Marinha muda regras para aceitar uniões entre militares gays

Para tolerar gays, Marinha admite que mudou regras
Força garante em nota que se adaptou à decisão do STF para garantir a casais gays mesmos direitos dos heterossexuais

MARCO AURELIO REIS/MAX LEONE
A Marinha do Brasil admitiu ontem que mudou as suas “regras internas” para a garantia dos mesmos direitos dos heterossexuais a casais homossexuais dentro de suas fileiras. O comunicado veio dois dias depois de o Exército admitir que agora aceita militares gays em seus quartéis. Ontem, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que também não faz distinção por opção sexual para a admissão em seus quadros.
Cláudio casou com João, cabo da Marinha, em agosto do ano passado | Foto: João Laet / Agência O Dia
Cláudio casou com João, cabo da Marinha, em agosto do ano passado | Foto: João Laet / Agência O Dia
No mês passado, um major do Exército, lotado em um hospital militar de São Paulo, se casou com um companheiro civil. De acordo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 5 de maio de 2011, que reconheceu a união estável entre casais do mesmo sexo, o militar poderá reivindicar benefícios previdenciários para o cônjuge se comprovar que tem registro civil de matrimônio ou de união estável.
Na nota emitida ontem, a Marinha informa que não admite “qualquer atitude preconceituosa ou de intolerância em relação ao ingresso e permanência, de homens e mulheres, em seus Corpos e Quadros de Oficiais e de Praças”.
No comunicado, a Marinha explica que, em relação à opção sexual do militar, “respeita a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem dos seus membros”. O órgão informa que, antes da publicação da decisão do STF, já havia alterado suas normas internas para equiparar os mesmos direitos atribuídos à união estável heterossexual para aquela entre pessoas do mesmo sexo, com objetivo de que o dependente tenha direito a benefícios como assistência médico-hospitalar e auxílio-funeral.
Casal quer reconhecimento oficial
Superintendente do programa estadual Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento se casou no ano passado com o cabo da Marinha João Silva e hoje tem direito a benefícios como dependente do militar.
No entanto, Cláudio revela que ainda não teve o seu casamento reconhecido pela Marinha, apenas a união estável. “Tive o pedido rejeitado duas vezes. Eu e meu companheiro somos reconhecidos como casados pela sociedade civil, mas ainda somos solteiros de acordo com a Marinha”, revela ele.
Ele vai entrar com um pedido de liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Marinha reconheça oficialmente seu casamento.
O Dia Online/montedo.com

13 respostas

  1. É Montedo, novos tempos….novos tempos….
    No meu tempo na caserna, isso era inimaginável. Claro que havia os enrrustidos, mas o silencio nesses comportamentos eram sepulcais.
    Até o quadro feminino no EB, parece-me que foi a última força a adotá-lo. A MB e a FAB já formavam as jovens, para CB, Sgt e Oficiais, que hoje integram as tres Forças; na ocasião, um repórter perguntou ao presidente da República, Gen. João Baptista de Oliveira Figueiredo: quando o EB vai abrir concurso para as mulheres? eis sua resposta ao repórter: O Exército ainda é uma intituição para machos!!!

  2. A coisa demorou muito pra acontecer, já era hora dessa gente sofrida se mostrar…Imagine a penuria de ser uma mulher no corpo de um homem! Tenho muitos amigos Of, ST e sgt que são homosexuais e são bons profissionais… Agora só no falta o direito de greve, esse sim precisa ser manifestado pelos Cmdts, não pelos Generais, precisamos de lideres, Coroneis, capitães sargentos… Não podemos mais ficar marginalizados dentro dos quartéis, precisamos nos inserir na sociedade!

    Sargento marxista!
    por favor montedo essa é minha opinião, respeite/publique!

  3. Tem muita gente que vai falar besteira por causa desse perdão aos homosexuais, mas o que acontece é que os quarteis estão repletos de Gays e lésbicas. Só os cegos não observam isso. Já era hora desse elementos aparecerem para o mundo militar!!! Eu prefiro ser comandado por um gay de carreira do que um hetero temporário!!

  4. Realmente o EB é uma instituição para machos. As Forças aceitando esse tipo de coisa ficará manchada perante a sociedade. Existem sim ótimos profissionais gays, porém ha empregos que são destinados a certos sexo. Imagine a seguinte situação, a Força não tem lá muitos recursos, como ficaria o período básico, com homossexuais e heterossexuais usando o mesmo banheiro, ou até mesmo tendo que dormir juntos em acampamento para não morrerem de frio.
    Essas situações são inimagináveis para mim, daqui a pouco vão aceitar brinco, piercing, ou até mesmo Homens com cabelos coloridos. O Brasil ficará mal visto diante de outros exércitos
    Mas tenho que guardar minha opinião e acatar ordens.
    Os homossexuais querem dominar o mundo

  5. Em instituições como as FFAA, onde existe muito contato físico, seja nos esportes, seja nos exercícios e treinamentos, onde os banheiros (e muitas vezes os banhos) são locais coletivos… esse negócio não vai dar certo.

    Será pouquíssimo natural estar tomando banho ao lado de um "cara" que assumidamente se interessa muito pelo seu corpo…
    Por que, então, não tornar coletivos os banheiros masculinos e femininos? Afinal, o constrangimento seria semelhante.

  6. Eu acredito que todos tenham que ser tratados da mesma forma. Ingresso de gays nas forças armadas? Nada contra. Bem como devemos acabar com o sistema de cotas em qualquer situação. Aproveitando, acabe-se com as bolsas assistenciais também, já que todos somos iguais, então cada um que trabalhe pelo seu respectivo sustento. E se alguém me chamar de beiçudo, tome-lhe processo, já que irá caracterizar cavalarianofobia. Somos todos iguais. E já que vão distribuir o kit gay, que distribuam o kit hetero, o kit bi, o kit enrustido, o kit nazista, o kit muçulmano, o kit flamenguista, o kit gremista, etc, somos todos iguais e temos os mesmos direitos. Aproveitem e me paguem meus 28%, me dêem o direito de greve, revejam minha mp de remuneração, me dêem pnr, igualem meu rancho com o dos oficiais já que percebo RR, quero guia fusex o mês inteiro e não só no início do mês, paguem meu auxílio transporte nos moldes dos outros poderes sem me questionarem se vou de táxi, asa delta ou submarino, afinal de contas, somos todos iguais. E também abram uma comissão da contra-verdade para esclarecer os que os anjinhos da esquerda faziam nos "anos de chumbo", pois precisamos esclarecer essa fase nebulosa da nossa história de igualdades. Acordem! Já foi instaurada a ditadura das minorias. Em pouco tempo os normais é que vão ser discriminados nessa sociedade que dá voz à toda sorte de oportunistas. Trabalhar que é bom ninguém quer. Só querem comemorar a conquista de direitos que beneficiam a poucos enquanto garantias que deveriam atender às massas são ignoradas diariamente.

  7. Não tenho nada contra os pederastas, mas daí a eles serem aceitos nas FA tem muita distância.

    Esses caras são altamente corporativistas, tendem a beneficarem-se e a protegerem-se mutuamente. Isso não serve para as FA.

    Quando na ativa, vi "boiolas" graduados tentando favorecer menos graduados; fui vítima do assédio de graduado em troca da retirada do meu nome da escala de serviço no final de semana (desde que fizesse uma visitinha ao seu apartamento, claro). Vi um oficial superior envolvido com um marinheiro-recruta. E esta gozava (no bom sentido) de todas as regalias em relação aos seus pares e até aos mais graduados.

    Sem qualquer tipo de preconceito – esses caras podem "dar" para quem eles quiserem – mas, definitivamente, não devem ter espaço dentro das FA, sob pena de essas instituições sérias serem transformadas numa zorra!

    Souza Neto

  8. Senhores homossexuais…. por favor sejam dentistas, professores, medicos, advogados, engenheiros, eletricistas, encanadores, astronautas… sejam qualquer coisa…não queiram ser militares… não vai dá certo… a profissão militar tem certas peculiaridades que não combinam com o comportamento "afeminado"… sejam felizes em outras profissões… até por que não ganhamos bem…

  9. a questão não é ser ou não ser, vcs deviam procurar os manuais de guerra revolucionaria q existiam na decada de 60.ele esta posto em pratica ha mais de 15 anos e vcs nem notaram. vamos relembrar: falta de recursos, noticias falsas, desmotivação, fustigar a celula familiar para tirar seu peso social, etcetc, tudo feito lentamente mas sem paradas. pensem …..

  10. Quanta ignorância!!! Há quantos anos existem os homossexuais??? Há quantos anos estão nos Quarteis, nos Consultórios de Dentistas, Consultórios Médicos, Igrejas, Bancos, e muitas outras profissões "ditas" de machos… Não se deve estereotipar o homossexual, nem todos são efeminados!! Sou homossexual, estou com quase 30 anos de Serviço, e nunca precisei dar pinta, ou comentar minha sexualidade no quartel, por que sempre me dei ao respeito, e sempre respeitei as pessoas, sou Profissional." Onde se ganha o pão, não se come a carne!!" Deixe de ser preconceituosos, quantos Grandes Homens temos na História que eram homossexuais, assumidos ou não, foram militares, ou não, e fizeram muito pela Humanidade? me poupem de comentário preconceituosos… DIGA NÃO AO PRECONCEITO, DE QUALQUER FORMA!!

  11. Sim. Muitos tem preconceitos com homens afeminados no serviço militar. E com as mulheres, o preconceito é o mesmo? Sou mulher, homossexual e quero servir a marinha. Seria permitido?

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