General Enzo: Exército vai mandar mais mil homens para a Bahia até a noite de hoje

Contingente do Exército na Bahia deve chegar a 3,5 mil à noite
Forças Armadas ampliaram número de militares no Estado por causa da greve dos policiais militares

Até o final do dia, o contingente de militares das Forças Armadas atuando na Bahia, para garantir a segurança em meio à greve de policiais militares, deverá chegar próximo a 3,5 mil homens, segundo informou o ministro interino da Defesa e comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, após participar da cerimônia de troca da bandeira na Praça dos Três Poderes.
“As ações do Exército [na Bahia] vão muito bem e, até agora está muito positivas, com a presença das tropas circulando pela cidade. Cada vez mais tropas chegam e, até o final do dia, estaremos beirando os 3,5 mil militares em processo por via aérea e terrestre. Isso mostra a determinação do governo federal em apoiar o governo da Bahia nas suas necessidades”, disse o general à Agência Brasil.
“Nossa ação é de patrulhamento em conjunto com os policiais militares que não estão de acordo com o movimento, e nossa parte é apoiar o governo do estado, que é quem conduz as negociações com aqueles que estão envolvidos no movimento [grevista]”, completou.
O tenente-coronel Cunha, responsável pelas operações na Bahia, informou que há uma onda de boataria correndo pelo Estado. “Um dos problemas maiores [que estamos vivenciando] é a grande onda de boatos, que já estão sendo combatidos com a presença das nossas tropas, além das policias Militar e Civil, para devolver a sensação de segurança e tranquilidade à população”, disse ele à Agência Brasil.
Por determinação do governo federal, 40 homens do Comando de Operações Táticas, a “tropa de elite”, da Polícia Federal (PF) chegaram hoje a Salvador. Eles terão a missão de executar os mandados de prisão expedidos contra integrantes do movimento grevista da Polícia Militar. Os policiais federais também serão responsáveis pela remoção dos detidos para presídios federais.
Agência Brasil/montedo.com


Comento:
Espero que, quando fala em boatos, o tenente-coronel Cunha não esteja se referindo às 81 mortes violentas ocorridas desde o início da greve. Essas são reais.

4 respostas

  1. GOSTARIA QUE O GEN CMT DO EB TIVESSE ESSA AGILIDADE NA HORA DE BRIGAR PELOS SALÁRIOS DAS FORÇAS ARMADAS. VERGONHA E TRISTEZA, POBRE MILITARES HUMILHADOS E MAL PAGOS.

  2. Eu conheci um Tenente Coronel que desistiu de comandar e pediu reserva com a seguinte alegação: como ele iria comandar um quartel de infantaria sem cometer crime, uma vez que:
    1) Quase não há munição para o TIB, muito menos para o TIA, e muito menos para armas coletivas;
    2) Os Soldados só vêm de famílias humildes e possuem baixo grau de escolaridade, o que lhes limita o discernimento, e são fracos fisicamente (hoje temos a geração videogame);
    3) Falta combustível, comida, ração operacional, material de intendência, entre outros, o que dificulta treinamentos militares;
    4) Os militares profissionais estão desmotivados em face dos baixos soldos e outras dificuldades criadas pela própria administração militar;
    5) Outros motivos foram alegados, mas não os colocarei aqui por ser um elenco extenso!

    Fui pesquisar o crime a que o TC se referia e o encontrei no Código penal militar:

    Art. 198. Deixar o comandante de manter a fôrça sob seu comando em estado de eficiência:

    Pena – suspensão do exercício do pôsto, de três meses a um ano.

    Ou seja, por este tipo penal fica evidente que o COMANDANTE de qualquer tropa tem o DEVER de deixar seus homens em plenas condições de emprego, sob pena de ser responsabilizado criminalmente!
    Mas aí eu fiquei pensando: pô, se o cara não recebe o mínimo apoio logístico (não estou dizendo do IDEAL, estou falando do MÍNIMO), como ele pode ser responsabilizado? É algo que foge à sua alçada, como aqueles PE em Salvador portando metralhadora Beretta mais velha do que meu bisavô!
    Como podemos caracterizar este tipo penal? Se formos levar ao pé da letra, o que teríamos HOJE de comandante suspenso (a começar por brasília) não estaria no gibi!

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