COM MEUS COLEGAS. NUNCA SERVI EM OM COM AS CARACTERÍSTICAS RELATADAS POR UM OU DOIS DESAJUSTADOS QUE POR AQUI CIRCULAM.

  32. Caraca! Pegou pesado, véio… Me identifiquei com boa parte do que disse, mas nem todos os Sgt são assim, não… Tenho na minha equipe alguns profissionais que me ajudam muito. O salário dos oficiais e sargentos seria compatível se as demais carreiras do Sv público federal pagassem de forma semelhante, mas assim não acontece. E vagabundagem não acontece só nos quartéis, ela existe em todo o Sv Público brasileiro. Se o governo paga tão bem aos outros "vagabundos", então que page de forma equivalente também aos "nossos". A cozinha interna com os descompromissados a gente resolve, na base do RDE ou de outras maneiras. Não adianta a gente ficar brigando entre nós.

  33. Bom não sei quem é esse pretenso Oficial das 10:05, não tenho ciúme algum de oficial e tampouco algum dia da minha vida contestei as vantagens que eles tem, porém acho nosso salário ridículo sim, e para falar a verdade acredito que não seja militar do exército quem escreveu esse comentário, quanto a esposa dele, ele fez uma reclamação aqui, não é mesmo? Pois bem, ela junto com ele,se desejarem procurem o sindicato dos bancários e reclamem lá.
    Em relação a prova da EsSA nos anos 80 eram bem mais concorridas que as da EsPCex, onde os colégios militares detinham o direito de destinar 50% das vagas da AMAN.
    Com relação a seus subordinados permanecerem o dia inteiro na cantina, talvez seja falta de liderança e capacidade gestora do referido oficial, sinceramente nunca vi isso nas OM por onde passei.
    Por fim caro Montedo, acho que deves censurar comentários contrários a nós militares, em um BLOG que é nosso, pois talvez o anônimo acima não seja militar, e queira causar ainda mais desunião entre nós, não esqueçam, precisamos ser unidos e lutarmos mesmo, "por melhores salários", e assim como existem oficiais sangue azul, há muitos praças que também o são, hoje em dia os oficiais estão bem mais realistas e conscientes da situação, que os oficiais de gerações anteriores, e qualquer um gosta de mordomias, inclusive nós os praças,portanto…!!super abraço a todos e MONTEDO 2014!

  34. Ao amigo aí de cima…

    Se isso acontece é por falta de ação de comando sua, ou seja, é de sua total responsabilidade o comportamento dos profissionais que trabalham em sua seção.

  35. Poxa, se os Sargentos – que são basicamente executores de ordens – não fazem nada,como dito em um dos comentários, imaginem então o que fazem os Oficias aos quais os Sargentos, que não fazem nada, prestam assessoramento. Aliás, assessoramento é o que os Chefes mais gostam de receber, são poucos os que se aplicam em conhecer profundamente os assuntos atinentes às suas atribuições como chefe de modo a tirar as dúvidas dos seus subordinados, assim como conduzir os trabalhos. Na maioria dos casos (quase totalidade) o chefe nada sabe sobre suas funções, mas seus subordinados (Praças) devem saber de tudo e devem dizer para ele o que fazer e não fazer. Todo documento que é levado ao Chefe deve ser muito bem explicado para que este transmita a informação para o Comandante na hora de despachar a documentação. Senhor Oficial, é mentira isso que afirmo?
    Nas Forças Armadas, diferentemente dos outros órgão da Administração, o que prevalece não é a meritocracia, mas sim a CASTA da qual é oriundo o indivíduo. Em um sistema hierárquico justo apenas o cargo é superior e não o indivíduo que o ocupa, além disso, apenas as capacidades do indivíduo são levadas em consideração e não sua origem. Hoje vemos militares com duas décadas de serviço e conhecimento acumulado na caserna tendo que ser subordinado de indivíduos (meninos e meninas) que entraram pela "janela" (Militares Temporários), sem concurso, tal como os dos cargos comissionados do serviço público civil criados nos últimos anos pelo PT e tão criticados por militares, inclusive. Num sistema hierárquico sério, apenas o CARGO ocupado é considerado superior e há responsabilidades inerentes a ele, mas o indivíduo não é considerado superior, por isso é substituível. No Exército porém, o indivíduo é que é superior independente de sua capacidade real de trabalho, não importa o que ele faça no cargo que ocupa. Assim, a autoridade do chefe não está em seu carisma, capacidade de liderança ou de resolver problemas, mas é a instituição que lhe dá poder e a obediência é garantida pelo medo que o subordinado tem em ser punido ou perseguido. O chefe ou comandante não tem a obrigação de chefiar ou liderar, ele existe para ser servido. Lembro, ainda, que o sistema hierárquico existe também nas entidades privadas e outros órgãos públicos aplicando-se critérios de meritocracia e nem por isso tais entidades são bagunçadas ou encontram óbices à execução de sua atividades.

  36. A equação é bem simples, camaradas: O Exército abre um concurso de nível FUNDAMENTAL (embora digam que é "médio"), para formar profissionais de nível TÉCNICO (os sargentos)e alocá-los nas vagas, funções e responsabilidades correspondentes. Paralelamente, abre um outro concurso, de nível MÉDIO, para formar profissionais de nível SUPERIOR (os oficiais) e alocá-los, por sua vez, nas vagas, funções e responsabilidades correspondentes. Para Cb/Sd nem concurso há. Aí começam as distorções: O sargento conclui um curso superior (excelente, parabéns a ele) e começa a questionar a Força por não aproveitá-lo naquela especialidade, mesmo sabendo que a vaga, função e responsabilidade é destinada a outro profissional, cuja existência ja foi prevista, alocada e qualificada pelo Exército. Me digam, por favor, onde as coisas funcionam de forma diferente? É assim em qualquer setor do serviço público e mesmo na iniciativa privada. Ninguém contrata mestre de obras pra trabalhar como engenheiro, me perdoem a comparação. O profissional vai exercer a função a que se dispôs, ou escolheu, conforme a qualificação que provou possuir e isso é feito através do processo seletivo correspondente. O resto é conversa pra boi dormir. E não é verdade que o Exército não tente aproveitar esses profissionais que buscam uma escolaridade a mais, pois tenho visto isso acontecer. A Força só não tem OBRIGAÇÃO de fazê-lo, que fique claro. Alguem aí já falou: quem presta concurso pra escrivão não pode querer o mesmo status do delegado. Até porque não recebe nos ombros a mesma responsabilidade. Se o chefe é vagabundo, isso é OOOOUTRA história… Estamos falando de qualificação profissional. Tem caboclo aí reclamando até do peso do fuzil. Certamente serve em OM tranquila, pois se estivesse na Bda Aeromóvel já teria visto o general e os demais oficiais de capacete, camuflagem na cara, mochila e parafal, comendo cada qual a sua ração R/2. Duvido que esse caboclinho cumpra suas funções com metade do empenho em que cobra os superiores, ou que consiga redigir uma parte sem erros de português. Façam-me o favor.

  37. Do Maj Art 92 ao Sgt Cav 92: Faço minhas suas palavras, companheiro. Os exemplos de uma OM não podem se aplicar ao Exército inteiro. O mau desempenho de algum militar não deve servir de parâmetro para julgar toda uma classe. Maus e bons profissionais existem em qualquer círculo, assim como gente que não sabe usar a autoridade para o bem comum. Tenho visto, em minha OM, exemplos de abnegação, capacidade e profissionalismo da maioria dos ST e Sgt com quem trabalho. Matam vários leões por dia e cumprem muito bem suas missões, sob toda ordem de dificuldades e obstáculos. Reconheço que estão em situação difícil e faço o que está ao meu alcance para ajudá-los. Ao mesmo tempo, percebo que meu comandante faz o mesmo por mim e os demais integrantes da Unidade, pois os oficiais também estão passando aperto. Se sou sortudo por estar entre bons profissionais, não sei, e sinto muito por quem não vive realidade semelhante. Posso mesmo dizer que alguns dos melhores amigos que fiz no Exército são sargentos. Amizade forjada no sanhaço, no enfrentamento das dificuldades, não raro cumprindo missões de risco sob frio e chuva torrencial. Sinto muito, mas quem diz que os sargentos são dispensáveis, nunca enfrentou rebordosa de verdade em missão. Dependemos deles, tanto quanto eles de nós. Falo isso com base em mais de 15 anos de serviço prestado nos corpos de tropa. A condecoração da qual mais me orgulho é a Corpo de Tropa, com passador de prata, que ostento no meu uniforme – isso quando uso o 3oD, porque 99% do tempo estou mesmo é de camuflado. Não tenho dúvidas, portanto, do que estou dizendo. Sei que há comandantes ruins (assim como praças) e muitas coisas que podem melhorar. Mas não adianta ficarmos despejando a culpa uns nos outros. A maior riqueza do Exército é o seu patrimônio humano e se esse patrimônio se dividir, se quebrar, se perder, aí é que estamos f… de vez. Deus proteja a todos nós. Forte abraço e boa sorte.

  38. Como assim CASTA, companheiro? A admissão às escolas militares não é por concurso público? Os sargentos temporários não ingressam na Força, também, sem concurso? É claro que a praça deve explicar os documentos ao comandante, pois essa é sua função – assessorar. Conheço praças que passam 10, 15, 20 anos em uma 1a Seção de OM, ao passo que os oficiais mudam de função, via de regra, a cada 2 anos. As praças são especialistas, atuam no nível tático e técnico. Os oficiais são generalistas, atuam no nível estratégico. É assim em qualquer exército do mundo. O general não sabe regular a injeção de uma Land Rover, assim como o Sgt chefe de manutenção não sabe empregar batalhões em operações. Cada qual com suas funções – e todas são importantes, ok? Um abraço.

  39. Ao anônimo 14:32 que tanto entende do sistema de ensino. Quando falo em aproveitar os sargentos com curso superior, não falo em arranjar "boquinhas" ou ganhar melhores salários por isso, como sua forma de pensar quis caracterizar. Eu falo em oportunidades. Porque estabelecer um limite de idade de 36 anos para o concurso do QCO. Um professor com 36 anos é velho???? Só se for no exército mesmo. Em qualquer outro lugar um professor é melhor a cada ano que passa. Se me disser que é velho, então como esse mesmo sargento com 36 anos ainda é muito novo para ser promovido a Subtenente e ir para acampamentos montar latrinas e carregar e descarregar viaturas(visto que não tem auxiliares). É muito fácil falar. Difícil é receber a situação e colocar-se dentro dela para admitir que há incorreções e vendo isso querer ajudar aos irmãos de armas. Não falei em momento nenhum em concessões, falo sim em estudos que resultem em possibilidade de crescimento na carreira. Pegando seu exemplo, se sou mestre de obras, não quero receber como engenheiro, mas sendo mestre de obras e concluindo o curso e engenharia quero ter o direito de concorrer as vagas de engenheiro existentes. Não se trata de favores e esmolas, trata-se de oportunidades. Estou errado?

  40. BOA NOITE MONTEDO. TUDO É RELATIVO E A VERDADE NÃO É EXCEÇÃO. FIZ A LEITURA DE TODOS OS COMENTÁRIOS E ASSEGURO QUE TODOS TRAZEM VERDADES INCONTESTES, CONSIDERADA A ÓTICA DE CADA UM. HÁ DIFERENÇAS ENTRE OFICIAIS E PRAÇAS QUE PODERIAM NÃO EXISTIR; HÁ OFICIAS TRABALHADORES E OFICIAIS VAGABUNDOS; HÁ SARGENTOS TRABALHADORES E SARGENTOS VAGABUNDOS; HÁ OFICIAS E SARGENTOS COMPETENTES E TAMBÉM INCOPETENTES; HÁ OS QUE ACHAM QUE VALEM MAIS DO QUE OS OUTROS E HÁ OS QUE ACHAM QUE VALEM MENOS; HÁ OS HONESTOS E OS DESONESTOS; HÁ OS SÉRIOS E OS FALSOS; HÁ OS APROVEITADORES E OS VERDADEIROS; HÁ OS MILITARES QUE GANHAM MUITO PELO POUCO QUE FAZEM E HÁ OS QUE GANHAM POUCO PELO MUITO QUE FAZEM… ETC,ETC,ETC… HÁ EM TODOS OS DISCURSOS VERDADES RELATIVAS. O QUE NÃO HÁ, TALVEZ, SEJA UMA PREOCUPAÇÃO DO COMANDO EM BUSCAR UMA SOLUÇÃO JUSTA PARA TODAS AS DIFERENÇAS INJUSTAS. MANTER A COESÃO É RESPONSABILIDADE DO COMANDO, MANTER A UNIÃO É NOSSA RESPONSABILIDADE. NÃO IREMOS A LUGAR NENHUM NOS DEGLADIANDO COM ACUSAÇÕES QUE, EMBORA MUITAS VEZES JUSTAS, REFLETEM APENAS ALGUNS ERROS QUE PODEM SER RESOLVDOS COM VONTADE POLÍTICA PARA FAZERMOS ALGUMAS MUDANÇAS NA LEGISLAÇÃO. ESTAMOS TRILHANDO UM CAMINHO SINUOSO NO BRASIL DE HOJE E BRIGARMOS PUBLICAMENTE POR MUDANÇAS E MODERNIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO PODERÁ NOS ENFRAQUECER DIANTE DO VERDADEIRO INIMIGO.

    BOCA-BRABA

  41. Eu não quero quero ganhar o mesmo que o Oficial, mas me revolta muito eu ver hoje um Tenente-Coronel com trabalhei quando o mesmo era Capitão recém promovido e eu ter ganho apenas uma promoção no mesmo intervalo de tempo. Eu não quero ganhar o mesmo que ele, mas gostaria sim de ter o mesmo intervalo de tempo entre as promoções ! Resumindo: no mesmo intervalo de tempo que o Oficial com quem trabalhei quando ele ainda era Capitão sem ESAO galgou duas promoções eu galguei apenas uma, ainda sou 2° Sargento e ele Ten Cel. E pior, daqui a 6 nos os Aspirantes do meu Batalhão terão galgado 3 promoções (Capitão) e eu apenas uma. Essa diferença, que para mim é um problema, não depende da Presidente ou dos Legisladores, é um problema que depende de ações internas. Eu fiz concurso para ser Sargento, não me comparo ao Oficial em relação a remuneração, porém é muito injusto que o Oficial tenha aumentos remuneratórios por meio de promoções mais rápidas que as Praças. Eu quero apenas simetria de tratamento remuneratório com relação ao intervalo de promoção. É justo integrantes de uma mesma categoria ter intervalos de promoção diferenciados? Um agente de polícia tem o mesmo interstício que o delegado, porém não quer dizer que o Agente será Delegado um dia, ele é promovido dentro da sua carreira de agente e o Delegado dentro da dele, ambos ascendem ao topo de suas carreiras no mesmo intervalo de tempo. Eu não quero ser Coronel ou General, mas apenas chegar ao topo da Graduação do meu círculo num intervalo de tempo menor e, se for o caso, fazer concurso para ingressar no Oficialato desde que o critério seja estabelecido legalmente, não à canetada como esse CHQOA.

  42. Mas vejam só! Alguns posts acima falei de união diante de um interesse comum e fui apedrejado tendo que ler de um corajoso anônimo que esta ideia só existia na minha cabeça. Agora parece que rumamos para o consenso. Fico feliz. Normalmente, os que mais reclamam das desigualdades nos tratamentos são os que merecem ser mais "mal-tratados". Agora, se o motivo da revolta é porque não passou na prova do QCO, para que ser oficial se eles são tão incompetentes, desleais, desonestos, covardes, etc…????
    Pouca farinha, meu pirão primeiro. Agora, achar-se heroico porque lança uma série de impropérios sob a alcunha de anônimo das tantas horas, meu amigo, tu não passas de um covarde!
    Ten Cel Márcio, filho de sargento, genro de subtenente, irmão e cunhado de coronéis, com muito orgulho.

  43. Companheiro "Anônimo" das 18:14, me desculpe se passei a idéia de que se interessa em "boquinhas", "esmolas" e concessões, definitivamente não foi isso que quis dizer. Você não está errado em querer oportunidades, pelo contrário, é digno de elogio e respeito por querer dar o "algo a mais" à instituição, mesmo com tantas dificuldades a vencer. Como disse, tenho visto o Exército aproveitar esses profissionais, aqui mesmo no HGu há um Sgt que é fisioterapeuta e muito competente no que faz. O que quis dizer, seguindo ainda o exemplo do "mestre de obras", é que já existe um engenheiro do IME destinado à mencionada vaga, que pode se sentir preterido em vê-la ocupada por alguém que não foi submetido à mesma formação e, principalmente, ao mesmo processo seletivo. Não sei porque definiram essa idade limite para o QCO, mas acredito que foi por servidões do Estatuto dos Militares e da Lei de Promoções de Oficiais. Em qualquer outro lugar um professor fica melhor, sem dúvida, mas no Exército não é cabível tanta flexibilidade, pois as idades máximas nos postos e graduações são definidas por lei. Outra limitação foi a extinção do quadro do Magistério. Era uma oportunidade do Sgt se tornar professor, sem ter que prestar para o QCO. Concordo 100% no sentido de que a carreira das praças precisa, sim, de uma restruturação. A criação de duas graduações adicionais, por exemplo, para que as praças tenham a mesma quantidade de promoções que os oficiais, durante a carreira. Sabemos que no Exército dos EUA existem as figuras do Staff Sergeant e do Sergeant Major, com funções exclusivas e bem definidas. A formação básica do combatente nos EUA, por exemplo, é responsabilidade do Sergeant Major e não do S/3, como ocorre aqui no EB. Mas tudo isso é muito complexo no Brasil, porque não depende só do Exército, o nosso Estatuto é fixado em lei e vale para as três Forças. Bom, finalizando – NÃO, você não está errado. Concordo que devemos buscar formas de melhor aproveitar nossos profissionais, particularmente os Sgt que concluem curso superior. Como disse, tenho visto isso acontecer. Como já foi dito por outro debatedor, as praças que se dispõem a fazer curso superior devem e merecem ser ajudadas e incentivadas. Espero que tudo dê certo para você. Um abraço.

  44. Anônimo de 8 de julho (17:13), vc justifica a necessidade do chefe ser assessorado pelas Praças porque normalmente os Oficias ficam pouco tempo nas funções, que o Oficiais são generalistas e atuam no nível estratégico, não precisando então saber com profundidade suas atribuições. Pois bem, avalie as considerações que farei a seguir e veja se vc ainda manterá sua opinião, ou ao menos avalie se afirmo algo absurdo.
    O Exército busca através de seus programas (PEG-EB e o falecido 5S) trazer conceitos de gestão das empresas privadas para serem aplicados na caserna. Até aí tudo beleza, não vejo problemas e até aplaudo a iniciativa. Porém, já que o referencial são as empresas privadas eu indago o seguinte:
    Se vc fosse sócio de uma empresa ou mesmo funcionário do Departamento Jurídico da mesma, vc se sentiria confortável com a ideia de contratar ou ser chefiado por um indivíduo que não fosse advogado, ou em sendo, não possuísse maior experiência comprovada que a equipe que ele fosse chefia? O chefe serve para ser assessorado ou para tirar as dúvidas e conduzir os trabalhos dos subordinados?
    Vc aceitaria a ideia de ver como chefe de um Departamento de Engenharia de uma empresa que não fosse engenheiro ? Ou chefe de equipe de cirurgia que não fosse cirurgião mais experiente ? Chefe de redação de um jornal que nunca tenha sido repórter ? Chefe de equipe de mecânicos de escuderia de Fórmula 1 que não fosse mecânico mais experiente? Vc aceitaria a ideia de ver que o(a) Coordenador(a) Pedagógico(a) da escola do seu filho não tem curso de Pedagogia?
    Melhor, vc aceitaria a ideia de ver um Capitão Comunicante ser Comandante de Bateria? Estranho, né ? Mas porque outros exemplos de INCOMPETÊNCIA Vs CARGO são aceitos sem maiores problemas?
    E tem mais, o fato da Praça permanecer 10, 15 ou 20 anos numa mesma função não é justificativa para que o Chefe se acomode em não “papirar” sobre suas atribuições, basta apenas ter força de vontade para ler não mais do que dois ou três manuais ou meia dúzia de Portarias. Dois ou três meses são mais do que suficientes para que o Chefe aprenda sobre as funções dos subordinados, principalmente no tocante às funções burocráticas. Se o chefe não se empenha em conhecer minimamente o trabalho da equipe que lidera, como poderá mais tarde assumir funções de “nível estratégico” sendo um completo bisonho sobre a realidade das atividades realizadas numa OM.

    JJ.

  45. Prezado "Anônimo" das 22:07, você está coberto de razão, está certíssimo, exceto por uma coisa: As principais mudanças que as praças pleiteiam (e merecem muito) dependem da Presidente e dos Legisladores sim, não têm como ser resolvidas por ações internas. A estrutura e os principais aspectos das Forças Armadas são definidos por Leis Federais. E só quem pode modificar leis federais é o Congresso Nacional e não os comandantes. Tudo isso que você falou (interstício de promoção,criação de graduações adicionais, simetria de tratamento remuneratório, etc)envolve alterar leis federais, como a lei 6.880, (Estatuto dos Militares), a Lei 5.940 promoção das praças), a lei 6.544 (promoção dos oficiais), o decreto 4.307 (remuneração dos militares)e toda uma infinidade de outras leis e medidas provisórias que afetam o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Na verdade, o Ministério da Defesa é que deve elaborar as propostas de alterações nos planos de carreiras, para as três Forças, e encaminhá-las ao Congresso. Primeiro, temos que sensibilizar nosso ministro. Em seguida, se tivermos uma boa base parlamentar, conseguimos colocar as propostas na pauta de votação. E ainda temos que torcer para os nobres deputados não fazerem um monte de modificações, acabando por aprovar algo que nos vá prejudicar no final. Depois ainda precisamos obter a sanção presidencial, o que por si só já é uma guerra à parte. Nada é tão simples, portanto. O sistema realmente está injusto e 100% dos militares que conheço (oficiais e praças) concordam que deve ser modificado. Não sei porque as leis se encaminharam para essas distorções, isso foi um processo de décadas e décadas, mas é o que está em vigor atualmente. Não podemos resolver as coisas de forma tão simples, "por ações internas", infelizmente. Os comandantes que tentarem fazer isso levarão um catrapo feio do Ministério Público, pois estarão implementando medidas ilegais. Simples assim. É por isso que digo, uma vez mais: Voltemos nossos fogos para os parlamentares! Eles é que têm que ser cobrados pelas melhorias mais importantes da nossa categoria profissional. Quisera que os comandantes tivessem metade do poder que vocês acham que eles têm. Mas não é assim. Todos nós (praças e oficiais) estamos sobrecarregados e sem muito mais opções. Para finalizar, companheiro, eu me alinho 100% com as palavras do TC Márcio, alguns posts acima – os oficiais que não valorizam a importância das praças são uma minoria inexpressiva no Exército. Eu mesmo, meu comandante e todos os oficiais que conheço reconhecemos que não temos como realizar nosso trabalho, sem o auxílio de ST e sargentos competentes e profissionais. Ninguém faz nada sozinho no Exército, do Gen Cmt ao último recruta. Só não temos o poder de resolver tudo como gostaríamos, infelizmente. Forte abraço.

  46. Prezado JJ:
    Eu não disse que os oficiais não precisam saber com profundidade suas atribuições. Acontece que não lhes cabe saber em detalhes a legislação de cada carteira da OM. Perceba que isso representa mais de uma centena de normas, considerando o âmbito de uma Unidade Militar. Se o Cmt tivesse que “papirar” tudo isso, os assessores se tornariam desnecessários. É justamente nisso que reside a importância do assessor – o aprofundamento ao detalhe, em assuntos específicos. A decisão, no entanto, será sempre do comandante, pois ele detém a responsabilidade do cargo. Além disso, é também, ele mesmo, um assessor para os escalões superiores. Ele vai trabalhar como um integrador de conhecimento para os Cmt superiores. E assim por diante. Maquiavel, em “O Príncipe”, diz: “O príncipe tomará homens sábios como conselheiros, mas os bons conselhos nascerão da prudência do príncipe”. Prosseguindo: O PEG EB (que agora se chama SEG) tem por finalidade melhorar as práticas de gestão da Força e só isso. Jamais poderá colocar as empresas civis como referenciais de organização para o EB. Nossa organização é hierarquizada, conforme prevê a Constituição Federal. Se você for um sargento, jamais será chefiado por um cabo, mesmo que ele possua pós-doutorado. Ele será seu assessor, lembrando que a decisão final, no seu nível, sempre caberá a você. Você é o mais antigo e consequentemente é o Chefe. Ponto final. É isso que significa “hierarquia”. É claro que esse sistema gera algumas distorções, mas isso faz parte das idiossincrasias do meio militar. Vamos agora aos seus exemplos: Se eu fosse sócio majoritário de uma empresa jurídica, iria chefiá-la, mesmo que os sócios minoritários fossem muito mais qualificados que eu. Se eu fosse minoritário, teria que engolir a chefia do presidente, mesmo que fosse menos qualificado que eu. O chefe da equipe de cirurgia manda no bloco cirúrgico, mas é subordinado ao diretor do Hospital, que não precisa entender de cirurgia, mas sim de administração. O chefe de um departamento de engenharia sempre será um engenheiro, mas o presidente da empresa, que pode não ser engenheiro, é que toma as decisões de nível estratégico. O chefe de redação de um jornal é subordinado ao dono do jornal, que pode ser um empresário sem qualquer experiência em jornalismo. O chefe de equipe de mecânicos de uma escuderia é subordinado ao presidente da escuderia, que pode não entender chongas de mecânica, mas é o dono das decisões. O coordenador pedagógico de uma escola trabalha subordinado ao diretor da escola, que pode ter uma qualificação diferente, mas é o chefe da equipe. Um capitão de Com não pode comandar uma Bateria, porque não possui qualificação para tal, mas um comandante de OM é qualificado pelo Exército para a função, muito embora você o considere incompetente, por não conhecer cada vírgula de uma “meia dúzia de portarias”. Entendeu, companheiro? Quanto mais próximo do nível técnico, mais se sobressai a importância dos especialistas. Quanto mais ao nível estratégico, se sobressaem os administradores. O sargento precisa saber TUDO DE UM POUCO, enquanto o oficial precisa saber UM POUCO DE TUDO. Ninguém sabe TUDO DE TUDO, exceto uns poucos superdotados na face da Terra. Ou você acha que o comandante do Exército sabe tudo da legislação que rege o Exército inteiro? Para isso ele tem os seus assessores. Agora, eu pergunto: e você, meu rapaz? Conhece os detalhes do emprego tático da sua arma? Sabe empregar batalhões e regimentos? Planejar um apoio de artilharia? Identificar elementos dissociadores de comunicações e comando existentes em dada situação? Enfim, sabe planejar e executar operações? Não sabe e nem tem obrigação de saber. Ninguém pode lhe cobrar que saiba essas coisas. Não é da sua esfera de atribuições e sim dos oficiais. O general não precisa saber alinhar o retículo da luneta de um obuseiro, pois para isso existe o Sgt Ch de Peça, que o fará com rapidez, competência e precisão. Na verdade, você critica o seu comandante por ele não saber algo que é atribuição sua e não dele. Sacou? Forte abraço.

  47. Entendi, JJ. Você ao que parece é chefiado por um capitão incompetente. Mas isso não é exclusividade do Exército não, meu caro. No meio civil isso também acontece e às vezes é até pior. Tem um livro, à venda nas boas livrarias, chamado "Como Lidar Com Chefes Idiotas". Leia-o, vai te fazer bem. Esquenta não, todos passamos por isso. Surgirão superiores que te darão bons exemplos. Os exemplos ruins a gente esquece e não segue… Abraço.

  48. Anônimo 9 de julho de 2012 12:47, não concordo quando vc afirma que os assuntos que dispus no meu comentário (8 de julho 22:07) não dependem de ações internas. Interstício de promoção é assunto interno sim, pois é o Comandante do Exército quem tem autonomia para mudar, logo, não é um assunto que dependa do Presidente ou dos Legisladores. Quer a prova do que afirmo ? Segue abaixo:

    Decreto 3998 de 2001 em seu artigo 6º dispõe:
    “interstício, para fins de ingresso em QA, é o tempo mínimo de permanência em cada posto, nas condições estabelecidas pelo Comandante do Exército”.

    A Portaria Cmt Ex nº 659, de 14 Nov 02 não tem uma letra escrita pelo Presidente ou pelos Congressistas, é um documento “prata da casa”.
    Agora, diante do exposto, pergunto: o problema da falta de simetria entre as promoções das Praças em relação a dos Oficias depende de ações das autoridades civis ? Acho que não, pelo que já demonstrei acima e também porque se fosse ação do legislativo por iniciativa presidencial não poderia haver as diferenças de interstícios que hoje existem nas três Forças, pois os legisladores com certeza iriam criar uma legislação única, o que hoje sabemos que não existe !
    Hoje em dia faço o mesmo trabalho e divido as mesmas responsabilidades que o Subtenente companheiro de seção que foi promovido com 5 anos e meio de 3º Sgt para 2º Sgt e com 6 anos e meio de 2º para 1ºSgt. Eu não tenho punições, tenho comportamento excepcional, ótima avaliação funcional (conceito), mas ainda estou há 13 anos e meio como 2º Sgt, e enquanto isso o Capitão com quem trabalhei há 13 anos atrás já é Ten Cel.

  49. Eu sinceramente acho que os posts enveredaram por um caminho bem distante do objetivo inicial, mas de qualquer modo ficou patente que praticamente todos condenaram esse ET (Exercício no "Terraço" do hotel) da ECEME.
    Militares querem chefes MILITARES, não um bando de "hóspedes vips", pois isto fere a nossa essência, aquilo que nos faz, de fato, militares.
    E praticamente todos, pelo que li, concordam que há muitas situações injustas que podem, e devem, ser melhoradas na Força, se os "príncipes" resolverem olhar mais pela instituição e não apenas para os seus descansados traseiros submersos em banheiras de hotel.
    Não tenho certeza, mas acho que foi isso que se discutia inicialmente neste tópico.
    Abs!

  50. Poxa, Montedo, vc censurou o meu último post em que reafirmo a necessidade do chefe de seção ser especialista e não um generalista. Qual o motivo da censura? Escrevi algum termo CHULO ou OFENDI alguém? Falei alguma verdade ou mentira que lhe provocou algum incômodo?

    JJ.

  51. Anônimo 09Jul12 17:48, vc citou a obra “O Príncipe” por acaso para fazer um paralelo entre as atividades de um Cmt com a atividade de um político? Espero que não, pois um SOLDADO, UM MILITAR, não é um agente que faz política, ele um EXECUTAR DE TAREFAS, sejam missões operacionais ou administrativas, logo, não acho que seu argumento possa ser embasado com a obra de Maquiavel. Lembro, ainda, que os príncipes e reis tinham que realmente ser muito assessorados por terceiros haja vista que ocupavam seus tronos não por MÉRITO, mas por hereditariedade e sustentada pela ideia religiosa de que os reis tinham sua autoridade pela “vontade de Deus”…História geral, todos sabem disso ! E mais, como os monarcas poderiam saber de algo se nem tiravam o traseiro do trono e eram servidos de todas as maneiras possíveis? É óbvio que teriam que realmente possuir muitos e competentes assessores! Mas pergunto, o caso dos Comandantes e/ou chefe de seção é comparável ao universo de responsabilidades de um estadista, demandando, portanto, irrestrito assessoramento sobre todos os assuntos não podendo o mesmo se interar mais através do estudo ? Concordo que um Presidente não tenha que saber detalhes sobre recursos minerais ou sobre pesca, mas certamente o seu Ministro haverá de saber um mínimo de conteúdo sobre sua pasta – ao menos em teoria, pois a prática não ocorre no Brasil e por isso vemos tanta bagunça. Da maneira como vc expôs o seu raciocínio eu penso então que o ministro deve possuir também muitos assessores, que possuirão também assessores, e estes últimos buscarão assessoramento com o servidor especializado (Geólogo e o Engenheiro de pesca). A prática é essa, mas será que é o mais correto? É o mais eficiente? Ao menos na política vemos que não! Mas se esse é o caminho que o COMANDO acha o melhor a ser trilhado, só posso lamentar com os meus botões, pois certamente se eu expor esse meu ponto de vista ao meu chefe eu serei taxado de “militar muito embasado” ou “ponderador”. Mas felizmente, como sinal dos tempos, temos exemplos de administradores de megaempresas que são humildes ao ponto de se mostrarem abertos a ideias até de seus funcionários de chão de fábrica, permitindo-se até mesmo receber sugestões por twitter, com exemplo o empresário Eike Batista, segundo afirmou em entrevista ao programa SHOW BUSINES. Mas certamente os Eikes da Forças Armadas se bastam com os assessores imediatos (Estado-Maior). Dou por encerrado o assunto! OBS.: NAS EMPRESAS TAMBÉM EXISTE HIERARQUIA E DISCIPLINA. Abçs e boa tarde.

    JJ.

  52. Sobre essa questão de diárias e hotéis.

    Deixe ver se eu entendi bem:

    Da próxima vez em que alguém for para o campo (campo mesmo, com mato, poeira, barro, chuva, etc..) e se essa pessoa tiver algum dinheiro no bolso poderá passar a noite em algum hotel próximo, retornando ao início do dia seguinte e estará tudo bem?

    Alguém responda, só para que eu possa entender.

    kkkkkk

    P. S. – Ah, esse EB, não me canso de me surpreender…

  53. J.J., meu velho, o "Príncipe" é uma obra que trata de chefia e liderança, tão somente. Expõe CONCEITOS atinentes ao trabalho dos chefes, que somos todos nós, em nossos diversos escalões. Podem ser aplicados tanto pelo Eike Batista como pelo Cabo da Faxina. Não é uma obra para os "políticos", somente. Um bronco aí de cima já soltou uma piadinha, achando que alguém por aqui se considera "sangue azul", ou algo que o valha, simplesmente por fazer uma (e tão somente uma) citação à obra de Maquiavel. Talvez ele ache que pode travar alguma discussão de nível com alguém, lendo somente as páginas esportivas do jornal de anteontem. Teus comentários sobre o relacionamento militares x política e a "História Geral", que "todo mundo sabe", estão furadaços, meu amigo, sinto dizer. Como exemplo, eu poderia citar o componente político do comandante, descrito na "Arte da Guerra", de Sun Tzu. Mas temo que, se fizer isso, você possa querer até me bater. Não são apenas os administradores de megaempresas que precisam abrir a mente e exercitar a humildade, meu camarada. Mas lembre-se: As megaempresas vêm e vão, enquanto o Exército está aqui há mais de 350 anos. É melhor mesmo encerrarmos este assunto. A propósito: não – eu não sou "ecêmico". Não fiz o curso e nem pretendo. Forte abraço!

  54. Prezado "Anônimo" de 9 de julho de 2012 18:21:
    Ok, só que "interstício" e "promoção" são coisas diferentes. Atingir o interstício não garante que o militar será promovido. A promoção em si é regulada pela lei federal. Com relação às diferenças de interstício entre as forças, creio que já não é mais assim, desde que foi criado o Ministério da Defesa. 13 anos e meio na graduação é dose pra elefante. Talvez um questionamento, pelo canal de comando, ao DGP, possa dar uma idéia mais precisa sobre isso. Eu mesmo não sei nada sobre os processos em andamento, atualmente, no DGP. Creio que internamente permanecemos sem muitas opções…

  55. É ISSO AE, POW!!!! NÃO VAMOS NOS DESVIAR DO ASSUNTO DO TÓPICO!!!
    A propósito, o cara de pau do Sonnen quer anular a luta, que fanfarrão!!! Por mim quero mais que anulem, assim se marca uma nova luta e a gente assiste o Spider espancar o cara de novo!!! ahuahauhauauau!!!
    Desculpa aí, pessoal, foi só pra descontrair… Abç.

  56. FICO PROFUNDAMENTE TRISTE E APREENSIVO COM TODA ESTA CELEUMA. VER QUE PERDEMOS TEMPO COM ISTO E DEIXAMOS DE LADO QUESTÕES IMPORTANTES: COMO O PT USAR O MST COMO BRAÇO ARMADO RURAL E O PCC COMO BRAÇO ARMADO URBANO (INCLUSIVE MATANDO POLICIAIS AGORA EM SÃO PAULO!!); O REVANCHISMO DE NOSSA ATUAL PRESIDENTE, QUE SÓ PODE SER COMPREENDIDO COMO PARTE DE UM PLANO DE ENFRAQUECIMENTO DAS FFAA. PLANO QUE VEM SENDO ELABORADO DESDE O FORO DE SÃO PAULO, POR PESSOAS QUE ACHAM QUE TEM O DIREITO DE DITAR SUA IDELOLOGIA PARA TODOS NÓS; O FATO DE, NÃO CONSEGUINDO ACABAR COM A LEI DA ANISTIA, ESTAREM, AGORA, INCITANTO NOSSOS JOVENS À UMA VERDADEIRA "CAÇA ÀS BRUXAS", CONTRA NOSSOS MILITARES DA RESERVA; PROFESSORES ESTAREM ENSINANDO EM DIVERSAS ESCOLAS QUE O MST É UM MOVIMENTO AUTENTICAMENTE CORRETO EM TODAS AS SUAS EXIGÊNCIAS E QUE CHÊ GUEVARA E FIDEL SÃO HERÓIS; QUE, TENDO INFILTRADO MEMBROS NO JUDICIÁRIO, COMPRADO QUASE TODO O LEGISLATIVO E MOBILIADO TODO O EXECUTIVO COM SUA CANALHA VIL, TORPE E INESCRUPULOSA GANGUE DE PSEUDOPARTIDÁRIOS, TENTAM AGORA POVOAR AS FFAA COM SUA HORDA DE BANDIDOS, TAL COMO JÁ FIZERAM NOS CORREIOS, BANCO DO BRASIL E PETROBRÁS… MEU DEUS, EU SOU APENAS UM 1º SGT E, ACOMPANHANDO TUDO ISTO, ME PERGUNTO: – SERÁ QUE APENAS EU VEJO ISSO? – QUANDO VAMOS ACORDAR PARA O QUE REALMENTE IMPORTA? VAMOS ESPERAR ATÉ QUE A CISÃO DA FORÇA, COM GRADUADOS DE UM LADO E OFICIAIS DE OUTRO, COMPROMETA NOSSA CAPACIDADE DE DISSUASÃO? MEU DEUS! QUANTO TEMPO ESTAMOS PERDENDO! E NESTA NOSSA DESATENÇÃO, DEIXAMOS DE VOTAR CORRETAMENTE, NÃO BUSCAMOS UNIÃO, NOS TRATAMOS FEITO CÃES E GATOS – NÓS! QUE FIZEMOS UM ÚNICO JURAMENTO – O DE DEFENDER NOSSO PAÍS CONTRA TODA ESSA CANALHADA QUE HOJE SE DIVERTE E COMPRAZ AO VER-NOS ABSORTOS EM BRIGAS E DISPUTAS INTERNAS. MEUS AMIGOS MILITARES BRASILEIROS, NÃO É DE HOJE QUE FALO DA NECESSIDADE DE APRENDERMOS A VOTAR, E VOTARMOS! NÃO É DE HOJE QUE FALO DA IMPORTÂNCIA DE NOS FAZERMOS OUVIR NAS URNAS, DANDO EXEMPLO AO POVO (O MESMO QUE AINDA ACREDITA NAS FFAA), DE QUE O PAÍS PODE SE LIVRAR DE TODA A BANDIDAGEM QUE NOS GOVERNA. SENHORES SE QUEREM BRIGAR POR ALGO QUE REALMENTE VALHA À PENA, DISCUTAM SOBRE ISTO!!!
    JBL

  57. Cruzes! "Os monarcas não tiravam o traseiro do trono"?! E que tal Ramses I do Egito, Alexandre da Macedonia, D. Sebastião de Portugal, Dario I da Pérsia, Ricardo I da Inglaterra, Gengis Khan, Saladino, Trajano, Vespasiano, Julio Cesar, Montezuma, Pedro da Rússia, Napoleão e até o nosso bom Pedro I… Bom, "XAPRALÁ"…

  58. Quero fazer justiça e não generalizar com relação ao conhecimento que os oficiais tem de suas funções. Em trinta anos de EB pude observar 01(Um) Chefe de Seção, oficial de carreira, capitão, que tinha realmente muito conhecimento de sua função. Foi S/1 da unidade em que eu servia e meu chefe de seção, coordenava, tirava dúvidas, trabalhava conjuntamente com a equipe. Dominava os assuntos de todas as carteiras e interessava-se sempre no bom andamento do serviço. Tomava conhecimento portanto das dificuldades existentes, sabendo assim o que poderia e o que não poderia exigir dos seus subordinados, visto que tinha a visão da realidade. Quando despachava a documentação com o comandante da OM, sabia exatamente o que explicar, inclusive levando sugestões e soluções para diversos problemas. Tornou-se um grande amigo de todos os integrantes da seção e da unidade, sendo reconhecido por sua capacidade profissional. Então não posso dizer que os oficiais são todos carregadores de pastas, dizer que são estafetas que pegam a documentação pronta, despacham e devolvem para quem trabalha efetivamente, justamente porque conheci 01(um) oficial em 30 (trinta) anos de serviço, que trabalhava e sabia o que estava fazendo. Não quero ser injusto com esse Oficial.Durante esses anos servi em unidades de artilharia. Ou eu fui muito azarado durante esses 30 (trinta) anos, ou então sou muito exigente achando que esse percentual é baixo.
    Não condeno os comentadores que aqui defendem o fato de os oficiais serem desconhecedores, ou como queiram chamar "generalistas", visto que representa realmente a realidade do nosso Exército, e temos visto que nossos comandantes em todos os níveis são extremamente resistentes a mudanças, são inertes na verdade, possuem a visão de deixar como está, porque sempre foi feito assim. As mudanças no EB são doloridas porque necessitam sempre vir de fora. Quando há uma imposição, então aceitam e curvam-se a essa nova realidade. Chamar de "generalista" quem só sabe carregar papel e dar recado é desconhecer o significado do vocábulo dentro de nosso vernáculo.
    Obrigado.

  59. Montedo, segue o comentário que tentei postar no dia 09 de Julho em réplica a um comentário do dia 08Jul.

    O CHEFE DE SEÇÃO DEVE SER ESPECIALISTA SIM !!! O CHEFE DE PEQUENOS GRUPOS/SEÇÃO NÃO PODE SER UM ETERNO GENERALISTA AO LONGO DOS 30 ANOS DE CARREIRA !

    O meu referencial de chefia é o Chefe de seção e não o Cmt de OM. O Chefe de seção de hoje que fica 2 anos (como dito em comentário anterior – 08Jul12 às 17:13) em cada função mas que for interessado pelos assunto atinentes à sua função dentro dos pequenos grupos com certeza chegará ao Comando de uma OM mais "desenrolado" e dependendo muito menos dos seus subordinados no aspecto teórico, terá muito mais autonomia intelectual, será menos manipulado ou até mesmo induzido ao erro por alguns maus assessores. Se o Chefe de seção/fração for mais engajado em aprender o mínimo sobre as atribuições que envolvem a sua chefia provavelmente, se for Artilheiro, saberá alinhar o retículo de uma luneta de obuseiro mesmo quando for General, não terá muita prática mas ao menos saberá que existe o tal retículo. Já tive Comandante de OM que sabia mais que o meu chefe direto sobre os assuntos da minha seção, ou seja, provavelmente em sua época e Tenente e Capitão ele foi um chefe interessado. Mas hoje… a realidade é o chefe de seção nem rascunhar um documento, ele já quer – como gostam muito dizer – que os problemas sejam levados até ele com as soluções ! Ora, se ele não se sente em posição para dar soluções ou pelo menos conduzir o subordinado a uma potencial solução porque então é o chefe? Por isso acho que o Chefe de seção deve ser sim especialista, já o Cmt de OM será um bom generalista se tiver sido um bom especialista no passado durante os 2 anos em que passou chefiando cada uma das diversas seções da OM desde Aspirante ou Tenente (QCO e IME). Sugiro a seguinte postura ao oficial que provavelmente retrucou o meu comentário: não se preocupe em saber um pouco de licitações e contratos e deixe tudo nas mãos do Chefe da SALC! Sabe quais serão as possíveis consequências? 1ª) SE o Chefe da SALC for honesto e competente (especialista), nada de errado acontecerá; 2ª)SE o Chefe da SALC for honesto e tiver boas intenções mas for bisonho, irá poderá cometer irregularidades e a sua OM/Cmdo poderá vir a ter as contas rejeitadas (o Cmt ficará “torrado” junto ao TCU); 3ª)SE o Chefe da SALC for corrupto e malandro, o Cmt irá tomar uma "volta" (não ganhará nada do “por fora” ou ganhará menos do que poderia) e poderá ainda responder por irregularidades ou até por crimes que ele não cometeu mas que por confiar muito no assessor acabou por assinar documentação incriminadora. Acha que estes cenários descritos são absurdos? Experimente então adotar a postura do Chefe passivo que só depende de assessor e não se aplica em conhecer os assuntos mais “quentes” da Administração Pública!

    JJ.

  60. Lembro-me que quando cursei a EsAO em 95, praticamente nada era ensinado sobre Administração Militar(funcionamento das seções da OM). Simbolicamente, havia pelo menos 8 horas sobre generalidades de cada Seção.

    O desinteresse pela EsAO sobre o assunto era tal que não eram aplicadas de provas, não havia motivação da parte dos instrutores, nem tais instrutores exerceram aquelas funções na tropa e tais assuntos era ministrados no final do curso, já com todos alunos cansados e pensando na classificação de OM.

    Pois bem, fui classificado no 31° 31 GAC (1996-1998) onde recebi a função de S/1 da OM. Imagine o minha situação ao ser constantemente inquirido por Cmt SU, Ch de Seç e Cmt OM sobre os assuntos dessa época (incorporação, licenciamento, Sd à disposição da Justiça, reintegrados, "desaparecidos"(Sd antigos que tinham passado à disposição da Polícia Militar do RJ e foram assassinados enquanto estavam sob comado da PM, respondiam IPM da PMRJ, estavam presos na PMRJ ou simplesmente sumiram).

    Nesse período, comandava a 1ª DE o "Toquinho da Maldade", quem conhece a sua fama pode imaginar como a Vila Militar do RJ vivia em polvorosa e em completa insegurança jurídica e em constante uso do "RQUERO" naquela época.

    Sem nenhuma experiência anterior na função (além de não ser instruído disso na AMAN ou péssimamente na EsAO) percebi que a única maneira de compensar a situação era passar pelo menos 1 hora por dia junto a cada Sgt responsável pelas carteiras para aprender o funcionamento, legislação, casos pendentes etc. Além disso, lia a TODOS os BE, particularmente quanto à mudanças na legislação de pessoal.

    Sendo assim, ao longo de algumas semanas, pude estar mais seguro de minhas funções ao ponto de, junto com meus excelentes auxiliares, buscarmos as melhores soluções para os problemas da OM.

    Agradeço muito aos meus colaboradores da época da 1ª seção do GESA (1996-1998), pois os mesmos poderiam simplesmente ignorar a minha situação e simplesmente aguardar ordens. Juntos, eu e meus Sgts, Cb e Sd vencemos todas as dificuldades e solucionamos diversos problemas antigos, mantivemos em dia a documentação e nunca recebemos reclamaçoes ou queixas por parte do Cmt OM, Of, Sgt, Cb ou Sds ou da 9ª Bda Es.

    Abs a todos

  61. Grande JBL! Bravo primeiro sargento! Quanta experiência expressa em algumas poucas palavras! Matou, resolveu, sacramentou, decidiu, fechou a zero, finalizou! Parabéns! Estive, assim como você, acompanhando a conversa pelos bastidores, ora dando boas risadas mas também me entristecendo, às vezes. Compreendo as colocações do JJ, "revoltado com seu chefe bizonho", bem como a do companheiro "estudioso de Maquiavel". No fundo, vejo como duas faces de uma mesma moeda. É óbvio que o chefe de seção deve tentar saber o máximo que puder sobre a sua seção. Também me parece óbvio que o chefe da carteira consiga obter um detalhamento maior no que for da sua alçada exclusiva. As dúvidas de um e outro podem ser sanadas com boas conversas, no grupo de trabalho. O general não precisa mesmo saber regular um obuseiro, mas o tenente comandante da linha de fogo sim, até para poder ajudar o seu chefe de peça. Resumindo – somos uma EQUIPE, como tal somos vistos pela sociedade e é assim que devemos trabalhar. Ficamos aqui nos digladiando enquanto os nobres parlamentares estouram os limites de 500 mil reais mensais dos seus cartões de crédito corporativos. Agora sim, me sinto em condições de abandonar este POST e acompanhar outros assuntos. Mas como está virando moda fazer "citações" nas discussões (Montedo também é cultura), peço licença para fazer também a minha: No livro "Liderança Militar", de Jarbas Passarinho, há um capítulo chamado "O Império da Marreta", em que o autor descreve a capacidade dos militares brasileiros de se envolverem em acaloradas discussões, onde apontam soluções para todos os problemas do Exército e ganham o domínio de todas as verdades do universo, falando mal de Deus e o mundo. Mas quando vem o chamamento do dever, põem de lado suas diferenças de pensamento e se tornam os melhores profissionais que um Exército poderia desejar. Graças a isso que nossa Força permanece de pé. Temos ,por exemplo, recebido seguidos elogios de militares e autoridades internacionais (inclusive do Pres. Barack Obama), sobre o desempenho de nossas tropas no inferno do Haiti. O mundo sabe que, afinal de contas, não somos "oficiais carregadores de pastas" e nem "sargentos frequentadores de cantina". Somos muito mais, só não podemos nos esquecer disso. Forte abraço!

  62. Infelizmente o perfil de comportamento descrito no comentário de 11 de julho (11:31) é uma exceção. Em certa época tive como Chefe um Oficial temporário de CPOR que ao final do seu oitavo ano de serviço ainda não sabia fazer nenhuma das tarefas dos Sgt que trabalhavam com ele, nem o básico. Nem o BI ele lia. Se por acaso todas os Sgt estivessem ausente da seção ele não sabia achar nada.E olhem que ele ficou 8 anos na mesma seção e, teoricamente, por ser temporário, deveria dar um gás maior. Que nada… ficava estudando para concurso o dia inteiro na seção ou então jogando no PC.

  63. Por acaso o Sr. é o Ten Cel Cosso, que serviu como Cap no GESA? Se for, UM ABRAÇO, Cel!!!!!! Estive no GESA naquela época e era um sanhaço danado, com certeza! Grandes lembranças! Mas se não for, um abraço assim mesmo e obrigado pelo seu exemplo!

  64. Companheiro, você disse que o bom profissional citado como exemplo é uma exceção. A seguir você comenta sobre um oficial do CPOR que era muito ruim. Não poderia ser este único citado oficial do CPOR também uma exceção? O copo está meio cheio ou meio vazio, afinal? Gente boa e ruim existe em qualquer lugar e para todos os lados, em todos os círculos. Somos humanos! Um abraço.

  65. No restante do Brasil eu não sei, mas pelo menos nos mais de 16 anos (bom espaço amostral) em que sirvo na mesma OM a exceção é o Chefe demonstrar interesse em aprender o mínimo sobre suas funções. Talvez eu tenha dado azar de servir numa OM em que só aparecem Chefes de seção com perfil de trabalho equiparado ao copo "meio vazio" ao invés de "meio cheio". Mas, com certeza se eu mudar de Batalhão não encontrarei chefes com o perfil "meio vazio", o meu Batalhão deve ser o único do Brasil com este tipo de problema. Só para ilustrar um pouco a situação, nem mesmo o cerimonial de hasteamento e arriamento da Bandeira os Oficias de serviço não querem mais fazer ! E não falo só de Tenente antigo não, o Aspira novinho saído do CPOR ou 2º Ten também já estão "cagando e andando" e seguindo no mesmo embalo. Mas como disse, eu dei azar, ou então sou muito exigente!

  66. "Por acaso o Sr. é o Ten Cel Cosso, que serviu como Cap no GESA?"

    Sim, sou eu mesmo!

    Depois do GESA estive na EASA (1998-2001), onde continuei na 1ª Seção e encontrei profissionais competentes do mesmo nível, inclusive o Montedo, meu Brigada na época.

    Agora estou na reserva, em JF.

    Como estás sob anonimato, envio-lhe um grande abraço, embora não possa saber quem és.

    Se quiser entrar em contato, [email protected]

    Um grande abraço "anônimo"

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