Assassino frio, ‘Sem Cérebro’ é cabo reformado da Marinha

‘Sem Cérebro’ matava comerciantes para comandar venda de gás, diz polícia
LIVIA ARAGÃO
Marcos Paulo Moreira da Silva, conhecido como “Marquinhos Sem Cérebro”, preso nesta terça-feira em Bangu, na Zona Oeste, é acusado de matar donos de lojas de gás para, em seguida, tomar o comércio. Segundo o delegado da Divisão de Homicídios (DH), Rivaldo Barbosa, foram três vítimas de 2010 a 2012. Em cada um dos três depósitos, “Sem Cérebro” vendia 900 botijões por mês a R$ 45. Ele foi preso dentro de casa, em Bangu, e não reagiu. Na residência, policiais da Divisão de Homicídios também apreenderam um veículo Corolla blindado preto, uma carabina de ar comprimido, pistola e R$ 10 mil.
“Ele já dominava Bangu e estava expandindo suas ações para Padre Miguel. A ação era sempre muito violenta, ele chegava e disparava à queima-roupa nas vítimas. Primeiramente ele tentava comprar o comércio pelo preço que queria, mas o proprietário não queria vender. Ele então matava o comerciante e dominava as vendas naquele local”, disse Barbosa.
Ainda segundo o delegado, na casa onde Marquinhos foi preso havia uma saída secreta nos fundos. “Ele não escapou porque cercamos a casa por todos os lados”, explicou. Ele se entregou à polícia com um filho no colo.


Assista vídeo com flagrante de assassinato:
Reformado da Marinha por problemas psiquiátricos, em 2004, o acusado ganhou então o apelido “Sem Cérebro”. Ele conseguiu certificado de registro para tiro prático esportivo, expedido pelo Comando Militar do Leste (CML). Com o documento, Marquinhos – apontado pela polícia como segurança do contraventor Fernando Iggnacio de Miranda – se filiou à Confederação Brasileira de Tiro Prático (CBTP) e à Federação de Tiro Prático (FTP).
Na casa do acusado, foram apreendidas armas e dinheiro | Foto: Fernando Souza / Agência O Dia
Acusado fez curso de segurança de autoridades
Federado nas duas instituições, o militar passou a ter direito de treinar disparos de escopeta, pistola, revólver e fuzil em clubes de tiro do Rio. O cabo também fez na Academia de Polícia (Acadepol) o curso de formação de segurança pessoal de autoridades.
O Dia OnLine/montedo.com (colaborou: Mário)

Comento:
A pergunta óbvia é: como um militar reformado por problemas mentais consegue do CML um registro para Tiro Prático Esportivo?

2 respostas

  1. "Matava comerciantes para comandar venda de gás, diz polícia. Em cada um dos três depósitos, "Sem Cérebro" vendia 900 botijões por mês a R$ 45…"
    Sem cérebro sou EU que ainda estou na agonizante FORÇAS ARMADAS!!!

  2. Resposta à pergunta do Montedo: prata (R$) ou incompetência administrativa do DFPC ! Simples assim. Já que o Montedo fez tal pergunta aproveito para também fazer uma para que os militares visitantes do Blog me respondam: será que não existem mais militares que teoricamente possuem problemas mentais como motivador da reforma e ainda assim possuem porte de armas ? O caso desse militar da Marinha serve de alerta para as Forças. Acho que não seria ruim se as Forças começassem a fazer uma espécie de "levantamento" sobre as condições atuais dos ditos militares com problemas mentais, pois vejo muitos deles com carteira de habilitação, com porte de armas, empresários, professores etc. Acho que se um indivíduo foi reformado por problemas mentais tal informação deveria ser repassada ao menos para os Detran's para que este órgão fizesse testes mais específicos para essas pessoas ou caçasse a habilitação. Assim como também as Forças deveriam informar aos órgãos para os quais alguns militares ingressem por meio de concurso após longos períodos de licença médica na Força, pois muitos ficam gozando de dispensa médica ao longo de meses e até anos e depois passam no exame psicotécnico e de saúde com se estivessem com saúde zero kilômetro. Como pode ?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo