Comandante do Exército diz que ninguém será punido por assinar o “Alerta à Nação”

Uma reunião convocada pelo Comandante
do Exército, ocorrida na última segunda-feira (12) no auditório de seu gabinete,
resultou em forte cobrança ao General Enzo, por conta dos desdobramentos  ocorridos a partir da divulgação do Manifesto
Interclubes Militares
, que resultaram na publicação de um segundo texto, o
qual conseguiu a adesão de uma penca de oficiais generais e de centenas de
oficiais superiores.
Ao encontro compareceram todos os
generais da ativa que servem em Brasília, três ministros do STM e vinte
generais de quatro estrelas da reserva, residentes na capital.
O Comandante, sem citar os motivos,
alegou que o manifesto surgiu num momento inoportuno, contestando também os
termos empregados. Disse também que é sua a responsabilidade em resolver o
impasse e garantiu que ninguém será punido por ter assinado o artigo do general
Marco Felício “Alerta
à Nação: eles que venham, por aqui não passarão!
A postura conciliadora do Comandante
da Força, entretanto, não foi suficiente para livrá-lo das cobranças. Ouviu de
um dos presentes que nem ele nem o ministro Amorim tinham autoridade ou
legitimidade para mudar as decisões das entidades representativas dos oficiais
das três forças. Ainda sobraram críticas ao presidente do Clube Militar,
considerado também ele responsável pela celeuma, ao ceder à pressão e retirar a nota do site da entidade.
Sobre a Comissão da Verdade, a
preocupação dos altos coturnos é que, em consequência  de uma quase certa manipulação, militares
passem a ser execrados pela mídia e o possível respaldo da opinião pública permita
uma ação no STF para obter a revisão da lei da anistia.

6 respostas

  1. Infelizmente é assim que as coisas funcionam. Quando na ativa não fizeram nada, agora na reserva se acham no direito de falar qualquer besteira que lhes vem á cabeça, colocando em xeque quem procura trabalhar corretamente. Eu tenho uma sugestão ao Min Def: Procure investigar quantos destes que assinaram o tal manifesto e agora ficam se proclamando "defensores da Pátria" possuem parentes empregados como OTT nas FFAA…

  2. Certmente se a Lei da Anistia for revisada essa revisão deverá abranger os crimes cometidos pelos dois lados da contenda, milicos e guerrilheiros, ou viveremos dias difíceis…

    Cardoso

  3. Como dizia o professor Raimundo: "E o salário OH"!!!!!,

    Porque não aproveitaram a reunião e perguntaram a quantas andam a reposição visando pelo menos dar um esclarecimento para tropa.

  4. Queria que o pessoal brigasse assim pelo soldo…
    Que ninguém seria punido, todos já sabíamos, pq o Gen Enzo, se o fizesse, seria acusado de crime de abuso de autoridade.

  5. Taí uma coisa para a qual ninguém ainda acordou com relação à Comissão da Verdade. Estão deixando de lado o papel das Polícias estaduais nas responsabilidades da repressão – elas foram muito mais ativas nisso, tanto no regime militar recente quanto na ditadura civil de Getúlio Vargas. Por que as FFAA têm que assumir sozinhas as responsabilidades que foram de autoria das polícias estaduais?

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