MP denuncia Major do Exército por exploração sexual de aluna do Colégio Militar de Juiz de Fora

Major do Exército é denunciado pelo Ministério Público
Militar, de 41 anos, é suspeito de exploração sexual contra aluna de 14 anos que estudava na instituição em que ele estava lotado
Daniela Arbex
O Ministério Público ofereceu denúncia contra um major do Exército por crime de exploração sexual e por divulgação e armazenamento de fotografia, vídeo ou outro registro de cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. O oficial de 41 anos, que trabalhava no setor administrativo de uma instituição militar de Juiz de Fora, é suspeito de envolver-se sexualmente com uma estudante de 14 anos que estudava no local onde ele estava lotado. Indiciado pela Polícia Civil, ele agora é réu na Justiça comum, em processo que tramita na 1ª Vara Criminal no município. O fato ocorreu em 2010, quando o major, com mais de 20 anos na corporação, teria levado a menina para motéis da cidade em três ocasiões. O pai da adolescente registrou boletim de ocorrência ao encontrar, no celular da filha, mensagens românticas supostamente enviadas pelo major. Após o episódio vir à tona, o militar, que é casado, foi transferido para Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, embora o Exército negue qualquer relação entre o caso e a saída do oficial de Juiz de Fora. Ele poderá ser chamado a responder pelos crimes 218-B do Código Penal e 242-A e B do Estatuto da Criança e do Adolescente, que preveem pena de até dez anos em caso de condenação.
Procurado pela Tribuna, o 1º promotor de justiça, Marcelo Coutinho, disse que não poderia fornecer nenhum tipo de informação a respeito do processo, alegando que a ação tramita em segredo de Justiça. No entanto, no boletim de ocorrência registrado contra o major, no ano passado, o pai da adolescente revelou ter sido alertado sobre o envolvimento da filha com o militar por meio de uma amiga da estudante. De acordo com o histórico da ocorrência, o pai telefonou para o número registrado no aparelho celular da filha, e o major teria atendido à chamada, dirigindo-se à aluna de maneira íntima. Questionada pelos familiares, a garota confirmou aos pais que o relacionamento teria se iniciado em julho de 2010. Ainda de acordo com a informação dada por ela, as conversas entre eles teriam começado pela internet. Porém, após um dia de aula, o major teria beijado a menina. A aluna ainda relata que foi levada pelo major a motéis da cidade. O relacionamento teria sido mantido por cerca de cinco meses. Conduzida ao HPS, onde ela foi examinada, uma perícia médica constatou que a adolescente já havia mantido relações sexuais.
O Exército afirmou, ontem, que ainda não foi notificado da denúncia. No entanto, o relações públicas da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, tenente-coronel Carlos Henrique da Mota Couto, disse que, somente após a conclusão do processo, é que a instituição poderá agir. “Se o major for condenado em período superior a dois anos e a aplicação da pena for a restritiva de liberdade, o comando instaura um processo que poderá resultar na perda do posto e da patente. Mas isso só pode ser feito após a conclusão do processo na Justiça”, explicou.
Tribuna de Minas/montedo.com

15 respostas

  1. Respeitando-se o direito de defesa do denunciado… Se fosse um graduado, o próprio Exército se encarregaria de tranformar a vida do militar em um inferno. Visto tratar-se de um oficial, dão-lhe uma transferência para ajudar a custear os honorários com advogado…

  2. Se fosse graduado já estaria expulso e no presídio, já houve outro caso de outro militar Of Sup até mais grave que este caso, em que o Exército tomou a mesma medida, trasnferindo o Oficial Superior também para outra guarnição. Só que mesmo oficial fez de novo o que o Exercito tentou abafar em mais duas guranições, somente na terceira foi indiciado e punido e está aguardando se perde ou não a patente, quantas vítimas não foram molestadas por este doente até ser punido apos se tornar público no meio civil, só por isso. Isso é um a vergonha, o Exército tem que divulgar em todas as guarnições casos graves como este até para proteger nossos filhos e esposas de uma nova investida de pessoas que não deveriam estar na Força e sim em presídios ou hospitais para doentes mentais. Muito triste uma mancha para o bom nome dos Colégios Militares do Exército.

  3. Nossa mãe do céu! Não teve um caso desses no CMRJ também?
    Eu até hoje não entendo o pq do Exército querer dar uma de Ministério da Educação e manter, à custa de muita grana do orçamento da Força, esses educandários de primeiro e segundo graus!
    Pior que atende a apenas uma parcela pequena de militares: a um pq não tem CM em todas as guarnições (e nunca, por óbvio, terá, é impossível), a dois pq hoje atende mais a filhos de civis do que de militares, a três que as regras para militares colocarem os filhos foram endurecidas (pasmem!).
    Só para constar: Nos CM a Marinha e a FAB querem colocar os filhos de seus militares, mas elas FINGEM há anos que ajudam em alguma coisa o funcionamento dos mesmos!
    Outro dia um companheiro disse aqui em comentário que não entendia o pq do EB querer se aventurar por áreas que não são de sua alçada, eu concordo em número, gênero e grau com o comentário!
    Extinção dos CM e criação de um auxílio-educação (como tem na ALERJ, por exemplo) para TODOS os militares já!

  4. Não só a EPCAr, amigo! Para que serve o Colégio Naval e a EsPCEx, que perdeu completamente o seu sentido ao ser transformada no primeiro ano da AMAN?
    Pior que nem sabem o que fazer com o quinto e último ano da AMAN agora, se vão reservar para que o Cadete faça cursos, imersão em idiomas, etc. Criam as coisas sem saber para quê. Tal como o CHQAO, que até hoje não teve uma definição nem mesmo uma motivação.
    E gastam-se rios de dinheiro para a implantação dessas coisas sem pé nem cabeça!
    Só rindo para não chorar!

  5. Nossa…estou arrasada com o comportamento do Gotelip.Jesus !!! Inacreditável isso. Triste mesmo. Ele que sempre deu a vida pela farda querida dele. Sem querer tive a vontade de saber dele,de como ia a sua vida.e me vejo aqui. Muito triste. Porque? Meus Deus! Sem precisão disso. Casado,família,filhos. Nossa…
    Quero pedir mil desculpa a essa família.imagino a dor o sofrimento. Forças!!!
    Mas…eu pensei que conhecia o Gotelip.mas…estou me vendo que não. Que triste.
    Que pena.
    E eu,que mesmo muitis anos distantes…hoje,agora me vendo aqui. Como todos sofrendo.
    E volto e lhe digo.
    Gotelip,sem necessidade disso.
    Cadê aquele homem? Zeloso?Família?Educado?Respeitado? CADEEEEEEEEEEÊ ???
    MEU DEUS.
    Sem acreditar.

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