Brasileiro bonzinho: Evo toma refinarias da Petrobrás e Brasil doa helicópteros para a Bolívia

Comissão autoriza doação de quatro helicópteros para Bolívia
GABRIELA GUERREIRO
Numa ação negociada com o governo da Bolívia, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta quarta-feira projeto que autoriza a doação de quatro helicópteros da Força Aérea Brasileira ao país vizinho.
H-1H Iroquios (imagem: FAB)
As aeronaves, segundo o projeto, integram a frota desativada da Aeronáutica e estariam defasadas –com a previsão de doação no estado em que se encontram.
São quatro helicópteros de fabricação norte-americana, tipo H-1H Iroquiois.
O projeto prevê que o governo boliviano pague as despesas com o traslado dos helicópteros. Para a doação ser efetivada, o projeto ainda precisa ser aprovado pelo plenário do Senado.
O Ministério da Defesa, ao justificar a doação ao Congresso, disse que o objetivo da doação é “estreitar laços de amizade” com a Bolívia e “permitir a participação mais efetiva do Brasil em questões internacionais”.
O ministério afirma que a doação pode “suprir eventuais carências” do governo boliviano.
A ação foi acertada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente da Bolívia, Evo Morales, em 2008, para facilitar nas operações de combate ao narcotráfico do país.
O governo afirma que as aeronaves possuem valor “residual”, por isso não compensa a sua alienação. Também haveria, segundo o Executivo, helicópteros mais modernos no mercado com menor custo operacional –o que não justificaria recolocá-las em funcionamento.
O senador Luiz Henrique (PMDB-SC), relator do projeto na CCJ, disse que a estocagem das aeronaves já defasadas não compensa economicamente ao Brasil. Segundo o senador, os helicópteros acarretam “prejuízos” à FAB com instalações e manutenção de voo, mas podem ser úteis aos “esforços bolivianos de combater o narcotráfico”.
Folha.com/montedo.com

9 respostas

  1. "Esforços bolivianos para combater o narcotráfico"?! Faz-me rir, senador! A exportação de cocaína é um dos componentes mais significativos do PIB boliviano e eles não parecem nem um pouco dispostos a fazer esforço sério para reverter essa situação. Porque expulsaram as equipes da DEA que ajudavam nesse sentido? Desvalorizadas ou não, essas aeronaves pertencem ao povo brasileiro e em seu nome devem ser empregados os recursos da sua alienação, por parcos que sejam. Sinceramente, preferia que fossem para um museu, do que entregá-las aos bolivianos. Qual será o retorno desse "bom mocismo" para o Brasil? Vão se comprometer a reduzir a quantidade de cocaína que mandam pra cá? Vão parar de legalizar automóveis roubados no Brasil? Vão tratar os brasileiros residentes com um mínimo de respeito? Vão combater o tráfico de armas através da fronteira? Vão reduzir o preço do gás que vendem pra nós? O exército boliviano vai, ao menos, se desculpar por ter deliberadamente violado nossa fronteira? A que ponto chegamos… Pra finalizar – em se tratando de parlamentares brasileiros, não confio nem um pouco que não haja interesses outros por trás dessa negociação. "Dar" helicópteros de graça? Sinto muito, mas esse papo não cola. Bem que o Ministério Público poderia olhar melhor essa história, só pra desencargo…

  2. QUE MARAVILHA!!! AGORA ELES TERÃO MAIR MOBILIDADE PARA CHEGAR NA FAIXA DE FRONTEIRA COM O BRASIL E SENTAR O CACETE NO MAIOR NUMERO POSSÍVEL DE BRASILEIROS QUE VIVEM NAQUELA REGIÃO!! EITA PAÍS SEM VERGONHA ESSE NOSSO!!!

  3. Ele deve usar para expulsar os brasileiros que estão trabalhando nas terras por lá. a olícia do Rio não usa um desses com blindagem especial?

  4. O BRASILEIRO EM GERAL PENSA QUE ESSES GOVERNANTES QUE TEMOS SÃO BOBOS…NÃO SÃO NÃO…PARA QUEM NÃO SABE A BOLÍVIA FEZ AQUELE TEATRINHO TODO COM A OCUPAÇÃO DA PETROBRÁS MAS ACABOU PAGANDO AO GOVERNO BRASILEIRO POR AQUILO DE QUE SE APROPRIOU. A PETROBRÁS NÃO TEVE NENHUM PREJUÍZO, ANTES PELO CONTRÁRIO. DAR ESSE MATERIAL A BOLÍVIA NOS LIVRA DA DESPESA DE ARMAZENÁ-LO E, É NA VERDADE UM PRESENTE DE GREGO POIS AQUILO SÓ VAI CAUSAR UMA FALSA SENSAÇÃO DE SEGURANÇA POIS SE NÃO PRESTAM MAIS PARA NÓS, IMAGINEM EM QUE ESTADO ESTARÃO.
    "Petrobras e Bolívia acertam venda de refinarias por US$ 112 milhõesmai 11, 2007 by Marco Bahé Sem Comentários Postado em: Economia
    da Folha

    A Petrobras fechou acordo com a Bolívia para a venda de 100% de suas duas refinarias no país. De acordo com o ministro Silas Rondeau (Minas e Energia), a Bolívia pagará US$ 112 milhões pelas instalações, incluindo seus estoques de derivados. A estatal brasileira permanecerá operando as usinas por um período de transição, não definido.

    O valor a ser pago pela Bolívia, antecipado pela Folha na última quarta-feira, poderá ser dividido em duas parcelas (uma na assinatura do contrato e outra dois meses depois), e existe a possibilidade de pagamento com gás natural. O Brasil compra aproximadamente 30 milhões de metros cúbicos de gás da Bolívia. “Foi mais uma prova de que o diálogo prevaleceu”, disse Rondeau.
    Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não interferiu no processo. “O presidente sempre apoiou a posição comercial da Petrobras. O presidente não entrou na questão do preço”, disse. Rondeau não avaliar a possibilidade de a Petrobras fazer novos investimentos no país vizinho: “Não sei responder”.

    Na Bolívia, o presidente Evo Morales anunciou o acordo simultaneamente com o ministro brasileiro e adotou tom cordial. “Somos dois países vizinhos, dois países irmãos, depois desse resultado o companheiro Lula continua sendo um irmão mais velho para mim”.

    Rondeau disse que a Petrobras sempre defendeu o valor que foi fechado ontem com a YPFB (estatal boliviana). “A Petrobras defendia que fosse pago o valor de mercado das refinarias. O valor de mercado é a capacidade de as refinarias gerarem receita”, disse Rondeau.

    Morales, no entanto, contradisse o ministro brasileiro anteontem, ao afirmar que a Petrobras havia pedido valores maiores durante a negociação.

    BOCA-BRABA

  5. CONTINUAÇÃO….

    "Rondeau disse que três auditorias calcularam o valor as instalações da Petrobras.

    As refinarias foram compradas pela Petrobras em 1999 por US$ 104 milhões. Desde a compra até a venda, a estatal brasileira investiu US$ 32 milhões para modernização e aumento da capacidade de produção.

    O preço pago pela Petrobras ficou bem acima do valor que Morales disse que estava disposto a pagar: entre US$ 60 milhões e US$ 70 milhões. O mercado avaliava que as refinarias valiam até US$ 200 milhões.

    “Bom negócio”

    Com a venda das refinarias, a Petrobras continua na Bolívia explorando dois campos de produção de gás natural. Independentemente de investimentos adicionais no país, a estatal já informou que fará pelo menos os investimentos indispensáveis para manter os campos operando e enviando gás para o Brasil.

    Rondeau avaliou como positivo o período em que a Petrobras esteve no negócio de refino na Bolívia, nas condições anteriores ao decreto. “Enquanto a Petrobras achou que era um bom negócio, ela esteve no negócio. Agora, nessas circunstâncias, ela prefere ficar fora”, disse.

    Crise

    A crise envolvendo as refinarias da Petrobras na Bolívia começou na segunda-feira, quando o governo brasileiro foi surpreendido pelo impacto da regulamentação do decreto de nacionalização dos derivados de petróleo na Bolívia.

    A regulamentação estabeleceu que a YPFB teria o monopólio da exportação dos derivados de petróleo produzidos pelas refinarias instaladas no país. Essas empresas, incluindo as refinarias da Petrobras, passariam a receber um valor fixo, menor que o de mercado, pelos derivados produzidos.

    Na avaliação da Petrobras, os preços fixados pelo governo boliviano inviabilizaram as refinarias. Em um dos produtos – chamado de “petróleo reconstituído” – o valor fixo pago à Petrobras seria de US$ 30,35 por barril, enquanto que no mercado internacional o valor é de US$ 55 por barril.

    Depois da edição do decreto, o governo decidiu vender 100% das refinarias -a proposta anterior era que a Petrobras permanecesse como minoritária- por valor de mercado. Caso não obtivesse sucesso, a estatal brasileira ameaçava ir à Justiça, na Bolívia e na Holanda.

    Ontem, no anúncio do acordo, Rondeau foi questionado sobre se a crise com a Bolívia estava solucionada. “Que crise?”, respondeu o ministro.
    Rondeau disse que três auditorias calcularam o valor as instalações da Petrobras.

    As refinarias foram compradas pela Petrobras em 1999 por US$ 104 milhões. Desde a compra até a venda, a estatal brasileira investiu US$ 32 milhões para modernização e aumento da capacidade de produção.

    BOCA-BRABA

  6. CONTINUAÇÃO…
    "O preço pago pela Petrobras ficou bem acima do valor que Morales disse que estava disposto a pagar: entre US$ 60 milhões e US$ 70 milhões. O mercado avaliava que as refinarias valiam até US$ 200 milhões.

    “Bom negócio”

    Com a venda das refinarias, a Petrobras continua na Bolívia explorando dois campos de produção de gás natural. Independentemente de investimentos adicionais no país, a estatal já informou que fará pelo menos os investimentos indispensáveis para manter os campos operando e enviando gás para o Brasil.

    Rondeau avaliou como positivo o período em que a Petrobras esteve no negócio de refino na Bolívia, nas condições anteriores ao decreto. “Enquanto a Petrobras achou que era um bom negócio, ela esteve no negócio. Agora, nessas circunstâncias, ela prefere ficar fora”, disse.

    Crise

    A crise envolvendo as refinarias da Petrobras na Bolívia começou na segunda-feira, quando o governo brasileiro foi surpreendido pelo impacto da regulamentação do decreto de nacionalização dos derivados de petróleo na Bolívia.

    A regulamentação estabeleceu que a YPFB teria o monopólio da exportação dos derivados de petróleo produzidos pelas refinarias instaladas no país. Essas empresas, incluindo as refinarias da Petrobras, passariam a receber um valor fixo, menor que o de mercado, pelos derivados produzidos.

    Na avaliação da Petrobras, os preços fixados pelo governo boliviano inviabilizaram as refinarias. Em um dos produtos – chamado de “petróleo reconstituído” – o valor fixo pago à Petrobras seria de US$ 30,35 por barril, enquanto que no mercado internacional o valor é de US$ 55 por barril.

    Depois da edição do decreto, o governo decidiu vender 100% das refinarias -a proposta anterior era que a Petrobras permanecesse como minoritária- por valor de mercado. Caso não obtivesse sucesso, a estatal brasileira ameaçava ir à Justiça, na Bolívia e na Holanda.

    Ontem, no anúncio do acordo, Rondeau foi questionado sobre se a crise com a Bolívia estava solucionada. “Que crise?”, respondeu o ministro."

    PODEM CONFERIR NO LINK http://acertodecontas.blog.br/economia/petrobras-e-bolivia-acertam-venda-de-refinarias-por-us-112-milhoes/

    BOCA-BRABA

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