Ministra do STM apoia Comissão da (in)Verdade e denúncia do MPF contra Curió

Ministra do STM: “Tese é pertinente, mas merece estudo mais aprofundado”
“Não foram as Forças Armadas que cometeram os delitos,mas indivíduos pinçados ali”, declara Maria Elizabeth
Alzimar Ramalho e Vera Carpes 
Para a ministra do Superior Tribunal Militar, Maria Elizabeth Guimarães Rocha, a tese de crime continuado, que respalda a denúncia do MPF contra Curió, “em princípio é pertinente, mas tem que sopesar se a lei da anistia, de alguma maneira, não impede a punibilidade dos agentes que cometeram torturas durante a ditadura”.
A afirmação foi feita com exclusividade para o Lei dos Homens durante o lançamento do livro “As capas desta história” que traz a memória da ditadura brasileira em capas de 300 jornais da imprensa alternativa, editadas no Brasil e em vários países por onde estiveram exilados políticos.
Casos isolados
A ministra defende a instalação da Comissão da Verdade, por considerar que a anistia é perdão, mas não esquecimento. Ela própria teve um familiar vitimado pela ditadura (o cunhado Paulo Costa Ribeiro Barros, filho de um general), ressaltando que “a ditadura não escolhe suas vítimas”.
Entretanto, Maria Elizabeth frisou que os militares e as Forças Armadas não são instituições de tortura; são honradas, destinadas à defesa da Pátria, da lei e da ordem. “Aqueles indivíduos que torturaram e desvirtuaram de sua missão não tinham, de uma certa maneira, nenhuma vinculação, nenhum apreço pela Força pela qual estavam vestindo a farda e servindo a Nação”.
A ministra do STM defende que a Comissão da Verdade vai mostrar quem são os verdadeiros responsáveis pela “verdadeira barbárie que é a tortura”. E completa: “Não foram as Forças Armadas que cometeram os delitos, mas indivíduos pinçados ali”.

Medo de “uma grande Cuba continental”
Maria Elizabeth argumenta que o golpe de 1964 (ou o movimento de 64, como prefere designar) atendeu a interesses do capital da “elite orgânica”. Citando o historiador e cientísta político uruguaio René Armand Dreifuss, a ministra defende não ter sido um movimento militar propriamente dito, mas “um movimento da direita, do capital multinacional associado, que tinha medo de uma esquerdização do Brasil, de que o país se tornasse uma grande Cuba continental e se desalinhasse automaticamente, considerando o contexto histórico da guerra fria.
A ministra reforça seu argumento, ao considerar uma visão muito simplista e muito pragmática o fato de serem responsabilizadas apenas as forças armadas pelos acontecimentos de 1964, esquecendo os diversos atores sociais que participaram do que se sucedeu posteriormente – a instituição do regime autoritário que perdurou por 20 anos.
Lei dos Homens/montedo.com

5 respostas

  1. MONTEDO: PQ SÓ AS NOTÍCIAS DOS SGT LACY E SEU COMPANHEIRO TOMAM PROPORÇÕES ENORMES NA MÍDIA? PQ É PRAÇA?

    Capitão de corveta da Marinha largou tudo para ser mulher

    Bianca saindo do prédio na Justiça Federal Foto: Bruno Gonzales
    Antero Gomes
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    O desejo que se expandia no coração do oficial da Marinha não tinha uma forma definida. Apesar disso, quando criança, ele se olhava no espelho e via, no rosto masculinizado, um conjunto de ângulos retos como os cantos da moldura. Entrou para as Forças Armadas, fez polo aquático, casou, teve um filho, mas, no meio do caminho, já adulto, a vontade de ser mulher foi preenchendo-o lentamente, como num exercício de caligrafia. Dos hormônios e das operações (inclusive a de mudança de sexo em 2010), surgiu Bianca, de curvas acentuadas pelo corpo.
    Faz três semanas, Bianca aguardava a chegada de seus ex-comandantes da Marinha, para uma audiência no corredor do 8andar de um prédio da Justiça Federal. Era um dia de calor intenso, e ela estava com óculos escuros, uma saia preta e uma blusa aberta nas costas e nos ombros.
    No lugar de medalhas, ostentava “heroicamente” 300 mililitros de silicone em cada peito; tinha próteses nas panturrilhas; o nariz estava menos abatatado; o lábio superior fora levemente repuxado; e os cabelos lisos, caprichosamente esculpidos numa longa sessão de cabeleireiro no dia anterior. O aroma adocicado do seu Florata in Gold em nada lembrava o cheiro do marinheiro desbravando os mares.
    Quando saiu do elevador devidamente fardado e avistou o ex-subordinado, o diretor de Saúde na Marinha, o vice-almirante Edson Baltar, não conseguiu disfarçar a surpresa, como se dissesse: “É você?”
    A audiência foi a primeira do processo que a capitão, de 40 anos, move contra a Força à qual serviu desde os 15 anos. Em 2008, ao procurar seus comandantes e avisar que estava tomando hormônios femininos havia um ano, Bianca foi pivô de um escândalo de deixar o Almirante Tamandaré remexendo-se no túmulo. Em dois meses, foi reformada com vencimentos reduzidos. Às pressas. A Marinha a considerou capaz para trabalhar, mas incapaz para continuar em suas funções na Escola Naval. Nos tribunais, Bianca busca indenização e soldos integrais.
    — A incapacidade de voltar à carreira militar é da Marinha em me receber e não minha de retornar — diz ela.
    Olhares desconfiadosNa véspera da audiência, a ex-oficial entra num bar da Praia de São Francisco, em Niterói, senta-se numa das mesas em que o repórter a aguardava e pede um refrigerante light. O sol de fim de tarde ainda é forte e, ao rebater nas folhas das palmeiras, projeta no rosto de Bianca diferentes formas geométricas. Embora disfarcem, os garçons a observam desconfiados, a ponto de ela se incomodar. Quase vai tirar satisfações. Em vez disso, diz, num tom profético, como se desvendasse a mandala de luz em sua face:
    —Tenho uma previsão: ainda vou ser muito feliz.
    Até 2006, o conceito de felicidade era ser um bom marido, um pai atencioso e um comandante responsável pela formação de 500 aspirantes na Escola Naval. Mas, naquele ano, Bianca decidiu tornar público para os familiares uma situação que vinha se arrastando na clandestinidade. Algumas vezes acompanhada pela ex-mulher, o oficial já participava de concursos num badalado clube GLS. Foi Miss Gay 2006. A família ficou horrorizada. A mãe passou a tratá-la como uma “aberração”. Pressionada pelos parentes, a companheira — ciente há anos da situação — pediu a separação. Os militares só saberiam dois anos depois.
    A ex-mulher de Bianca tentou, então, impedir que ela visse o filho, de 7 anos. Alegou que o garoto poderia virar homossexual. Mas Bianca procurou a Justiça, e o juiz garantiu-lhe todos os diretos de “pai”. Em público, o menino a chama de mãe. Parece não jugá-la. E isso dá a certeza a Bianca de que, seja qual for a forma que ela tiver, o coração ainda continuará sendo o vértice de tudo.

    Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/capitao-de-corveta-da-marinha-largou-tudo-para-ser-mulher-4336124.html#ixzz1pPkf2edL

  2. A ministra quer se promover, aliás, como todos que defendem esa safadeza… Não sou contra apurarem os crimes, mas devem ser apurados crimes cometidos dos dois lados… A dilma, assim como outros políticos e pesoas importantes hone no cenário social participaram de sequestors, assassinatos assaltos a bancos e outros crimes e deveriam com certeza serem julgados…. Mas a safadeza que reina no país não permite… Como a ministra foi escolhida pela terrorista, vai estrear no mundo da safdeza…. Seja bem-vinda ministra !

  3. Anônimo das 19:09, outro dia pedi para que comentassem com a razão, não com o fígado. Creio que você não leu.
    De minha parte, noticio o que acho pertinente, não adianta me patrulhar.
    No caso, a notícia do Extra é das 16h, encontrei através do seu comentário.
    Quanto à grande mídia (não é meu caso), melhor cobrar essa postura dos portais e sites que se enquadrem nessa categoria.

  4. Se a Ministra do STM quer proteger o Coronel Curió, que torturou e matou gente pra caramba, citando que a Lei da Anistia o protege. Peço a ela que olhe o meu caso, pois o STM não pode ter dois pesos, duas medidas. Encontro-me com um Habeas Corpus no STM, desde o dia 13 de fevereiro, e até hoje não foi julgado a liminar. Como pode um Militar expulso das fileiras do Exército, após vinte e cinco (25)anos de serviços prestados sem punição alguma através da REFORMA A bEM DA dISCIPLINA, estar sendo acusado de Deserção, tendo seus proventos cortados e também a assistência médica sua e de seus dependentes. A justiça Militar de hoje faz o papel do DOPS na época da Ditadura, pois todos sabem quem manda na Justiça Militar são os Generais. Rogério da Silva Gomes-1º Sgt HC 0000006.49.2012.7.01.0201.(STM)

  5. baseado no comentário acima, sou favorável da extinção da justiça militar! serve só para proteger oficiais e fazer injustiças com praças.

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