FX-2: viagem do novo presidente francês ao Brasil poder ser decisiva para compra de caças

Viagem de Hollande ao Brasil pode ser decisiva para compra de caças
A visita do presidente francês, François Hollande, ao Brasil poderá ser decisiva para determinar uma licitação milionária para a compra de caças, pela qual disputam França, Estados Unidos e Suécia, afirmou nesta quarta-feira à AFP uma fonte do governo em Brasília.
“A visita de Hollande pode desatar o nó” e ajudar a definir a licitação, disse a fonte, que não quis se identificar.
O Brasil pretende decidir nos próximos meses o valor da licitação estimada em cerca de 5 bilhões de dólares. Na disputa estão os aviões Rafale da fabricante francesa Dassault, o F/A-18 Super Hornet da americana Boeing e o Gripen NG do sueco Saab.
“Nenhuma das propostas nos agradam” neste momento, porque a França mantém um preço alto e o Brasil teme as intenções dos Estados Unidos ao transferir sua tecnologia, apesar de ter obtido o compromisso do Congresso e do presidente Barack Obama, explicou a fonte.
A visita de Hollande ao Brasil, agendada para a cúpula Rio+20, entre os dias 20 e 22 de junho, pode ajudar no esclarecimento da proposta e das condições da França, disse a fonte.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, já afirmou que a licitação será definida ainda este ano, depois de ser adiada devido a cortes orçamentais.
A recente decisão da Índia de entrar nas negociações exclusivas com a França para comprar 126 caças Rafale, como parte de uma oferta estimada em 12 bilhões de dólares, trouxe novidades para a negociação, a principal delas seria o preço mais conveniente do que o oferecido ao Brasil.
A proposta da Índia de entrar no contrato brasileiro não agradou o Brasil, já que o governo não abre mão de construir o avião em solo brasileiro, segundo a mesma fonte.
AFP/montedo.com

2 respostas

  1. Dois comentários:
    – a seleção dos caças já dura 8 anos ou mais. E ainda se espera que o anúncio ocorra este ano. Atualmente serão os três concorrentes a melhor opção?
    – questão comercial. A Índia compra 126 caças a um preço menor por unidade do que o Brasil que está comprando 36 peças. Lógica que até o Seu Antonio, do armazém da esquina, sabe e segue.

  2. Ao anônimo das 08:17

    Sim, das propostas apresentadas pelos fabricantes e selecionadas pela FAB, estas são as melhores propostas:

    – O Gripen é ainda um projeto a ser desenvolvido, que pode dar certo ou não e seu raio de ação é curto, em relação às grandes distãncias no Brasil.

    – O F-18 é um caça já devidamente testado em combate e moderno. Peca pela insegurança de que os USA venham a repassar a tecnologia, como queremos ou autorizar que vendamos os caças aqui produzidos (ou seja, seria uma incógnita que nos acompanharia permamentemente).

    – O Rafale é moderno e testado agora na Líbia, com sucesso. Peca contra ele o elevado custo e possibilidade de deixar de ser produzido e com isso ser atualizado em novas versões. A possibilidade de compra pela Índia afasta essa hipótese. A diferença de preço apresentada ao Brasil e à Índia deve-se à quantidade negociada e sesus custos de produção.

    Abs

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