Defesa recebe Soldados da Borracha

Ministério da Defesa recebe integrantes do sindicato dos soldados da borracha/RO
Na tarde de 30 de maio de 2012, o Ministério da Defesa em Brasília, recebeu em reunião marcada integrantes do Sindicato dos Soldados da Borracha/RO. A visita teve a finalidade de discutir a situação militar dos Soldados da Borracha que foram recrutados no período da era Vargas, nos anos da 2ª Guerra Mundial para trabalharem na Amazônia.
Hoje a categoria que trabalhou arduamente para extrair a borracha ao esforço de guerra recebe uma pensão vitalícia que não ultrapassa os dois salários mínimos, muitos vivem em absoluto estado de pobreza, doentes, deficientes e cegos, depois de tanto tempo esquecidos, os que ainda estão vivos esperam do estado brasileiro o reconhecimento devido pelo trabalho dispensado à nação.
No encontro estiveram presentes o deputado federal/RO Mauro Nazif, o vice-presidente do Sindicato dos Soldados da Borracha/RO e assessoria jurídica da instituição na pessoa do Dr. Antônio Augusto. Representando o Ministério da Defesa estiveram o secretário geral Dr. Ari, e assessor de assuntos estratégicos Coronel Miller.
A discussão girou em torno da violação dos Direitos Humanos ocorrida desde a década de 40, e o abandono a que foram deixados milhares de seringueiros que trabalharam no esforço de guerra.
A real finalidade desse protocolo é fazer com que o Ministério da Defesa reconheça os Soldado da Borracha como legítimos militares, com isso o salário dos Soldados da Borracha e pensionistas saltará para um teto de mais de 07 salários mínimos.
O vice-presidente do sindicato George Telles fez sua intervenção, pedindo o reconhecimento da classe, e apontando que o principal responsável pela situação do segmento é o Estado Brasileiro, que não valorizou, nem indenizou ou deu a dignidade retirada dos valentes seringueiros. Exigiu perante os representantes do governo o cumprimento do decreto 5.225 do ano de 1943, onde O Ministro da Guerra Eurico Gaspar Dutra, garanti a condição militar dos recrutados.
Na época o governo de Getúlio Vargas através do exército convocou, recrutou, treinou, selecinou e encaminhou aproximadamente 57 mil nordestinos para trabalharem nos seringais Amazônicos, comentou assim George Telles.
Depois de várias intervenções e debates o representantes do governo se manifestaram dizendo que irão analisar a proposta de reconhecimento da categoria como militares/ Decreto 5.225 de 1943, pedindo assim um prazo de dez dias para dar um parecer sobre o que foi discutido na audiência. Depois de mais essa impreitada o sindicato espera boas notícias e melhores dias para a classe.
Rondoniaovivo/montedo.com

Comento:
É lamentável que heróis brasileiros, convocados a se embrenharem nos confins da selva amazônica durante o esforço de guerra sejam tratados desta forma pelo Estado. Esses bravos merecem o reconhecimento do País pelo que fizeram. 

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